CONTRIBUIÇÕES DE PICHÓN-RIVIÉRE À PSICOTERAPIA DE GRUPO

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''MARCO BERSTEIN'' escreve a dinâmica de grupo que PICHÓN-RIVIÉRE elabora para a psicoterapia de grupo.

Logo de inicio já na década de trinta quando ainda estudava Medicina, trabalhava no asilo de Torres, em uma Instituição dedicada a crianças oligofrênicas; fazia experiências com grupos familiares. Pichón, descreve a síndrome que denomina de Oligotimia. Os oligotimicos tinham uma base orgânica e estigmas físicos degenerativos, porém os mesmos eram possuidores de um grau de retardo metal significativo.

A causa que Pichon descobre para retardo énestes casos, por carência afetivas sofridas na terna infância, no seio do grupo familiar.

As investigações avanção quando se torna Chefe no Serviço de Admissão do Hospício de Las Mercedes, mas já na década de 40, onde observava de perto o estado do paciente no momento da internação; notava o paciente em estado de crise e assisti à eclosão ou reativação do processo psicótico e é quando a presença ou ausência da família torna-se sempre significativa.

Constata no quadro do abandono familiar, da segregação do doente, o confinamento no hospício e logo o ''hospitalizo'', quando os pacientes se negam a sair porque não querem voltar ao grupo familiar.

Pichón começa a tarefa de Chefe da sala de Serviço de Adolescente, criada 1943 e 1944 e fechada por motivos políticos em 1947, mesma nesta época investiga a enfermidade, esquizofrenia na maioria dos casos, e a situação da família, observa o tipo de vinculo, a situação desencadeante e observa as situações de perdas ou de privação como constante. Inicia assim a hipótese do porta-voz. Há uma relação de casualidade não linear e sim dialética entre a estrutura e a dinâmica do grupo familiar, e a estrutura e dinâmica do grupo interno ou mundo interno do porta-voz, já naquela época Pichón usava o termo porta-voz para se referir ao doente mental como o ''depositário''.

Surge o jogo da três letras ''D'', onde o doente mental surge como o ''depositário'' de todas as patologias e ansiedade do grupo familiar, os quais são os ''depositantes''. E o que depositam, ou ''depositado'' são justamente essas ansiedade, essa patologia.

Conceitos de dinâmica de grupo elabora por Pichón: Atitude frente à mudança- pode ser positiva, observamos com atitude mutante ou negativa, a qual chamamos de resistência a mudança, com isso surge os medos, primeiro o medo da perda e segundo a medo do ataque.Didática refere-se a conseguir uma aprendizagem ativa, inter disciplinar, os grupos constituem de integrantes de diferentes disciplinas.

Vetores do cone invertido constituem um escala básica de avaliação dos processos de interação grupa. Afiliação e pertença assimilam o menor grau de identificação com a tarefa.

Verticalidade e horizontalidade a unidade de operação. Há operação existente-interpretação emergente. Existe o que é implícito e explicito.

O porta-voz que transmite com sua sensibilidade a situação emergente, denunciando algo próprio ou do grupo.

Momentos do grupo-o grupo passa por um momento de pré-tarefa, onde se evita trabalhar sobre o tema. Predominam as ansiedades que funcionam como obstáculos epsitemofilico, os medos básicos a perda e ao ataque.

Universais- são os fenômenos que se dão de maneira reiteradas em todo grupo. Aparecem, as fantasias de enfermidade, tratamento e cura.

Processos de maturação e desenvolvimento-teoria da doença inicia. Plicausalidade: parta das series complementares.

Na teoria do vinculo Pichón define como uma estrutura complexa que inclui um sujeito e um objeto, a interação em espiral dialética. É uma relação bicorporal porem tripessoal. Através da noção de vinculo, abordamos a relação entre a estrutura social e a configuração do mundo interno do sujeito. O sujeito é um ser de necessidade que somente se satisfaz através de relações que o determinam. Ë um sujeito produzido na medida em que existem determinantes que atuam na sua conformação como ser social.

