AS CINCO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS

Fabrício Carvalho[1]

Marcelo dos Santos[2]

Resumo

Este artigo identifica as cinco principais características necessárias a um empreendedor, segundo a visão de alguns dos mais respeitados autores e entidades sobre o tema no Brasil e no exterior: Fernando Dolabela, José Carlos Dornelas, Ronald Degen, Anacleto Ortigara, Bom Ângelo, SEBRAE-SP e o Programa de Centros Europeus de Empresas e Inovação (BIC) da União Européia. A metodologia utilizada foi um estudo teórico baseado numa pesquisa bibliográfica nos livros publicados pelos referidos autores e entidades. Foi utilizada uma análise qualitativa para identificar os pontos em comum entre as abordagens dos autores e entidades. O levantamento indicou que são características indispensáveis a todo empreendedor: Visão, Conhecimento Técnico, Aceitação ao Risco, Liderança e Decisão. Concluímos que estas características foram legitimadas pela citação dos referidos autores e entidades e por isso devem servir de base para a formação de futuros empreendedores.

Palavras-chave: Empreendedorismo, Empreendedor, Características Empreendedoras.

1.INTRODUÇÃO

O tema Empreendedorismo tem ocupado espaço cada vez maior nos meios literário, acadêmico, empresarial e jornalístico pela sua capital importância no contexto da economia brasileira atual. O Brasil é um país marcado por décadas de instabilidade política e, por conseqüência, econômica, de tal forma que não foi dada a chance de forjar uma economia sólida como os países mais desenvolvidos. Por outro lado, a diversidade cultural e a miscigenação racial formaram um povo extremamente criativo e otimista. Este ecossistema foi propício para o surgimento do empreendedorismo de forma muito forte no país. A necessidade de buscar uma ocupação e renda sem a criação de vagas de emprego em uma grande empresa ou no estado, levou o brasileiro a tornar-se um dos povos mais empreendedores do planeta. Infelizmente este empreendedorismo tem ocorrido mais por necessidade do que por oportunidade. Outro ponto negativo é o alto índice de empreendimentos que fecham as portas nos primeiros anos de existência. Entre as principais causas da mortalidade precoce das micro e pequenas empresas estão características internas da empresa ou do próprio empreendedor. Por isso o objetivo foi o de identificar quais são as principais características que um empreendedor deve ter para aumentar as chances de sucesso da sua empresa. Para isso vasculhamos o material publicado sobre empreendedorismo por autores e entidades de referência no tema - Fernando Dolabela, José Carlos Dornelas, Ronald Degen, Anacleto Ortigara, Bom Ângelo, SEBRAE-SP e o Programa de Centros Europeus de Empresas e Inovação (BIC) da União Européia - e traçamos uma relação entre o que cada um apontou como características do empreendedor ou características empreendedoras.

2.EMPREENDEDORISMO

Segundo Dornelas (DORNELAS, 2005, p.39), empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de idéias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.

Dolabela (1999) defende que o empreendedorismo é a modificação da realidade e a obtenção de auto-realização e o oferecimento de valores positivos para a sociedade. É um fenômeno social e cultural muito importante para a atividade econômica de um país, finaliza o autor.

Já Barreto (1998) argumenta que o empreendedorismo é a habilidade de construir algo de pouco ou quase nada. O empreendedorismo, ainda segundo o mesmo autor, tem a ver com um comportamento e não com um traço da personalidade.

Um dos primeiros empreendedores da história foi Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial com o oriente após assinar contrato com um financiador.

A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e significa aquele que assume riscos e começa algo novo. (DORNELAS, 2005, p.29)

Na idade média o empreendedor era conhecido como aquele que gerenciava grandes projetos de produção sem, no entanto, assumir grandes riscos financeiros (Dornelas, 2005, p.29).

No século XVII o empreendedorismo passou a desenvolver uma relação cada vez maior com o RISCO. Foi nesse período que Richard Cantillon, escritor e economista, diferenciou os termos empreendedor – aquele que assumia riscos - e capitalista – aquele que fornecia o capital. (Dornelas, 2005, p.30).

Com a forte industrialização observada no século XVIII, o empreendedorismo assume um papel essencial para o progresso, sendo Thomas Alva Edison um de seus mais ilustres representantes, tendo suas pesquisas financiadas por investidores (Dornelas, 2005, p.30).

