<p><b>PARTE I- DEFINIÇÕES</b></p>

<p>Neste ensaio procurarei explanar sobre alguns temas pertinentes à cibercultura: a escravização do homem pela máquina computacional assim como foi a escravização dos operários das industrias têxteis a vapor, em idos do século XIX .Em um segundo momento, se os empregos ditos "tradicionais" serão extintos pelos ditos "virtuais" e, o que, e porque, tornou a cibercultura, assim como a globalização, tornou a cibercultura em um meio de saber/ fazer que ao mesmo tempo em que é includente também é excludente.</p>
<p>Em relação ao primeiro tema, não acredito que as tecnologias virão para que nos tornemos escravos virtuais, apesar de nossa realidade mostrar exatamente o inverso. Porém, segundo Pierre Lévy, em seu livro Cibercultura, afirma que hoje para se conhecer o real devemos conhecer o virtual. Usarei o exemplo da própria Internet, hoje podemos muito bem ter um contato igual ou maior do que temos ao falar ao telefone, que é um meio de comunicação do tipo "um- um" , isso sem a aquisição do vídeo, deixando assim para o receptor a tarefa de materializar o transmissor. Durante muito tempo, a situação proposta foi a forma mais "humana", depois do encontro "real" entre essas pessoas. Hoje, com o advento dos programas de mensagens instantâneas (MSN Messenger, Yahoo Messenger, etc.), utiliza-se o som, a imagem e o texto para que se aproximem as pessoas através da Internet. O que pretendo afirmar é que, assim como o telefone não separou, isolou as pessoas, mas sim as uniu mais, a Internet não a fará.</p>
<p>Já no segundo item, também acredito que, essa forma de trabalho não será extinta completamente, mas sim aliada as novas formas de fazer profissional, visto que para que haja empregos virtuais, deverá haver os ditos reais, porque somente 20% a 30% da população mundial possui acesso a Internet em suas residências.</p>
<p>E, no terceiro item, demonstrarei, por meio de fatos, que a Internet é tanto includente quanto excludente. Includente por causa da união de diversos mundos, diversas culturas, diversos assuntos, por causa da união desses em um único espaço, o "ciberespaço". Porém, também é excludente, pois segrega a maioria da população que nem mesmo possuem linha telefônica, como já dito anteriormente, por causa da língua que é mais comumente usada (inglês) e por não haver, de fato, uma política real de inclusão digital, pois as que existem hoje se resumem somente a sistemas operacionais, aplicativos simples e apenas uma hora de acesso a Internet, outro problema encontrado diz respeito às pessoas que possuem acesso dito discado ou "dial-up". A essas pessoas, as operadoras deveriam disponibilizar uma tabela diferenciada de pulsos, ou então acabaremos no monopólio "banda larga", digo monopólio pois no país há somente um servidor desse tipo de serviço.</p>
<p>Enfim, para os problemas propostos, a Internet e a cibercultura ainda possui seus defeitos e acertos, mas assim como nós aprendemos com nossos erros, porque os administradores e moderadores do ciberespaço não podem também aprender? </p>

<p><b>PARTE II- PROPOSIÇÕES</b></p>

<p>Neste segundo momento, dissertarei sobre os seguintes temas: porque o ciberespaço é "vazio" ao passo que se torna cada dia mais universalizado e, o papel do educador nos dias atuais, com o advento do ciberespaço.</p>
<p>No que tange ao primeiro tópico, a concepção filosófica do sentido da palavra "vazio" diz que "ele e o nada são alguma coisa", então iremos colocá-lo no sentido empregado nesta problemática. Segundo Pierre Lévy, em "Cibercultura", afirma que o ciberespaço é vazio, ou seja, uma "universalidade sem totalidade". O que isso quer dizer? Que mesmo que haja uma gama de informações que estejam contidas em si, geralmente em língua inglesa (atualmente isso vem mudando, pois os paises estão traduzindo essas páginas) nunca se extinguirá por completo o assunto, pois sempre haverá os "auxiliadores" (pessoas que renovam o conteúdo de uma pagina, dando-lhe uma nova roupagem mais atual).</p>
<p>Já a parte compreendida pelo novo papel do educador na era informatizada, temos uma tendência irreversível nos dias de hoje, a informatização dos meios de ensino, tanto no nível básico, quanto no médio e no superior, mas a profissão de ensinar não se extinguirá do âmbito real, pois como já dito anteriormente, quanto mais a pessoa tem contato com o virtual , mais ela quer conhecer o real, então essa vontade de aprendizagem por meio do alunado que faz com que o professor tenha de estar sempre atualizado, para poder ensinar do mesmo tempo que aprende com seus próprios alunos, já que estamos sempre em um processo de aprendizagem.</p>
<P>Resumindo, para que o professor/ instituição ofereça um ensino de qualidade, deverão estar sempre atualizados com as novidades do mundo real e também do mundo virtual.</p>

