A matemática está presente em tudo. Na arte, na literatura, na música, na arquitetura e, principalmente, no nosso cotidiano. Tudo é matemática. Por que então a enorme dificuldade da maioria - senão todas - das crianças tem enorme dificuldade para entender a matemática?

A matemática é fonte de raciocínio e de tomada de decisão: A saída da criança do convívio familiar com a entrada na escola ocasiona uma brusca mudança na sua vida. Tudo o que ela vê na escola é praticamente novo, notadamente naquela criança que advém de um lar onde os pais nunca se preocuparam em ensinar-lhes seja por falta de tempo e, mais ainda, por falta de conhecimento deles mesmos em assuntos escolares, na educação formal e desenvolvimento da criança para um novo mundo que se lhe apresenta.

As crianças aprendem “matemática” no dia-a-dia de sua casa nas brincadeiras com outras crianças, observando a mãe fazendo bolos e doces onde ela usa medidas conforme a receita em jogos recreativos, mas pouco se apercebe desse ensinamento, pois não há uma continuidade ou explicação por parte de seus pais pensando, justamente, quando essa criança estará na escola. Ao deparar com a palavra matemática na escola e ver os números e tentar entender a soma, a subtração, a multiplicação, a divisão torna-se, muitas vezes, algo assustador para ela.

O modelo educacional: Acostumada a jogos e brincadeiras sem, é evidente, responsabilidades a não ser às inerentes ao seu estado infantil torna-se o modelo educacional, o currículo estabelecido para o ensinamento muito diferente ao ambiente em que ela cresceu ou vivenciou até a sua entrada na escola.

O modelo existente deveria, talvez, ser adaptado aos ensinamentos adquiridos anteriormente pela criança e, antes, das operações matemáticas mostrar a ela onde a matemática existe e de que forma usando os modelos preconcebidos por ela e enriquecendo com outros para, então, dar início ao aprendizado curricular existente.

O diálogo entre professores e matérias disciplinares: Há de se fazer mister a comunicação entre professores na discussão da aplicação da matemática em outras matérias e a própria comunicação entre alunos. Formação de grupos de estudos, a discussão do tema na sala de aula.

O conhecimento do professor: A conceituação de número, suas raízes e utilização no cotidiano podem até não ser do domínio completo do educador. Necessário se torna, como explicado acima, que as crianças aprendam matemática usando os modelos do cotidiano. Autocrítica do educador é fundamental. “Estou agindo corretamente”? Meus alunos estão, de fato, aprendendo”? Talvez seja importante que os educadores se coloquem no lugar delas para sentirem suas dificuldades no aprendizado formal. Pensar como pensa uma criança com conhecimento de educador. Entender que as crianças também tem seus problemas e, às vezes, maiores que os do adulto.

O “por que”: E, necessariamente, que elas aprendam a aprender questionando-se o “ por que” das coisas. Por que dividir, por que somar, multiplicar, dividir. A razão da existência da matemática e suas aplicações na vida, no dia-a-dia são e sempre serão fundamentais para o aprendizado.. Tornar o aprendizado da matemática, e não só ela, uma fonte de descobrimento despertando a curiosidade latente na criança.