COMO DETECTAR O TRANSTORNO SE DEFICIT DE ATENÇÃO (TDAH) NA CRIANÇA.

 

Autor (a) Maria Rosangela Costa Silva, Selma Gonzaga de Castro.

Instituição: INSTITUTO PANAMERICANO DE EDUCAÇÃO ASSESSORIA E CONSULTORIA LTDA.

Orientadora: Divina Boaventura.

 

 

RESUMO: Este artigo tem objetivo de esclarecer o conceito de TDAH suas características, sintomas e tratamento, mostrando a importância de detectar o transtorno o mais cedo possível, conhecendo os sintomas e comportamento da criança com este problema, podemos evitar sofrimento na infância, na vida escolar e familiar. A partir de um estudo bibliográfico mostramos a diferença entre os tipos de transtorno com e sem hiperatividade. Este transtorno trás para as crianças muito sofrimento, e a falta de informação dos pais e educadores pode acarretar uma serie de problemas que afeta diretamente a vida afetiva, social e familiar devido a gravidade do problema muitos dos sintomas se apresentam também na vida adulta resultando em insucesso pessoal e profissional.

Palavras-chaves: Transtorno de Déficit de Atenção, tratamento, Diagnostico.

 

ABSTRACT: This article has aimed to clarify the concept of ADHD characteristics, symptoms and treatment, showing the importance of detecting the disorder as early as possible, knowing the symptoms and behavior of children with this problem, we can avoid suffering in childhood, life school and family. From a bibliographical study showed the difference between the types of disorder with and without hyperactivity. This disorder back to the kids a lot of suffering, and the lack of information for parents and educators can cause a series of problems that directly affects the emotional, social and family because of the severity of the problem many of the symptoms also occur in adulthood resulting in failure personal and professional.

Keywords: Attention Deficit Disorder, Treatment, Diagnosis.

 

INTRODUÇÃO:

O que é TDAH

O TDAH é considerado um transtorno do desenvolvimento, com características de desatenção, hiperatividade e impulsividade, tem início na infância e persistindo ate a fase adulta é considerada uma das principais causas de encaminhamento de criança para serviços especializados. De acordo com pesquisas bibliográficas deve existir pelo menos 5 condições presentes para se efetuar o diagnóstico e estes sintomas devem estar presentes por pelo menos 6 meses, e já existir antes dos 7 anos de idade, e além  de estar presentes em dois ou mais contextos  (ex: em casa e na escola) e que estes tragam prejuízos significativos em sua vida social, familiar, ocupacional e também escolar. Observando que os sintomas não devem ser secundários a quadros de transtorno mental.

O TDA é um funcionamento de origem biológica marcado pela hereditariedade e que se manifesta na criança ainda bem jovem, antes dos 7 anos de idade, independentemente de ele ser proveniente de um ambiente hostil ou de estar passando por problemas. SILVA (2009).

A Associação Brasileira do déficit de atenção - ABDA (2009) conceitua o problema como um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda a vida. É um transtorno de desenvolvimento que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e com o nível de atividade (BARKLEY, 2002).

UM POUCO DA HISTÓRIA DO TDAH.

Em 1902 George Frederick Still, realizou uma serie de palestras sobre crianças com comportamento TDAH, chegando à afirmação que estas crianças tinham um sério defeito no controle moral, resultado de educação familiar inadequada. No entanto em seus estudos posteriores, ao observar a presença de familiares destas crianças que apresentavam depressão, alcoolismo e alterações de conduta, a ideia de uma causa orgânica parecia-lhe mais relevante do que o conceito de uma educação familiar inadequada, este conceito ganhou credibilidade sendo publicado no British Medical Journal.

Duas décadas depois médicos americanos fizeram um estudo em crianças que tinham em comum o fato de sobreviventes da epidemia de encefalite, ocorrida entre 1917/18.

Em 1937, foram feitos numerosos estudos que mostraram crianças com distúrbios de comportamento pós-encefalite, destacando grandes prejuízos na atenção, controle dos impulsos, e controle físico, Kahn e Conhem publicaram em seu artigo no Ter New England Journal of Medicine, a afirmação que havia uma base biológica nessas alterações de comportamento, baseando-se em estudos com as mesmas vitimas da epidemia de encefalite de Von Ecônomo.

Essa correlação feita entre a encefalite e um possível “deficiência moral” estabeleceu erroneamente uma explicação para o funcionamento TDA, criou-se então o termo cérebro danificado, ou lesionado para as crianças que não forem expostas ao surto de encefalite, porem apresentavam sintomas similares.