Pichón-Reviererepensam critérios de saúde termos de adaptação ativa ou passiva a realidade. Consideramos como sujeito sadio aquele que pode aprender a realidade, modificando-se a si mesmo, mantendo uma interação dialética com meio,e não uma relação passiva.

Na dinâmica de grupo ele operar assim:

Resistência à mudança: o processo de cura implica em mudança. A atitude diante da mudança pode ser negativa à qual chamamos de resistência a mudança, ou atitude mutante.

Diante das situações de mudanças surge os medos básicos. O medo da perde e o medo do ataque. O primeiro é o medo de perder o que já se tem eo segundo é o temor frente ao desconhecido, pode ser perigoso e não estamos instrumentados para manejar coma nova situação.

O medo da perda há a aparição de uma ansiedade depressiva, e ao medo do ataque há a aparição de uma ansiedade paranóica, assim surge a resistência à mudança.

A psicoterapia de grupo passa pelo processo de cura que implica em mudança. A técnica de grupos operativos centra-se na mobilização de estruturas estereotipadas e das dificuldades de aprendizagem e comunicação produzidas pela monte ansiedade, que causa toda a mudança.

Com essa mobilizamos captamos no aqui-agora-comigo, e na tarefa de grupo, o conjunto de afetos, experiências e conhecimentos com os quais os integrantes de um grupo pensam e atuam, seja a nível individual ou grupo.

Através do grupo operativo, instrumento adequado para bordar a doença,coincidem o esclarecimento a comunicação, a aprendizagem e a relação da tarefa, e através da tarefa resolver as situações de ansiedade.

No grupo operativo procura-se trabalhar o Eu do sujeito, com relação ao medo básico, fundamentalmente, pela diminuição dos medos básicos, em termos da perda do objeto, esses medos paralisamo Eu o tornam impotente. Através da técnica operativa se fortalece assim uma adaptação ativa à realidade. Esta técnica hierarquiza como tarefa grupo a construção de um ECRO (esquema conceptual, referencial e operativo) comum, condição necessária para estabelecer uma comunicação a partir da afinidade de emissor e receptor. Elaborar o ECRO comum implica um processo de aprendizagem. A tarefa depende do campo operativo do grupo. Em um grupo terapêutico a tarefa é resolver o denominador comum da ansiedade do grupo, que em cada integrante, toma características particulares.

OS PAPEIS-VERTILICALIDADE E HORIZONTALIDADE

Esses papeis, de fixos e esteriotipados, passam a ser funcionais, operativos.

Na medida de em que um grupo operativo se propõe a curar de seus integrantes, centra-se na ruptura dos estereotípicos dos mecanismos de associar e assumir os papeis, assim os pacientes conseguem modificar seus vínculos internos e externos.

O grupo assume uma dinâmica mais fluente da tarefa e cada paciente adquire uma consciência de sua própria identidade e do demais.

Ocorre no grupo ocorre o jogo de associar e assumir os papeis. As formas dos papeis permite assumir papeis complementares e suplementares.

O grupo operativo esta centrado na tarefa e sua finalidade é aprender a pensar em termos de resolução das dificuldades manifestadas no campo grupo, e não no de cada um de seus integrantes, o que seria uma psicanálise individual em grupo. Assim o grupo operativo se opera em duas dimensões constituindo assim uma integração de diferentes correntes.

O PORTA-VOZ

Pichón nos fala que a doença mental não é a de um indivíduo isolado, mas o resultado da patologia de seu grupo familiar. O doente desempenha o papel de bode expiatório, é o porta-voz da situação negativa há o jogo das três letras.

O resultado da segregação dependerá do tipo de ansiedade predominante. Assim se predominar a ansiedade depressiva, significa que a família ainda tem certas capacidades de integração e de tolerância, se ocorrer à ansiedade paranóica, o grau de segregação é maior, família maneja com um mecanismo de dissociação persecutório.

