RESUMO

O distúrbio bipolar ou transtorno bipolar (TB) é uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase maníaca ou hipomaníaca, que se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia em diversos graus de intensidade; São estágios diferentes pela gradação dos seus sintomas, hiperatividade física e mental, e uma fase de depressão, inibição, lentidão para conceber e realizar idéias, e ansiedade ou tristeza. Existem atualmente muitas pessoas que possuem o transtorno sem ter um diagnóstico elaborado por um psiquiatra ou psicólogos normalmente esses pacientes passam anos, às vezes décadas sem ao menos descobrirem o problema, pois as crises no início são espaçadas, e quase não se percebe a diferença dos sintomas para os traços de personalidade do indivíduo, ou mesmo episódios isolados de tristeza, ou de muita alegria, competência nos trabalhos ou estudos, sensualidade, ou certo descuido com a vida financeira.

OBJETIVO: Este artigo fala sobre o diagnóstico, tratamentos, posologias medicamentosas e prospecção dos prováveis prejuízos associados à não adesão ao tratamento em pacientes bipolares.

METODOLOGIA: Esta análise é parte de estudo transversal que utilizou metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS). A presente pesquisa foi sustentada através de revisão sistemática de literaturas, com a utilização das bases de dado eletrônicas e literárias: LILACS, SciELO, PubMed dentre outras.

RESULTADOS: De um total de 45 artigos encontrados, 13 preencheram os critérios de inclusão e exclusão, sendo que 32 artigos se concentraram em demonstrar a causa da doença o tratamento e seus prejuízos.

CONCLUSÃO: Pode-se concluir que o transtorno bipolar é uma doença que afeta milhões de pessoas pelo mundo e infelizmente poucos conseguem identificar que possuem a doença e buscar um tratamento adequado para amenizar os sintomas, onde o apoio familiar e relacional é de extrema importância para o paciente, porém muitos se isolam ou fogem desses, visando à negação que necessitem de ajuda.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Bipolar; Drogas; Depressão; Transtornos do humor; Melancolia; Depressão atípica;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABSTRACT

Bipolar disorder or bipolar disorder (BD) is a form of mood disorder characterized by extreme variation of mood between a manic or hypomanic, which manifest as depressive episodes alternating with episodes of euphoria in varying degrees of intensity; stages are by different gradation of their symptoms, mental and physical hyperactivity, and a phase of depression, inhibition, slowness to conceive ideas and conduct, and anxiety or sadness. There are now many people who have the disorder without having a diagnosis given by a psychiatrist or psychologists usually these patients spend years, sometimes decades without ever discovering the problem, because crises are spaced at the beginning, and hardly notice the difference of symptoms to the personality traits of the individual, or even isolated episodes of sadness, or joy, competence in work or studies, sensuality, or neglect of certain financial life.


OBJECTIVE: This article talks about the diagnosis, treatments, drug dosages and prospect of probable losses associated with non-adherence in bipolar patients.


METHODS: This analysis is part of cross-sectional study that used the methodology of the World Health Organization (WHO). This research was supported through a systematic review of literature, the use of electronic data bases and literary: LILACS, SciELO,PubMed and others.


RESULTS: A total of 45 articles found, 13 met the inclusion and exclusion criteria, and 32 articles focused on demonstrating the cause of disease treatment and their losses.


CONCLUSION: It can be concluded that bipolar disorder is a disease that affects millions of people around the world and unfortunately few can identify who have the disease and seek appropriate treatment to alleviate the symptoms, where relational and family support is extremely important for the patient, but many of these are isolated or flee, seeking to deny needing help.


KEYWORDS: Bipolar Disorder, Drugs, Depression, Mood disorders; Melancholy; Atypical depression;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO[1]

O distúrbio bipolar ou transtorno bipolar (TB) é uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase maníaca ou hipomaníaca, que se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia em diversos graus de intensidade; São estágios diferentes pela gradação dos seus sintomas, hiperatividade física e mental, e uma fase de depressão, inibição, lentidão para conceber e realizar idéias, e ansiedade ou tristeza. Juntos estes sintomas são comumente conhecidos com a nomenclatura de depressão maníaca.

