Marta Eterna de Souza Freitas*

Maviane Ramalho Machado Souza*

Regiane Aparecida Tavares da Silva* 

Tendo em vista que os alunos de Eja são em sua grande maioria trabalhadores do comércio em geral, temos uma grande diversificação de cultura e conhecimento prévio de mundo em uma única sala de aula. E ainda enfrentamos a problematização de mantermos dentro desta mesma sala de aula alunos de 15 a 60 anos, ou seja, encontramos diferentes gerações com diferentes costumes muitas vezes já enraizados.  Desta forma encontramos três principais impasses em relação a comunhão do ensino de teoria e prática da Educação Física:

1°: O aluno mais jovem, com idade até 30 anos, não reconhece o estudo da teoria em Educação Física importante para a realização das atividades práticas como um todo, não somente em horário de aula, como na quadra de esportes, mas também em sua totalidade em seu cotidiano.

2°: O aluno com idade a cima de 30 anos não reconhece a importância da atividade prática como um todo, não somente em horário de aula, como na quadra de esportes, mas também em sua totalidade em seu cotidiano.

3°: Os alunos, tanto os jovens quanto os adultos, não reconhecem a importância de se haver uma união entre o conhecimento teórico para a aplicação na prática em sua totalidade.

Quando citamos os alunos jovens e os adultos da Eja em relação as atividades práticas do cotidiano, referimo-nos a estes como trabalhadores, para que assim possamos enfatizar os movimentos físicos realizados por eles nas práticas de suas funções, pois os mesmos realizam inúmeros movimentos na execução de suas funções que podem ser dentre elas: pedreiro, babá, secretária do lar, marceneiro etc. Estes movimentos podem ser repetitivos ou não de maneira incorreta, provocando conseqüências incontáveis para sua saúde física. Se passassem a reconhecer a importância da teoria da Educação Física e ainda a aplicação desta na prática, teriam um ganho de saúde física ao invés de perca.

                     Temos ouvido o que muito se propaga na mídia em relação as doenças funcionais, ou seja, doenças adquiridas através da execução do trabalho, podem ser elas: tendinite, tenossinovite, sinovite, peritendinite, epicondilite, epicondilite, ler, dort, dedo em gatilho, cistos, síndrome do túnel do carpo, síndrome do túnel ulnar, outras síndromes, cervicalgia, síndrome miofascial, síndrome simpático reflexa lombalgia e outros. O fato é que todas elas são adquiridas através do mau uso desta maravilhosa máquina que é o corpo humano. Quando em nossas atividades funcionais praticamos determinados movimentos por oras a fio, é necessário que antes, durante e depois, preparemos o nosso corpo para realizar tais movimentos, e a esta preparação damos o nome de alongamentos. Estes alongamentos são movimentos que proporcionam o aumento da flexibilidade muscular, que promovendo o estiramento das fibras musculares, aumentam o seu comprimento, se tornando essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos. Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade e da flexibilidade. Não é preciso grande condição física ou habilidades atléticas. Quando feitos de maneira adequada os alongamentos podem trazer os seguintes benefícios:

a) reduzem as tensões musculares;

b) relaxamento corporal;

c) proporcionam maior consciência corporal;

d) deixam os movimentos mais soltos e leves;

e) previnem lesões;

f) preparam o corpo para atividades físicas;

g) ativam a circulação.

Os estudantes de Eja podem fazê-los até no intervalo das aulas, pois os alongamentos ajudam na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o raciocínio. Os alongamentos conseguem esses resultados por aumentarem a temperatura da musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo que revestem os músculos.

No caso de nossos alunos trabalhadores e em sua grande maioria exímios sedentários, a conseqüência direta de movimentos incorretos e falta de prática de atividade física, provoca um encurtamento de fibras e maior propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos. Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como entre atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares. Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias, provocadas tanto pelo exercício diário de atividades funcionais como também por esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.

As informações mais precisas destes e de outras afirmativas a cima citadas são justamente encontradas no ensino teórico da Educação Física, dentro da sala de aula da Eja, mostrando então quanto é imprescindível o conhecimento da teoria da Educação Física para a prática da boa saúde física de cada indivíduo, trabalhador, estudante e/ou atleta da Eja.

Fontes consultadas:

www.emforma.com.br

http://intermega.com.br/personalnutri/alonga.htm

Revista Saúde é vital! Estique a sua saúde. Edição de Junho/2002.

*Professora da Educação Básica do Estado de Mato Grosso.
*Professora especialista da Educação Básica do Estado de Mato Grosso.
* Professora da Educação Básica do Estado de Mato Grosso.