Pichón estende o conceito de porta-voz aos grupos operativos, porta-voz é aquele que num determinado momento diz Dessa forma o porta-voz denuncia, dizem o acontecer grupal, as fantasias, ansiedades, a necessidade do grupo.

Qualquer acontecimento que sucede no grupo é uma manifestação do conteúdo implícito da situação grupal. Pichón elabora que a delegação expressiva consiste na depositarão da fantasias ações, pensamentos ou emoções em alguém que as coloca em evidencia através da desocultação.

O grupo operativo atua como espectador-participante frente ao porta-voz que emerge e que representa o ator, sua fantasias.

O que ocorre no grupo operativo seria uma ressonacia, junto aos membros.

No grupo alguns membros vão servir a outros como suportes para suas pulsões , isto é identificação como os quais um integrante pode identificar-se com outro.

A ressonância fantasmática é o agrupamento de alguns membros sobre um , ao qual denomina ''portador'' que lhes faz ver, através de suas palavras ou condutas.

A ressonância fantasmática seria a transferência de expectativas, para outros membros do grupo que passam a atuar no teatro estabelecido.

UNIDADE DE OPERAÇÃO: EXISTENTE-INTEPRETAÇÃO-EMERGENTE

Pichón introduz o conceito de emergente, em principio assimila porta-voz e emergente.

A partir de 1960, em ''Estruturas de uma escola destinada à formação de psicólogo sociais'' o define como ''conduta nascida da organização de diferentes elementos, acontecimentos sintético e criador que aparece como resposta à interpretação'', já em 1970 descreve como uma qualidade nova que aparece no campo e que como signo nos leva ao implícito da interação grupal. Então, a situação grupal de enfermidade é o ''emergente'' e o porta-voz é o vínculo através do qual se manifesta este emergente.

Contudo na unidade de operação devemos distinguir o existente, que é toda a situação dada no grupo. O emergente surge como resposta à interpretação; é a estruturação de uma nova situação grupal, é o signo de um processo de desestruturação de uma situação prévia e da reestruturação de uma nova.

O ponto de partida de sua especulação é a emergência da doença mental no grupo familiar.

O doente é o '' emergente'' de uma situação.

NOÇÕES DE PRÉ-TAREFA, TAREFA E PROJETO.

A dinâmica grupo é que, às vezes pode ocorre mudança na atitude do grupo, como defesa, frente à ansiedade que gera a possibilidade de mudança, na medida em que este significa enfrentar as ansiedades psicóticas mais graves que se manifestam sintomaticamente.

A pré-tarefa surge e predominam os mecanismos de dissociação com instrumentação das técnicas esquizo-paranóides, dissociando por um lado o bom do mau com o fim de preservar o bom e, por outro lado, dissociando o sentir do pesar e do fazer.

O importante por trás dessa dificuldade é a tentativa de iludir a elaboração do núcleo depressivo. Todos os mecanismos da pre-tarefa são dispositivos de segurança que tratam de por a salvo o sujeito dos sentimentos de ambivalência e culpa e do sofrimento da situação básica.

A tarefa consiste na elaboração de ansiedades e a emergência de uma posição depressiva básica na qual se pode abordar o objeto de conhecimento.

A característica essa etapa são as diferentes formas de não entra na tarefa, mecanismo de postergação que oculta a dificuldade em tolerar a frustração de iniciar e terminar tarefas, o que traz, paradoxalmente, uma constante frustração.

A tarefa consiste na elaboração de ansiedades e a emergência de uma posição depressiva básica na qual se pode abordar o objeto de conhecimento.

Trabalha-se o índice da operatividade do grupo e o grau de criatividade.

Uma tarefa fundamental do grupo é recriação do ''objeto destruído'', núcleo da depressão básica da qual ação portadora os integrantes do grupo e que perturba a correta leitura da realidade, a aplicação da técnica do grupo operativo no campo mais especifico do ensino, as noções de pré-tarefa, tarefa e projeto adquirem algumas características particulares.

O projeto ao elaborar uma estratégia em qual o grupo se orienta a ação e aparece o projeto emergindo da tarefa, eu permito um planejamento para o futuro.

