Conflitos entre pais e filhos podem gerar prejuízos nas empresas
Publicado em 11 de janeiro de 2010 por Sonia Jordão
Praticamente todo homem adulto já deparou com uma situação na qual sua opinião era acentuadamente divergente, ou até se opunha a outra posição, tendo verificado ser difícil encontrar um consenso sem um mínimo de desgaste. Com isso, muitas vezes, a solução foi evitar o prolongamento do assunto e manter a distância entra as partes descontentes.
Quando um conflito como esse ocorre em empresas familiares, a situação é mais delicada.
Os conflitos geralmente surgem nos pequenos detalhes, porém costumam estar respaldados por fundamentos profundos como o desrespeito às diferenças pessoais, ou a falta de informação.
Existem momentos nos quais o conflito aflora com maior facilidade e o momento da sucessão empresarial é um desses, especialmente quando ela decorre do falecimento do pai, situação na qual cresce a expectativa sobre o posicionamento das pessoas na organização, especialmente com relação aos herdeiros, seus cônjuges e seus próprios descendentes.
Essas situações são bastante comuns, tanto que pesquisas internacionais indicam que somente 1/3 das empresas familiares sobrevivem à passagem para a segunda geração e, entre as sobreviventes, somente 15% chegam à terceira geração. Todavia, as empresas familiares não estão condenadas ao insucesso.
Independentemente da formação societária da organização, os conflitos entre pais e filhos podem existir a qualquer momento, ainda mais quando os dois trabalham juntos. “Sabemos que liderar é conseguir que outras pessoas façam o que queremos, é influenciar os outros em suas atitudes. Todos os pais gostariam que seus filhos fossem melhores que eles mesmos, por isso, precisam agir como líderes para, assim, influenciá-los a serem como desejam”, explica a consultora organizacional Sonia Jordão.
Sonia ainda dá algumas dicas de liderança, que, segundo ela, são usadas por bons líderes nas organizações:
- Respeite o direito do outro, assim você conquista sua confiança.
- Saiba ouvir, preste atenção no outro.
- Seja capaz de compreender e perdoar. Errar é humano.
- No lugar de impor suas idéias, procure conquistar seus filhos, com afeto e segurança.
- Busque conhecer a si mesmo e principalmente a seus filhos.
- Respeite as diferenças entre as pessoas, não trate um filho da mesma forma que trata o outro.
- Seja firme, sem usar a agressividade. Procure impor sua autoridade pelo respeito e exemplo e não pela força.
- Saiba por que está dizendo um “não” e mantenha sua palavra.
- Coloque limites, assim seu filho aprenderá que não pode ter tudo o que quer, na hora e da forma que quer. A vida nem sempre nos oferece o que queremos.
- Cumpra o que prometeu, seja um prêmio ou uma punição e não prometa o que você não pode cumprir. A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.
- Delegue responsabilidades.
- Dê feedback, seja ele positivo ou negativo. Mostre onde o outro está errando, isso o ajudará a crescer.
- Seja exemplar. As pessoas seguem o que você faz e não o que você diz para fazerem.
- Evite punir quando estiver irado, espere se acalmar e aí corrija os erros que percebeu.
- Procure acentuar as características positivas de seus filhos. Quando alguém recebe um “rótulo” de que é de alguma forma fará muita coisa para manter isso.
- Use a máxima da liderança que é: elogiar em público e criticar em particular.
Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.
Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecerlideranca.com.br e www.umnovoprofissional.com.br.
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