Claude Lévi Strauss a questão da linguagem estruturada. 

Filósofo e antropólogo belga, sendo que estudou em Sorbonne, foi professor em diversos lugares do mundo, incluindo Brasil, USP. Efetivou pesquisas antropológicas junto aos índios do Brasil, mais tarde foi professor no Collège de France.

Sua tese básica aplicação da estrutura da linguagem, como fruto de produto da evolução cultural, existe uma lógica comum que se aplica a toda processualidade da linguagem de um determinado povo.

Ele defende o método estruturalista com a defesa do mesmo em aplicação a antropologia, particularmente a questão da linguagem, a estrutura comum da língua e os mecanismos dos funcionamentos dos mundos ideológicos.

  Ninguém desenvolve uma determinada linguagem fora do contexto social da produção da mesma, motivo do mecanismo do estruturalismo. Com efeito, o homem é sempre pelo menos em parte, referi se a linguagem como fenômeno da complexidade, produto do meio.

Portanto, para Strauss sendo essa a explicação do fundamento da linguagem como produto político social, a problemática para as Ciências humanas, é naturalmente uma questão de linguagem, como a mesma ajuda na formulação dialética do mundo cultural.

A linguagem para Strauss deve ser entendida no modelo complexo, incluído inclusive sistema não verbal, todo sistema de signo, hoje a relação evolutiva com diversos fatores interdisciplinares.

É importante entender as estruturas mais profundas da linguagem, o mundo ideológico que funciona na razão como determinação dos comportamentos, o que disse de certo modo o neurocientista Antonio Damásio,  o homem é o próprio cérebro, motivo pelo qual a razão pode ser extremamente perigosa.

Strauss vai além de manifestações superficiais, busca compreender a complexidade da estrutura cerebral da pessoa, não apenas pelo mecanismo de compreensão do subconsciente, procura entender o modo de pensar de uma comunidade pelo caminho da aplicação do método fundamentado na etimologia entendida a procedimentos  geológicos.

Na verdade quando uma pessoa ou comunidade estrutura sua lógica de pensar, fundamentada em diversos fatores, por exemplo, se uma pessoa não é ética, comportamentos inadequados, a situação da estrutura do cérebro aplica se em todas as situações que favorecem suas ações cerebrais.

 Quem rouba, o roubo é uma lógica aplicativa, do mesmo modo a pedofilia, como qualquer outra forma de comportamento.   É muito difícil à mudança da estrutura cerebral as formas dos comportamentos, permanecem na sistêmica estrutural da mente, as dificuldades de superação das ideologias. 

Pessoas de determinadas culturas acreditam que Jesus Cristo seja Deus, outras culturas acreditam em forcas espirituais não ligadas ao cristianismo, do mesmo modo um marxista imagina que na sociedade socialista não haverá miséria, outras estruturas cerebrais que o liberalismo é o caminho para o bem estar social.

Todas essas formas de manifestações são estruturas culturais mentais e cerebrais, o homem por mais culto, não consegue se libertar desses princípios, do mesmo modo que Karl Popper não conseguiu fugir do entendimento da sua teoria da refutabilidade ou Einstein da sua epistemologia relativista.

 Exatamente isso que o estruturalismo mostra como lógica funcional da linguagem e, sobretudo do mecanismo da razão instrumentalizada, a linguagem é o instrumento funcional do cérebro.  

Strauss procura mostrar que em nível do senso comum, existem manifestações culturais nas mais diversas sociedades na perspectiva de um sistema construído, revelando a forma de agir, de vestir e de compreender o mundo, complexidades de manifestações.

As estruturas de parentesco ou de um modelo político econômico, esses modos fundamentais são entendidos por caminhos determinados por uma sintaxe a ser decifrada por uma analise estruturalista da linguagem e do cérebro, pois os mesmos produzem e condicionam o comportamento humano.

Para Strauss o homem se torna homem na medida em que ele vive numa sociedade, pertence a uma cultura, mas hoje a sociedade é diversificada  e o homem culto, pode ser apenas produto de uma instituição e não  da sociedade, na medida que adere determinadas ideologias ou métodos indutivos aplicados a empiria.

 Exatamente por esse motivo que Edjar resolveu criar o seu método, que é por natureza muito elitista do ponto de vista da concepção, ou seja, do seu entendimento teórico. O que denomina da segunda razão construída.

O homem sempre fala e entende o mundo pelas primeiras razões, em acordo com a lógica estruturalista de cada uma delas, o que provoca na mente humana, um grande mecanismo de alienação e por outro lado, transforma o homem em imbecil na medida em que sua visão de mundo é uma projeção da sua estrutura sistêmica mental.

O que é a segunda razão construída método proposto por Edjar, uma razão vazia, não ideológica, que não deixa o cérebro agir pelos os mecanismos das primeiras razões, ao entender um determinado fenômeno.

A segunda razão construída, é aquela que não deixa as  primeiras razões projetarem suas ideologias como se fossem verdades ao entendimento das coisas ou da análise de um determinado fenômeno.  Cada sistema em si, tem alguns aspectos da verdade, mas não a totalidade, sendo que muitos sistemas representem apenas ilusões.

Então a função da segunda razão é o uso adequado dos aspectos positivos das primeiras razões, para o entendimento não projetivo de uma análise, sabendo que nem sempre as primeiras razões são aproveitáveis.

O homem não ideológico, precisa necessariamente desenvolver a estrutura sistêmica mental, no uso essencial da razão construída, esse é o método proposto, no entendimento temos que relativizar as consciências produzidas por mecanismos estruturais alienatários,  pois os referidos não ajudam em nada ao desenvolvimento das civilizações.

Edjar Dias de Vasconcelos.