Copa das Copas - Projeto, Planejamento, Estratégia e Vitória

A copa do mundo é um evento mundial que envolve seleções de vários países, a ideia da proporção e da magnitude do evento pode ser medida através do número de países catalogados pelo órgão que gere o mundo do futebol como um todo a FIFA (Federação Internacional de Futebol Associados) sendo a segunda Federação com mais países cadastrados.

Isso tudo é muito interessante mais o assunto a se tratar aqui é o exemplo de gestão que alguns time europeus apresentaram no decorrer das competições mais especificamente o time alemão, a Federação Alemã de Futebol (alemão: Deutscher Fußball-Bund, DFB) país que sediou a copa em 2006 e a partir dali é aonde começa a nossa análise fazendo uma co-relação com nossa copa e nosso time também. em 2006 com a organização do evento todos os prazos foram respeitados e mesmo o último estádio a ficar pronto estava com o prazo considerável para sua entrega (praticamente pronto), nossos estádios em sua grande maioria ficaram prontos as vésperas do evento acontecer.

Em relação a infra - estrutura, os estádios alemães eram 100% acabados e prontos, com o que havia de melhor em tecnologia da época, o mesmo não pode-se dizer de nossos estádios, estádios inacabados, com certa tecnologia, mas em processo de término cerca de 90% acabados. Certos pontos ainda ficaram no mínimo vagos na construção dos estádios por conta da não ficar claro de onde saíram os recursos para a construção dos mesmos, no caso alemão uma prestação de contas cedida ao público na Rede mundial de computadores (Internacional-Networking ou apenas InterNet).

E não menos importante o retrato emblemático do time alemão, o que sintetiza o sucesso de passos teóricos da administração que de forma prática, aplicada, repetida de forma exaustiva por uma nação que se reinventou após a segunda guerra mundial. Em uma análise fria em 2006 a Alemanha sabia que não ganharia que estaria jogando o mundial para disputar as oitavas de final no máximo e uma inimaginável quartas de final aconteceu terminaram aquele mundial em quarto o que não foi um fracasso, a partir daquele momento começou uma revolução na história do futebol alemão o que reflete o sucesso do país em vários campos de atuação.

Naquela momento um projeto foi traçado, jogadores jovens e potencialmente bons, não davam shows, nem tinham grandes qualidades, mas eram perseverantes e o que lhes faltavam treinos e investimentos poderia sanar, um projeto de 8 anos foi adotado e um planejamento feito para que aquele grupo fosse vitorioso em 2014 no nosso mundial. Tudo era muito simples, o projeto era vencer e conquistar a quarta estrela o Tetra Campeonato Alemão.

Falemos agora do terceiro passo: A “Ação” baseava-se em fazer com que a base do time alemão jogasse junto durante todo esse tempo e aperfeiçoar técnicas e habilidades dos mesmo criando um grupo sólido incluindo elementos que se desenvolvessem bem com o grupo já montado, durante mais um mundial disputado na África do Sul a Alemanha continuou com uma campanha que não convencia, mas continuaram com o projeto, coisa que poderia ser abandonada em vista de uma campanha sem o título expressivo que seria a copa de 2010, a insistência e o aprimoramento continuaram com a estratégia de lapidar ainda mais o mesmo time investiram no seu próprio campeonato e desde 2006 investiram no psicológico de seus jogadores desde as categorias de base para suportar a pressão e a tensão de grandes competições, uma semente plantada ao longo de 8 anos que foi regada e cuidada, com investimentos nos esportes daquele país e reflete nosso próximo passo, a vitória. Em vista de todo esse retrospecto chegamos a 2014 copa disputada no Brasil um país cinco vezes campeão e que vive mais de “histórias” e “achismos” muito diferente dos resultados práticos como os que apresentaram a nação em análise neste texto.

A vitória de um projeto de forma resumida vem desses quatro passos simples, uma seleção pronta, estruturada, planejada, estrategicamente montada para vencer, enfrenta uma seleção desestruturada, que não se conhecia, não pronta, sem um planejamento básico de ação e o resultado se mostrou na forma que todos que conhecem gestão sabem, quem se prepara vence, em todos os jogos que a seleção alemã disputou em apenas um no mundial de 2014 a mesma não ganhou em tempo normal mas ganhou na prorrogação o que é completamente aceitável e se classificaram para as fazes finais chegando as semifinais onde se confrontaram com os anfitriões que vinham de uma campanha que reflete também o seu próprio país, desestruturado, sem planejamento, sem estrutura e com base em nada mais do que a simples “vontade de vencer” e de um resultado que nem mesmo os mais supersticiosos conseguiriam prever uma vitória esmagadora de um projeto de oito anos um placar que também refletia o que é excelência, eficiência e eficácia um emblemático 7 x 1 a Alemanha coroou de forma brilhante uma campanha que não veio do nada e sim de muito esforço e dos 4 passos que qualquer gestor conhece, mas que quase nenhum usa.

Sendo campeã ou não essa aula de gestão vale de aprendizado e de exemplo em qualquer área de atuação, a vitória alemã vai além do campo mas atinge níveis históricos e nos ensina que como o mestre Miamoto Musashi e Su Tzu juntos de forma resumida diziam:

“É preciso se aplicar muito na arte da espada e em tudo” (Musashi)

“Se você não se conhece o campo de batalha, não conhece seus homens, não conhece o clima, e mais importante não conhece a si mesmo, já perdeu a guerra mesmo antes de sair para a batalha”.

(Su Tzu)