Reconhecendo que muitas dessas crianças com a mesma faixa etária se mostravam muito espertas e inteligentes e não poderiam ter uma lesão cerebral, este fato originou um novo termo. “lesão cerebral mínima”, e apesar de não haver um teste ou exame medico que evidenciasse essa lesão, este foi o termo popularmente conhecido.

Posteriormente este termo foi mudado para “Disfunção Cerebral mínima”, por falta de evidencia que constatassem a presença de lesão cerebral.

Em 1957 Laufer usou o termo hiperatividade infantil, ele acreditava que a síndrome seria uma patologia exclusiva do sexo masculino e que ao longo do crescimento desaparecia naturalmente.

Já Stella Chess, encarava os sintomas como parte de uma hiperatividade fisiológica, causas biológicas, dai vem o termo síndrome da criança hiperativa.

Em 1968 o DSM-II (Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais) publicou o termo usado pela Associação de Psiquiatria Americana (APA), “hipercinética da infância”.

Evidentemente novos estudos deveriam acontecer para explicar, por exemplo, como um grande número de crianças que apresentavam déficits de atenção sem nenhum sintoma de hiperatividade.

Em 1976 Gabriel Weiss, através de longos estudos mostrou que crianças ao atingir a adolescência, a hiperatividade pode diminuir porem, os sintomas de desatenção e impulsividade tendem a persistir, mostrando que a síndrome não é exclusiva da infância. Essa contribuição foi decisiva para reconhecimento do TDAH na fase adulta, que foi reconhecida em 1980.

Em 1994, O distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade foi então renomeado pela Associação Americana de Psiquiatria, para “Transtorno do déficit de atenção/hiperatividade” e publicado no (DSM-IV) Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais, sendo dividido em três subtipos básicos:

1-    Tipo predominantemente desatento: quando os sintomas de desatenção são mais marcantes;

2-    Tipo predominantemente hiperativo/impulsivo, quando os sintomas de hiperatividade estão presentes em proporções significativas e equivalentes;

3-    Tipo combinado, quando os sintomas de desatenção e de hiperatividade/impulsividade estão presentes no mesmo grau de intensidade.

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TIPOS DE TDAH.

O comportamento TDAH, caracterizado por um trio parada dura, formada por alterações da atenção, impulsividade e velocidade física e mental.

Alteração da atenção;

Este é, com certeza, o sintoma mais importante no entendimento do comportamento TDA, uma vez que esta alteração é condição necessária, para se efetuar o diagnostico. Uma pessoa com comportamento TDA pode ou não apresentar hiperatividade física, mas jamais deixara de apresentar forte tendência à distração. (SILVA 2009, pg. 19).

Não podemos dizer que o termo transtorno de déficit de atenção traduz com precisão ou justiça o que ocorre com a função da atenção do TDA.  Sabemos que a criança TDA tem enorme dificuldade em se concentrar na hora que precisa, por exemplo, fazer suas tarefas na escola, mas quando se trata de jogar seu jogo preferido no computador ou videogame, ele pode apresentar uma hiperconcentração e tem dificuldade não em se concentrar e sim em se desligar ou desviar sua atenção para outras atividades.

O tipo desatento costuma muitas vezes passar imperceptível socialmente e pode ser injustamente considerada menos inteligente que as demais um erro gravíssimo, muitas vezes esta criança que fica quietinha no canto da sala e quase não se nota sua presença, porém ao observar melhor seu comportamento podemos notar que estas crianças tem grande dificuldade em se concentrar, é desorganizada e esquecida, tem grande dificuldade em cumprir suas tarefas, cumprir prazos e obrigações e parece estar sempre no mundo da lua, estas crianças sofrem com críticas por ter a letra feia, seu caderno desorganizado e muitas vezes ter em sua mochila todo tipo de coisas como papeis amassados, brinquedos quebrados, tampas de canetas sem canetas etc., a criança desatenta não consegue manter seu material organizado e por este motivo sofrem com criticas dos colegas dos educadores e da família, estas criticas acompanham por muito tempo essa criança, fazendo-a se sentir diferente das outras, pois ela tenta e muito se organizar, porem ela não consegue. As meninas TDAs desatentas tendem a apresentar depressão e ansiedade em nível maior que as meninas sem TDA da mesma idade e também mais que os meninos TDAs.

Impulsividade.

