Escrito por Gabriel Garcia Marquez, “Cem anos de solidão”, apresenta um retrato da América Espanhola do século XIX, e começo do século XX. Realizado por um realismo fantástico e considerado a maior obra literário latino hispânico. Onde narra a história através de diversas gerações que compõe a família Buendía, entrelaçadas pelo desenvolvimento do povoado de Macondo.

 

 

A primeira geração da família Buendia é formada pelos primos Ursula Iguaran e José Acardio Buendía - o fundador da aldeia. Apreciava o sabor da alquimia, tanto quanto a força da astrologia. Mantinha forte laço de amizade pelo cigano Melquiades, o sub Cristo ressuscitador.

           

 

Criticamente é exposta a relação entre a igreja e os movimentos sociais. Perante a luta por seus direitos, surgia a opressão dos conservadores na guerra civil com os liberais. A estrutura familiar dos Buendia, que durante o deslocamento dos anos, mantinha uma analogia de características próprias, entre Acardios e Aurelianos, transformava a pequena aldeia de Macondo em uma comunidade desenvolvida, através da chegada da estrada de ferro e expansão, até sua decadência com a morte de três mil operários na revolta. Tornando a história do povoado e da família idênticos, de acordo com sua origem, desenvolvimento e fim.

 

 

Sem o intuito de protérvia, encontramos comparação do fabuloso romance com outras obras literárias de mesmo peso. Desdobramento de fatos e características promissoras de mesmo caráter se faz presentes em obras como do escritor Machado de Assis. Dom Casmurro tem por final uma surpreendente mudança, no que se consideraria um final inesperado. Assim como ocorre nas últimas páginas de Cem anos de solidão. A maneira com que o autor brinca com os fatos, e os leva a um parâmetro de variações, é o que deveria ser chamado de “dom supremo”.

 

 

A árvore genealógica de mistério espontâneo porque se desdobrava todo esse espetáculo, era sucedida. Filho de Amaranta-Úrsula por qual, nomes primitivos absorveram desilusão e dor. Seu pai o padre Babilônico que por escolha foi recusado, mas por destino serviu de chave mestra. Neto do avô cuja personalidade era distinta da própria descendência, mas outrora equilibrada por necessidade. O último dos Bueldía carregava a conseqüência de escolha, não sobre os velhos laços familiares, mas simultaneamente, da má segurança do que realmente era importante.

 

 

Articulado ao final do enredo, Gabriel Garcia Marquez cria uma rede de revelações, podendo ser usada como ponteiro referencial. O sonho já esquecido de José Arcadio Buendía, onde nascerá a visão de uma cidade espelhada por fim era desvendada. O espelho como em uma miragem, desviou fatos e os transportou em tempo real até o último de sua geração.  Da qual a interpretação dos traços de luz caminhava por caminhos retilíneos, projetados num futuro tão certo como o nascer do sol. A descendência de Macondo nestes “cem anos de solidão” enxergava seu destino invertido numa ruína final. A impressão de um navio de cabeça para baixo marcava a sensação inusitada sobre a história real de suas vidas. Sob um episódio marítimo, numa quente tarde de festas, sonhos e decepções.