Ivanise Hilbig de Andrade1
Cássia Barbosa Reis2
Estela Márcia Rondina Scandola3

 Os direitos sexuais de crianças e adolescentes têm sido pauta frequente nos últimos anos,  tanto na mídia como nas agendas sociais do poder público e da sociedade civil organizada, seja  por conta de ações policiais de enfrentamento e responsabilização, seja por conta de atividades  de promoção de direitos e prevenção da violência operacionalizadas por diversos setores da  sociedade. Em especial no caso da Exploração Sexual cometida contra Crianças e Adolescentes  (ESCA) há que se considerar os avanços em pesquisas e debates que buscam compreender a  dinâmica dessa questão. Essa dinâmica deve ser vista a partir de considerações contextuais,  sociais e econômicas, ou seja, a partir de uma visão sistêmica. Isso porque, por ser um tipo de  violação de direitos sexuais de crianças e adolescentes que envolve trocas materiais e simbólicas,  que envolve poder e o aproveitamento, pelo/pela adulto/adulta, da fase de desenvolvimento da  sexualidade de meninos e meninas, é impossível considerá-la fora das relações materiais e  interpessoais estabelecidas entre sujeitos e territórios.