Colonização de Sergipe
Publicado em 07 de dezembro de 2010 por Hédila Maria Alves dos Santos Santana
FREIRE, Felisberto." Colonização de Sergipe. Sucessores de Cristóvão de Barros até 1637".n. História de Sergipe. Petrópolis: Vozes/Aracaju,1977, p. 84-98.
Por Hédila Maria Alves dos Santos Santana
E-mail: [email protected]
Cristóvão de Barros fundou um arraial, ao qual em sua própria homenagem deu o nome a cidade de São Cristóvão, junto à foz do rio Sergipe, hoje Cotinguiba. Alguns historiadores sergipanos acham que a primeira povoação de Sergipe foi situada sobre um istmo perto do mar fazendo barra ao rio Poxim no Cotinguiba, sendo ali edificado o forte. O rei da Espanha fez uma doação a Cristóvão de Barros do território que acabara de conquistar co e deu-lhe a ordem de vender estas terras ou reparti-las entre os colonos, com a condição de estabelecer colônias. Houve a administração pública e ficou estabelecido as bases da organização de uma capitania. Cristóvão volta à Bahia e governa com interinidade coletiva. Mas, antes o governo foi entregue a tomé da Rocha; Cristóvão corria riscos com a viagem entre florestas ocupadas por índios. As condições gerais do Brasil ainda não eram favoravéis o suficiente à prosperidadeda colonização de Sergipe. A guerra entre Espanha e França serviu para que os piratas fossem desenvolvendo a prática da pirataria com a exploração das nossas riquezas. O Brasil continuou sendo explorado e com isso, as condições de prosperidade pioravam e o governo procurava buscar recursos para vencer essas invasões. Iniciou-se em Sergipe a colonização em circunstâncias desfavoráveis; faziam parte da administração um capitão-mor, ouvidor, provedor-mor, escrivãos e outros. Alguns destes tinham ligações com à Bahia e interferiam nos negócios públicos de Sergipe. Havia uma ligação do elemento étnico e a política administrativa de Portugal que influenciava e predominava o sentimento religioso sobre a colônia. As armas portuguesas conquistaram definitivamente as terras de Sergipe e acabaram com as forças inimigas, mas os franceses não tinham perdido as esperanças de reaver o território com suas riquezas. Os franceses com ideias de riqueza explorou os indígenas como guias das minas existentes em Sergipe, mas foram abatidos por Tomé da Rocha e Diogo de Qoadros no Rio Real. Entre 1594 e 1595 Tomé da Rocha deixa o governo e, passa a ser seu amigo Diogo Qoadros que durante a sua administração conseguiu prosperar a colônia sergipana com: trabalho agrícola, engenhos de açúcar e a criação ativa de gado; mesmo assim os franceses persistiram em reaver a antiga posse. As condições da cidade não permitiam que seus habitantes se precavessem das embocadas, então o governo se convenceu da necessidade de mudar a cidade para onde ela ficasse protegida; então foi escolhido um oiteiro junto a Barra do rio Poxim, para ser a nova sede de São Cristóvão. Em 1601, os franceses tiveram que abandonar a guerra, pois já estavam eliminados das terras de Sergipe ; no governo de Diogo Qoadros, o movimento colonial ativou-se e aconteceu as doações de terras por sesmarias nas zonas vizinhas aos rios Piauí, Real e Vaza-Barris. As terras precisavam ser colonizadas e, para isto tiveram a ajuda dos africanos com a exploração da cultura canavieira onde foram explorada a mão-de-obra indígena e africana, como também, a exploração da criação de gado foi muito significante. Devido a tantas explorações os negros sergipanos abandonaram as fazendas e, reunindo-se com outros negros da Bahia formaram mocambos que por sua vez, eram atacados por potiguazes. Os indígenas sofreram com a colonização sergipana e com a política pretencionista dos jesuítas que aldeavam seus índios, fazendo acontecer a imigração africana nos primeiros vinte anos de colonização; o território era desfavorável à sua permanência, sem que caíssem nas garras do cativeiro. O fato é que o contigente do elemento indígena na história de Sergipe não é tão grande; os jesuítas vieram desdobrar a atividade de sua política em Sergipe, prestando seviços importantes; sacerdotes e agricultores assumem a direção espiritual da capitania e pedem doações de terras para criação de seus gados, dar início a lavoura, levantar propriedades açucareiras, edificar capelas que serviram de colégio. Vieram também os beneditinos representados por Frei Domingos; o clero já representava papel importante no movimento social de Sergipe. A colonização prosperou dirigindo-se para o fertilissímo Vale do Cotinguiba, onde ocorreu as doações de terras; as rendas da capitania provinham do estanco, pau-brasil e do dízimo de Portugal. A colonização caminha para o norte e as doações continuaram sendo concedidas e logo a capitania teve de procurar um novo sítio para a edificação da cidade, mudando-se do oiteiros, para uma elevação que ficava nas margens do rio Paramopama, afluente do Vaza-Barris,onde aconteceu a invasão holandesa. Sem saber a causa real dessa mudança, a nova cidade de Sergipe d'El Rei, que durante o século XVII foi conservada foi substituída por São Cristóvão.
