“CHINA” - A GIGANTE DA ECONOMIA

 

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

 

        Há pouco tempo os produtos chineses eram encarados por desconfiança pelo consumidor nacional e internacional, hoje, com a revolução tecnológica que ocorre naquele país, coloca a CHINA numa situação confortável. O governo chinês investiu pesado na educação e hoje o país é o 2º em produção de artigos científicos.

        Com a evolução tecnológica, passou conquistar outros seguimentos da economia internacional, como o de telecomunicações. A fabricante Hauwei, será a 3ª maior do setor no ano de 2009. Esta empresa que tem filial em Campinas, faturando mais de US$ 1 bilhão no Brasil em 2008, irá investir no país assim como sua concorrente a ZTE que anunciou investimentos de US$ 2 bilhões na economia brasileira, segundo informações de Eric Zhou Hongfeng, diretor da ZTE para América Latina. O dinheiro está vindo do Banco de Desenvolvimento da China.

        Gigante, porque somente no primeiro trimestre de 2009 os bancos chineses concederam créditos da ordem de US$ 673 bilhões, segundo o relatório divulgado no dia 07/05/2009, pelo Banco do Povo da China, Banco Central Chinês. Outros US$ 575 bilhões foi o montante oferecido pelo Governo Chinês, além de incentivos a venda de veículos, como no caso brasileiro que já impulsionou as vendas no mês de abril, foram vendidos mais de 1 milhão de veículos.

        A China detêm 63% da produção de calçados do mundo, 36% do aço global, 75% do mercado de brinquedos e Xangai será capital do automóvel deste ano, desbancando Detroit dos EUA.

        Estrategicamente a China está investindo na compra de petróleo da Colômbia, Rússia, Brasil, já ultrapassam os US$ 40 bilhões de acordos somente nos últimos 60 dias. Eles estão explorando o mercado energético mundial, absorvendo conhecimento.

        O mercado da China é gigantesco, conseguiu tirar na última década, 400 milhões de pessoas da linha abaixo da pobreza para o consumo. Existem problemas naquele país, como a pobreza que atingem mais de 700 milhões de pessoas e o analfabetismo que é da ordem de quase 10% da população, 116 milhões, de uma população de 1,3 bilhões, mas os investimentos de infra-estruturas, que estão realizando a construção de metrôs em 15 cidades desde o ano passado e outras 11 no próximo ano, com projeções de construção de 28.000 quilômetros de trilhos. Ousado, mas estão realizando, além da construção de estradas por toda a China, possibilitará a melhoria do escoamento das exportações, aumento da demanda de trabalho, elevação gradativa do poder de compra da população. Como consequência aumento da demanda interna de consumo.

        O mercado chinês espanta quando falamos de consumo de cimento, que já é em volume 55% de tudo que é fabricado no mundo e com forte sistema financeiro, o Banco Comercial e Industrial da China tem US$ 1,3 trilhões de dólares, maior do mundo a frente do JPMorgan Chase, o segundo. O povo da China tem como hábito a poupança, devido à falta de aposentadoria e rede de saúde pública, reverter estes costumes levará tempo.

       A China era até 2008 a segunda maior produtora de veículos do mundo, podendo desbancar o Japão neste ano.

       A maior rota de exportações brasileiras é a China, a partir de março de 2009.

       Ela é a maior detentora de reservas monetárias do mundo, US$ 1,95 trilhões de dólares (Fonte: Banco do Povo da China), sendo US$ 1,4 trilhões de dólares em T-Bonds americanos, ou seja, uma das maiores financiadoras da economia dos EUA.

       O governo chinês divulgou que pretende construir 29.000 hospitais e postos de saúde por todo o país até 2.012, o Brasil tem 10% disto funcionando em todas as esferas municipal, estadual e federal.

       A nova estratégia chinesa é que sua moeda yuans seja aceita em transações comerciais pelo mundo, assim ela impactará na economia global. Como podemos notar a China está investindo para diminuir as diferenças entre a população rural e urbana, cabe ao mundo olhar cada vez mais com respeito ao Gigante da Economia = “CHINA”.