Esqueço-me do destino.

Ao infinito nevoeiro.

A paisagem longínqua.

Nela o silêncio que desce.

A saudade imperial.

Distancia do  olhar.

Devo dizer as Antilhas.

Pórtico incógnito luzeiro.

Metáfora insubsistente.

Impulso cristalino ócio ao delírio.

Alça se glabra à noite descoberta.

O que devo dizer?

Nada além da falta de sonho.

Glosa o secreto dizer.

Da Grécia antiga.

A cultura contemporânea.

O estandarte do santo sepulcro.

O incógnito desejo transcendental.

Intérmina ao temperamento.

Uma onda de luz obscura.

O  voar  itinerante vibra o oriente.

Um passado não tão distante.  

O que devo refletir ao furor desse mundo.

Bloqueia-se ao limite como o nada entendido.

Pudesse existir.

Relaciona-se ao ímpeto da instituição.

Alguém além da porta.

Ao caminho que se encontra.

O sonho da imaginação.

O que se deve ser apenas o desprezo.

Mundo solitariamente enfático.

Encontra-se perdido ao sul de uma curva.

Tudo ao redor de um centro sem fim.

Na imensidão de universos perdidos.

Escritos ao lema se fôssemos.

Ao desprezo do desperdício.

A tortura sapiêntica  da alma.

Homenagem à ideia que se tem do céu.

Uma fantasia da caverna platônica.

Esse mundo não é de ninguém.

Nem mesmo dele.

Confesso a insanidade olhando para os olhos.

Fica mais no exterior que em redor do significado.

Mesmo o olhar é  um estar pensante.

A sombra desalegra aos sinais metafóricos.

A consciência perdida em uma prece.

Ao redor da alma ao súbito encontro.

Quem sabe  o que sou,  que longínquo.

A representação  uma ideologia batismal.

Devaneando a interioridade metafísica.

O ofício dos poligâmicos.

O desprezo por perder a paisagem melancólica.

O silencio de um  leque indelével a cegueira branca.

É possível destruir o antipropósito da brandura acadêmica.

A imbecilidade temível venerável às ondulações.

O que vejo é que não entendo  o  resto é destino.

Inefável ao capricho irrevogável a sabedoria.

O que deve ser não é.

Exatamente a perspectiva do silêncio comum.

Edjar dias de Vasconcelos.