2.1.O Empreendedorismo no Brasil

O conceito de empreendedorismo tem sido difundido de forma mais intensa no Brasil no final da década de 90 com a criação de entidades como o SEBRAE (Serviço brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas) e o SOFTEX (Sociedade brasileira para exportação de software) [DORNELAS,2005]. Antes disso era praticamente impossível falar em empreendedorismo ou em conceitos como plano de negócios, basicamente devido à enorme instabilidade econômica e política do país.

A necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade foi uma das propulsoras para o desenvolvimento do estudo do empreendedorismo no nosso país, segundo Dornelas [DORNELAS,2005].

O ambiente empresarial instável e hostil exigia das empresas ações radicais de redução de custos, que, invariavelmente, incluíam demissão de pessoal. Com o baixo crescimento da economia, este contingente de desempregados era forçado a empreender um pequeno negócio próprio, muitas vezes sem nenhum tipo de preparação, habilidade ou planejamento para tal tarefa. Esta tem se configurado como a principal causa da mortalidade precoce das empresas no Brasil (73% das pequenas empresas fechavam suas portas antes do terceiro ano, segundo pesquisas do SEBRAE de 1999). Em 2001, esse índice já era de 69%, observando-se uma pequena melhora, já como resultado de fortes investimentos em capacitação de empreendedores, principalmente na elaboração de planos de negócio. Já em 2005, de cada 100 pessoas que constituíram firma, 22 tiveram que encerrar antes do negócio chegar aos dois primeiros anos de vida. Para o Sebrae esse resultado positivo está ligado à melhoria da economia, e, principalmente a um maior preparo por parte dos empreendedores. Ou seja, quem faz um bom plano de negócio conhece o mercado e seu cliente e dispõe de capital de giro tem mais chance de dar certo.

Tais números são de vital importância para a nossa economia, visto que mais de 99% das empresas brasileiras encontram-se na categoria de micro e pequenas empresas. Por isso, contribuir para o desenvolvimento do empreendedorismo significa colaborar para fortalecer a economia brasileira como um todo.

Para Degen (2005) ser empreendedor significa ter a necessidade de realizar coisas novas, pôr em prática suas próprias idéias e essas são características de personalidade e comportamento não muito comuns de se encontrar, mas que fazem com que as pessoas que as possuem se destaquem, pois são elas que fazem as coisas acontecer.

Degen (2005) ressalta que a avaliação mais objetiva do preparo para se empreender um negócio é a percepção que tem de si próprio e que se reflete em autoconfiança. Para o autor, tudo o que aprendemos vai se acumulando ao longo da vida. Alguns aprendem mais rapidamente na juventude, porém esse ritmo vai diminuindo à medida que os anos avançam. Desta forma, o preparo de um indivíduo para empreender cresce como seu domínio sobre as tarefas necessárias para o seu desenvolvimento, com o aumento da sua capacidade gerencial e com o seu domínio sobre a complexidade do negócio.

Degen (2005) ressalta que a avaliação mais objetiva do preparo para se empreender um negócio é a percepção que tem de si próprio e que se reflete em autoconfiança. Para o autor, tudo o que aprendemos vai se acumulando ao longo da vida. Alguns aprendem mais rapidamente na juventude, porém esse ritmo vai diminuindo à medida que os anos avançam. Desta forma, o preparo de um indivíduo para empreender cresce como seu domínio sobre as tarefas necessárias para o seu desenvolvimento, com o aumento da sua capacidade gerencial e com o seu domínio sobre a complexidade do negócio.

3.O EMPREENDEDOR

Na visão de Drucker (2002), ser empreendedor não significa apenas abrir um negócio, mas também criar algo novo e diferente, se produto, serviço ou tecnologia ou, ainda, mudar e transformar valores, seja, fornecendo produtos ou serviços de forma diferente como de forma renovada e única, uma reinvenção do já conhecido.

Já Joseph Schumpeter (1949) diz que o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais (Dornelas, apud Schumpeter).

Kizner (1973) defende que o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e definida em um ambiente de caos e turbulência (...)(Dornelas, apud Kizner).

Empreendedor, no dicionário Aurélio, vem da junção de duas palavras: empreender + dor. Aquele que empreende é ativo, arrojado, cometedor, ou seja, comete dor no "outro" – naquele que não empreende. Essa definição reforça a máxima de que "quem não faz poeira, come poeira".

Fernando Dolabela diz que o empreendedor é "alguém que sonha o sonho acordado e busca transformar o seu sonho em realidade" (DOLABELA, 1999).