TRANSFERENCIAL A NÍVEL GRUPAL

Nesse momento o básico é somar os fenômenos transferências levando em conta a relação do grupo com a tarefa.

A transferência no âmbito individual implica que certos fatos da passado, comesses afetos correspondentes sejam transferidos pelo paciente, no presente, sobre o terapeuta. As fantasias transferências se manifestam através dos porta-vozes, que através de suas intervenções, dão elementos ao terapeuta para decodificar a adjunção de papeis.

GRUPO OPERATIVO TERAPÊUTICOS

Pichón coloca que o grupo operativo é um instrumento de trabalho, um método de investigação e cumpre, além disso, uma função terapêutica. Esta função originou numerosas confusões.

Quando a técnica operativa é aplicada a um projeto terapêutico no qual, implicitamente, a tarefa é a cura a função terapêutica do grupo é óbvia.

Pode ocorre uma confusão quando ao grupo operativo e o terapêutico, uma confusão terminológica e em parte de conteúdo.

O grupo terapêutico a tarefa é a cura, e o grupo estará centrado nisso. Privilegia na tarefa um enfoque regressivo e até se criam, tecnicamente, condições que favorecem o desenvolvimento da regressão.

O que característica o grupo operativo é uma modalidade técnica, que consiste, nas características expostas anteriormente: grupo centrado na tarefa, interpretações em verticalidade e em horizontalidade, elaboração das ansiedades depressivas.

No grupo operativo privilegia-se o progressivo ou prospectivo na tarefa. Todo acontecimento que surge no grupo é um ensaio do que se realizará em seguida e fora do grupo

Uma tarefa realizada com eficiência, trás resultados benéficos para todo o grupo, já qualquer déficit na personalidade do sujeito e, por sua vez, todos os transtornos da personalidade, são transtornos da aprendizagem, assim o grupo tende a romper com os estereótipos.

Quando a técnica operativa é aplicada a um projeto terapêutico no qual, implicitamente, a tarefa é a cura a função terapêutica do grupo é óbvia.

Pode ocorre uma confusão quando ao grupo operativo e o terapêutico, uma confusão terminológica e em parte de conteúdo.

O grupo terapêutico a tarefa é a cura, e o grupo estará centrado nisso. Privilegia na tarefa um enfoque regressivo e até se criam, tecnicamente, condições que favorecem o desenvolvimento da regressão.

O que característica o grupo operativo é uma modalidade técnica, que consiste, nas características expostas anteriormente: grupo centrado na tarefa, interpretações em verticalidade e em horizontalidade, elaboração das ansiedades depressivas.

No grupo operativo privilegia-se o progressivo ou prospectivo na tarefa. Todo acontecimento que surge no grupo é um ensaio do que se realizará em seguida e fora do grupo

OS VETORES DO CONE INVERTIDO

Pichón desenvolve um gráfico para demonstrar a dinâmica entre o explicito e o implícito.

O explicito ocupa a base do cone já que, sendo o observável, obviamente o que ocupa maior superfície visível. O implícito localiza-se no vértice. Porém há uma continuação do cone para baixo, na forma de um relógio de areia com linhas pontilhadas para representar o implícito. Dessa maneira o implícito acontece como com o icerbeg: a parte maior é a que não se vê.

Afiliação e pertença: o grau de identificação dos membros do grupo entre si e com a tarefa. A afiliação é um primeiro grau de identificação. O afiliado ''não põe o corpo'', guarda uma distancia.

A pertencença é um segundo grau que implica encurtar as distancias. Assim dentro do grupo encontramos esses dois tipos, aquele que se sente fazendo parte do grupo sente se parte de um de ''nos''. Em troca, outros membros não possuem pertencença, mas sim são afiliados, sentem-se mais na relação ''eu-eles''. O grau identificação com atarefa se mede pelo grau de responsabilidade com que se assume o desempenho da tarefa prescrita, porem isto não é algo imutável.

