CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPOS DE ANDRADE – UNIANDRADE.

RAQUEL DA SILVA JORGE

Acadêmica do Curso de Enfermagem – UNIANDRADE

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ELIZABETE ZAMPIER

Acadêmica do Curso de Enfermagem – UNIANDRADE

[email protected]

ROSÁLIA JACOMEL

Prof.ª. do Centro Universitário Campos de Andrade – UNIANDRADE

Introdução

 A demanda de atendimento nos serviços de urgência tem aumentadoconsideravelmente. Como estratégia de organização e humanização da assistência tem sidoimplantado o Acolhimento com Classificação de risco. Incluindo protocolos para garantircritérios padronizados e, dessa forma, prestar assistência adequada e equânime às pessoas. Desde fevereiro de 2003 foi definida a construção daPolítica Nacional de Humanização (PNH),rearticulando as iniciativas já existentes e potencializando-as para alcançar o conceito de humanização das práticas de saúde do SUS. (Humaniza SUS).

O Acolhimento com Classificação de Risco é um dispositivo que opera concretamente os princípios da PNH, com ameta deimplantar um modelo de atenção com responsabilização e vínculo.

 METODOLOGIA

O presente estudo teve como metodologia a abordagem indutiva, respaldada em uma revisão bibliográfica ampla sobre a temática Trazendo o perfio da classificação de riscos.

Objetivo

- caracterizar a classificação de riscos, sua implantação em Curitiba e a atuação do enfermeiro.

IMPLANTAÇÃO EM CURITIBA:

 A Prefeitura de Curitiba começou fundamentar em suas unidades de saúde um sistema de classificação dos usuários de acordo com os graus de risco definidos pelo Protocolo de Manchester, o qual é um processo dinâmico que consiste em identificar o risco do usuário, na perspectiva  do processo de enfermagem, considerando as   dimensões subjetivas, biológicas e sociais do adoecer, e desta forma orientar, priorizar e decidir  sobre os encaminhamentos necessários para a resolução do problema. O mesmo, esta sendo testado desde o dia 24 de junho de 2011 no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) Sítio Cercado. Com o objetivo de agregar mais agilidade e segurança ao atendimento humanizado a quem usa o Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba. Todos os dias cerca de 38 mil pessoas passam pelas 109 UBS e pelos oito CMUMS. Com o novo sistema, que será estendido a todos os CMUMS, e unidades básicas eestratégia de  Saúde da Família até o final deste ano, cada paciente será submetido à classificação assim que chegar à unidade de atendimento,a abordagem individual do paciente  será feita por um enfermeiro(a),  a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, o objetivo é garantir que os casos realmente mais importantes do ponto de vista do risco para a saúde tenham precedência sobre os demais. “Queremos garantir o atendimento a todos, mas principalmente a quem está mais vulnerável num dado momento da sua vida. Isso significa segurança e qualidade de atendimento tanto para quem precisa de atendimento quanto para quem presta esse serviço”, resume. 

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO (A) E A EXECUÇÃO TECNICA DO PROTOCOLO:

                  A Classificação de risco deve ser executada por técnicos de nível superior (enfermeiro) com capacidade de comunicação, boa interação com os profissionais da saúde, pacientes e familiares, paciência, compreensão, discrição, habilidade organizacional, agilidade, julgamento crítico, ética e solidariedade e, sobretudo conhecimento clinico /cirúrgico com fundamento cientifico.

                    O cidadão que chegar ao ponto de atenção, será atendido prontamente pelo enfermeiro (a), fará avaliação breve da situação, e a classificara em prioridades usando protocolo padronizado, no caso o protocolo Manchester. Registrara a avaliação e encaminhara o paciente ao local de atendimento. Eventuais atrasos serão comunicados. Reavaliações estão previstas, já que a classificação é dinâmica.

Como critérios de classificação deverão ser considerados: os determinantes que são situações, queixas, sinais, sintomas, outros dados (sinais vitais, saturação de O2, escala de dor e escala de Glasgow, glicemia, entre outros).

De acordo com a queixa ou sinal apresentado, os pacientes serão identificados com pulseiras de cores correspondentes a um dos seis níveis estabelecidos no sistema de classificação desenvolvido na cidade inglesa de Manchester. Os casos  serão categorizados por prioridades – 1, 2, 3, 4, 5 e 6 associadas um sistema de cor—vermelho, laranja, amarelo, verde e azul e branco.

PRIORIDADE 1-VERMELHO:

# emergência absoluta. O paciente está em ameaça á vida ou iminência de rápida deterioração e requer intervenção agressiva e imediata, com prioridade absoluta: A avaliação e o tratamento são simultâneos e imediatos; O transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU; O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o pronto-socorro e o acesso deve ser garantido de forma imediata. O atendimento inicial, entretanto é da responsabilidade do serviço onde o paciente se apresentar.

 PRIORIDADE 2 - LARANJA

# muito urgente; São pacientes com risco potencial de perder a vida ou função de membro A avaliação e o tratamento geralmente são simultâneos. Este atendimento é prioridade e os primeiros cuidados são imediatos; O transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU. O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o pronto-socorro e o acesso deve ser imediato; O atendimento inicial também é da responsabilidade do serviço onde o paciente se apresenta. 

