A CNV se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas. O que nos faz questionar sobre o que acontece que nos desliga de nossa natureza compassiva, levando-nos a nos comportarmos de maneira violenta e baseada na exploração das outras pessoas e, inversamente, o que permite que algumas pessoas permaneçam ligadas à sua natureza compassiva mesmo nas circunstâncias mais penosas.

Marshall refletiu sobre estas indagações num momento muito importante de sua vida. Observando as atitudes diversificadas das pessoas ele percebeu que as pessoas reagem conforme suas aprendizagens. Desta forma, percebemos que a Comunicação Não-Violenta é algo aprendido, assim como também a violência.

Sabemos que, a maioria das pessoas que vivem em locais violentos, acaba reproduzindo as mesmas atitudes. Mas precisamos como Rosenberg diz, “mudar as reações repetitivas e automáticas por respostas conscientes, honestas e claras”.

Falar e ouvir utilizando a CNV nos leva a nos entregarmos de coração, ligando-nos a nós mesmos e aos outros de maneira tal que permite que nossa compaixão natural floresça. CNV é uma forma de comunicação que nos leva a nos entregarmos de coração.

Conforme nossas vivências e atitudes, devemos repensar a forma de nos comunicarmos. Para tanto, muitas vezes, devemos reformular a maneira de nos expressar e de ouvir o outro. Assim, aprendemos a identificar e a articular claramente o que de fato desejamos em determinada situação.

Analisamos os outros conforme nossos valores e necessidades, como por exemplo:
“...se minha mulher deseja mais afeto do que estou lhe dando, ela é “carente e dependente”. Mas, se quero mais atenção do que me dá, então ela é “indiferente e insensível”.