PROJETO DE COMERCIALIZAÇÃO BRASIL ? PERU.


Inicialmente o projeto visa incrementar a comercialização de dois produtos apenas:

1) ? EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA
2) - IMPORTAÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO (SAL).



1) ? EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA - (sem conservantes) DIANTEIRO
(N.C.M. 02102001 MERCOSUL).

ITENS RELEVANTES NO PROJETO.

1.1 ? Mato Grosso do Sul, dispõe de excelente estrutura para produção de carne bovina, sendo que, a parte nobre, já tem mercado estruturado interna e externamente;

1.2 ? O dianteiro, tido como carne de segunda, não dispõe de muita procura por parte dos importadores tradicionais, constituindo, via de conseqüência, para comércio externo, quase que como um subproduto;

1.3 ? Um dos paises mais apropriados para absorver esse excedente de produção é sem sombra de dúvida o PERU principalmente na sua populosa região sul que não dispõe de pastagens de longa extensão, principalmente pelas próprias condições do meio, (região árida, montanhosa e de baixa densidade pluviométrica). Por isso mesmo a grande vocação pecuária do sul e da costa daquele país está direcionada para pecuária de leite (pastagens de alfafa) à direita e a esquerda dos poucos riachos e veios d?água que descem da cordilheira para o oceano Pacifico.

1.4 ? Tradicionalmente o peruano é grande consumidor de carne bovina, mas, não tem tradição de dietas a base de churrasco como ocorre nos países mais ao sul. Por isso mesmo, a carne salgada seca e sem conservantes se adapta melhor aos costumes e tradições alimentares regionais. Deve-se destacar, por oportuno que, o prato típico regional de maior procura denominado ADOBO, é servido há séculos, pelas madrugadas em milhares de casas especializadas, restaurantes ou não, sendo um caldo a base de CARNE, MAÍZ (milho) e CAMOTE (batata);

1.5 ? O canal de exportação ideal é o ferroviário, por intermédio de composições que partem de CORUMBÁ ? MS, chegando a AREQUIPA, MOLLENDO, TACNA, todas cidades sulinas com grande densidade demográfica que recebem carne verde, geralmente oriunda da região norte daquele país, além da região conhecida como AMAZÔNIA PERUANA (Iquitos). Outro conveniente de se comercializar CARNE SECA, é o prazo de validade desse produto em torno de 120 dias, não necessitando inclusive de ambientes refrigerados para seu transporte.

1.6 ? O CUSTO PRIMÁRIO DE PRODUÇÃO, foi composto na cidade de Uberlândia - MG, devendo ser reajustado para as condições próprias de CORUMBÁ ? MS, com sensível redução de valores. A empresa SIQUEIRA Industria e Comercio de Carne Ltda., produz carne de sol sem corantes e/ou conservantes a um preço de R$ 4,66 por quilo, cuja embalagem é efetuada em caixa de papelão pesando 30 quilos cada caixa, com controle fito-sanitário e prazo de validade de 120 dias da data de embalagem;

1.7 ? 1.000 caixas de 30 quilos ou 30.000 quilos custariam R$ 140.000,00, e resultariam em 60.000 unidades de 500 gramas que seriam cortados e embalados no PERU, embalagens plastificadas a vácuo, gerando empregos, tributos e renda também naquele país, (fator social positivo aos olhos das autoridades de lá).

