O Anticristo.

Nietzsche, criticou impiedosamente ao cristianismo e ao mesmo tempo a destruição da Filosofia de Platão como o anti fundamento, para ele tudo que o referido filósofo escreveu nunca teve  sustentação  epistemológica, não passava de um delírio contemplativo.

Quanto ao seu livro O Anticristo, foi a mais absoluta radicalização, exposto de certo modo pela genealogia da moral, um ataque veemente a cultura ocidental, proposta como destruição do cristianismo e do sistema filosófico platônico.   

 Seu principal argumento fundamentou-se na sua crítica a respeito da ética cristã, cuja natureza sempre foi à defesa da moral dos escravos.

O que ele classificava de pessoas fracas, de caráter duvidoso, sem a virilidade do espírito de gente vencedora, a questão do senhorio, o espírito dominante dos aristocratas, de certa forma uma crítica ao liberalismo econômico, como por outro lado, indiretamente ao materialismo histórico.

Sua crítica ao cristianismo remontava de certo modo, aos tempos da antiga Palestina, quando era dominada pelo povo romano, tida como raça superior.

  Os judeus completamente impotentes para livrar-se dos referidos procuraram aperfeiçoar a ideologia do ressentimento, o desenvolvimento do vencido como valor religioso e histórico.

Formulou uma inversão dos valores, assumindo definitivamente o conceito do fracasso, herança dada ao cristianismo posteriormente a Roma, o motivo da crítica que Nietzsche desenvolveu no seu Livro o Anticristo, a demonstração desse modelo antropológico e cultural viabilizado na perspectiva política.

O povo Judeu assimilou na época tudo que representava a debilidade, a humildade e, sobretudo, o que era medíocre, tudo isso foi apresentado como ideologia do bem.

 Enquanto os conceitos nobres foram desvalorizados, menosprezados pela cultura do tempo histórico.

Com efeito, os valores como a honra, passaram ser entendidos como o resultado do mal, a lógica dessa inversão, separado do conceito de uma ideologia que seria de fato o bem.

 Realizados anos de impregnação de cultura negativa, levando conseguintemente os pobres à rejeição do ideal nobre, o que passou para a imaginação popular como contra conceito.   

Pregação cristã transformou no enfraquecimento das energias que poderiam ser transformadoras da sociedade ocidental, esse posicionamento sócio cultural deixou o filósofo Nietzsche indignado.

Nietzsche entendia que o capitalismo era um mal, do mesmo modo o socialismo,  isso porque contrariavam de certo modo o ideal do homem forte,  do verdadeiramente aristocrata, do mesmo modo o platonismo, por transferir a realidade da terra, para outro mundo imaginário.

 A respeito do cristianismo, teceu uma grande crítica, não apenas porque contrariava os interesses da elite, mas essencialmente pelo fato do desenvolvimento doentio do moralismo em que levou os homens sentir-se envergonhados do mundo natural referente a seus instintos.

Edjar Dias de Vasconcelos.