Significado da palavra impulso:

1  Ação de impelir, 2 força com que se impele, 3 estimulo, abalo, 4 ímpeto impulsivo.

Com estas definições podemos entender melhor como reage o TDAH aos estímulos externos do mundo, grandes emoções podem ser despertadas através de pequenas coisas e gerar o combustível aditivado disparando suas ações geralmente, agindo primeiro e pensando depois.

A mente do TDAH funciona como um receptor de estímulos que ao menor sinal capta e reage em alta velocidade a este estimulo, sem se preocupar com as reações deste estimulo, por isso é respondem antes mesmo da pergunta ser formulada, atrapalha a conversa dando opniões antecipadas ou ate mesmo reagindo sem saber exatamente o que esta acontecendo. “Exagerado?” Não um ato impulsivo, agiu sem pensar ou seja ao menor estimulo agiu primeiro e pensou depois, podemos imaginar quanto sofrimento, culpa, angustia e cansaço pode ocasionar um ato impulsivo?

As crianças se metem nas maiores confusões e brincadeiras perigosas, falam tudo o que lhes vem a cabeça e por isso são rotulada de mal-educadas, malvadas, agressivas, estraga prazeres e muitos outros apelidos desagradaveis, que faz sofrer tanto a criança como a todos ao seu redor, que muitas vezes são automaticamente envolvidos em suas confusões e acaba por almentar ainda mais esses rótulos, quando chamam a atençao da crança de forma inadequada.

Os traços de hiperatividade e impulsividade podem diminuir ou ate mesmo desaparecer com a idade, relatos mostram que adultos hiperativos e impulsivos quando crianças deixam de ter essas características quando adulto. Porem as características de desatenção permanece com a idade e raramente desaparecem.

Se o comportamento dos TDAs não for compreendido e bem administrado por eles e pelas pessoas com quem convive, consequencias no agir poderão se manifestar sob diferentes formas de impulsividade, tais como: agressividade, descontrole alimentar, uso de drogas, gastos demasiados, compulsão por jogos tagarelice incontrolavel (SILVA,2009).

Iperatividade Física e Mental.

É muito facil identificar a hiperatividade em uma criança, seja em casa, na escola ou em clinicas, pois eles parecem que estão plugados na tomada em 220w, e nao param quietas um segundo, algumas destas crianças chegam ate a andar aos pulos, como se os passos não fossem suficientes para sanar sua energia, e saem saltitando, e se deixar elas correm o tempo todo, em ambientes fechados elas mexem em tudo o tempo todo como se uma ação apenas não bastasse, e muitas vezes derrubam tudo na tentativa de segurar vários objetos ao mesmo tempo. Em casa pulam nas camas, no sofa, empurra cadeiras, joga objetos, e sua energia não acaba nunca, não se sentem cansadas nem esgotadas, ate quando dormem, se mechem o tempo  e seu sono é sempre agitado, e  na maioria das vezes é o primeiro da casa a acordar.

Entre as crianças TDAs, existem o tipo combinado ou seja o tipo predominantemente iperativo/impulsivo, crianças que falam sem parar, esta sempre fazendo alguma coisa se não se interando das fofoquinhas da sala, estão desenhando ou passando bilhetinhos para seus colegas, faz de tudo menos prestar atenção no que a professora esta falando, pois seus olhos e ouvidos captam em alta velocidade coisas que naquele momento lhes despertam muito mais interesse e curiosidade, do que o que fala a professora.

Contadoras de historia e causos os TDAs conquistam coleguinhas e com certeza torna-se lideres nas brincadeiras e aventuras, e tem grande criatividade, principalmente em relação ao que gosta.

As crianças desse grupo tambem carregam todas as dificuldades de concentração, não terminam o que começa, sentem-se sobrecarregadas quase sempre esgotadas.

Para as mulheres que se enquadram nesse subtipo tende a sofrer mais que os homens na fase adulta, por ainda termos em nossa cultura a obrigação dos cuidados do lar atribuido as mulheres,  onde o cuidado com o lar,  os filhos e muitas vezes um emprego, estas TDAs, sofrem por não dar conta dos afazes que julga ser sua obrigação.

 

OBSERVANDO O COMPORTAMENTO TDAH E COMO FUNCIONA SUA MENTE.

Ao contrário do que se pensa o cérebro do TDAH não é um cérebro defeituoso, o crebro do TDA na verdade tem um funcionamento bastante peculiar, isso faz com que tenha um típico comportamento, e por isso sofre críticas dos pais, professores, familiares e colegas.