1.8 ? O produto, 1.000 caixas de 30 quilos cada, seria embarcado em CORUMBA ? MS via Puerto Soares ? Bolívia, por transporte ferroviário e desembarcado cinco dias após em AREQUIPA ? Peru. A empresa SIQUEIRA Indústria e Comercio de carne Ltda., produziria as peças para uma empresa a ser constituída no Peru e o CIF/DIPOA seria o de número 0001/4642. Essa mecânica já vem funcionando há algum tempo no mercado interno, envolvendo a industria e firmas da Bahia e São Paulo que reembalam e distribuem para o restante do Brasil, sendo que o preço de venda médio varia de R$ 5,00 a R$ 5,99 por pacote de 500 gramas, valor que se espera conseguir no exterior;

1.9 ? Assim teremos o seguinte custo teórico para comercialização de 30.000 kg/mês, inicialmente:-

1.9.1)? CUSTO

1.000 caixas de 30 kgs. a R$ 140,00 ................................... R$ 140.000,00
Parcela tributária 30% (Ad Valorem), com parte "a posteriori"
remissível por tratar-se de exportação.................................. R$ 42.000,00
Mão de obra peruana com encargos, (corte, embalagem,
a vácuo, faturamento e entrega, três pessoas)...................... R$ 6.000,00
Transporte e outros custos eventuais ........................... R$ 2.000,00
CUSTO PRIMÁRIO ESTIMADO ........................... R$ 190.000,00

1.9.2)? RECUPERAÇÃO e REDITO BRUTO

60.000 pacotes de 500 gramas a R$ 5,00 cada ............. R$ 300.000,00

( - ) Custo primário estimado ........................................ (R$ 190.000,00)
( = ) LUCRO BRUTO PRESUMIDO (36,7%)............. R$ 110.000,00

OBSERVAÇÃO
Esses cálculos foram efetuados em 2004 e necessitam serem reajustados à realidade de 2011, relativamente a valores.

2) ? IMPORTAÇÃO DE SAL (CLORETO DE SÓDIO)
N.C.M. 2501.00.19.00 De Arequipa-PE a Curumbá-BR.

ITENS RELEVANTES NO PROJETO.

2.1 ? O Cloreto de Sódio (sal) que entra no estado de Mato Grosso do Sul, além de ser utilizado para a indústria de charque, é largamente empregado para alimentação de gado de corte e leite, "in natura" e/ou mineralizado. As principais cidades produtoras no Brasil, MACAU e MOSSORÓ, encontram-se três vezes mais distantes que a região produtora do sul do Peru, onde, alem da alta salinidade do oceano Pacífico, é uma região, -como já dito,- de baixo índice pluviométrico, com sol praticamente o ano todo e produtora de sal em alta escala.

2.2 ? O projeto consiste em importar 500.000 quilos de sal/mês, ou seja, cinco vagões de 100 toneladas do produto. O transporte seria feito por composições ferroviárias que partem de AREQUIPA ou do porto de MOLLENDO no Peru para PUERTO SOARES na Bolívia ou mesmo CURUMBÁ ? MS ? Brasil. As composições retornam quase sempre com pouca ou nenhuma carga, pois o fluxo de transporte é muito maior no sentido Brasil ? Santa Cruz de La Sierra ? Cochabamba ? La Paz ? Desaguadero ? Puno ? Arequipa e Mollendo que no retorno;

2.3 ? O produto seria internado temporalmente (como no sistema "Drow Back") com a finalidade produzir de charque para reexportação e, caso parte seja vendida "in natura" ou mesmo já misturada a nutrientes, cuja destinação seja alimentação animal, far-se-ia a internação definitiva, recolhendo-se o tributo, evitando-se desencaixes com antecipações tributárias, já que não há suspensão do Imposto de Importação, na eventualidade de comercialização interna, como acontece na internação temporária para se reexportar.
Partindo de Corumbá, como logística interna, teríamos três opções de transporte, rodoviário, ferroviário e FLUVIAL, o que minimizaria os custos para propriedades rurais localizadas no pantanal, tanto no sentido de Cuiabá quanto no sentido de Coxim além do sentido Paraguai, Uruguai ou Argentina.

2.4 ? 500.000 quilos equivalem a cinco vagões de 100.000 quilos ou ainda 20.000 sacas de 25 quilos, sendo o preço de venda da saca de 25 kg., em cooperativas (sal Boiadeiro) R$ 6,75 em Uberlândia-MG e, se mineralizado o preço sobe para R$ 30,00 ou mais.

