Boa parte dos jovens brasileiros encontram dificuldades para entrar no mercado de trabalho, tanto que, atualmente, o índice da taxa de desemprego chega aos 18,4%, seja por falta de capacitação técnica ou por poucas oportunidades de acesso às universidades. Estudos mostram que, hoje em dia, a maioria dos jovens quer ter o próprio negócio. De acordo com a pesquisa Juventude Conectada, encomendada pela Fundação Telefônica e realizada por IBOPE e USP, 71% dos jovens gostariam de empreender, mas apenas 40% deles colocarão a mão na massa nos próximos cinco anos. Essa porcentagem de 40% é, principalmente, devido a falta de recursos financeiros para empreender.

Diante dessa realidade, Alessandra França inspirou-se na própria história, nas dificuldades que teve que enfrentar, e começou a pensar em ideias que pudessem estimular o empreendedorismo nos jovens de sua comunidade. Foi aí que surgiu o Banco Pérola, um negócio de impacto social na área de serviços financeiros que fornece microcrédito orientado produtivo, oferecendo também consultoria financeira, para jovens de baixa renda que querem empreender, mas não possuem nem recursos financeiros, nem apoio para estruturar seu negócio. Para fazer o empréstimo, a única garantia exigida é que ele seja feito por grupos solidários empreendedores, onde grupos de 3 a 5 negócios se comprometem solidariamente a honrar com o valor do microcrédito dos outros. Se determinado empreendedor não cumprir com as parcelas, os demais poderão ser cobrados para saldar o débito.

O banco fundado em 2009 com capital de apenas R$ 40 mil, já havia, em 2013, emprestado mais de R$ 3 milhões, com mais de 500 negócios apoiados e ajudando mais de 2000 pessoas beneficiadas. O índice médio de inadimplência é de apenas 2,5%.

No Brasil, muitas soluções foram criadas no que se refere ao fornecimento do microcrédito, entretanto, as oportunidades de empreendedorismo nesse segmento ainda estão em expansão no país. É preciso estar de olhos abertos, pois nunca se sabe de onde virá o próximo grande salto.

Mas afinal, o que são negócios de impacto social? São negócios que buscam associar lucro financeiro com o impacto social positivo, ou seja, possuem em sua genética a preocupação com a população de baixa renda. Além disso, os negócios de impacto devem possuir potencial de escala.

A Artemisia é, no Brasil, a principal articuladora de negócios de impacto social, a ONG oferece aceleração para projetos que busquem atender de forma eficiente os negócios de impacto social.  A disseminação do conceito de negócios de impacto social é realizada por meio do Movimento CHOICE, criado pela Artemisia para engajar universitários dispostos a mudar o mundo. O CHOICE já impactou mais de 50 mil universitários e formou 527 embaixadores.