Um dos grandes problemas do ser humano é a procrastinação. Considerar que o tempo está à disposição e deixar para depois é um problema clássico de nossa espécie, o que nos deixa longe da perfeição em qualquer tipo de trabalho que executamos.

Com a procrastinação não conseguimos estender os prazos: pelo contrário, quando chega a hora exata de não fugir mais da responsabilidade, nossa tendência é fazer tudo apressadamente, considerando que está da melhor forma possível e que cumprimos com nossa obrigação.

Uma das grandes pesquisas feitas pela psicologia é exatamente sobre esse tema, que tanto afeta os profissionais. Basta, para isso, ver na internet quantos sites falam sobre o assunto. A rápida pesquisa feita com a palavra “procrastinação” trouxe no Google 641 mil resultados.

Uma pesquisadora norte-americana, Daphna Oyserman, em estudo promovido na Universidade Southern, na Califórnia, apresenta uma sugestão fácil e simples de ser adotada por qualquer pessoa, gerando impacto positivo na consciência e na produtividade dos seres humanos.

Seu trabalho teve início a partir de uma simples pergunta: que diferença é criada em nossos cérebros quando pensamos nos prazos para nossos objetivos em dias, meses e anos?

Teoricamente, não iria fazer nenhuma diferença, uma vez que o prazo é o mesmo quando pensado em dias, semanas, meses ou anos, mas sua pesquisa mostrou que faz diferença, sim. Quando perguntou aos participantes da pesquisa o momento certo para guardar dinheiro e economizar para a faculdade ou mesmo para a aposentadoria, apresentando prazos para a faculdade (18 anos ou 6.570 dias) e para a aposentadorias (30 ou 40 anos, ou 10.950 e 14.600 dias, respectivamente), a simples apresentação em prazos de dias levou os participantes a planejar o início da economia de dinheiro quatro vezes mais cedo, quando se pensava em dias, do que quando se pensava em anos.

Para a pesquisadora, o simples fato de pensar no futuro em termos de dias torna o futuro mais próximo e, assim, quando se pensa que o alvo está mais próximo, nossa tendência é começar a fazer o que é necessário.

Trata-se de uma medida simples e fácil de adotar. Sempre que precisar estabelecer um prazo para qualquer objetivo, pense em dias e não em prazos de semanas, meses ou anos. Você verá que as coisas estarão mais urgentes e que o seu objetivo estará mais próximo.

Claro que, para um advogado, a procrastinação é uma doença terrível: é preciso cumprir prazos. Então, quando você, como advogado, for pensar que tem um mês para montar um processo, esqueça: diga a você mesmo que são apenas 30 dias e que amanhã, se não começar hoje, só faltarão 29. Pense nisso!

No Jurídico Correspondentes sempre abordamos assuntos que podem auxiliar na produtividade da área jurídica. Como neste artigo que fala sobre procrastinação dos profissionais do Direito.