Carta a um amigo (IV)

Enfim a chuva caiu....
Poderosa, molhou telhas , formando
Enxurradas ao longo das ruas...
Estou aqui entre meus livros ...
Caminha dentro de mim uma estranha saudade
Longe, indefinidamente longe, nem sei onde,
Meu coração pulsa devagar...
Perdida e só nos meus errados rumos
Fujo de você...
Passado o tempo e eu ainda não esqueci!
Tempo perdido...
Você não está aqui.... que posso fazer?
Quisera poder lhe alcançar e mudar o rumo
Dessa história...
Mas você se foi....
Ficou comigo essas lágrimas, confundidas com
Chuvas outonais...
E meu suspiro de mulher se apagando
Nessa melancolia apática!