No passado, esse transtorno era conhecido pelo nome de psicose maníaco-depressiva, uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de fases de depressão e de hiper excitabilidade ou mania. Nesta fase, a pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir, sentir e viver caminhando para um ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes.

O transtorno bipolar foi descrito por Emil Kraepelin nos primórdios da história da psicopatologia e da psicanálise, enfatizando nesta época os estados maníacos e psicóticos. Atualmente, existem uma série de medicamentos denominados estabilizadores do humor e antipsicóticos que trazem grandes melhoras às pessoas acometidas, podendo ter, na maioria das vezes, bom curso e prognóstico. Existem indicativos de fatores genéticos, além do estresse é o principal desencadeante, podendo ocorrer em qualquer faixa etária, mas a média de aparecimento é por volta dos trinta anos. As pessoas alternam ciclos mais ou menos graves de depressão e humor exaltado (mania ou hipomania). Podem existir ou não características psicóticas, dependendo da intensidade do distúrbio, tratamento e evolução.

Existem  atualmente muitas pessoas que possuem o transtorno sem ter um diagnóstico elaborado por um psiquiatra ou psicólogos normalmente esses pacientes passam anos, às vezes décadas sem ao menos descobrirem o problema pois as crises no início são espaçadas, e quase não se percebe a diferença dos sintomas para os traços de personalidade do indivíduo, ou mesmo episódios isolados de tristeza, ou de muita alegria, competência nos trabalhos ou estudos, sensualidade, ou certo descuido com a vida financeira. Muitas das vezes esse diagnóstico nunca chega a ser dado, e o não-paciente, passa uma vida inteira entre altos e baixos, podendo por fim a sua própria vida, numa total solidão de vivências exacerbadas. Estima-se que apenas 1 em cada 4 casos sejam diagnosticados[2].

Existem vários tipos de TB, o tipo I, que se caracteriza pela presença de episódios de depressão e de mania, ocorre em cerca de 1% da população geral. Considerando-se os quadros mais brandos do que hoje se denomina “espectro bipolar”, como o Transtorno Bipolar tipo II (caracterizado pela alternância de depressão e episódios mais leves de euforia - hipomania), a prevalência pode chegar a até 8% da população. Assim, estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de brasileiros sejam portadores do TB, nas suas diferentes formas de apresentação. A base genética do TB é bem estabelecida: 50% dos portadores apresentam pelo menos um familiar afetado, e filhos de portadores apresentam risco aumentado de apresentar a doença, quando comparados com a população geral[3].

No transtorno bipolar mista, os episódios possuem várias características tanto de mania quanto de depressão simultaneamente, nos cliclos rápidos os episódios variações humor duram menos de uma semana, e na ciclotimia os sintomas são persistentes por pelo menos dois anos, períodos em que sintomas de hipomania são leves e depressão ou distimia não são tão profundos para ser qualificados como Depressão maior, como demonstrado no quadro abaixo:

 

 

Quadro dos tipos de Transtorno Bipolar

TIPO I

Predomínio da fase maniaca com depressão mais leve (distimia).

TIPO II

Predomínio da fase depressiva com mania mais leve (hipomania).

MISTA

Quando os episódios possuem várias características tanto de mania quanto de depressão simultaneamente.

CICLOS RÁPIDOS

Quando os episódios variações humor duram menos de uma semana.

CICLOTIMIA

Os sintomas são persistentes por pelo menos dois anos, períodos em que sintomas de hipomania são leves e depressão ou distimia não são tão profundos para ser qualificados como Depressão maior.

O TB acarreta incapacitação e grave sofrimento para os portadores e suas famílias. Dados da Organização Mundial de Saúde, ainda na década de 1990, evidenciaram que o TB foi a sexta maior causa de incapacitação no mundo. Estimativas indicam que um portador que desenvolve os sintomas da doença aos 20 anos de idade, por exemplo, pode perder nove anos de vida e 14 anos de produtividade profissional, se não tratado adequadamente[4].

A mortalidade dos portadores de TB é elevada, e o suicídio é a causa mais freqüente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais freqüentes entre portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral. A associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum (41% de dependência de álcool e 12% de dependência de alguma droga ilícita), como agrava o curso e o prognóstico do TB, piora a adesão ao tratamento e aumenta em duas vezes o risco de suicídio[5].

Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro, que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas. É o caso do lobo pré-frontal e da amígdala, uma estrutura central que possibilita o reconhecimento das expressões fisionômicas e das tonalidades da voz. Junto dela se encontra o hipocampo que é de vital importância para a memória a proximidade dessas duas áreas explica por que não se perdem as lembranças de grande conteúdo emocional. Por isso, jamais nos esquecemos de acontecimentos que marcaram nossas vidas.

Outro componente envolvido com os transtornos bipolares é a produção de serotonina no tronco-cerebral (o cérebro arcaico), uma substância imprescindível para o funcionamento harmonioso do cérebro. A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos e as funções intelectuais, quando essa substância encontra-se numa baixa concentração pode levar ao mau humor, dificuldade para dormir e vontade de comer o tempo todo, por exemplo, uma das formas de aumentar a concentração se serotonina na corrente sanguínea é consumir alimentos ricos em triptofano, outra é praticar exercícios físicos com regularidade.

A baixa concentração de serotonina no organismo pode levar ao aparecimento de sintomas como:

  • Mau humor de manhã;
  • Sonolência durante o dia;
  • Inibição do desejo sexual;
  • Vontade de comer doces;
  • Comer a toda hora;
  • Dificuldade no aprendizado;
  • Distúrbios de memória e de concentração;
  • Irritabilidade;
  • Cansaço;
  • Ficar sem paciência facilmente.

Alguns alimentos ricos em triptofano que servem para aumentar a taxa de serotonina no organismo são:

  • Chocolate preto;
  • Vinho tinto;
  • Banana;
  • Abacaxi;
  • Tomate;
  • Carnes magras;
  • Leite e seus derivados;
  • Cereais integrais;
  • Castanha do Pará.

Alimentos como estes devem ser consumidos diariamente, em pequenas proporções, várias vezes ao dia. Um bom exemplo disso é tomar uma vitamina de banana com castanha do Pará no café da manhã, comer um peito de frango grelhado com salada de tomate no almoço e tomar uma taça de vinho tinto após o jantar[6].

Para a maioria das pessoas com transtorno bipolar, não existe uma causa evidente para os episódios maníacos ou depressivos. A seguir estão os possíveis desencadeadores de um episódio de mania em pessoas com transtorno bipolar:

  • Mudanças na vida, como o nascimento de um bebê
  • Medicamentos, como antidepressivos ou esteróides
  • Períodos de insônia
  • Uso de drogas recreativas

A perturbação do humor deve ser suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional, nas atividades sociais ou relacionamentos costumeiros com outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos a si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos.

Caso durante o período da perturbação do humor, inclua pelo menos três dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) em um grau significativo, mas durar apenas alguns dias, e essas mudanças ocorrerem há pelo menos 2 anos (1 ano para crianças e adolescentes), classifica-se como hipomania.

Antidepressivos são quase sempre ineficazes caso não incluam também psicoterapia, especialmente quando envolvem alcoolismo, tabagismo ou uso de drogas ilícitas.

Deve conter cinco ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedonia:

  • · Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
  • · Anedonia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
  • · Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
  • · Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
    • · Fadiga ou perda de energia;
    • · Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
    • · Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
    • · Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
    • · Ideias recorrentes de morte ou suicídio.

Caso existam 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos no mínimo, classifica-se como distimia.

Principais Sintomas

Um dos principais problemas da fase maniaca é o indivíduo impulsivamente se endividar, abusar de drogas e/ou fazer sexo com inúmeros parceiros diferentes por conta da libido.

Sintomas de depressão, onde o indivíduo deprimido em geral se sente abatido, quieto e triste. Pode dormir muito, como uma fuga do convívio, reclamar de cansaço em tarefas simples como escovar os dentes, apresentar traços de baixa auto-estima e de sentimentos de inferioridade. Demonstra pouco interesse pelos acontecimentos e coisas e pode se isolar da família e amigos.

O indivíduo pode se sentir, nesta fase, culpado por erros do passado, e fracassos em sua vida e de seus familiares. Pode haver irritabilidade, lamentos, e auto-recriminação.

