É do conhecimento dos trabalhadores do ramo que a secagem da madeira melhora várias de suas propriedades, sendo esta indispensável para a produção de produtos de maior valor agregado. Além do que, é responsável por cerca de 10% do preço final do produto acabado, sem considerar perdas por defeitos ocasionados pela secagem. Para obter a otimização deste processo, devem ser tomados alguns cuidados e procedimentos adequados que têm por finalidade diminuir os custos de produção e os defeitos da madeira após seca, conforme o tipo do produto final, visando as necessidades do cliente.

Antes do início da secagem é muito importante que sejam avaliadas as características e propriedades da matéria-prima (madeira verde), bem como as expectativas do cliente com relação ao produto. Este detalhamento serve para se estabelecer um programa de secagem condizente. Intrínsecas à madeira, as características a serem vistas são: espécie e propensão a defeitos; densidade; espessura e largura das tábuas; estado sanitário da matéria-prima e qualidade final desejada; coeficiente de anisotropia e não menos importante, as umidades inicial e final desejada. Relativas ao equipamento são importantes a velocidade de circulação do ar, temperatura inicial e final de secagem, umidade relativa do ar e qualidade da estrutura. Outro fator importante é o controle, este pode ser manual ou automático, e deve ser entendido perfeitamente para que se tenham atendidos os requisitos do programa de secagem.

O gradeamento correto e a forma de colocação e empilhamento na câmara são fatores diretamente relacionados com o processo e que influenciarão no sucesso ou não da secagem. Quanto mais uniformidade, seja na espessura, largura, comprimento, umidade inicial das peças ou dimensões e espaçamentos dos separadores (tabiques), menor o tempo de secagem e maior a qualidade e uniformidade da madeira seca. Antes de inserir as pilhas de madeira na câmara de secagem, é importante a verificação dos controladores de temperatura de bulbo seco e úmido. Estes são responsáveis pela medição da umidade relativa do ar, essencial para um perfeito controle de secagem. Tal averiguação deve ser feita com todos os outros tipos de controladores internos e externos, desde pinos sensores, até motores e bicos asperssores, tina, linha de vapor (caldeira), etc.

Ao estarem todos os fatores de acordo, estabelece-se o programa de secagem e após o seu começo, um acompanhamento de temperatura, umidade relativa e da madeira deve ser feito para sanar eventuais ocorrências indesejáveis, que podem prejudicar a secagem convencional da madeira. Normalmente em controladores automáticos, estes dados são compilados e emitidos em forma de gráficos, os que podem ser feitos manualmente.

Adotando-se padrões corretos, seguindo orientações dadas pelos fabricantes dos equipamentos e utilizando-se do bom senso, seguramente a secagem caminhará à perfeição. Um segredo da secagem otimizada, é a constante análise dos detalhes que são facilmente esquecidos.