Ciência e Senso Comum. In A universidade do século XXI.

Resenha

SANTOS, Boaventura. Ciência e Senso Comum. In A universidade do século XXI. 3ª ed. São Paulo: ATLAS 2008 (Pg. 30-45).

Ramon Santos Silva[1]

 

Boaventura de Sousa Santos é doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale, diretor do Centro de Estudos Sociais e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa da Universidade de Coimbra. Foi fundador e diretor do Centro de documentação 25 de Abril entre 1985 e 2011.

O autor tem como objetivo diferenciar a ciência do senso comum, utilizando de diversas citações de outros renomados escritores que por sua vez diferenciaram com clareza um do outro. Além de citar atos epistemológicos como a ruptura do senso comum, a construção de um novo senso e a constatação, passos esses que por sua vez são de grande relevância para que haja o descartar de qualquer coisa e uma diferenciação, mas sem intervir no sentido do outro, e segundo o autor, somente assim haveria a existência de algo novo. Para o mesmo não é correto possuirmos um senso comum, pois o mesmo é diferenciado de acordo com o local em que o individuo esta inserido. O autor conclui que é necessário encontrar um novo equilíbrio entre criatividade e adaptação para que a harmonização ocorra entre a ciência e o senso comum.

De grande relevância o texto é de suma importância para quem tem o privilegio de lê-lo, pois é preciso que haja uma reformulação com o objetivo de unir a ciência cientifica do senso comum, já que os mesmos em grande parte poderiam trabalhar juntos e encontrar soluções para os diversificados problemas enfrentados pelos indivíduos em qualquer sociedade que o mesmo se encontre. Porém o mesmo deixa a desejar ao não apresentar uma visão mais detalhada e critica no sentido de reforçar a sua opinião sobre o assunto abordado, como por exemplo, citar experiências que comprovem a diferenciação de visão entre o que diz a ciência e o que a sociedade julga ser correto utilizando do seu senso próprio e por muitas vezes ideológico. O senso comum nem sempre pode ser desprezado, logo, é preciso uma analise mais detalhada e minuciosa no que diz respeito ao mesmo, pois não podemos deixar de relatar acontecimentos em quem o mesmo fora de fundamental importância para na busca de soluções desde os primórdios da sociedade. Por outro lado a ciência por sua vez, tem deixado a desejar ao apresentar-nos soluções que em maioria satisfazem ou solucionam os nossos desejos, mas de maneira repentina, relato como exemplo os medicamentos que nem sempre tem uma solução imediatista como prometida pelos cientistas que o fizera com auxilio de estudos e pesquisas.

Indicado para toda a sociedade que deseja adquirir uma visão critica, o texto apresenta ao leitor uma nova maneira de encarar os constantes conflitos encontrados entre a ciência natural/científica em relação ao senso comum.