Cores, apenas cores
Publicado em 14 de outubro de 2011 por Francisco Hilário Soares brandão
Cores, apenas cores
A doce e renegada alma desfilava
Sobre pedras vermelhas de vigor
De um inferno tenro mais onipresente
Onde o anjo mal descansava suas virtudes
Pobre de sua alma foragida do paraíso
Onde o amarelo invejoso o pôs em oposição
A verdade inteira e interrupta
Da mente insana que o universo criou
Cores laranja explodem o firmamento
Entre estrelas novas, novas estrelas virão
O laranja do desespero contradiz
O verde da esperança vive loucuras
Azul é o mar de infinitas mentiras
Onde marinhos sofrem a destruição
Deste animal que mora no homem
Desta nuvem negra que habita os corações
Universo em desalinho
Sois em explosões
Nuvens e mares nunca dantes enxergados
Estrelas caídas em futuros de esperanças
Cores e cores, males e males
Riso, festas. Soluços de alegria
Choros compulsivos de felicidade tardia
Que encontra na morte o anjo caído.
Tudo não passa de corres passando.
Caleidoscópio.