Shaiane da Silva Haas¹

PROBLEMA DA PESQUISA:

COMO INCLUIR OS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MENTAL, NAS ESCOLAS DITAS REGULARES?
Os problemas de acordo com a pesquisa são temáticos abordados perante a realidade do cotidiano na inserção da sociedade e principalmente nas escolas de ensino fundamental, ditas regulares, com alunos "normais", fazendo com que os alunos e professores trabalhem a prática pedagógica perante a inclusão de indivíduos ditos "anormais" para muitos. E principalmente fazer projetos que auxiliem no trabalho da interação de diversas crianças, coisa que pouco ocorre nas escolas de hoje.
Inclusão como a palavra já denomina significa incluir colocar algo ou alguém em...
Acredito que o Brasil sendo um País, com vários políticos e governadores, não apresenta iniciativa para atingir um percentual mínimo de inclusão, pois são vários os tipos de inclusão, social, racial, física, pobre e rico.
Assim igual é o grande desafio e próprio do ser, ser e querer ser diferente. Certamente as escolas do Rio Grande do Sul, não estão preparadas com espaço, organização, para atender a "todos", mas o governo, e a escola não estão dando maior incentivo para essa realidade, é sim uma realidade que está presente em todos os lugares, e não devemos fechar os olhos para com a mesma.
A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, num redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças.

Conceitua-se a inclusão social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.
A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos, (SASSAKI).

A prática da inclusão social repousa em princípios até então considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação. A diversidade humana é representada; principalmente, por origem nacional, opção sexual, religião, gênero, idade, raça e deficiência.





¹ Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade de Passo Fundo Campus Soledade.





O que é uma escola inclusiva? Dizemos que à inclusão quando a escola não exclui alguns de seus alunos ou crianças e jovens candidatos a matrícula em razão de qualquer atributo individual do tipo: gênero (sexo), cor (etnias diversas), deficiência (física, mental, visual, auditiva ou múltipla), classe social (situação sócio- econômica), condições de saúde (vírus HIV, epilepsia, síndrome de tourette, transtorno mental) e outros.
Numa escola inclusiva, todos os alunos, com ou sem alguns desses atributos individuais, estudam juntos nas mesmas classes.
Assim todos diferentes, pois, ninguém é igual. Se não existisse a diferença individual entre as pessoas, nem ao menos existiria a diversidade entre as mesmas, pois cada indivíduo comporta uma definição única. Cada um com suas iniciativas, atitudes, maneiras de pensar e agir.
Assim construindo e criando sua própria identidade. Em relação os conceitos trabalhados, acredito que a sociedade tem muito a mudar em relação à aceitação das diferenças, e perceber que raramente iremos encontrar pessoas "normais", isso é algo inadequado de se dizer para uma criança, desde pequenos devemos esclarecer dúvidas as crianças, que existe uma diversidade imensa na escola de crianças é que as diferenças estão florescidas junto a elas e cabe ao professor e a família colaborar com as diferenças percebendo e aceitando, que nem um ser vivo e igual todos somos diferentes e precisamos de respeito e aceitação.
O grande desafio da educação talvez seja o de perceber que é na interação entre diferentes olhares, modos de ser, idéias e opiniões, enfim, na complexidade das inter-relações e experiências, que se apresenta o movimento transformador do ser humano, onde são aceitos os conceitos, as ações, os sentimentos, e os relacionamentos.
O ser humano possui capacidades, criatividades, mas elas podem ser desenvolvidas ou reprimidas. O desenvolvimento floresce na medida em que o ambiente familiar, escolar, os amigos, o lazer oferecem condições ao comportamento exploratório e ao pensamento divergente, assim fazendo com que o "aluno" use a imaginação, busque, jogue, sem medo de errar.
As diferenças nos acompanham desde o nascer, já vêem de uma longa história onde nos diferenciamos em raça, etnias, religião, cultura e sociedade. Na maneira de viver e pensar, mas somos todos seres humanos e cada um pode fazer sua parte, olhando o ser humano, não só em suas diferenças, mas como um todo, um ser capaz de progredir, apesar de suas diferenças muitas vezes só dependendo de oportunidade para se sentir capaz e viver com dignidade buscando melhores condições de vida em meio à sociedade de hoje.
As diferenças escolares, sociais são essenciais a vida humana, pois se não fossemos diferentes não existiria a diversidade, não iríamos alcançar novos conhecimentos, novos paradigmas escolares, novas idéias, se todos pensassem iguais imagina o que seria da nossa realidade escolar. Por isso confirmo e aprovo a necessidade das diferenças em nosso meio.
"Só aprendemos quando colocamos emoção no que aprendemos. Por isso é necessário ensinar com alegria" (Georges Snyders).



