O que fazer quando os recursos para resolver os problemas com os alunos na escola se esgotam? Questionei-me sobre isso quando, em 2005 nos deparamos com a situação de um aluno levando uma faca para a escola pra tentar “se proteger” do bullyng que vinha sofrendo. Dentro das reuniões das quais participei para discutir este caso pontual, houve quem dissesse que o plano de curso da Educação infantil deveria contemplar projetos que valorizassem o respeito entre os alunos e entre o aluno e o corpo docente. Levantei, inclusive, o fato deste aluno passar muito tempo na sala de informática divertindo-se em jogos violentos. Propús que, em lugar disso, apenas jogos educacionais fossem permitidos.  Isso veio à tona novamente quando acompanhei de perto a maneira como a escola em que recentemente tranalhei, tratou de alguns problemas que lá surgiram. O que sempre ouvi é que os gestores tem a obrigação de tentar resolver sem sair do âmbito da escola, os problemas que lá surgem. É prudente, inclusive, tentar resolver situações que envolvam problemas familiares sem, contudo, expor o aluno. O que quero dizer com isso é que, se um caso de indisciplina ocorrer e, nitidamente este comportamento for reflexo de alguma situação-problema que o discente passa em casa, o que deve ser tratado, combinado e advertifdo é o problema vivido NA ESCOLA. Mas o que fazer quando se esgotam essas possibilidades de conversa, inclusive, incluindo os pais na discussão? É aí que entra o trabalho do Conselho tutelar. Ele pode ser de grande valia. É o Conselho Tutelar que tem a missão de zelar pelos direitos da criança e do adolescente. Uma revista especializada em educação assim define como a escola pode usar este órgão para auxiliar em questões internas:

  • Enviar periodicamente relatórios sobre faltas, evasão, abandono e suspeitas de violência doméstica.
  • Convidar os conselheiros para fazer palestras ou participar de reuniões do Conselho de Escola.
  • Acompanhar o andamento dos casos encaminhados por telefone ou com visitas pessoais.


Por último, convém pensar que, se o Conselho Tutelar não conseguir auxiliar de forma eficaz na resolução dos problemas, a escola pode recorrer aos órgãos municipais ou, em último caso, ao Ministério Público Estadual.