O mundo está entrando em colapso. Isto é fato. Falta de sustentabilidade, escassez de recursos, constantes apagões e pane nos sistemas de distribuição de água e energia. Neste cenário, vemos o ser humano cedendo ao individualismo  exagerado e a frequente satisfação do que ''eu quero'', do que ''eu acho que preciso''. Este fato é marcado e muito visto através da mídia através do poder de compra que a classe C assumiu e vêm praticando, mesmo diante dos índices baixíssimos de piso salarial e grande margem de desemprego. Não obstante, não podemos generalizar; obviamente há uma grande parte da população que ainda sofre para comprar o pão e o leite diários.

Mas bem, nesta perspectiva há um ponto muito importante a ser analisado. Como bem sabemos, por vezes os benefícios concedidos pelo governo elevam o estímulo de algumas famílias a utilizarem o mesmo de forma incorreta, ou ainda, absurda. Uma das reportagens que mais circularam na mídia nacional foi há meses atrás no qual, uma senhora reclamava sobre o dinheiro ganho no Bolsa-família, alegando ''não ser o suficiente para comprar um jeans de R$ 300,00 para uma jovem''.

Fica bem evidente, que de uns anos pra cá, a sociedade de consumo vêm alimentando o seu ''eu'' da pior forma possível. Este sentimento de poder de compra não só prejudica financeiramente quem o assume; acaba alienando-o através dessa satisfação. ''Eu posso comprar, eu me sinto bem possuindo isto, eu me igualo à ele''. Expressões assim delineam bem o perfil da sociedade de consumo atual. Ademais, este comportamento, por vezes, acaba criando uma zona de conforto para quem se abstém do próprio sustento, com a certeza de que o governo (através de bolsas-auxílio) vá conceder suas necessidades.

O ser humano precisa urgentemente deixar o ‘’eu’’ de lado e passar a adotar o ‘’nós’. Assim como caminhamos para o consumismo desenfreado; podemos rever nossos conceitos de compra e necessidade, a fim de valorizar melhor nossos bolsos e desfrutar dos prazeres da vida sem gerar nenhum colapso; para eu ou para nós.