TAMBOR– o coelho

 

Eram dois lindos coelhos à venda na loja de animais de estimação. Um era inteiramente preto, com pelos macios e fofinhos, olhos escuros e brilhantes, tinha o rabo no formato de um pompom, era da raça Alaska. O outro era um coelho um pouco menor, totalmente branco com manchas pretas nos olhos e nas orelhas, parecia um chumaço de algodão, era da raça Fuzilope.

 

De pronto amamos os dois bichinhos e perguntamos o sexo deles para o vendedor, que nos afirmou serem dois machos de raças diferentes.

Rapidamente compramos e levamos para o nosso sítio. Demos o nome de Tambor ao coelho preto e Timão ao coelho branco

 

Colocamos os dois em um viveiro limpinho, grande, com água, ração, cenoura e folhas de verduras que os coelhos adoram comer. Ali eles ficaram brincando e correndo o tempo todo.

Durante o dia meus filhos Ra e Gui os pegavam e brincavam com eles soltos na varanda e pela casa. Eles pulavam dando impulso com as patinhas traseiras comiam segurando a cenoura com as patinhas da frente e eram encantadores.

 

Estávamos tranqüilos, pois eram dois coelhos machos e não teríamos crias, pois os coelhos costumam se reproduzir com muita rapidez e dão sempre muitos filhotes em cada cria.

Um mês depois, para nossa surpresa, chegamos ao sítio e vimos seis novos coelhinhos, peludinhos, gordinhos, uns pretinhos, outros branquinhos e alguns mesclados de preto e branco.

 

Ué, mas não eram dois machos?   


Pois é!  O Tambor era uma fêmea e nós não sabíamos!

 

Aumentamos o viveiro para que a família de coelhos pudesse ali morar, mas mal sabíamos que enquanto a mãe Tambor amamentava os seis filhotes ela novamente pegara cria e dali mais um mês nasceram outros oito coelhinhos.

 

Já nem tínhamos para onde aumentar tanto o viveiro e a coelhada estava dominando o sítio.

Separamos então o casal – para evitar mais filhotes, já que os coelhos dão de três a cinco crias por ano.

 

Como estava próxima a época da Páscoa resolvemos presentear as crianças da família, primos e sobrinhos com o símbolo da vida, e ao invés de darmos ovos de chocolate demos coelhos vivos, rápidos, fofinhos e saudáveis.  

As crianças amaram os presentes e assim pudemos espalhar os coelhos em todas as casas. Até hoje, os coelhos fazem parte de nossa família e continuam se reproduzindo.