Será quetemos que mudar a conceituação de cidadania frentea tecnologia de informação , como binômio de construção escolar ?

Na conjuntura eleitoral que se abre com a definição das candidaturas para a Presidência da República , começa a emergir com grande força a discussão sobre o papel do Estado . A exposição do tema certamente crescerá na medida em que a campanha eleitoral avance , tornando-se assim uma questão central nas opçõesque cabemà cidadaniafazer pelo seu decisivo voto em outubro próximo .

Dessaforma , esta salutar relação , nos conduz a premissa que a Educação : direito de todos e dever do estado e da família , será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade , visando ao pleno desenvolvimento da pessoa , seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho . Será oelemento norteadordas futurasrelaçõessociaisemnosso ambienterepublicano .

Comopodemos notar , o papel da escola , enquantoinstituição ,seráde grandevalianotocante ao aspecto de transmissão do conhecimento e desenvolvimento dos conceitos de cidadania , pois , tais saberesserão capazes de consolidaremumasociedade livre , justa esolidária .

Conceitualmente ,observamos que o EstadoBrasileiro é capturado por interesses privados vários , sendo benéfico aos grandes e privados negócios em diferentes níveis .

Oque significa dizer : que ser estatal não significa necessariamente ser democrático , nem mesmo público . Para ser público edemocrático, o ESTADOdever servir ao interesse público e ser aberto à divergência , à disputa ; ao conflito e capaz de transforma-los em força de construção , ao invés de destruição .

Portanto , é umaárdua tarefa dacidadania , materializada no Estado como correlação de forças e pactos de governabilidade , acrescer a verdadeira transformação socialtãoalmejadapela sociedade brasileira nesse novomilênio .

Ou submetemos e transformamos o ESTADO, de acordo com as regras da cidadania eda democracia ou ele continuará sendo gerenciado de modo a favorecer , no fim da linha , interesses privados do negócio .

Poroutro giro , nesse contexto , estásurgindo nas escolas ,preocupadas com a formação donovo aluno ,algumas disciplinam que integram vários conceitos de disciplinas tradicionaisque propiciamdiversos projetos interdisciplinares .

Pois , jáécostumeiroencontrarmos alunos laborando em projetosde robótica ; tecnologia ; filosofia ; ciência e artes. Aparecendo ,assim, osalunos nativos digitais em detrimento dos seus mestres analógicos , alunos essesque, somente , prestigiam os conhecimentos do mundo cibernético.

Essescibernéticos aosquaismerefiro ,nativosdigitais , são capazes de estudarcomfone no ouvido e com o computador ligado no MSN , em contrapartida , os professores analógicos , não conseguem entender esse comportamento nem outras atitudesna sala de aula .

Quepara os nativos digitais , esse convívio escolar , não poder ser o de décadas anteriores , hoje , o professor analógico precisa migrar para a era digital e utilizar novas tecnologias da comunicação e informação em sua prática pedagógica , pois , os alunos nativos digitais , possuem algumas características diferentes dos alunos de geraçõesanteriores : são agitados , gostam de praticar o que estão aprendendo e exigem aplicação imediatapara cada conceito abordado .

Nesse viés, essesnovosalunosse desenvolveram de forma bem diferente daprática pedagógicadeseuseducadores, muito embora , alguns desses alunosestejam na idade ideal paraexercerem pela primeira vez , deformafacultativa , o sufrágio universal pormeio da urna eletrônica .

Sejamos clarosneste ponto , já está na hora de professores ( analógicos )e alunos ( nativos digitais ) trabalharem uma linguagem mais rica do ensino da cidadania, diminuindo , assim , esse descompasso degramaticalizaçãoadjetivadaaos usuáriosdos meioscibernéticos .

Pois , só assim , através da educação , na nova sala de aula , essa transformação social ira´ acontecer , em nossos educandose educadores , contaminando as futuras gerações de simplesmente de brasileiras e brasileiros , analógicos ou nativos digitais ,noexercício da governabilidadeem detrimento do perecimento da diferença do conhecimento ou não das tics.

Por fim, cabe ao profissional da Educação, sobretudo ao mestre , analisar todos os meandros dos temas que são alvos de preconceito, ou que geram preconceitos, para que sempre a verdade reine na construção da solidariedade que harmoniza as relações sociais, na eterna busca na concretização da Justiça nestas relações.

Janilson Pessoa Cabral