“A informação através dos meios está a serviço do bem comum. A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade,na liberdade, na justiça e na solidariedade.” [1]

 

            A Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, que sempre guiou seu povo “instruída pelas Palavras de Cristo, e que sempre bebeu à experiência do Pentecostes e da própria ‘história apostólica’[2] , jamais poderia ficar alheia ás novidades do mundo, por isso, desde seu último concílio: o Vaticano II, confirmando seu ‘amor de mãe’ e seu contínuo interesse pelo bem da humanidade, quando estabeleceu o decreto < INTER MIRIFICA > , em 4/12/63 , aprovado pelo Papa Paulo VI e os padres conciliares, ordenou que fossem promulgadas as normas estabelecidas ali para a glória de Deus[3] , e pediu que todos os seus filhos, os filhos da Igreja, generosamente colocassem em prática estas disposições para que aprendessem a usar os meios de comunicação com sabedoria, maturidade e equilíbrio, sendo assim, testemunhas de Cristo.

            Logo, fora criado o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, a pedido do decreto Inter Mirifica § 19, e também, posteriormente promulgada a Instrução Pastoral “Communio et Progressio”(1971). A partir daí a Igreja continua firme na defesa e preparação dos fiéis frente á revolução nas comunicações, onde se destacam: a imprensa, o cinema, o rádio, a televisão, a “poderosa”internet e outros do mesmo gênero.

            Perante os novos e modernos desafios que o apostolado dos pastores e fiéis da Igreja têm, sentimo-nos no direito radical de também usar dos meios de comunicação social < especialmente a internet > para servirmos em prol da salvação das almas[4], e úteis á educação cristã. Nossa responsabilidade é com a comunicação aos povos, e devemos por isso, nos salvaguardar de causar prejuízo espiritual e moral aos receptores deste site, especialmente os mais jovens. “Jesus disse também a seus discípulos: ‘’E impossível que não haja escândalos, mas aí daquele por quem ele vêm! Melhor lhe seria que se atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos.”(Lc 17,1s).

            A tarefa de sermos luz nos meios de comunicação social é urgente, pois diariamente as famílias são invadidas do “vírus do mal” que destrói a moral cristã e a espiritualidade do lar.

            Disse-nos o saudoso Papa João Paulo II: “O primeiro areópago dos tempos modernos é o mundo das comunicações, que está a unificar a humanidade, transformando-a –como se costuma dizer –na ‘aldeia global’. Os meios de comunicação social alcançam tamanha importância que são para muitos o principal instrumento de informação e formação, de guia e inspiração dos comportamentos individuais familiares e sociais”[5]   

            Neste contexto, a Igreja nos estimula a aprofundarmos o sentido de tudo o que diz respeito aos meios de comunicação, e a traduzi-lo em projetos concretos e realizáveis.[6]  Sendo assim amigos, devemos nos empenhar ao máximo para este fim; estudando, planejando e executando ações, como também sempre motivados a tratar dos temas atuais que a sociedade interpela.

            Nossa meta é fazermos um uso criativo e sábio das novas descobertas tecnológicas e do potencial da “era do computador” para dar glória a Deus.[7]  Não podemos deixar de lado todas as formas possíveis onde possamos estar anunciando o Evangelho que nos faz vencedores ou mesmo denunciando como profetas da Internet,Intranet e Extranet, além de divulgar nossa missão no “mass-media”. É hora de avançarmos para “redes” mais profundas... com urgência, força e ardor missionário, sem deixarmos de ser criativos e éticos, defendendo a moral cristã e apostando na sã doutrina da salvação.

            Antes de clicarmos em qualquer site, abrirmos algum email ou fizermos algum download, façamos um exame de consciência social e pessoal sobre o assunto. Quem sabe assim estejamos construindo a paz!

             A Santa Igreja afirma que os meios de comunicação são < “dons de Deus”, na medida em que procuram fazer a Sua vontade salvífica e colaboram com a solidariedade entre os homens.[8]

            Peçamos ao Espírito Santo a ciência, o discernimento e a sabedoria para interpretar os sinais do mundo atual, e realizar nosso chamado com fé, esperança e amor. Assim, no nosso pouco, ofertamos como a viúva do evangelho[9] este serviço do nosso site, de todo coração, a Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo e a humanidade inteira. Assim seja!

 

Por, Cláudio Cássio,Autor do livro: Amizades são mananciais. Ed.Paulinas, 2010. Fundador do Missão Mensagem Viva.

Arquidiocese de Manaus - Amazonas. 

claudiocassio.blogspot.com

 

 

{1} Catecismo da Igreja Católica,2494

[2] DeV, pg. 6 parág. 1

[3] Inter mirifica, pg.22

[4] Ibidem, pg.7

[5] Redemptoris Missio, n.37 pg. 285 (1991)

[6] Aetatis Novae, n.3 pg.5

[7] Ibidem, pg.6

[8] Communio et Progressio, n.2 pp.593-594 (1971)

[9] Mc 12,43s