Pode haver um distúrbio do apetite, tanto para aumentá-lo, como para diminuí-lo. O deprimido pode apresentar queda na sua imunidade, o que o deixa mais predisposto a contrair doenças. Em alguns casos a depressão pode se manifestar de forma psicossomática, e o indivíduo pode apresentar algumas doenças de causa psicológica, que normalmente se caracterizam por dores pelo corpo ou cabeça.

Há uma queda da libido e o indivíduo se afasta de seu companheiro, se o possuir.

É comum nesta fase pensamentos suicidas, uma vez que o indivíduo se sente mal em sua vida e sem energia para mudá-la. A conseqüência mais grave de uma depressão pode ser a concretização do suicídio.

Sintomas da Euforia (Mania), na fase eufórica o indivíduo pode apresentar sentimentos de grandiosidade, poderes além dos que possui e grande entusiasmo. O indivíduo passa a dormir pouco, tornar-se agitado, pode vir a falar a noite, ou mesmo  falar muito, ter muitas ideias ao mesmo tempo, sentindo os pensamentos bem mais acelerados, formando linhas de raciocínio difíceis de serem compreendidas por outras pessoas. Há uma alteração na libido e o indivíduo tem um aumento do desejo sexual. É comum a bipolares terem vários parceiros sexuais a cada episódio. O indivíduo perde a inibição social, podendo passar por situações vexatórias por falta de senso crítico. Também é comum a irritabilidade, que associada com a impulsividade, pode levar o indivíduo a se envolver em mais brigas.

Nesta fase é comum os indivíduos se endividarem ou perderem muito dinheiro, comprometendo até bens de família. Durante os delírios de grandeza os gastos são muito acima do que sua realidade permitiria. Devido ao grande otimismo, é possível que o indivíduo empreste dinheiro a pessoas a quem mal conhece, e que podem estar aproveitando-se da situação. São comuns manias como perseguição, realização de sonhos (reformas, viagens, compras) que a primeira vista podem até parecer normais[7].

No tipo de THB com surtos psicóticos, é comum nesta fase que o paciente tenha alucinações e delírios de grandeza.

A fase maníaca pode durar dias ou meses. Alguns possíveis sintomas são:

  • Distrair-se facilmente;
  • Redução da necessidade de sono;
  • Capacidade de discernimento diminuída;
  • Pouco controle do temperamento;
  • Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas;
  • Capacidade de discernimento diminuída;
  • Sexo com muitos parceiros (promiscuidade);
  • Gastos excessivos;
  • Atividade em excesso (hiperatividade);
  • Aumento de energia;
  • Pensamentos acelerados que se atropelam;
  • Fala em excesso;
  • Auto- estima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades);
  • Grande envolvimento em atividades;
  • Grande agitação ou irritação;

Esses sintomas da mania ocorrem com o transtorno bipolar I. Nas pessoas com transtorno bipolar II, os sintomas da mania são similares, mas menos intensos.

A fase depressiva nos dois tipos de transtorno bipolar apresenta os seguintes sintomas:

  • Desânimo diário ou tristeza;
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões;
  • Perda de peso e perda de apetite;
  • Comer excessivamente e ganho de peso;
  • Fadiga ou falta de energia;
  • Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado;
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas;
  • Baixa auto- estima;
  • Pensamentos sobre morte e suicídio;
  • Problemas para dormir ou excesso de sono;
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas;

Como já mencionado anteriormente os riscos de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas e o risco de suicídio.

Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem sendo que os sintomas maníacos e depressivos podem vir a ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.

 

 

Diagnósticos

Vários fatores estão envolvidos no diagnóstico do transtorno bipolar. O médico pode usar todas ou algumas das opções abaixo[8]:

  • Perguntar sobre seu histórico médico familiar, se alguém na família tem ou já teve transtorno bipolar;
  • Perguntar sobre suas oscilações de humor recentes e há quanto tempo você apresenta esse tipo de alteração;
  • Realizar um exame completo para identificar doenças que podem estar causando os sintomas;
  • Solicitar exames laboratoriais para verificar a ocorrência de problemas na tireóide ou níveis toxicológicos;
  • Conversar com os familiares sobre o seu comportamento;
  • Fazer um histórico médico, incluindo todos os seus problemas médicos e os medicamentos usados;
  • Observar seu comportamento e humor;

Observação: o uso de drogas pode causar alguns dos sintomas. Entretanto, isso não descarta o transtorno bipolar. O próprio abuso de drogas pode ser um sintoma do transtorno bipolar.