A criança TDAH hiperativa / impulsiva faz primeiro e pensa depois, reagem sem refletir a maioria dos estímulos, isso não significa que seja mal-educada ou imatura, muito menos pouco dotada  intelectualmente

O que acontece é que o Córtex pré-frontal responsável pelo controle dos impulsos e filtragem desses estímulos, não é muito eficiente. A criança sabe que agiu errado ou se comportou mal, porem não tem o controle da situação, mas se tem orientada sobre o certo e errado ela aprendera sem dúvida. É necessário paciência e jogo de cintura para fazer a criança prestar atenção as orientações, que devem se de maneira adequada a sua idade e sem críticas, pois pouca idade para questões tão complexas a faz sofrer e achar que é uma criança totalmente deslocada e inferior.

O seu comportamento em comparação a crianças não TDAs pode parecer imatura no aspecto emocional e comportamental, mas jamais em relação a capacidade cognitiva, crianças TDAs são inteligentes e bastante criativas, com o tratamento adequado podem-se equiparar-se as demais respeitando suas particularidades.

DIAGNOSTICO E TRATAMENTO.

Não existe um exame especifico que possa diagnosticar exatamente se a pessoa é TDA ou não. Uma boa conversa sobre a vida da criança ou adulto, com todos os detalhes possíveis, desde a gestação ate a vida atual, a observação detalhada de toda a vida social, afetiva, familiar, profissional e escolar.

Com certeza muitos dirão ao conhecer as caracterizas TDAs que se identificam nelas, porem o que marca, é como estes sintomas afetaram sua vida cotidiana, na maioria das vezes eles são responsáveis por grandes limitações e sofrimento, mas também podem ser responsáveis por grandes conquistas e talentos.

A observação é os principais instrumentos usados por médicos, psicólogos e profissionais habilitados para avaliar a possibilidade de uma criança ser TDAH ou não. Portanto é imprescindível conhecer profundamente as características infantis da infância de uma forma em geral, tanto educadores como familiares devem conhecer essas características. 

Geralmente é na idade escolar que as características TDA aparecem, pois no ceio familiar a criança é tida como uma criança agitada, danada, avoada entre outros “nomes dados” por ser um pouco diferentes, porem muitas crianças TDAs não são percebidos os sintomas pela família, isso só ocorrera quando começar a se diferenciar das demais crianças por sua dificuldade de concentração, distração, de cumprir rotinas e regras. É neste momento que se percebe geralmente pelo educador que existem traços TDA nesta criança, pois a diferença entre o convívio familiar e escolar é muito grande e a partir do momento que a criança tem que seguir uma rotina pré-estabelecida, com horários e regras, ai começa a surgir às dificuldades e geralmente é na escola ou creche que começam as primeiras observações por educadores.

A impulsividade desta criança pode leva-la a ter problemas na sua vida social e dentro da sua própria família, os pais e educadores devem estar cientes de como agir, pois muitas vezes é confundida como falta de educação e desrespeito, a não obediência em certos momentos, o TDA, esquece com grande facilidade o que lhe foi dito, portanto uma ordem ou comando pode ser cumprido por alguns minutos e em seguida o TDA volta a fazer o que fazia antes, isto não significa que esta sendo teimoso ou fazendo por pirraça, ele esqueceu, então volte a falar novamente o que ele tem que fazer ou deixar de fazer. Pais e educadores devem buscar conhecer sobre como age um TDA para não confundir suas características com falta de educação ou teimosia.

Procurar um médico especializado no assunto para que possa expor suas ideias sobre a possibilidade da criança, adulto ou adolescente possuir esse tipo de funcionamento comportamental é o primeiro passo a se dar. Lembrando que somente um especialista é que pode dar o diagnostico.

São três os pilares que sustentam o edifício terapêutico do TDA/H.

  1. Psicoeducação,
  2. Intervenções psicológicas e comportamentais,
  3. Terapêutica farmacológica.

Psicoeducação, nada mais é que informações obtidas a respeito do assunto ler livros, acessar páginas da internet, ou assistir a palestras sobre o tema são formas auxiliares no prosseguimento e reforço da psicoeducação. Existe clinicas especializada em TDAH, nelas podemos ter todas as informações necessárias e terapia adequada.

Intervenções psicológicas e comportamentais.

Ajuda psicoterápica, praticada por profissional bem informado sobre TDAH ajuda e muito a lidar com as características do transtorno. O conhecimento do transtorno e um trabalho em equipe entre terapeuta e paciente é imprescindível para chegar a conclusão sobre qual o melhor tratamento.

Terapêutica farmacológica.