A referente pergunta faz com que nós educadores tenhamos uma vontade de esclarecer para todos que crianças especiais, são denominadas iguais a todos, pois deve existir diversidade em nosso meio sociocultural, é necessária as diferenças individuais perante o meio em que vivemos.
As mudanças paradigmáticas observadas no cenário educacional recente têm contribuído significativamente para o reconhecimento e o respeito as diversidades individuais dentro do ambiente escolar.
Ao focarmos nosso olhar para alunos portadores de necessidades educativas especiais, constatamos que a partir da década de 80, vários são os estudos e as ações que apontam para inclusão e a valorização desses alunos nas diversas disciplinas do currículo escolar.
Segundo a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN (9.394/96), a qual vem ratificar normas sobre a igualdade de oportunidades para todos as pessoas, incluindo neste rol as com algum tipo de deficiência.
Na inclusão, a integração social e o contato com outros alunos possibilita um maior desenvolvimento intelectual, uma vez que a educação não se produz por vias formais professor-aluno, mas também entre os iguais, os pares, os próprios alunos.
O ingresso de PNEEs em classe regular pressupõe a oferta de uma formação continuada aos professores que nela atuam, além de um atendimento complementar em sala de recursos, oferecidos para auxiliar nas necessidades especiais do educando em turno contrario ao da classe comum. Esse apoio deve constituir um espaço cultural de enriquecimento e aprofundamento de conceitos trabalhados em sala de aula.
Sabendo-se que nem todo PNEEs (portadores de necessidades Educativas Especiais). Apresenta condições de frequentar o sistema regular de ensino. São ainda permitir o atendimento de alunos com dificuldades afins, diagnosticadas por equipe interdisciplinar especializada, em classes especiais ou em instituições destinadas a esse atendimento específico.
Busca-se compreender os efeitos de sentido de prática pedagógica e das concepções dos professores de alunos com deficiência mental sobre o ser humano, os processos de desenvolvimento e aprendizagem sobre a inserção de alunos com tais deficiências em salas de aula regulares do ensino.

A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
ATÉ O SÉCULO XV ( ANTIGUIDADE- IDADE MÉDIA)
? Crianças deformadas eram jogadas nos esgotos da Roma antiga.
? Na idade Média, deficientes encontram abrigo nas igrejas, como o QUASÍMODO do livro o corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo, que vivia isolado na torre da catedral de Paris.
? Na mesma época os deficientes ganham uma função BOBOS DA CORTE.
? Martinho Lutero defendia que deficientes mentais eram seres diabólicos que mereciam castigos para serem purificados.
DO SÉCULO XVI AO XIX ( RENASCIMENTO- IDADE CONTEMPORÂNEA)
? Pessoas com deficiências físicas e mentais continuam isoladas do resto da sociedade, mas agora em asilos, conventos, albergues.
? Surge o 1º hospital psiquiátrico na Europa, mas todas as instituições dessa época não passam de prisões, sem tratamento especializado nem programas educacionais.
SÉCULO XX ( IDADE COMTEMPORÂNEA)
? Os portadores de deficiências passam a ser vistas como cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, mas sob uma ótica assistencial caritativa.
? A primeira diretriz política dessa nova visão aparece em 1948 com a declaração universal dos direitos humanos. " Todo ser humano tem direito à educação".
? ANOS 60:
Pais e parentes de pessoas deficientes organizam-se, surgem as primeiras críticas aà segregação.
Teóricos defendem a normalização, ou seja a adequação do deficiente à sociedade para permitir sua integração.
A educação especial no Brasil aparece pela primeira vez na LDB 4024, de 1961. A lei aponta que a educação dos excepcionais deve, no que for possível, enquadar-se no sistema geral de educação.
? ANOS 70:
Os Estados Unidos avançam nas pesquisas e teorias de inclusão para proporcionar condições melhores de vida aos mutilados da guerra do Vietnã.
A educação Inclusiva tem início naquele país via lei 94142, de 1975, que estabelece a modificação dos currículos e a criação de uma rede de informações.
? 1978:
Pela primeira vez, uma emenda à constituição brasileira trata do direito da pessoa deficiente " È assegurada aos deficientes a melhoria de sua condição social e econômica especialmente mediante educação especial e gratuita.
? ANOS 80 E 90:
Declarações e tratados mundiais passam a defender a inclusão em larga escala. Em 1985, a assembléia geral das nações unidas lança o programa de ação mundial para pessoas deficientes, que recomenda: " Quando for pedagogicamente factível o ensino de pessoas deficientes, pode acontecer dentro do sistema escolar normal".

"Entre as ciências que na era do capital participaram do ilusionismo que escondeu as desigualdades sociais, historicamente determinadas, sob o véu de supostas desigualdades pessoais, biologicamente determinadas, a psicologia certamente ocupou papel de destaque" ( MARCIA, Imaculada de Souza, trecho retirada do google).
Com o passar dos anos a história dos portadores de deficiência mental se tornou diferente, pois no século XXI, estamos passando por várias mudanças no sentido de educação qualificada para "todos", e um olhar diferenciado no sentido de incluir a todos em um mesmo grupo, sem deixar qualquer indivíduo excluído.