Os pais podem identificar o TB analisando seus filhos, se, desde que nasceu a criança apresenta um temperamento mais eufórico, é cheia de energia e criatividade, mas não perturba ninguém nem a si mesma, isso faz parte de sua personalidade, é normal e não deve ser coibido; Agora, se ela é instável demais e repentinamente oscila entre a euforia e a depressão, a apatia e a hiperatividade, se nada justifica seu estado de excitação e euforia, a falta de sono, a empolgação e há casos de transtorno bipolar ou mesmo de depressões decorrentes na família, os pais devem procurar ajuda[9].

O problema, porém, é o risco de encontrar apenas quem dê explicações lógicas para o comportamento da criança. As professoras e orientadoras explicam o que acontece na escola e a própria dinâmica familiar serve de explicação para o comportamento infantil. Recomenda-se consultar um pediatra, embora infelizmente muitos ainda não estejam preparados para reconhecer os sintomas do transtorno. Na verdade, entre a manifestação dos primeiros sinais e o diagnóstico, às vezes, transcorrem mais de dez anos.

Na adolescência, o quadro clínico costuma surgir a partir dos 15 anos e tem características muito diferentes das que se observam na infância. O pico de incidência, porém, ocorre entre 18 e 25 anos. Nesse período que, em geral, os jovens estão sob maior estresse, mais inseguros e indefinidos, violentamente bombardeados pelos hormônios. É também nesse período da vida que se expõem mais a comportamentos de risco, a sexualidade explode e as drogas o seduzem. É nesse período, portanto, que fatores ambientais, constitucionais e genéticos interagem favorecendo a eclosão do transtorno bipolar[10].

O diagnóstico nessa fase é mais fácil, porque se trata de um quadro descrito há 2.500 anos. É na infância que a dificuldade se acentua. A tendência é reprimir a criança, tentar educá-la à força ou atribuir a responsabilidade por seu comportamento inadequado aos pais, aos irmãos, à escola ou aos amigos. O caso se complica ainda mais porque não se tem certeza de que tais quadros de transtorno sejam biologicamente equivalentes, isto é, se o aparecimento na infância é simplesmente a manifestação precoce de uma patologia que iria acontecer mais tarde no adolescente ou no adulto, ou se é algo mais intrincado do ponto de vista neurofisiológico.

Existem métodos oferecidos na literatura que auxiliam os pais a identificarem se seus filhos apresentam o transtorno, não existem testes padronizados para transtorno bipolar, mas esta lista, adaptada do livro “The Bipolar Child”, pode ajudar a reconhecer alguns sinais de alerta, basta assinar os comportamentos que a criança atualmente apresenta ou apresentou no passado, caso os pais assinalem mais de 20 itens, demonstra que essa criança em especial deveria ser examinada por um profissional da área.

Quadro de auxilio aos pais identificarem transtorno bipolar nos filhos.

(  ) Fica aflito demais quando separado da família;

(  ) Demonstra ansiedade ou preocupação excessiva;

(  ) Tem dificuldade para levantar-se pela manhã;

(  ) Fica hiperativo e excitável à tarde;

(  ) Tem sono agitado ou dificuldade para conciliar o sono;

(  ) Tem terror noturno ou acorda muitas vezes no meio da noite;

(  ) Não consegue concentrar-se na escola;

(  ) Tem caligrafia pobre;

(  ) Tem dificuldade em organizar tarefas;

(  ) Tem dificuldade em fazer transições;

(  ) Reclama de sentir-se aborrecido;

(  ) Tem muitas idéias ao mesmo tempo;

(  ) É muito intuitivo ou muito criativo;

(  ) Distrai-se facilmente com estímulos externos;

(  ) Tem períodos em que fala excessiva e muito rapidamente;

(  ) É voluntarioso e recusa-se a ser subordinado;

(  ) Manifesta períodos de extrema hiperatividade;

(  ) Tem mudanças de humor bruscas e rápidas;

(  ) Tem estados de humor irritável;

(  ) Tem estados de humor vertiginosamente alegres ou tolos;

(  ) Tem idéias exageradas sobre si mesmo ou suas habilidades;

(  ) Exibe um comportamento sexual inapropriado;

