Sozinho em uma noite fria,

Na rua onde pouco se via,

Em uma turva neblina,

Encontro uma  menina

Ela parecia triste e deixada

Como uma alma indefesa

Fui chegando pela sua retaguarda,

Mas ela virou o rosto e vi sua beleza.

Perguntei-na o que fazia perdida na noite fria

Ela disse que comigo não  falaria

Insisti perguntando o que ela sentia

Falou-me que teve uma briga com a família

Insisti que ela dissesse sua idade

Ela diz que tinha dezesseis anos ainda a completar

E me perguntou porque estou na rua a vagar

Respondi que  estava de passagem pela cidade

Livremente começou a falar que brigou com o pai,

Por ele beber demais e não sair do bar.

Comentei que podia dar onde se acomodar

Então fomos andando depois da onde a rua cai.

Logo passando a ladeira

Fiz perto de nós uma fogueira

Para que pudesse a acomodar

Mas depois sua vida tive que tirar

Pelo castigo à sua família

Mato a filha que ninguém importava,

Que a ninguém dava valia,

A filha que ninguém amava