O Brasil é reconhecido pelo seu gingado, samba, felicidade, paixão e futebol. Paixão e futebol - duas palavras que se fundem, levando milhões de pessoas ao delírio, sendo até consideradas sinôminos nesse país tropical. No entanto com a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, travou-se inúmeras discussões a respeito das consequências positivas ou não de se realizar a Copa do Mundo - evento futebolístico tão importante, em solo "verde-amarelo".
A questão é se nosso governo dispõe de condições financeiras para financiar o mega evento ou se seria necessário desviar dinheiro destinado a setores de base como saúde, educação, moradia, transporte, alimentação, etc.
Eventos esportivos já foram usados na história brasileira para exaltar o nacionalismo. Isso aconteceu durante a década de 1970, quando o Brasil foi tricampeão nos jogos que ocorreram no México, na ocasião o país estava sob o governo militar e o então presidente Médice usou do ufanismo para que a falta de cidadania fosse substituída por uma euforia passageira.
Sediar um evento como uma Copa do Mundo exige uma infra-estrutura muito colossal, uma vez que durante o período dos jogos são esperados além das equipes, comissões, diretorias e muitos estrangeiros, o Brasil não conta com uma infra-estruturar perspicaz ao ponto de suprir as necessidades exigidas e para que tudo ficasse segundo as requisições, a CBF (confederação Brasileira de Futebol) se comprometeu com parte dos gastos, no entanto obras em estradas aeroportos e sistemas de comunicação ocorrerão por conta do estado- ou seja serão bancadas com dinheiro público.
A obras podem sim contribuir para aumentar o PIB nacional, crescimento do Brasil e projetá-lo em uma escola mundial, ademais com a vinda de turistas os profissionais de venda contam com um aumento significante na quantidade de vendas, principalmente bugigangas relacionadas ao evento. A copa do Mundo também gera uma abertura de empregos, tanto para as mudanças de infra-estrutura quanto a assistência que é prestada as equipes durante a competição.
Os investimentos visam o retorno financeiro após os jogos e a imagem de país capaz de promover-los com eficiência frente as outras nações, as consequências dependem de sabermos aproveitar essa oportunidade, sermos realistas quanto a situação interna do nosso pais e não ficarmos alienados a pobreza que nos bate à porta todos os dias com a falsa ilusão de que tudo esta bem. A Copa seria uma faca de dois gumes pode diminuir ou expandir de maneira catastrófica as desigualdades sociais.