(  ) Sente-se facilmente criticado ou rejeitado;

(  ) Tem pouca iniciativa;

(  ) Tem períodos de pouca energia, ou alheamento, ou se isola;

(  ) Tem períodos de dúvida sobre si mesmo ou de baixa estima;

(  ) Não tolera demoras ou atrasos;

(  ) Persegue obstinadamente suas próprias necessidades;

(  ) Discute com adultos ou é mandão;

(  ) Desafia ou se recusa a cumprir regras;

(  ) Culpam os outros por seus erros;

(  ) Enervam-se facilmente quando as pessoas impõem limites;

(  ) Mente para evitar as conseqüências de seus atos;

(  ) Tem acessos de raiva ou fúria explosivos e prolongados;

(  ) Tem destruído bens intencionalmente;

(  ) Insulta cruelmente com raiva;

(  ) Calmamente faz ameaças contra outros ou contra si mesmo;

(  ) Já fez claras ameaças de suicídio;

(  ) É fascinado por sangue ou coágulos;

(  ) Já viu ou ouviu alucinações.

Tratar crianças com transtorno bipolar não é fácil, mas, atualmente, pelo menos é possível, o primeiro passo, em geral, é prescrever medicamentos. Depois vem a psicoterapia individual, a terapia familiar e as mudanças no estilo de vida.

Também são encontrados recursos terapêuticos que auxiliam esse processo dos pais como:

  • · Lítio – O tradicional esteio atenua os sintomas através da regulação dos neurotransmissores, mas não funciona para todas as pessoas.
  • · Medicamentos anticonvulsivantes – Inicialmente usados no tratamento da epilepsia, esses medicamentos ajudam a controlar as crises de mania.
  • · Anti- psicóticos atípicos – Medicamentos utilizados para ajudar os esquizofrênicos a vencerem os delírios podem fazer o mesmo pelos bipolares.
  • · Antidepressivos – Apresentam o risco de aumentar os ciclos do transtorno bipolar, mas seu uso pode ser necessária como parte da associação de medicamentos.
  • · Estilo de vida – Rotinas como, por exemplo, a fixação dos horários de dormir e acordar, são fundamentais; o uso de cafeína deve ser restringido e os adolescentes devem evitar o uso de drogas e álcool.
  • · Psicoterapia individual – Crianças precisam de aconselhamento para ajudá-las a equilibrar o sono, a alimentação, o trabalho e a diversão; precisam também falar sobre problemas em casa e resolver conflitos que possam desencadear as crises.
  • · Terapia familiar – Os pais devem aprender quando ceder – isto é crucial no início do tratamento – e quando devem ser firmes. Contendas ou disputas familiares devem ser reduzidas ao mínimo. Os irmãos podem servir como olhos e ouvidos confiáveis para uma criança cujas percepções estão confusas.

Também é importante observar que o transtorno de humor bipolar pode aparecer pela primeira vez em qualquer idade: na criança, no adolescente, no adulto ou no idoso. Nada impede que um indivíduo de 60 anos, muito criativo, energético, envolvido em grandes projetos e intensa atividade, de repente desencadeie o processo por um motivo qualquer, isso aconteceu com personalidades famosas de nossa história que tiveram o quadro deflagrado, quando eram mais velhas, e só então descobriram que sua energia e dinamismo tinham pontos em comum com a predisposição para a doença. Em vista disso, independentemente da idade, quanto mais rápido ela for diagnosticada, menos irá interferir na estruturação da personalidade das crianças, no caráter do adolescente, nas relações profissionais e familiares do adulto e na imagem do indivíduo com mais idade[11].

Os comportamentos familiares nesses casos são de extrema importância para fazer com que as crianças, adolescentes se sintam seguro para procurar ajuda. Se os familiares não estiverem inseguros e temerosos, poderão convencê-la a procurar atendimento para um diagnóstico diferencial, a fim de eliminar possíveis causas imediatas da doença. Se a intervenção ocorrer em 48 ou 72 horas, praticamente não haverá prejuízo. O primeiro remédio que se receita hoje é uma visita a sites da internet especializados em informar as pessoas sobre a regulação do humor, porque isso é fundamental na manutenção do tratamento[12].

