CONFIANÇA OU ARROGÂNCIA?

"Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os cavalos? Se tão-somente numa terra de paz estás confiado, como farás na enchente do Jordão?" Jr 12.5.

Há muitos hoje que estão correndo só a pé e se fatigando.

Querem vencer os inimigos que vão a cavalo, os corruptores e demônios, sem um preparo adequado.

No dia em que os discípulos de Jesus não conseguiram expulsar um demônio, o Senhor advertiu que aquela casta só se expulsava com oração e jejum.

A enchente do Jordão transformava aquela área em um grande e caudaloso fluxo de água. O rio aumentava muito.

Foi nesse período que Josué atravessou o Jordão.

"E quando os que levavam a arca chegaram ao Jordão, e os seus pés se molharam na beira das águas (porque o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da ceifa). Js 3.15.

O Senhor deseja nossa segurança, mesmo na enchente do Jordão.

Se não conseguirmos vencer nem os pequenos inimigos e problemas, como venceremos os inimigos mais fortes e os problemas maiores?
a) Buscando mais a Deus.
b) Orando mais.
c) Trabalhando mais.
d) Buscando mais a Palavra.
e) Crendo mais.
f) Freqüentando mais a igreja, principalmente as reuniões de oração.

Você poderá dizer que já sabe isto de cor e salteado.

Desde que me entendo de gente, escuto estas mesmas palavras sendo repetidas. É verdade, mas é a única
maneira de não ficar fatigado e poder competir com os que vão a cavalo.

Deus nos deu uma mente privilegiada, uma antena poderosa capaz de sintonizar o céu o tempo todo, "levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo". 2 Co 10.5.

Na existência humana não existe qualquer espaço para presunção, porque "a nossa capacidade vem de Deus". 2 Co 3.5.

Paulo disse que nos "servimos a Deus em espírito e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne". Fp 3.3.

O maior exemplo de presunção encontramos na parábola do fariseu e do publicano.

Lucas diz que esta parábola Jesus falou "a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros". Lc 18.9.

A oração principal do fariseu foi feita alegando suas obras e se comparando com um publicano que ali orava. Ele chegou a dizer a Deus que agradecia por não ser como os demais homens.

Quantos hoje carregam consigo este pensamento petulante, altivo, soberbo e arrogante!

Não é verdade que na perspectiva de fazermos algo na obra do Senhor ficamos sempre rebuscando algum talento, alguma capacidade especial para isto?

Deus usa nossos talentos? Usa. Deus precisa de nossos talentos? Jamais.

O salmista equacionou bem esta situação quando escreveu:

"É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem. É melhor confiar no Senhor do que confiar nos príncipes". Sl 118.8,9.

Quando eu era jovem meu pastor sempre concluía os cultos das suas igrejas com um moto, que era um versículo bíblico. Cada ano ele escolhia um.

Lembro-me que, no ano de 1969, o versículo escolhido foi o Salmo 4, versículo 8. Encerro este artigo com ele, pois ele representa o sentimento e a atitude daquele cuja confiança reside no Senhor:

"Em paz me deitarei e dormirei porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança".