Quando se escreve um artigo sem grandes ambições como este, não há motivos para que o célebre leitor ao ermo se delicie com o que ele próprio não possui: capacidade de reflexão. Guardada as devidas proporções de leituras árduas; ponderaremos como viver bem, sendo Imoral. Seria isso admissível? Atenção as Inversões de Valores que serão utilizadas propositalmente. Um espelho, por favor!

Os caminhos para ter uma vida podre e malograda são diversos. É sabido até mesmo pelas pessoas mais ignorantes, que a ruína de uns, pode ocasionar ascensão de outros. Uma Sociedade Séria baseada em princípios de grande estima Moral não veria com bons olhos tal ditado empírico. A ‘nossa’, não costuma apreciar tais preceitos. E os homens pouco se importam com o que pode ser certo ou errado; habitamos a orbe ‘vegetativamente’, mesmo tendo cérebro.

Deixemos o sarcasmo de lado (?). Flutuemos direto ao ponto sem tocá-lo com os dedos. As regras - atitudes para ser imoral e continuarmos a viver bem, são simples e estão ao alcance de todos os privilegiados pela ausência de conhecimento Ético. Adentro: segundo a previsão de um papagaio que fez parceria com o IBAMA, 99% dos humanos estão sempre equivocados. Penoso esperto! Leu os clássicos da filosofia e semana passada finalizou ‘As Flores do Mal’ de Charles Baudelaire. Ave culta! Ouve Amadeus Mozart nas horas vagas. Voa longe!

Sequenciando nosso tema despretensioso; já em idade tenra procurem verificar como os humanos agem, suas manias, fraquezas, vulgaridades e tendências a desvio de caráter. Você notará que eles e você têm muita coisa em comum e sentirá prazer em usá-las a seu favor. E começará a se comportar igual sem perceber. Sendo assim, seja desleal sempre que puder. Pense mais em ti que nos outros. Lembre-se: o seu umbigo é o centro do universo! Fuja de ideias contrárias. Minta a seus pais e demais parentes. Eles merecem. Esqueça-se do sentido das palavras: bondade, caridade, amor, responsabilidade. Irá te ajudar muito! Também é admirável que tu sejas egoísta, orgulhoso e presunçoso. Descubra segredos alheios. Não existem amigos. O que há é a conveniência relacional. Para ser feliz nesta existência, finja o quanto puder. Não peça desculpas. Humildade? Não te pertence. Procure ser indelicado e desrespeitoso, mas disfarce. A maioria faz isto. Estás entendendo? Para quê se atormentar com a análise grosseira de William Shakespeare: ‘E o que importa não é o que você tem na vida. Mas quem você tem na vida’. As pessoas se habituam a ter apenas elas mesmas. Para quê os outros? Só para infernizar tua vida, diria Jean-Paul Sartre; ‘O inferno são os outros’. Ora, você é a luz, meu caro; o resto é escuridão! E te digo mais, nunca seja sincero e transparente. Não vale à pena. Não abrirá as portas da vida torpe, porém, afortunada! O cosmo te espera. Improvise falcatruas contra seus companheiros de jornada empregatícia. É salutar.

Vais dizer que a maioria de nossas relações não é assim? Entenda a voz da inconsciência incurável e tola: ou és tu, ou eles. A vida em ‘coletividade’ se resume nesta citação individualista. Primeira pessoa do singular: EU. Reflitam com o personagem zéca urubu: ‘Melhor que eu só eu mesmo!’ Conhece alguém assim? Ser, insignificante?

A zona onde persistimos existir é um circo sem lona cheio de bobos da corte sem nariz vermelho. Cabe a você escolher quem será o imbecil da vez. Vai bípede louco! Durma com a consciência tranquila. O crucial é lembrardes que tu brilhas mais que os demais. Siga seu EGO: erramos, mas somos felizes! A receita veterinária está abrolhada. Como toda droga contém contraindicações, o ministério do disparate adverte; praticar o BEM MORAL faz mal à saúde. É aético. Sorria! Você foi iludido. Jamais se esqueçam das ‘sábias’ letras daquele articulista incógnito: “Oh! Nóis se fode mais nóis goza”.  Que ‘bela’ alegoria! O verdadeiro lema da humanidade. Como é infausto apreender as coisas com pouco entendimento. E tem gente que diz preocupar-se com o fim do mundo, ignorando o que ele (como ‘humano’) tem dado ao Planeta. E a trave continua dentro do olho. Por fim, subjetivamente analisando as misérias cernes; cada um dá aquilo que possui. Disto ninguém pode negar. Com o perdão do vocábulo, o sucesso de nossa ‘sobrevida de fezes’; é essencial. O importante, dizem os idiotizas, é ser feliz. Seguimos em frente. Afinal, nem sempre se vê lágrimas do absurdo.