Atualmente vivemos numa sociedade onde as celebrações são quase que exclusivamente visando interesses comerciais, não importando com o verdadeiro e real significado. A grande maioria das pessoas vê como mais um feriado tradicional onde as pessoas presenteiam entre si ovos de chocolate e onde as crianças são pintadas e vestidas de coelhos. (que concordância há entre o coelho e o ovo?) . Nas escolas são repassados os mesmos ensinamentos. Conclusão: de pai para filho ensina-se uma páscoa da mentira. É bom para as crianças brincarem e para as fábricas multiplicarem seus lucros. Mas não é bom quanto a sua importância e valor. Cristo tem ocupado o ultimo lugar. O homem do século XX, ainda continua preso a tradições das mais antigas e porque não dizer ridículas! Porque o ser humano tem a tendência de insistir nas histórias erradas sem refletir sobre elas?

Segundo a Palavra de Deus, num aspecto geral, Páscoa do hebreu "Pesah" significa "passagem, passar por cima". Para que as casas do povo de Israel não fossem atingidas pela 10ª praga, que era a morte dos primogênitos. O sangue de um cordeiro sem mácula ou defeito (Ex12.5), (prefigurando Jesus Cristo, o cordeiro imolado), deveria estar aspergido sobre os umbrais das portas (Ex 12.13) nas casas dos israelitas. O anjo da morte passaria por cima daquele sangue e então haveria salvação para aquela casa. Nas casas onde não houvesse a marca do sangue, haveria morte do filho primeiro. A comida seria carne assada, pães asmos e ervas amargas. Também representa a passagem da morte e escravidão do Egito para a vida em liberdade para a terra de Canaã. Hoje, Cristo, pela morte de sangue, nos trouxe da morte do pecado para a vida e salvação de todo homem. "E o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado. (Jo1.7b)".

Se vasculharmos os livros, sobre a procedência de tantas distorções na história da páscoa, verificamos uma mistura de mitologia pagã, com simbologias e misticismos criados ao decorrer dos tempos. Acredite se quiser: no séc. XVIII, a igreja romana adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo, "dando a entender", o início de todas as coisas. O coelho veio como símbolo da fertilidade, um ciclo que se renova todos os anos na primavera, após um longo ano de recolhimento. Daí a associação que foi feita com a vida.

A cada ano que se celebra a "semana santa" , de quarta até domingo de páscoa, vivenciamos dias de celebrações especiais e rituais formalizados. Mas será que Cristo passou por tanto sofrimento, para que relembrássemos dos seus feitos somente uma semana? Se Cristo foi o último sacrifício para sermos livres, porque ainda somos escravos quanto ao nosso comer e beber nestes dias? (medite em Cl 2.20-23). Será que todo o plano de Deus para salvar todo homem, foi para que nós associássemos Cristo com coelhos e ovos, lendas instituídas pelos homens? Deus nos resgatou da morte do pecado, para que em todo o nosso viver, em todos os dias, vivamos em santidade ( I Pe1.15,16).

Ao observarmos tantas crendices absurdas, se comprova mais uma vez, a tendência do homem mudar a verdade em mentira e ainda acrescentar mais alguns ingredientes extras. Hoje sabemos que o sangue derramado na cruz por Jesus Cristo, traz a salvação a todo aquele que for lavado em seu coração por este sangue, e que sua ressurreição trouxe esperança de vida, passagem do pecado (trevas), para a remissão de pecados (luz).
 
Será que podemos falar de Páscoa sem mencionarmos Jesus Cristo, o salvador do mundo? Que hoje vive para ouvir o clamor de todo homem que anseia por um novo caminho? Que morreu para que hoje tivéssemos vida e perdão dos nossos pecados? De certo que não. Cristo é a própria páscoa (I Co 5.7), o cordeiro sacrificado, o pão da vida sem fermento, aquele que como homem puro e santo morreu, mas ressurgiu para dar passagem ao único caminho, verdade e vida (Jo14.6).

Cristo abriu uma passagem eterna para todo aquele que o segue e vive Sua Palavra, uma passagem que dá livre acesso há um novo tempo, um tempo de viver plenamente as promessas deixadas na Bíblia. Já é tempo de celebrar a Páscoa de Cristo, libertador que trouxe o renascimento. A vitória da vida sobre a morte.

"Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade."  I Co.5:8.

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