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Cristóvão de Barros fundou um arraial, ao qual em sua própria homenagem deu o nome a cidade de São Cristóvão, junto à foz do rio Sergipe, hoje Cotinguiba. Alguns historiadores sergipanos acham que a primeira povoação de Sergipe foi situada sobre um istmo perto do mar fazendo barra ao rio Poxim no Cotinguiba, sendo ali edificado o forte. O rei da Espanha fez uma doação a Cristóvão de Barros do território que acabara de conquistar co e deu-lhe a ordem de vender estas terras ou reparti-las entre os colonos, com a condição de estabelecer colônias. Houve a administração pública e ficou estabelecido as bases da organização de uma capitania. Cristóvão volta à Bahia e governa com interinidade coletiva. Mas, antes o governo foi entregue a tomé da Rocha; Cristóvão corria riscos com a viagem entre florestas ocupadas por índios. As condições gerais do Brasil ainda não eram favoravéis o suficiente à prosperidadeda colonização de Sergipe. A guerra entre Espanha e França serviu para que os piratas fossem desenvolvendo a prática da pirataria com a exploração das nossas riquezas. O Brasil continuou sendo explorado e com isso, as condições de prosperidade pioravam e o governo procurava buscar recursos para vencer essas invasões. Iniciou-se em Sergipe a colonização em circunstâncias desfavoráveis; faziam parte da administração um capitão-mor, ouvidor, provedor-mor, escrivãos e outros. Alguns destes tinham ligações com à Bahia e interferiam nos negócios públicos de Sergipe. Havia uma ligação do elemento étnico e a política administrativa de Portugal que influenciava e predominava o sentimento religioso sobre a colônia. As armas portuguesas conquistaram definitivamente as terras de Sergipe e acabaram com as forças inimigas, mas os franceses não tinham perdido as esperanças de reaver o território com suas riquezas. Os franceses com ideias de riqueza explorou os indígenas como guias das minas existentes em Sergipe, mas foram abatidos por Tomé da Rocha e Diogo de Qoadros no Rio Real. Entre 1594 e 1595 Tomé da Rocha deixa o governo e, passa a ser seu amigo Diogo Qoadros que durante a sua administração conseguiu prosperar a colônia sergipana com: trabalho agrícola, engenhos de açúcar e a criação ativa de gado; mesmo assim os franceses persistiram em reaver a antiga posse. As condições da cidade não permitiam que seus habitantes se precavessem das embocadas, então o governo se convenceu da necessidade de mudar a cidade para onde ela ficasse protegida; então foi escolhido um oiteiro junto a Barra do rio Poxim, para ser a nova sede de São Cristóvão. Em 1601, os franceses tiveram que abandonar a guerra, pois já estavam eliminados das terras de Sergipe ; no governo de Diogo Qoadros, o movimento colonial ativou-se e aconteceu as doações de terras por sesmarias nas zonas vizinhas aos rios Piauí, Real e Vaza-Barris. As terras precisavam ser colonizadas e, para isto tiveram a ajuda dos africanos com a exploração da cultura canavieira onde foram explorada a mão-de-obra indígena e africana, como também, a exploração da criação de gado foi muito significante. Devido a tantas explorações os negros sergipanos abandonaram as fazendas e, reunindo-se com outros negros da Bahia formaram mocambos que por sua vez, eram atacados por potiguazes. Os indígenas sofreram com a colonização sergipana e com a política pretencionista dos jesuítas que aldeavam seus índios, fazendo acontecer a imigração africana nos primeiros vinte anos de colonização; o território era desfavorável à sua permanência, sem que caíssem nas garras do cativeiro. O fato é que o contigente do elemento indígena na história de Sergipe não é tão grande; os jesuítas vieram desdobrar a atividade de sua política em Sergipe, prestando seviços importantes; sacerdotes e agricultores assumem a direção espiritual da capitania e pedem doações de terras para criação de seus gados, dar início a lavoura, levantar propriedades açucareiras, edificar capelas que serviram de colégio. Vieram também os beneditinos representados por Frei Domingos; o clero já representava papel importante no movimento social de Sergipe. A colonização prosperou dirigindo-se para o fertilissímo Vale do Cotinguiba, onde ocorreu as doações de terras; as rendas da capitania provinham do estanco, pau-brasil e do dízimo de Portugal. A colonização caminha para o norte e as doações continuaram sendo concedidas e logo a capitania teve de procurar um novo sítio para a edificação da cidade, mudando-se do oiteiros, para uma elevação que ficava nas margens do rio Paramopama, afluente do Vaza-Barris,onde aconteceu a invasão holandesa. Sem saber a causa real dessa mudança, a nova cidade de Sergipe d'El Rei, que durante o século XVII foi conservada foi substituída por São Cristóvão.