<p><b>PARTE III- PROBLEMAS</b></p>

<p>Nesta resenha tentarei expor alguns problemas existentes na grande rede de computadores: como fazer o ciberespaço ser mais democrático e se o mundo real será mesmo suplantado pelo virtual, como segundo tema. Esses são temas bastante difundidos pelas mídias, que só expõem o que lhes convier.</p>
<p>No primeiro tema: a "ciberdemocracia" existe mesmo? Como pode mesmo existir se, como já dito anteriormente, nem todos possuem acesso a Internet e, na própria rede, as informações, em alguns sites (por exemplo os militares), são criptografadas para manter algum tipo de informação em segredo. Ou seja, nós, simples neófitos, não temos acesso a certas informações, porém eles podem ter total acesso em nossas vidas, tanto virtual (e-mails, por exemplo) quanto real (ligações telefônicas e invasão de HD, por exemplo). Então onde esta a tal democracia na Internet? Fica aqui a minha indagação com estes exemplos.</p>
<p>Quanto ao que diz respeito no que tange o tópico do mundo real ser suplantado pelo virtual: não acredito que isso vá acontecer, mas como já dito anteriormente, o mundo real não será trocado em detrimento do mundo virtual. Tomemos com exemplo o advento da realidade virtual e dos RPGs online. No primeiro caso, os pilotos de aeronaves passam, antes de pilotarem realmente por cabines de simulação e, sabem que se colidirem em algo nessas cabines, não morrerão, e sim aprenderão com seus erros; já no caso dos RPGs online, trata-se de uma realidade irreal.</p>
<p>Para finalizar, a "ciberdemocracia" seria real se a rede fosse livre, os sistemas operacionais fossem livres (hoje já temos OS livres, o Linux por exemplo), aliado a realidades (virtual e real) que se aliariam, pois uma depende da outra, enfim "o virtual depende do real assim como o real, hoje, precisa do virtual".</p>




<p><b>CONCLUSÃO</b></p>

<P>Nesta conclusão colocarei em questão mais um problema: se existem verdadeiramente os chamados "neófitos".</p>
<P>Podemos dizer que sim e que não. Sim porque nas regiões remotas da África e da Ásia, algumas pessoas não possuem acesso a nenhum tipo de mídia eletrônica, por causa de sua cultura e/ou situação financeira.</p>
<P>Já no que diz respeito aos "falsos neófitos" temos os indígenas, entre outros. Os índios já foram "neófitos", mas hoje, com o advento da globalização e, também, com a própria miscigenação de culturas, onde ocorre a troca de saberes entre o "homem branco" e o indígena (fato que teve seu início na época do descobrimento do Brasil), resultando em índios que atualmente possuem até websites, grupos de discussão, etc.</p>
<p>Para finalizar, se uma pessoa ou um grupo de pessoas detêm alguns dos meios de comunicação atual, não podem ser considerados "neófitos", porém se esse mesmo grupo de pessoas tiver pouco acesso a essas mídias, será considerado um "neófito". Porém a conclusão que eu chego é a que não existem tais pessoas, pois, pelo menos uma vez na vida, essas pessoas ao menos viram um aparelho "midiático" (televisor, radio, computador, etc.). Uso o termo "neófito" para designar as pessoas ou grupos de pessoas que tem acesso a qualquer meio de comunicação digital.</p>









<p><b>BIBLIOGRAFIA</b></p>


<P>COLI, Jorge. O QUE É ARTE. 15. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.</p>

<P>Lévy, Pierre. CIBERCULTURA. 2. ed. 5. reimp. São Paulo: editora 34, 1999.</p>