O Brasil é um país emergente com sua economia em crescimento. A partir de 1994, com a implantação do "Plano Real" iniciou-se a estabilização econômica brasileira, mediante controle da inflação, que saiu do patamar de dois dígitos ao mês para um dígito ao ano. A regulação da lei de reajuste de contratos, incentivos fiscais, redução da taxa de juros entre outros fatores, proporcionou ao mercado o aumento em investimentos produtivos. E, o crescimento de investimentos produtivos gera riquezas e um círculo virtuoso que envolve toda a economia, melhorando a arrecadação de impostos, novas oportunidades e aumento de emprego, salários e renda, impulsionando o aumento do Produto Interno Bruto do país.
Segundo economistas do BNDES "a retomada do investimento é um dos desafios mais relevantes para a economia brasileira no longo prazo... A economia brasileira viveu, entre 2006 e 2008, seu mais importante ciclo de investimentos desde a década de 1970. No entanto, a virulência do cenário externo terminou por interromper temporariamente o processo que estava em curso... A demanda doméstica tornou-se fator mais importante para a expansão do investimento nos próximos anos."
As leituras atuais da economia brasileira apontam crescimento econômico, entretanto, ainda existem muitos gargalos que afetam sua expansão estável, principalmente o chamado Custo Brasil. Para o presidente da ABIMAQ, Sr. Luiz Aubert Neto a economia brasileira está aquecida pelo forte consumo do mercado interno. Entretanto ressalta "esse consumo vem sendo atendido, cada vez mais, por produtos importados, em substituição à produção nacional." Aubert considera ainda que a indústria brasileira é competitiva e que o Brasil é que não é competitivo! Ele diz que o "Custo Brasil impõe uma perda de competitividade para a indústria nacional da ordem de 42% em relação à Alemanha e E.U.A., sem comparar com a China... Os governos precisam entender, urgentemente, que a indústria de transformação está agonizando..., queremos apenas isonomia para concorrer em condições de igualdade com os produtos estrangeiros."
Por outro lado, apesar de todos os gargalos que prejudicam a economia brasileira, o Produto Interno Bruto do país em 2010 obteve crescimento de 7,5% ante 10,3% do PIB da China.
O Brasil parece estar no caminho do crescimento estável. Para a revista britânica "The Economist", uma das mais influentes do mundo, a economia brasileira poderá chegar ao posto de quinta maior do mundo na década de 2011 ? 2020, ultrapassando países europeus como Itália, Reino Unido e França.
Nessa mesma linha o periódico eletrônico "ECONOMIA BR" faz previsão de que o Brasil esteja antes mesmo de 2015 entre as cinco maiores economias mundiais e entre as três primeiras antes de 2030.
A exuberante riqueza territorial brasileira, as fortes perspectivas de crescimento econômico e até mesmo o estrangulamento na infraestrutura associada aos eventos da "Copa do Mundo de Futebol de 2014 e Olimpíada de 2016" que ocorrerão no país, impulsionam o governo e entidades privadas a aumentarem significativamente os investimentos, abrangendo portos, aeroportos, estradas e rodovias, transportes, geração de energia elétrica, entre outros. E, conseguinte aumento do PIB, podendo sim, ultrapassar a casa dos dois dígitos de crescimento, a exemplo da China.


BIBLIOGRAFIA

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. rev. e aum. São Paulo: Atlas, 2007.

ABDIB. Produção industrial cresce em 2010, mas setor de bens de capital requer competitividade. Artigo ? Opinião ABDIB. 02 fev 2011.

BNDES. Perspectiva de investimentos na indústria 2011-2014. Visão do Desenvolvimento nº 91. 25 fev 2011.

ABIMAQ. Desindustrialização: Os números não mentem. Informaq Editorial nº 141, Janeiro de 2011, Ano XX, p.2.

ECONOMIA BR. A economia brasileira. Indicadores econômicos gerais. Disponível em http://www.economiabr.com.br/Ind/Ind_gerais.htm#PIB-NOMINAL.