Tratamento de Transtorno bipolar

Os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento. Os principais objetivos do tratamento são:

  • Evitar a alternância entre as fases;
  • Evitar a necessidade de hospitalização;
  • Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios;
  • Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio;
  • Reduzir a gravidade e a freqüência dos episódios;

O médico primeiramente tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores do episódio de alteração de humor. Ele também pode investigar os problemas médicos ou emocionais que podem afetar o tratamento.

Os seguintes medicamentos, conhecidos como estabilizadores de humor são geralmente usados primeiro:

  • Carbamazepina;
  • Lamotrigina;
  • Lítio;
  • Valproato (ácido valproico);

Outros medicamentos anticonvulsivos também podem ser receitados.

Entre outros medicamentos usados para tratar o transtorno bipolar estão:

  • Medicamentos antipsicóticos e antiansiedade (benzodiazepinas) para problemas de humor;
  • Remédios antidepressivos podem ser administrados para tratar a depressão. As pessoas com transtorno bipolar têm mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos se tomarem antidepressivos. Por essa razão, os antidepressivos só são receitados para as pessoas que também estão tomando um estabilizador de humor;

O tratamento adequado do TB reduz a incapacitação e a mortalidade dos portadores. Em linhas gerais, inclui necessariamente a prescrição de um ou mais estabilizadores do humor em associação (carbonato de lítio, ácido valpróico/valproato de sódio/divalproato de sódio, lamotrigina, carbamazepina, oxcarbazepina). A associação de antidepressivos (de diferentes classes) e de antipsicóticos (em especial os de segunda geração como risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, aripiprazol) pode ser necessária para o controle de episódios de depressão e de mania[13].

Outro fármaco que anda surtindo efeitos nesse tratamento muito prescrito atualmente é a risperidona que pode causar hiperprolactinemia devido ao bloqueio dos receptores D2. Tal efeito foi observado em homens e mulheres, podendo ser minimizado com o uso da menor dose efetiva. A risperidona é um fármaco bem tolerado pelos pacientes com transtorno bipolar que apresentam quadro de mania. A ocorrência de efeitos adversos metabólicos é menos freqüente que a observada com o uso de outros antipsicóticos atípicos como a olanzapina e a quetiapina. Por outro lado, a ocorrência de sintomas extrapiramidais é um tema importante com o uso da risperidona.


      No momento de tratar pacientes com transtorno bipolar que apresentam quadro de mania, recomenda-se utilizar uma dose de risperidona de 2 a 3 mg/dia, embora nos casos mais graves sejam necessárias doses maiores. Em pacientes idosos, deve-se utilizar, inicialmente, 0,25 a 1 mg/dia e elevar a dose gradativamente. Em crianças e adolescentes, a dose inicial de risperidona deve ser 0,5 mg/dia, devendo-se depois aumentar gradativamente até um máximo de 3 mg/dia. Os pacientes com insuficiências renais e hepáticas também necessitam ajustar a dose em razão da redução da depuração e do aumento da concentração plasmática nessas situações.

       A risperidona é um antipsicótico atípico eficaz e com tolerância adequada para tratar pacientes com transtorno bipolar que apresentam episódios de mania. Recomenda-se seu uso tanto isoladamente como em associação a outros fármacos, sendo necessários novos estudos para se obter dados mais definitivos.

Também a terapia eletroconvulsiva (TEC), pode ser usada para tratar a fase maníaca ou depressiva de um transtorno bipolar caso não haja resposta aos medicamentos. A TEC usa uma corrente elétrica para causar uma breve convulsão enquanto o paciente está anestesiado. A TEC é o tratamento mais eficaz no caso das depressões que não são amenizadas com medicamentos.

A estimulação magnética transcraniana (EMT) utiliza pulsos magnéticos de alta freqüência direcionados para as áreas afetadas do cérebro. É mais usada geralmente depois da TEC.

O paciente que está no meio de um episódio maníaco ou depressivo pode precisar ser hospitalizado até que seu humor seja estabilizado e seus comportamentos estejam sob controle.

Os médicos ainda estão tentando descobrir a melhor forma de tratar o transtorno bipolar nas crianças e nos adolescentes. Os pais devem levar em consideração os possíveis riscos e benefícios do tratamento para seus filhos.

