Desde a semana passada, os CFC's de todo o Brasil e seus profissionais (gestores gerais, diretor de ensino, instrutores) interessados começaram a receber um exemplo ou modelo de Ficha de Avaliação Diagnóstica do Candidato à 1ª Habilitação. Trata-se de uma ferramenta utilizada no ensino e aprendizagem significativa da direção veicular que auxilia no diagnóstico inicial do futuro condutor já no momento da matrícula no CFC. Esta iniciativa e ação faz parte da estratégia de apresentação do Método Decomposto de Ensino e Aprendizagem Significativa e Preventiva da Direção Veicular, assunto que tem focado meus estudos e pesquisas desde 2010, aos profissionais de CFc de todo o Brasil e à todos os envolvidos em todas as pontas do processo de formação de condutores no Brasil.

 No ano de 2012, quando lancei o livro Aprendendo a Dirigir, logo após a realização de um intercâmbio com instrutores e profissionais de C Fc de autoescolas italianas e suiças, os estudos se aprofundaram para o desenvolvimento de uma metodologia de ensino que possibilitasse, antes de tudo, a construção de conceitos e apreensão do significado de dirigir pelo aluno.

 Todos sabemos que um dos principais motivos para a reprovação nos testes de direção tem sido apontado como o nervosismo do aluno. Mas, como os CFC e os seus profissionais estão lidando com isso? Como os profissionais estão ajudando os seus alunos a superarem as dificuldades para aprender a dirigir já que o processo de aprendizagem é bilateral? Ou seja, a aprendizagem não depende só do aluno, mas também do modo como o instrutor ensina. Negar essa participação do instrutor para a aprendizagem seria apenas transferir conteúdos, o que não é aceitável dentro de uma metodologia e um compromisso de formar condutores que estejam preparados para dirigir com autonomia e saber tomar decisões sem o instrutor do lado.

 A ficha de avaliação diagnóstica, quando preenchida no ato da matrícula, oferece informações importantes para o instrutor e o diretor de ensino, pois possibilitam obter um perfil inicial do futuro condutor: se ele já teve experiências anteriores com a direção, se dirige sem ser habilitado, se já "aprendeu" a dirigir antes e com quem, quais os vícios que herdou e pode reproduzir durante as aulas, dentre outros indicadores.

 O corpo pedagógico do CFC passa a saber, pelo próprio candidato, como é o seu perfil: se é agressivo, passivo, como reage diante de uma dificuldade, se é uma pessoa que se descreve como insegura, ansiosa, como costuma reagir diante de uma dificuldade que não consegue lidar, se desiste, se insiste, se pede ajuda, se faz uso de medicação controlada e de outros expedientes que possam manifestar reações durante as aulas e interferir na aprendizagem.

 Não se trata de uma "receita" ou de modelos prontos e acabados a serem adotados pelos CFC's, mas sim, de um ponta pé inicial, de uma sugestão de ferramentas que possam contribuir dentro da perspectiva do ensino e da aprendizagem significativa e para a gestão do planejamento estratégico-pedagógico do CFC.

 O envio é totalmente gratuito para os interessados, seja inbox pelo Facebook ou por email.

 Estou sempre à disposição para trocarmos ideias, contribuir, verificar possibilidades de desdobramentos e também para fornecer outras ferramentas que auxiliem no processo pedagógico.

 A cada mês será disponilizada uma ferramenta diferente para os CFC's e seus profissionais para que possam realizar a escuta atenta de instrutores e alunos, para auxiliar em pesquisas internas, externas e outras ações dos CFC's.

 Cada vez que levanto em meu perfil um tema delicado relacionado ao ensino e aprendizagem da direção veicular, muitas vezes, pode ocorrer de ser uma iniciativa antipática, quando, na verdade, trata-se da abertura de um canal de diálogo com quem ensina e com quem aprende a dirigir, ao mesmo tempo, para levar informação à sociedade e uma leitura mais próxima da realidade das dificuldades enfrentadas por quem está "no olho do furacão".

 Como estudiosa dos métodos de ensino e de aprendizagem da direção veicular, minha intenção é ajudar, é incentivar os estudos e a produção científica na área, contribuir e interagir de forma positiva com os profissionais que ensinam a dirigir no Brasil.

 Disponham sempre e estejam à vontade para conhecer as bases e os fundamentos do Ensino e Aprendizagem Significativa e Defensiva da Direção Veicular enquanto uma sugestão de melhorias. Os contatos para receberem a ficha de avaliação diagnóstica é pelo email [email protected].