A cooperação é medida pelo grau real com que cada um dos membros do grupo participa para contribuição no sucesso ou fracasso da tarefa.

A Cooperação: é capacidade de ajudar-se entre si e ao terapeuta: dá-se através do desempenho de papeis diferenciados e da forma comosão assumidos esses papeis.

A pertinência que é a capacidade de centra-se na tarefa, que no aqui e agora é cura-se, romper com os estereotípicos, redistribuir as ansiedades, vencer a resistência à mudança, elaborar os duelos, redistribuir os papeis, etc.

Comunicação é uma das vertentes mais demonstrativas e visualizar as perturbações nos vínculos entre as pessoas. Aqui vemos as diferentes formas nas quais se relacionam entre sie os membros do grupo. Há também a não comunicação e os curtos-circuitos no circuito comunicacional. Em uma primeira aproximação nos encontramos com um emissor, um receptor e uma mensagem que circula por um canal. Então há necessidade de detectar a onde houve o curto-circuito e de esclarecer os mal-entendidos básicos tão comuns na interação grupo que se originam na comunicação.

O mal-entendido é um subentendido, que por ser tão subentendido, não é bem compreendido. Ocorre fato de mal-entendidos quando há: não existe ECRO; quando há dificuldades no emissor, no receptor, ou no canal; quando não se dá um ajuste entre o conteúdo da mensagem e o como se o emite; quando não há ajuste entre as imagens internas e a realidade exterior.

O contribuinte para a compreensão da dinâmica do grupo investigar como se comunicam seus membros. A elaboração dessa análise seguirá um modelo proposto por Kesselman, para indagar as modalidades da comunicação, entendo que se dar em três níveis aos quais denominaremos, segundo o tipo de relação que o sujeito estabelece com quem se relaciona, e usando os termos das fazes da libido: oral, anal e genital.

A nível oral: é o mais regressivo, caracteriza-se pela queixa e a reprovação constante. Há uma permanente solicitação em relação ao outro, espera-se do outro que administre tudo. Aparecem desejos de moldar o outro com exigências de subministrar e de mudança, a expectativa de mudança é que tudo o que tem de mudar deve provir do outorgando há a perda porque não há consciência de que se pode perder o outro, necessita-se do outro e se esta seguro, por conseguinte, de que não se via separar por reprovações que se façam.

O nível anal: é menos regressivo, característica por períodos ou ciclos onde se alteram a expulsão e a retenção. Há explosões e ataques violentos em relação ao outro, que são seguidos por reações de arrependimentos, acompanhadas de uma consciência piedosa e culposa de auto-acusação e de uma tentativa de reparar o dano causado. São ciclos onde se alteram as desavenças e as reconciliações.

O sujeito tem uma grande dificuldade para juntarem-se ou separarem-se definitivamente. É um nível evolutivo superior ao anterior.

E o Nível gentil: é o mais evoluído ou maduro dos níveis de comunicação. Neste prevalece à capacidade de identificação e o desejo de proteger o outro da destruição, ou de reparação se é que este foi antes atacado. Busca o grau de responsabilidade que uma pessoa tem em frente ao que está acontecendo, e o que teria de mudar para que as coisas melhorem.

Já neste nível existe a possibilidade de que se coloque no lugar do outro e assim possa compreender o que acontece. Não se pretende que toda a mudança provenha do outro, mas que possam perguntar-se o que estarão fazendo cada um deles para que os outros reajam dessa maneira. Ë mais difícil de alcançar e se consegue de vez em quando.

Aprendizagem: dá-se por soma da informação de cada um dos integrantes do grupo leva ä tarefa. Aprendizagem também a capacidade do grupo e de cada um de seus integrantes em desenvolver condutas alternativas diante dos obstáculos.

TELE: é um termo criado por Moreno, que significa a disposição positiva ou negativa para interagira mais com um dos membros do que com os outros. Ë um sentimento de atração ou de rejeição...