2.5 ? Uma carreta com 45.000 quilos de sal, vinda de Macau ou Mossoró até Uberlândia-MG, tem como preço final R$ 4.500,00 ou R$ 100,00 a tonelada, a saber, R$ 1.500,00 para o produto, mais R$ 3.000,00 para seu transporte, obviamente chegando a Mato Grosso do Sul, por preço bem superior.
Caso o produto chegue a Corumbá ? MS, vindo de Arequipa-PERU, pelo dobro do preço, ou seja, por R$ 200,00 a tonelada, ainda que a distância seja menor em dois terços e o transporte ferroviário muito mais barato que o rodoviário, teríamos:

2.5.1 ?CUSTO

500.000 Kgs.ou 500 T de sal a R$ 200,00 por tonelada. R$ 100.000,00
10% de custos imprevistos ........................................... R$ 10.000,00
CUSTO PRIMARIO ESTIMADO................. R$ 110.000,00

2.5.2 ? RECUPERAÇÃO e REDITO BRUTO

20% mineralizado ( 4.000 sacas de 25 kg) a R$30,00 R$ 120.000,00
80% "in natura" (16.000 sacas de 25 kg) a R$ 6,00.... R$ 96.000,00
100% venda de sal (20.000 sacas de 25kgs) ................. R$ 216.000,00
(-) CUSTO PRIMÁRIO ESTIMADO ......................... (R$ 110.000,00)
(=) LUCRO BRUTO PRESUMIDO (49,1%)............... R$ 106.000,00

Finalizando, vale acrescentar que 60.000 bois consumindo 220 gramas/dia de sal "in natura" (200 g mais 10% de perda), consomem 13.200 k e em 30 dias 396.000 kgs., restando 4.000 kg. Para a linha de produção industrial (charque), e 100.000 kgs., para mineralização, o que completaria o quantitativo físico adquirido de 500.000k.
É de se considerar também a possibilidade de se criar uma mecânica de FLUXO DE CAIXA, onde não seria necessário um montante financeiro de R$ 190.000,00 para a carne MAIS R$ 110.000,00 para sal ou R$ 300.000,00 de disponibilidades imediatas para desencaixes nos dois países.
O grande desafio seria COMPRAR SAL NO PERU COM NO MINIMO 60 DIAS e VENDER CHARQUE TAMBEM NO PERU COM NO MÁXIMO 30 DIAS, manobrando assim RECURSOS DE TERCEIROS.
Já no BRASIL, VENDER SAL COM NO MAXIMO 30 DIAS e COMPRAR CHARQUE COM NO MÍNIMO 60 DIAS, manobrando também com RECURSOS DE TERCEIROS, separando, na medida do possível, os dois movimentos: Peruano, compra de sal e venda de charque e Brasileiro, compra de charque e venda de sal, evitando-se na medida do possível, custos financeiros com remessas internacionais.

Os custos aqui apropriados foram majorados por questão de segurança dos resultados superavitários. Da mesma forma os valores de recuperação (venda), foram minimizados, a fim de surtir efeito similar quanto à margem de segurança. Os documentos comprobatórios desses dados estão à disposição sempre e quando necessário

OBSERVAÇÃO:-
Esses cálculos também foram efetuados em 2004 e necessitam ser reajustados à realidade de 2011 relativamente aos seus valores.

Documentos de apoio.
a) - Relação de Supermercados peruanos interessados em carne de charque;
b) - Relação de produtores de sal no Peru;
c) - Acordos comerciais Brasil-Peru;
d) - Dados estatísticos de intercâmbio comercial entre os dois paises;
e) - Cartas de bancos peruanos à disposição;
f) - Custo de instalação, promoção e manutenção de firma no Peru;
g) - Carta do despachante aduaneiro mais tradicional do sul do Peru.


Cordialmente,

Emmanuel Luiz de Souza.
C.I. 6.071.338 - SSP/SC.