A Adoração do Servo

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade". (João 4:23-24)

Introdução:

A- No encontro do Senhor Jesus com a mulher samaritana, em João cap.4, ficou bem claro que a autêntica adoração é apresentada diante de Deus em espírito e em verdade. Podemos entender nas palavras de Jesus que a adoração depende de uma vida autêntica e de uma doutrina correta. É justamente isto que o Pai procura na vida de seus reais adoradores. "A verdade é um requisito para a verdadeira adoração. Para adorar a Deus, a pessoa precisa conhecê-lo segundo a verdade de quem Ele é e do que Ele tem feito"
"Em Êxodo 33, vemos Moisés em comunhão com o Deus do Sinai. Após ter contemplado a espantosa exibição do poder glorioso de Deus e sua santidade intangível, Moisés, em postura de arrebatadora admiração e adoração, rogou a Deus que lhe mostrasse uma aparição direta de sua glória essencial" . A resposta de Deus foi que faria passar a sua bondade diante de Moisés. Que maravilha, que quadro lindo e sublime. Moisés tinha uma visão correta de Deus e seus atributos.

B- Triste é, quando vemos Israel mergulhada na apostasia, chegando ao ridículo de perder a visão de Deus e suas prerrogativas. Israel começou a prestar um culto falso, destituído de verdade, santidade e doutrina. Deus esclarece que aquele tipo de adoração nada valia "De que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios? Diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros..." (Isaías.1:11). A nação estava mergulhada no pecado; consequentemente, prestava a Deus uma falsa adoração. O mesmo ocorre nos dias atuais, onde a autêntica adoração tem cedido lugar a uma adoração apócrifa.

C- Somos conscientes do valor da música no culto de adoração a Deus. Paulo, escrevendo aos Colossenses, falou da sua importância "... salmos, hinos e cânticos espirituais..." Colossenses 3:16. Por isso, é necessário termos discernimento quanto ao que é autêntico e o que é profano.
"A música, de conformidade com Aristóteles, é a mais moral de todas as artes. Afeta mais diretamente ao caráter. Uma atitude marcial pode ser produzida por uma marcha; uma atitude de respeito, por um coral nobre" . Mas o relaxamento mundano no qual impõe um verdadeiro antinominianismo em nossos dias, sem que se faça nenhuma restrição à moral, pode ser produzido pela música descentralizada da pessoa do Senhor Jesus, com seus ritmos alucinantes, que visam excitar às paixões carnais. A música que é para adorar ao Senhor, por ser uma expressão espiritual, não pode ter um caráter mundano, seguindo o ritmo do samba, rock, rap, baião, etc. É, evidente que isso não contribue para formação da atitude espiritual, mas eleva a natureza mais vil, com suas emoções carnais.

D- Há vinte e cinco anos, havia no meio evangélico, o questionamento sobre o tipo de música e instrumentos que as igrejas deviam adotar. Sendo que no meio fundamentalista nem de longe se questionava isto para as nossas igrejas, pois a firmeza era inequívoca, a autenticidade na adoração era evidente; a fidelidade dos líderes e Igrejas permitia que nosso povo prestasse um louvor sincero onde a adoração e a glória de Deus era o único objetivo. Não apreciamos nem perdemos tempo com a música profana. O fundamentalista deve ter sempre em mente "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai" .(Filipeses 4:8). Hoje, para tristeza nossa alguma que se dizem "fundamentalistas" estão dando uma grande brecha para a música que não é apropriada para o louvor a Deus.
"A música atual não faz exigências espirituais, morais ou éticas. Ela se apresenta, essencialmente, de forma atraente, como algo a ser apreciado" . Vivemos numa época de ansiedade e depressão espiritual, onde o principal, que é a mensagem da palavra de Deus, é o menos desejado. Por isso o fundamentalista não é pragmatista, ele confia em Deus e na sua operação através do Espírito Santo, pois os fins não justificam os meios, e, sim, fazer o que é bíblico, para a glória de Deus.

O meu propósito é alertar o fundamentalismo quanto ao perigo da música com trejeitos de mundanismo, pragmatismo, humanismo, etc., levando a um comprometimento com o mundo, substituindo a autêntica adoração em nossas igrejas.