Todos nós, humanos em geral e brasileiros em particular, almejamos viver num mundo plenamente feliz. Esta FELICIDADE engloba, de forma generalizada, a nossa saúde, física e mental, segurança, educação, liberdade, produtividade, amor e diversas outras opções menos cotadas, mas, estas são realmente, as principais.

Queremos e precisamos de uma cidade limpa! Que o trânsito de automóveis flua de maneira rápida e segura. Policiais que, no máximo, de vez em quando, apliquem uma ou outra multa, mas, dificilmente prendam (privem da liberdade) um ser humano.

Bem, este seria nosso mundo ideal.  Idealizado por filósofos, religiosos, cientistas e escritores.

Mas, se o mundo ideal é tão bom assim, ô Eloy, por qual motivo ainda não conseguimos chegar lá?

Elementar meu caro leitor. Muito elementar.
Primeiramente porque somos HUMANOS e a nossa natureza é SER DIFERENTE uns dos outros.

Graças a Deus não somos iguais. Uns tem maior competência para matemática (não é o meu caso) enquanto outros tem competência para, por exemplo, geografia (este sim meu caso).
Uns  estudam muito e tem a responsabilidade maior que é a de salvar vidas (médicos) e outros podem até não ter estudado tanto mas também salvam vidas (bombeiros).
Já viu a diferença salarial entre um médico e um bombeiro?

Eu sempre digo que, na hora de extremo risco, que estamos em perigo de perder a vida (nossa ou de alguém que amamos) clamamos por Deus (os que n’Ele acreditam, logicamente) e Deus então manda imediatamente os bombeiros para representa-Lo durante aquele salvamento.

Para os que NÃO acreditam em Deus, (acho que) clamam somente pelos bombeiros mesmo.
Assim também ocorre quando alguém que amamos está sendo submetido a uma cirurgia de risco. Seja lá de coração, pulmão, fígado, pâncreas...  qualquer cirurgia de risco, para este exemplo, serve. Pedimos a Deus que ajude o paciente a “sair dessa situação” e Deus conduz a mão e cérebros dos envolvidos (que estudaram muito) na cirurgia.
Está certo que, logo depois que o paciente se recupera, agradecemos somente a Deus e, muitas vezes esquecemos o médico. Talvez porque tenhamos que remunera-lo. O que não acontece com Deus. Nem com os bombeiros. Estes sim, os bombeiro, mal e parcamente remunerados (pelos governos que arrecadam os abusivos tributos) pelas responsabilidades que assumem.

Os dois (médicos e bombeiros) salvaram vidas.  Qual deles foi mais importante na hora mais necessária?

Para a vitima (ou paciente) são realmente eles (médicos e bombeiros) os representantes d’Ele na terra.

Mas, ô Eloy, e daí? O que tem a ver médico, bombeiro, cidade segura e limpa, trânsito e igualdade  com o título de  “Cidadão Esperança” deste teu artigo?

Reflita comigo!  Óh! Preclaro leitor!
O CIDADÃO ESPERANÇA é aquele que não joga lixo na rua, (que entupirão as galerias de águas pluviais, que causarão enchentes, que causarão vítimas, que terão que chamar os bombeiros, que terão que levar as vítimas aos médicos...) não suborna quem quer que seja,  reconhece os esforços de médicos, bombeiros, policiais, professores e todas as demais profissões dentro das responsabilidades que a cada uma se atribui.

Não generaliza dizendo que “médicos só pensam em dinheiro”,  ou que “todo policial é corrupto”, (bombeiros, em grande parte, são todos POLICIAIS MILITARES) ou que “todo professor não se esforça o suficiente”... e coisas do gênero.

O CIDADÃO ESPERANÇA é aquele que PARTICIPA da vida da comunidade. Cobra das autoridades, dentro da legalidade,  respeito e educação que são exigidos de um CIDADÃO, as ações para a evolução da sociedade em que vive e deveria atuar. Conhece e trabalha para melhor remuneração aos bombeiros e melhores condições de trabalho aos bombeiros. Assim como os exige para a educação, segurança etc.

O CIDADÃO ESPERANÇA não se deixa levar por “sorriso maroto, mas ilegal”, “palavras gentis, mas mentirosas”, “gestos educados, mas traiçoeiros”.

O CIDADÃO ESPERANÇA,  não é um ANALFABETO FUNCIONAL (aquele que sabe ler mas não entende aquilo que lê) igual a mais de 38% de nossos estudantes universitários.

O  CIDADÃO ESPERANÇA, sabe que somente fazendo o certo (sem medo de punição ou sem esperar recompensa) um dia poderá orgulhar-se de dizer: Eu sou um CIDADÃO na acepção mais literal da palavra e com tudo aquilo que ela enseja.

E você? É um CIDADÃO ESPERANÇA ou é somente “mais um” na fila da esperança?