Embora tido como o elemento central do tratamento do TDAH, o tratamento farmacológico de forma alguma dispensa as intervenções antes mencionadas, uma vez que sem elas o emprego exclusivo de psicofármacos comprovadamente resulta em menor índice de resultados satisfatórios.
Seguindo ordem de importância, mencionaremos o emprego de:

Psico - estimulantes.

Antidepressivos.

Outros medicamentos.

Os estimulantes são considerados os medicamentos de 1ª para tratamento do TDAH. Dois estimulantes mais conhecidos e utilizados no tratamento destes transtornos são metilfenidato e dextranfetamina.

 

Critérios Diagnósticos para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição. Texto revisto.

A. Ou (1) ou (2)

(1) Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos seis meses em grau mal adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.

Desatenção:

(a)  Frequentemente não presta atenção a detalhes ou comete erros por omissão em atividades escolares, de trabalho ou outras.

(b)  Com frequência tem dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.

(c)  Com frequência parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra.

(d)  Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções).

(e)  Com frequência tem dificuldades para organizar tarefas e atividades.

(f)   Com frequência evita, demonstra ojeriza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa).

(g)  Com frequência perde coisas necessárias para tarefas u atividades (p. ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais).

(h)  É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa.

(i)    Com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias.

 

(2) Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram por pelo menos seis meses, em grau mal adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:

Hiperatividade:

(a)  Frequentemente agita as mãos os pés ou se remexe na cadeira.

(b)  Frequentemente abandona sua cadeira na sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado.

(c)  Frequentemente corre ou escala em demasia, em situações impróprias (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação).

(d)  Com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer.

(e)  Está frequentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”.

(f)   Frequentemente fala em demasia.

Impulsividade:

(g)  Frequentemente dá respostas precipitadas antes das perguntas terem sido completamente formulada.

(h)   Com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez.

(i)    Frequentemente interrompe ou se intromete em assuntos alheios (p. ex., em conversas ou brincadeiras).

B. Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou desatenção causadores de comprometimento estavam presentes antes dos sete anos de idade.

C. Algum comprometimento causado pelos sintomas está presentes em dois ou mais contextos (p. ex., na escola {ou trabalho} e em casa).

D. Deve haver claras evidencias de um comprometimento clinicamente importante no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um Transtorno Global do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico, nem são melhores explicados por outro transtorno mental (p. ex., Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade).

314.01 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Combinado: Se tanto p Critério A1 quanto o Critério A2 são satisfatório durante os últimos 6 meses.

314.00 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Desatento: se o Critério A1 é satisfatório, mas o Critério A2 não é satisfatório durante os últimos 6 meses.

314.01 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo: se o Critério A2 é satisfeito, mas o critério A1 é satisfeito durante os últimos 6 meses.

 (SILVA 2009 p. 227 a 230.)

 

MATERIAIS E MÉTODOS:

O método utilizado para este estudo foi pesquisa bibliográfica e pesquisa na internet.

 

CONCLUSÃO:

 Maria Rosangela

Distração, Impulsividade e Hiperatividade, são características comuns da infância, mas para diferenciar a criança TDAH da criança sem TDAH é a frequência, intensidade e constância destas características.

Tudo na criança TDAH é mais intenso que na criança sem TDAH, as hiperativas são muito mais agitadas e bagunceiras, as do tipo desatento são muito mais desatenta e dispersa.

Durante a realização deste estudo podemos verificar que ha uma escassez de materiais para estudo especifico para a criança com idade de Educação Infantil, até mesmo as tabelas de sintomas geralmente são para observação de crianças maiores, porem sabemos que em creches e pré-escolas existe muitas crianças que apresentam sinais de TDAH, concluímos então que a observação e registro do comportamento das crianças são matérias importantíssimas para que as crianças sejam encaminhadas aos profissionais habilitados para um diagnóstico correto e melhor tratamento.

 

         

 

 

 

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:

BARKLEY, R. A. Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH): guia completo e autorizado para os pais, professores e profissionais da saúde. Russell A. Barkley; trad. Luis Sérgio Roizman - Porto Alegre: Artmed, 2002.

QUEIROZ, Tânia Dias. Pedagogia Lúdica: Jogos e brincadeiras de A a Z. 1ed. São Paulo: Rideel, 2002.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

VYGOTSKY, Leontiv Lúria- linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. scipione, RJ, 1988. 

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http://translate.google.com.br/ acesso em 05 de setembro de 2013 às 17h e 02m.

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http://adhd.com.br/?p=107 acesso em 11 de Setembro de 2013 às 21h e 12m.