“CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL E DO MUNDO EM DEZEMBRO DE 2011”

Economista e Palestrante Welinton dos Santos

        O mês de dezembro começa com muitas novidades boas, o país dos $onho$ de muitos investidores, melhorou o grau de investimento por mais uma empresa de avaliação de risco no mês passado. Queda de 0,5 pontos na taxa de juros deixou a Taxa Selic no patamar de 11% ao ano, com tendência de baixa para 2.012.

        O pacote de auxílio à aceleração da economia brasileira anunciada no dia 01/12/2011, contempla a redução do IOF de 2% para zero de alíquota do imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de investimentos estrangeiros em ações na bolsa e cortou a alíquota de IOF cobrada do crédito a pessoas físicas de 3 para 2,5%, propondo estimular o crédito. Títulos privados com mais de 4 anos para estrangeiros, tiveram as alíquotas de IOF zeradas também, antes o valor cobrado era de 6%. Com isto o governo espera melhorar o financiamento e a captação de recursos por parte das empresas brasileiras.

        Uma medida salutar adota foi à diminuição do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) da linha branca, como fogões de 4% para 0%, Tanquinhos de 10% para 0%, de refrigeradores e congeladores de 15 para 5%.

         No pacote de medidas para impulsionar a economia brasileira estão o aumento do teto mínimo do programa “Minha Casa, Minha Vida”, passando dos atuais R$ 75 mil para R$ 85 mil. Renovação por mais um ano de alíquota zero para farinha de trigo para PIS/COFINS e diminuição destes impostos sobre massas, passando dos atuais 9,25% para zero. A medida animou os mercados e imediatamente as ações dos bancos brasileiros aumentaram.

          Ouro fato positivo ocorrido foi à junção de seis bancos centrais: Canadá, EUA, Japão, Grã-Bretanha, Suíça e Banco Central Europeu, para uma ação coordenada em auxílio aos países em crise na zona do Euro.

          Reservas internacionais brasileiras estavam em US$ 350,7 bilhões no dia 29/11/2011. Os investimentos diretos de brasileiros no exterior em 2010 atingiram a marca de US$ 189, 2 bilhões, crescimento de 15% em comparação a 2009. O papel moeda em circulação e moeda metálicas em poder da população e dos bancos totalizou no dia 30/11/2011 R$ 146.468.661.284,74. (R$ 146,4 bilhões – Fonte Banco Central)

           Segundo a revista Forbes o Brasil tem 19 novos milionários por dia, reflexo do crescimento econômico brasileiro, segundo a revista, temos 137 mil milionários e cerca de 30 bilionários, a estatística adotada foi à riqueza individual, incluindo investimentos, poupança, bens imobiliários, ações e outros ativos.

           Devemos lembrar que o Brasil está com 10 vezes mais reservas cambiais do que na Crise Nasdaq de 2.000-2002 (US$ 35,1 Bilhões), em comparação a crise de 2008 estamos com 73% a mais de reservas no fundo soberano que na época era de US$ 203,1 bilhões. O déficit nominal caiu de -2,5% em 2010 para -1,9% em 2011 até o momento.

           Nível de desemprego em queda, o último índice foi de 5,9% frente a 8,5% de 2008, havendo aumento da crise internacional o nível de desemprego poderá subir.

           Não há risco de bolha de crédito no Brasil em virtude da liquidez do sistema bancário, respaldado por regulação bancária conservadora, que diminui riscos. O índice de imobilização de capital dos 50 maiores bancos brasileiros é de 24,7% (março de 2011) metade do percentual máximo de 50% estabelecido.

           Aumento real do salário mínimo está sendo uma medida auxiliadora de distribuição de renda no país, bem como políticas de incentivo a formalidade como o MEI (Micro Empreendedor Individual). O Programa de Bolsa Família é outro instrumento de diminuição das desigualdades sociais, de suma importância para erradicação da miséria no país, a meta é atingir 16 milhões de pessoas (atualmente é de 13 milhões de assistidos), com aumento percentual de despesas de apenas 0,1% do PIB, pouco para o volume global de benefícios que gera as famílias carentes, porém é claro que é necessário criar alternativas de renda e emprego para melhoria da renda per capita destas famílias, através de cooperativas de trabalho, qualificações profissionais de uma base da população com pouco estudo e quase sem qualificação, portanto o Brasil está melhorando, mas evidente que necessitamos estabelecer estratégias de educação as famílias menos favorecidas da sociedade brasileira para efetivamente melhorar a distribuição de renda. Fico contente ao perceber o volume de cidadãos brasileiros que estando auxiliando a mudar o futuro deste País, muito obrigado a todos!