O bom empreendedor não tem medo de correr riscos. O inesperado é matéria prima para a motivação de suas atitudes. Jamais aceitam o não como resposta. Para ele não existe a possibilidade de não conseguir fazer algo. Sua fonte de inspiração e bem estar, nasce das emoções. Elas podem remeter ao desejado ou ao indesejado, sendo o resultado de qualquer uma delas, motivo de inspiração para novas buscas. A lamentação não existe na linguagem do empreendedor. O empreendedor têm uma resistência a grandes frustrações, uma derrota não significa nada.

Qualquer negócio nasce de uma idéia, a diferença é que o empreendedor faz a idéia acontecer, ele enxerga a oportunidade de ganhos onde outros não percebem, e mais importante, acredita e investe nisso. Necessariamente não precisam ser idéias excepcionais, porque o empreendedor consegue vislumbrar uma peculiaridade que a tornará um sucesso.

Tem uma grande capacidade de convencer e envolver os outros na concretização das suas idéias. Ele é um especialista em sedução. A congruência é sua característica maior.

O empreendedor deve considerar diversos fatores. Informações sobre o mercado em que pretende atuar, análise do segmento em questão, conhecimentos de práticas de gestão, reconhecimento do público-alvo e foco no cliente, predisposição para enfrentar desafios são alguns desses fatores, que, aliados a certas características individuais indispensáveis a qualquer empreendedor poderão definir o sucesso ou fracasso do negócio.

Na verdade o empreendedor é um planejador de todas as questões importantes que devem ser observadas antes de abrir um negócio ou para melhorar o negócio atual. Envolve desde a fase de legalização, estrutura da empresa até a definição clara do cliente, do público alvo que quer atingir, dos veículos de marketing que vai utilizar para se tornar conhecido no mercado, seus principais fornecedores, principais concorrentes, os pontos fortes deles, seus pontos fracos. Essa avaliação prévia faz com que a pessoa entenda melhor aquilo que num primeiro momento era apenas uma idéia.

4.CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR

4.1.Diferenças entre o Empreendedor e o Administrador

Segundo Dornelas (2005), há algumas diferenças e similaridades entre administradores e empreendedores. Todo empreendedor deve ser um bom administrador, mas nem todo administrador é um empreendedor.

Análises feitas por Hampton (1991 apud Dornelas, 2005, p.30) sobre os papéis do administrador podem resumir as principais abordagens ao longo dos últimos anos:

"A abordagem clássica ou processual, com foco na impessoalidade, na organização e na hierarquia, propõe que o trabalho do administrador ou a arte de administrar concentre-se nos atos de planejar, organizar, dirigir e controlar. O principal divulgador desse princípio foi Henry Fayol, no início do século XX, e vários outros autores reformularam ou complementaram seus conceitos com o passar dos anos."

Já Rosemary Stewart (1982 apud Dornelas, 2005, p.31) acreditava que havia certa similaridade entre o trabalho dos empreendedores e dos administradores: demandas, restrições e alternativas. As demandas referem-se ao que tem que ser feito. Restrições são fatores internos e externos da empresa que limitam o que o responsável pelo trabalho podem fazer. Alternativas identificam as opções que o responsável tem na determinação de como fazer.

O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados à características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. De uma idéia, surge uma inovação, e desta, surge uma empresa (Dornelas, 2005, p.32)

4.2.Características dos empreendedores de sucesso

Os empreendedores de sucesso apresentam as seguintes características na visão de Dornelas (2005):

  • São visionários;
  • Sabem tomar decisões;
  • São indivíduos que fazem a diferença;
  • Sabem explorar ao máximo as oportunidades;
  • São determinados e dinâmicos;
  • São dedicados;
  • São otimistas e apaixonados pelo que fazem;
  • São independentes e constroem o próprio destino;
  • Ficam ricos;
  • São líderes e formadores de equipes;
  • São bem relacionados (networking);
  • São organizados;
  • Planejam, planejam, planejam;
  • Possuem conhecimento;
  • Assumem riscos calculados;
  • Criam valor para a sociedade;

Dornelas (2005) destaca ainda – e contesta – alguns mitos com relação aos empreendedores:

  • Empreendedores são natos, nascem para o sucesso;
  • Empreendedores são jogadores e assumem riscos altíssimos;
  • Empreendedores são "lobos solitários" e não conseguem trabalhar em equipe;

Os argumentos que Dornelas (2005) usa para contestar as afirmações acima são:

  • Empreendedores de sucesso acumulam habilidades, experiências, contatos, visão e capacidade de perseguir oportunidades com o passar do tempo;
  • Empreendedores tomam riscos calculados, evitam riscos desnecessários, compartilham riscos com os outros e dividem o risco em "partes menores";
  • Empreendedores são ótimos líderes e criam times/equipes;

Filion (1997 apud Dornelas, 2005, p.35) observa ainda que "o gerente é voltado para a organização dos recursos, enquanto o empreendedor é voltado para a definição de contextos".