Uma tele negativa pode prejudicar a tarefa do grupo. Se detectarmos uma falta de pertinência ou uma pertinência negativa significa que algo anda mal no vetor imediato superior, na cooperação; isto é predominam as forças do retrocesso. Se há uma perturbação na cooperação, sito nos revela que algo esta falhando mais acima. No vetor pertencera.

Na outra vertente do cone, invertido achamos com uma tele negativa, que perturba a marcha do grupo na medida em que paralisa ou inibe a relação entre os integrantes e que aparece como irredutível, significa que algo está falhando no nível superior, no vetor da aprendizagem.

DEFINIÇÃO DE GRUPO

Na elaboração de grupo é um conjunto restrito de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação de uma tarefa que constitui sua finalidade, interatuando para isso através de complexos mecanismos de adjunção e assunção de papeis.

Pichón, isto ocorre em termos de passagem de afiliação pertencença, que se produz na medida em que o grupo, por um lado, desenvolve a mútua representação interna onde cada integrante, ao ser internalizado pelos outros, passa a tomar parte do grupo interno, e cada um sabe que conta com os demais, e, por outro lado, na medida em que o grupo, em função da necessidade, fundamento motiviacional do vinculo, estabelece objetivo comum e se propõe a alcançar a realização de uma tarefa.

UM ESQUEMA SINTÉTICO DAS TEORIAS QUE CONSTITUEM O ESQUEMA CONCEPTUAL E OPERATIVO ( ECRO ) DE HENRIQUE E PICHON-RIVIERE.

Ocorre na dinâmica a metodologia do ensino que as ciências fazem no campo da saúde metal, que consiste em três triângulos sobrepostos um dentro do outro. Os exteriores mais gerais, a base de cada triângulo localiza-se cada um dos conceitos básicos do ECRO; e nos catetos os conceitos sobre os quais se baseiam ou se desenvolvem os básicos. Todo os esquema esta rodeada por uma espiral que simboliza a dialética dos conceitos descritos e a dinâmica de passagem entre os triângulos.

A espiral esta em premente desenvolvimento e, partindo da base, onde situamos a resistência a mudança, chega-se ate o vértice, onde se encontra o projeto, destinado a romper os estereótipos e a permitir um planejamento para a mudança, que se desenvolverá através dos conceitos de Estratégia, Tática, Técnica e Logística.

Compreendemos por ECRO um conjunto articulado de conhecimento que abarcam uma vasta generalização. São conceitos universais que nos permitem abordar distintos objetos particulares e operar no campo.

O conceptual: o ECRO constitui dois aspectos: Um subra-estrutural e outro infra-estrutural. O aspecto sub-estrutural esta configurada pelos elementos conceptuais. São aquelas noções conceptuais desenvolvidas no esquema adjunto

O aspecto infra-estrutural estaria formado pelos elementos modivacionais e emocionais, que estão baseados na experiência da vida cotidiano.

Colocamos que o ECRO é um modelo no sentido de que o consideramos como uma simplificação dos fatos estudados; que pela construção que lhe damos vão enriquecer a compreensão desses mesmos fatos. Ë também, que, analogia, vão permitir a compreensão de outros fatos similares. O ECRO é um modelo de apreensão da realidade.

O referencial: quando Pichón fala do referencial alude as duas coisas. Por um lado, trata-se de todos os conhecimentos anteriores, de todas as experiências e vivências anteriores, com os quais cada sujeito aborda a aprendizagem de um objeto de conhecimento. Por outro lado, alude ao seguimento do campo ao qual vamos nos referir.

O Operativo ": como instrumento, o ECRO nos permite planejar a abordagem do objeto do conhecimento. Isto é, nos permite a prender a realidade. O critério de operatividade representa no ECRO o que em outros esquemas é o critério tradicional da verdade".

O ECRO é instrumento que nos permite uma compreensão em horizontalidade e verticalidade. A primeira é a compreensão do sistema social, é compreensão da organização do sistema. A segunda é a compreensão do sujeito inserido nesta sociedade.

BIBLIOGRAFIA:

BERSTUN, Marcos...

Tradução: MARCO, Liana Di