Neste início do século XXI parece que nunca a desigualdade entre os homens foi tão grande e não encontramos solução plausível nem previsível para injustiças e conflitos que proliferam e preenchem o nosso quotidiano de informação.
No que respeita à justiça social a questão é igualmente difícil: o fosso entre ricos e pobres continua a aumentar à escala nacional e internacional, os países ricos começam muralhar-se contra a previsível entrada de estrangeiros (mais pobres) nas suas fronteiras, as periferias das grandes cidades são pungentes exemplos de exclusão. As instituições sociais defrontam-se com
novas questões de exclusão social ao nível da cidadania, do trabalho, da educação, do território e da identidade. ( disponível Google).

As crianças, jovens, e adultos devem ter maior sensibilidade e afeto por diferentes modos de vida, maneiras de pensar e principalmente respeitar as diferenças individuais de cada ser existente em nosso meio sócio-cultural, e devidamente não ter preconceito como diversos seres rejeitáveis e ignorantes de hoje em dia que assim se tornaram futuramente quem sabe um futuro educador de crianças e jovens que assim não estaram preparados para lidar com crianças devidamente especiais, pois ninguém no mundo está livre de passar por alguma dificuldade, um ombro amigo, um ser para lhe ser útil nas horas de necessidade. Devemos ter a consciência de uma humanidade digna de direitos e deveres iguais, sendo favoráveis a quem precisa.
Conforme Weschenfelder "a cultura escolar exclui e desvaloriza a cultura viva da qual participa a criança em seu processo de socialização, transformando o que seria um diálogo entre diferentes culturas, num monólogo onde a voz da criança não é ouvida". que "historicamente substituiu denominações que espelhavam formas negativas de se encarar os que fugiam da normalidade, bem como refletia mais efetivamente os ideais da sociedade democrática" .
Como dizia Celestim Freinet:
'' Se não encontrarmos respostas adequadas á todas as questões relacionadas á educação, contiuaremos á forjar almas de escravos em nossos filhos".
Ninguém escapa da educação em casa, na rua, na igreja ou na escola. Não há uma forma única nem um único modelo de educação, a escola não é o único lugar em que ela acontece. A educação é essencial atinge o próprio ser do homem. A educação corresponderia a ações e influências exercidas pelo meio ambiente sociocultural, e que se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e grupos com seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural. As ações pedagógicas não apenas na família, na escola, mas também nos meios de comunicação, nos movimentos sociais e outros grupos humanos organizados, em instituições não escolares e escolares.
Há intervenção pedagógica na televisão, no rádio, nos jornais, nas revistas, nos quadrinhos, na produção de material informativo, livros didáticos, enciclopédias, guias de turismo, mapas, vídeos e também na criação e elaboração de jogos e brinquedos. Por isso não é necessário que as ações pedagógicas ocorram somente no ambiente escolar, mas sim em um todo, complementando o dia-a-dia de cada individuo na sociedade em que vive.
O estudo faz uma reflexão sobre problemas suscitados pelo desenvolvimento conceitual e fins educativos da educação escolar de pessoas com déficit intelectual, para os quais investigações estão buscando soluções teóricas, técnicas e metodológias apropriadas (o plano de fundo de nossas considerações será o paradigma da inclusão, aplicado á realidade escolar).
'' O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor, uma semente de amor deve ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento, é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos".
Muitas tarefas têm sido atribuídas à educação nos dias atuais. Muitos acham que a educação e a solução para todos os problemas sociais, em relevância a várias opiniões, mas no exato momento a educação não é a solução para os problemas para solucionarmos os problemas que possuem nossa sociedade, é preciso que cada indivíduo tome consciência de seu papel perante ela, e assim também faça algo novo para solucionar os problemas que estão ao seu redor começando pela sua própria família. Reconhecendo seus próprios problemas e tomando soluções para acabar com eles, estaremos ajudando a mudar essa sociedade em que vivemos, sendo mais felizes.
Princípio da integração e normalização - colocação seletiva do indivíduo portador de necessidade especial na classe comum.
O professor de classe comum não recebe um suporte do professor da área de educação especial. Os estudantes do processo de normalização precisam demonstrar que são capazes de permanecer na classe comum. Processo de inclusão - processo educacional, estimula ao máximo a capacidade da criança portadora de deficiência na escola e na classe regular. Fornece o suporte de serviços da área de Educação Especial através dos seus profissionais. A inclusão é um processo constante que precisa ser continuamente revisto, pois é diferente de integração.












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? Weschenfelder
? Georges Snyders
? MARCIA, Imaculada de Souza