Algumas pessoas param de tomar o medicamento assim que se sentem melhores ou porque a mania traz uma sensação boa. Para esses pacientes parar de tomar os medicamentos podem causar problemas sérios.

Programas e terapias de apoio

Os tratamentos familiares que combinam apoio e educação sobre o transtorno bipolar (psico- educação) podem ajudar as famílias a lidar com a situação e reduzir as chances de os sintomas retornarem. Os programas que oferecem serviços de apoio social para pessoas necessitadas podem ajudar aqueles que não recebem apoio da família ou de conhecidos.

Habilidades importantes:

  • Lidar com os sintomas que se manifestam mesmo com o uso de medicamentos;
  • Aprender a ter um estilo de vida saudável com sono suficiente e a manter distância das drogas recreativas;
  • Aprender a tomar os medicamentos corretamente e a lidar com os efeitos colaterais;
  • Aprender a reconhecer o retorno dos sintomas e saber como reagir quando eles ocorrem;
  • Os familiares são muito importantes no tratamento do transtorno bipolar. Eles podem ajudar os pacientes a buscar serviços de apoio adequados e garantir que o paciente tome os medicamentos corretamente;

Dormir uma quantidade suficiente de horas é muito importante no transtorno bipolar. A falta de sono pode desencadear um episódio de mania. A terapia pode ser útil durante a fase depressiva. Participar de um grupo de apoio pode ajudar os pacientes com transtorno bipolar e seus familiares e amigos[14].

  • Um paciente com transtorno bipolar nem sempre consegue descrever o estado da doença para o médico. Os pacientes geralmente têm dificuldade para reconhecer seus próprios sintomas maníacos;
  • As variações de humor no transtorno bipolar são imprevisíveis. Algumas vezes, é difícil saber se o paciente está respondendo ao tratamento ou saindo naturalmente de uma fase bipolar;
  • Tratamentos para crianças e idosos ainda não foram estudados em detalhe;

Os medicamentos estabilizadores de humor podem ajudar a controlar os sintomas do transtorno bipolar. Entretanto, os pacientes geralmente precisam de ajuda e apoio para tomar os medicamentos corretamente e garantir que os episódios de mania e depressão sejam tratados o mais rápido possível.

Pode haver possíveis complicações caso interrompa o tratamento ou o paciente deixe de tomar os medicamentos fazendo com que os sintomas voltem e podendo causar ainda mais complicações como:

  • Abuso de álcool e/ou drogas;
  • Problemas financeiros, nas relações pessoais e profissionais;
  • Pensamentos e comportamentos suicidas;

Essa é uma doença difícil de tratar. Os pacientes, seus amigos e familiares devem estar cientes dos riscos de não tratar o transtorno bipolar.

MÉTODOS

Esta análise é parte de estudo transversal que utilizou metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS). A presente pesquisa foi sustentada através de revisão sistemática de literaturas, com a utilização das bases de dado eletrônicas e literárias: LILACS, SciELO, PubMed dentre outras.

RESULTADOS

De um total de 45 artigos encontrados, 13 preencheram os critérios de inclusão e exclusão, sendo que 32 artigos se concentraram em demonstrar a causa da doença e o tratamento.

CONCLUSÃO

Como analisados em diversos artigos, pode-se concluir que o transtorno bipolar é uma doença que afeta milhões de pessoas pelo mundo e que essa doença se divide em muitas vertentes cada qual demonstrando sintomas que chegam desde leve/ moderados a graves/ perigosos.

Infelizmente poucos conseguem identificar que possuem esse transtorno e buscar um tratamento adequado para amenizar os sintomas que podem aparecer na infância, adolescência pode ser desencadeada após os 30 anos ou mesmo por traumas em idades mais avançadas como em idosos, o apoio familiar e relacional é de extrema importância para o paciente, porém muitos se isolam ou fogem desses, visando à negação que necessitem de ajuda,

As indústrias farmacêuticas disponibilizam vários fármacos para auxiliarem esses pacientes aos seus tratamentos, e se o paciente consultar um psiquiatra ou psicólogo buscando ajuda para seus sintomas uma adequação na posologia trará benefícios e melhor qualidade de vida para os mesmos e as pessoas em sua volta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIA

 

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Os autores declaram não haver conflitos de interesses.



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