COMO REAGIU A MULHER À DEPRAVAÇÃO DO MUNDO

Costumamos falar mal das mulheres e muitas vezes temos razão. Mas o que um de nós homens faríamos se fôssemos mulheres e descobríssemos que todo homem quer desesperadamente ter sexo conosco e são absolutamente dependentes daquilo que temos entre as pernas? Certamente seria até pior do que, sendo homens, descobríssemos que todas as mulheres estão desesperadas para copular conosco e até nos "obrigando" a fazer sexo a toda hora... (claro que os machões de hoje diriam o contrário, mas eles não fazem idéia do inferno que seria!). Sim. Eis aí um nó cego que não poderemos desatar com um pensamento simplista. Porque na verdade o regime imposto por nossas taras e depravações, ou antes, por aqueles que querem lucrar à custa da depravação, é por demais violento contra as mulheres, num grau tal que certamente nem nós mesmos o suportaríamos! Aqui está, com certeza, a razão primeira da expansão do homossexualismo. Expliquemos isso:

  1. Como as mulheres não gostam tanto de sexo como nós, não era de admirar que alguns homens – ou muitos – descobrissem que transar com homens era a alternativa para extravasar tanta tara incontida pelos instintos mais primitivos, formando assim uma casta de depravações e sensualidades que a si mesmo se consome, definhando espiritualmente até o vazio e a escuridão. Deve-se lembrar que a maioria dos homossexuais masculinos de hoje são ativos e passivos ao mesmo tempo [as estatísticas mostram que o bissexualismo é muito mais freqüente que o homossexualismo] e têm ereção normal como qualquer homem, o que prova que dentre eles há muitos que transavam ou transariam com mulheres, e estão no homossexualismo porque não acharam mulheres taradas para saciar-lhes.
  2. A irrefutável diferença a menor na libido feminina e o inegável desconforto produzido pela tara masculina acabaram levando algumas mulheres – ou muitas – a assumir o papel sexual do macho (o lesbianismo) para não apenas se contrapor à ausência de homens não-tarados e dar vazão ao desejo de uma relação menos violenta (em termos de exigência de cópula), mas também para ocupar o vazio deixado pelo excesso de homens que transam com homens.

Todavia há de se questionar uma das vertentes mais deprimentes do estado geral de depravação do mundo, que é a aceitação – na maioria das vezes passiva – das mulheres à mentira da igualdade sexual, ao ponto de a Pós-modernidade está exibindo um bando de fêmeas cem por cento fingidas, patéticas, a assumir aquilo que não são, como se a única hipótese de sobrevivência delas dependesse de se curvarem aos desejos masculinos mais animalescos. A mentira, ao contrário, deveria ferir-lhes profundamente a alma, pois não apenas endossa a exploração sexual dos homens (que as afronta até quando mal saídas da infância ou até mais nessa idade), mas reforça a injustiça de um mundo que não dá outra chance à mulher, exceto se esta se curvar a entregar-se como objeto sexual.

O pior é que ao agirem assim, aliás, ao reagirem assim, fingindo uma libido que não têm, é como se apoiassem todas as artes e tramas masculinas nesta direção, o que está dando aos homens a impressão – perigosíssima – de que seja lá o que fizerem estarão justificados!... Ora, então é daí que surgem as mais mirabolantes taras, os mais vergonhosos fetiches, as mais sórdidas fantasias, as mais profanantes perversões da sensualidade. Isto explica a profusão atual de pedófilos, que não poupa nem a clérigos, psicólogos, médicos, educadores e senhores que, até alguns séculos atrás, tinham boa fama e respeito entre todas as faixas etárias e classes sociais. Isto também explica o desejo presente até em idosos de transar com adolescentes, a promiscuidade sem regras e a infidelidade conjugal, cuja erradicação havia sido o objetivo das mulheres ao "igualar-se" aos homens, como se algum deles ficasse mais fiel por serem igualmente traídos. Resultado: nem mel nem cabaça: as mulheres agora, além de continuarem sofrendo a infidelidade masculina, agora perderam também o respeito, que antigamente só era negado às prostitutas.

Ninguém sabe aonde tudo isso vai dar. O futuro pode ser explosivo, com conseqüências absolutamente imprevisíveis, e talvez com as crianças como as principais vítimas, deixando de ser crianças e de viverem a idade mais bela sem sustos. Se caberia falar de culpa, podemos dizer que os homens carregam o peso de se deixarem viciar na negligência para com os deveres do autodomínio, preferindo ser meros animais a galgar camadas mais elevadas de sua evolução. Também podemos dizer que as mulheres, que já conheciam bem o grau de fraqueza instintiva dos homens (até porque foram elas que deram o primeiro sinal de ceder à Tentação nas origens da humanidade racional), e tiveram um longo tempo para descobrir uma saída honrosa, erraram porque acabaram escolhendo a pior saída, tão ruim que se volta contra elas mesmas! Tão ruim que parece coisa inventada por homens!...

O tempo urge. Se fomos nós mesmos quem fizemos do mundo esta Sodoma que aí está, então chegou a hora de parar tudo, pensar e voltar atrás, com vistas a ressuscitar a infância perdida... não nossa, mas daqueles a quem mais dizemos amar, as nossas crianças. Mas talvez seja errado falar essas coisas. Num mundo de tantos depravados, amar as crianças soa ora como a pieguice mais démodé, ora como a tara mais demoníaca. Que Deus tenha piedade delas, e de quem tem coragem de denunciar isso.

Prof. João Valente de Miranda.