CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

CLASSICOS DA SOCIOLOGIA

INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos discutir a conceituação de pensadores que idealizarão o sistema sociológico com base nas ciências naturais e em contra ponto, pensadores críticos do sistema positivista, com sua base calcada nas ciências naturais, e tendo como principal base de pesquisa o objeto, teoria idealizada por Durkheim, coisa que os pensadores que iremos tratar, divergiam e muito, pois para Weber acima do objeto estava o sujeito, e este método idealizado por Weber da vida nova a discussão, e com essa nova discussão Weber cria a TEORIA SOCIOLÓGICA COMPREENSIVA.

DURKHEIM

Considerado o pensador que mais contribuiu para formação e solidificação da Sociologia enquanto ciência, pois desenvolveu método dando a Sociologia status de ciência, tem como base de sua pesquisa as ciências naturais, de onde desenvolve o Fato Social e o Método Funcionalista, que são as bases de trabalho para todos os cientistas que pensam a Sociologia, deixa de forma bem clara que o pesquisador precisa ter isenção de sentimentos para com o seu objeto de pesquisa para que durante o percurso de trabalho não seja traído pelos sentidos ou sentimentos em suas análises.

MAX WEBER

Dentro da sistematização de Weber um dos pressupostos mais importantes é a aproximação da Sociologia a História. Utiliza-se do método de pesquisa histórica como forma de entender a sociedade, ou seja, a diferença esta na forma como se encara a pesquisa, no modelo de Durkheim o objeto é o foco do estudo, existe uma interpretação com base na universalização da evolução do ser humano, não existe uma particularidade, para Weber o estudo das diferenças sociais:

“Por meio de um esforço interpretativo do passado e de sua repercussão nas características

peculiares das sociedades contemporâneas.”(Unimes, pg. 32)

Pelo que pudemos entender desta relação entre História e Sociologia, na busca de confirmar a Sociologia como ciência autônoma, o método de pesquisa como em todas as ciências foi desenvolvido por Durkheim e revisto de forma acertada por Weber, entretanto esta sistematização nos remete a Filosofia Clássica, mais precisamente em Sócrates “Conheça - ti a ti mesmo”, como forma de entender e interpretar os problemas sociais do ser humano, nada mais lógico que buscar entender a realizada deste ser dentro de seu habitat natural, no seio da sociedade onde vive e convive.

KARL MAX

No contexto de trabalho de Marx existe uma preocupação intrínseca com a conceituação e principalmente com o entendimento histórico, existe ai um ponto de aproximação com a teoria de Durkheim e Weber, pois ambos buscam entender o ser humano dentro de seu habitat natural a sociedade, entretanto, Marx segue além desta conceituação, pois busca explicar por que o homem em seu habitat criou divisões entre trabalho e poder, coisa esta que irá permear toda a conceituação de Marx, pois para Marx o sistema capitalista é quem separa e cataloga os homens, de acordo com os meios de produção, ou seja, a separação se da no momento em que sou detentor dos meios de produção e quando o que me resta é simplesmente vender minha mão-de-obra:

“Opressores e oprimidos têm permanecido em constante oposição uns aos outros,

por uma transformação revolucionaria das duas classes em luta.” (Karl Marx e Friedch

Engels, Manifesto Comunista).

É fato que para Marx a diferença estabelecida entre classes é que dita as regras de comportamento desta sociedade, no contexto onde foi pensada, mas sabemos que esta discussão muito embora no pensamento contemporâneo seja atual e muitos pensadores a partir desta teoria aprofundaram e tentaram aperfeiçoar, mas o que parece ser um fato, é que Marx tenha esgotado os argumentos. No computo geral as teorias dos pensadores da sociologia, parece não ter levado em conta que segundo Parmênides o ser humano é uno, e isto por si só causa inúmeros problemas de interpretação de realidade e convívio em sociedade.

De forma direta Marx é quem derruba o conceito de igualdade entre os homens, pois se existem classes é porque não existe aquela igualdade colocada pelo senso comum, e num segundo momento pelo contrato social que diz que todos os homens são iguais perante a lei, e pelo que percebemos este fato passou despercebido por Durkheim e Weber.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando pensamos a Sociologia ou a forma como alguns de seus principais pensadores, trabalharam a conceituação e a disposição da disciplina enquanto ciência, o que percebemos é uma aproximação dos conceitos e principalmente uma complementação em relação à conceituação dos pensadores que foram objeto de nossa discussão, notadamente existem pontos de aproximação e distanciamento entre os conceitos, mas maior que isso é o enunciado que liga todos os pensamentos de forma coesa o encadeamento de idéias, muito embora às vezes bem distintas mostrem como a principal preocupação dos pensadores é única, entender a sociedade como base em sua história longínqua ou recente, mas partindo de bases contidas na própria historia do ser humano.

Num primeiro momento com Durkheim não é levado em consideração o fator do ente, entende-se uma produção aquém do ser humano, ou seja, fora do intimo, uma realidade chamada externa, pois o foco da pesquisa esta no objeto, objeto este defino por Durkheim como fato social. Já em Weber esta estrutura positivista é substituída, por uma estrutura sociologia compreensiva, que terá seu foco revertido para o ente, uma realidade interna, diametral seguindo num sentido oposto.

É importante saber que a discussão em si não muda somente o foco para obter as resposta da situação problema que também é a mesma, e neste ponto não podemos deixar de pensar em Sócrates, que já havia dito parte do que foi redescoberto por assim dizer por Weber.

Na fase digamos final deste processo iremos encontrar uma discussão um pouco diferente, mas com a mesma situação problema, em Marx o pensamento da realidade desta sociedade pensada em cima de um sistema de governo, no caso capitalista que segundo consta é extremamente excludente, pois divide a sociedade em classes, segundo Marx os detentores dos meios de produção e o proletariado que tinha somente a força de trabalho. O fato principal desta discussão é que pela primeira vez alguém chega à conclusão o mostra por fatos que não existe a chamada igualdade entre os homens, tão decantada pelo contrato social “Todo homem igual perante a lei”. Este paradigma nunca mais seria mudado ou melhorado ou interpretado, tem uma profundidade impar, e prova disto é que parte destes conceitos tem 100 aos de idade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS E FONTES CONSULTADAS

UNIMES. Introdução as Ciências Sociais I. Santos, 2012