PRIORIDADE 3- AMARELO;

# Urgência; São condições que potencialmente poderiam progredir para agravos importantes; A situação de queixas pode estar Associada a intenso desconforto ou estar afetando as atividades da vida diária; Este atendimento é prioridade; O transporte sanitário deve ser imediato. O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o pronto-atendimento e o acesso deve ser imediato.O atendimento inicial é da responsabilidade do serviço onde o paciente se apresentar; 

PRIORIDADE 4-VERDE:

# POUCO URGRNTE e precisa de priorização de atendimento na Unidade Básica. Situações associadas à idade do paciente, desconforto ou possíveis complicações que seriam atenuadas com atendimento mais precoce. O atendimento deve ser priorizado para o mesmo turno, após os primeiros cuidados e medidas necessárias nos casos de emergência e de urgência. O atendimento destes usuários é indicado na Unidade Básica de Saúde.

PRIORIDADE 5- AZUL:

# Caso eletivo, não urgente. A consulta pode ser agendada ou realizada de imediato, caso haja disponibilidade. O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é a Unidade Básica de Saúde.

Idosos, crianças, gestantes e pessoas com deficiências terão preferência garantida dentro de cada nível de prioridade.

 

METODOLOGIA DE CLASSIFICAÇAO DE  RISCO

Um método de triagem deve ser planejado para definir apenas uma prioridade clinica e não um  diagnóstico ou uma exclusão  diagnóstica por vários motivos:

1º- Seu foco em um serviço de Urgência é  facilitar a gestão da clinica de cada paciente individualmente, e também a gestão de todo o serviço, isto é melhor  alcançado através da alocação exata de um paciente em uma  prioridade clinica.

2º-O tempo da realização da triagem deve ser curto.

3º- O diagnóstico clinico final não esta precisamente associado à  prioridade clínica, já que reflete aspectos de uma situação de queixas particular apresentada por um paciente. sua prioridade clínica deve corresponder à intensidade da dor e não ao diagnóstico final.

A metodologia de triagem requer que o profissional defina bem a queixa, ou o motivo que levou o cidadão  a procurar o serviço de urgência , selecione a de maior conformidade entre as varias apresentadas e depois procure em um numero limitado de sinais e sintomas em cada nível de prioridade clínica aquela que corresponde à situação do paciente. No sistema Manchester de Classificação de Risco, os sinais e sintomas que fazem a discriminação entre as prioridades clínicas são chamados de discriminadores e estão apresentados na forma de fluxogramas para cada condição apresentada, os fluxogramas de apresentação. Os discriminadores que indicam níveis de prioridade mais altos são os primeiros a serem procurados. No outro extremo, a ausência ou negação  de um discriminador pertinente ira classificar muitos dos pacientes como não urgentes.

O modelo de classificação devera conter o nome do paciente, idade, data, horário, situação-queixa ( apresentação), fluxograma de apresentação pertinente, determinante que definira a prioridade, a prioridade de atendimento, breve historia, observação objetiva, dados vitais conforme protocolo, prioridade de atendimento, historias de alergias, uso de medicações, medidas iniciais adotadas no caso, reavaliações, nome do enfermeiro, assinatura.

CONCLUSÃO

Até hoje nossa realidade esta baseada em um sistema fragmentado de atenção à saúde, voltado para as condições agudas e para os eventos agudos das condições crônicas. A PNH visa a desfragmentação humanizada deste sistema. Curitiba busca com o auxílio de o protocolo Manchester idealizar esta exigência da PNH. Os profissionais encontrão um apoio sólido no processo de classificar, e a população esta se sentindo "ACOLHIDA" com o novo sistema de classificação, pois rapidamente são ouvidas e direcionadas para seu devido atendimento. Eu, após detalhado estudo de todo o material encontrado, e como profissional atuante em um dos Cemuns de Curitiba, concluo que o processo é ótimo, vem sendo implantado da forma correta, e tem possibilidade de beneficiar em muito a população. Basta apenas que seja dada continuidade e que tenha suporte de estrutura física e de pessoal para a sua adequada execução.

  REFERENCIAS;

jornal on-line da prefeitura de Curitiba 25/05/2011 17:48:00

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 3. ed. Brasília, DF, 2006a. Série B. Textos Básicos de Saúde. Disponível em:< http://dtr 2001.saude.gov.br /editora/produtos/impressos/ folheto/04_0294_FL.pdf.>. Acesso em: 9 set2011 BRASIL.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. Brasília, DF, 2006b. 44 p. Série B. Textos Básicos de Saúde. Disponível em:< http://portal. saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/APPS_PNH.pdf.>.Acesso em: 13 set. 2011.

Dissertação intitulada: “ACURÁCIA DE ENFERMEIROS NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UNIDADE DE PRONTO SOCORRO DE UM HOSPITAL MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE”,de autoria do mestrando Alexandre Duarte Toledo/ 2009.