Katz (1986 apud TONELLI, 1997) utiliza o termo habilitação como sinônimo de habilidade e o conceitua do seguinte modo: "o termo habilitação implica na capacidade que pode ser desenvolvida, e não necessariamente inata, que se manifesta no desempenho e não apenas em potencial".

A partir desta conceituação, o autor apresenta três habilitações básicas direcionadas a um bom desempenho gerencial:

  • Habilitação técnica: consiste na compreensão e proficiência num determinado tipo de atividade, especialmente naquela que envolva métodos, processos e procedimentos ou técnicas.
  • Habilitação humana: é a facilidade para trabalhar como integrante de um grupo e de realizar um esforço conjunto com os demais componentes na equipe.
  • Habilitação conceitual: é a forma como se compreende e reage ao sentido em que os negócios devem desenvolver-se, os objetivos e políticas da empresa, etc.

Segundo o Programa de Centros Europeus de Empresas e Inovação - Business Innovation Centres - EC - BIC, iniciado em 1984 pela Direção Geral de Política Regional da Comissão das Comunidades Européias, as características empreendedoras são as seguintes:

  • Aceitação do risco – o empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e precavido contra o risco.
  • Ambição – o empreendedor procura fazer sempre mais e melhor, nunca se contentando com o que já atingiu. Não tentar progredir significa estagnar e um empreendedor deve ter a ambição de chegar um pouco mais além do que da última vez.
  • Auto-confiança – o empreendedor tem auto-confiança, acredita em si mesmo. Se não acreditasse, seria difícil tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor.
  • Auto-motivação e entusiasmo – pessoas empreendedoras são capazes de auto motivação relacionada com desafios e tarefas em que acreditam. Não necessitam de prémios externos, como compensação financeira. A sua motivação permite entusiasmarem-se com suas ideias e projectos.
  • Capacidade de trabalho em equipe – o empreendedor cria equipa, delega, acredita nos outros e obtém resultados por meio de outros indivíduos.
  • Conhecimentos técnicos – para ser um empreendedor não basta possuir características empreendedoras; é preciso adquirir conhecimentos técnicos, daí que a formação em empreendedorismo seja fundamental para um empreendedor adquirir e/ou melhorar os seus conhecimentos.
  • Controle – o empreendedor acredita que a sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele vê-se com capacidade para se controlar a si mesmo e para influenciar o meio de tal modo que possa atingir os seus objectivos.
  • Criatividade – à medida que a concorrência se intensifica, a necessidade de criar novas coisas em novos mercados também aumenta. Já não é suficiente fazer a mesma coisa de maneira melhor. Pelo contrário, é preciso que o empreendedor vá mais longe, apostando na criatividade, para que os negócios possam evoluir com as mudanças.
  • Decisão e responsabilidade – o empreendedor não fica à espera que os outros decidam por ele. Ele toma decisões e aceita a responsabilidade que acarreta.
  • Determinação – o empreendedor deve definir metas e consequentemente tentar atingi-las, sempre com um espírito positivo, sem se deixar abater por algo que corra mal.
  • Eficiência – o que o empreendedor faz, fá-lo o melhor que sabe e pode.
  • Energia – é necessária uma dose de energia para se lançar em novos projectos que geralmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de energia, provavelmente proveniente de seu entusiasmo e motivação.
  • Flexibilidade – o empreendedor adapta-se às circunstâncias que o rodeiam, pois se algo corre diferente do inicialmente previsto, o empreendedor não deve desistir, mas sim alterar os seus planos de modo a atingir os seus objectivos.
  • Iniciativa – o empreendedor não fica à espera que os outros (governo, empregador, familiar) venham resolver o seu problema. A iniciativa é a capacidade daquele que, tendo um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.
  • Liderança – o empreendedor tem a capacidade de planear um projecto e pô-lo em prática, liderando a equipa que com ele trabalha.
  • Otimismo – o empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos problemas, acredita no potencial de desenvolvimento.
  • Persistência – o empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar adequadamente.
  • Sem medo do fracasso e da rejeição – o empreendedor fará tudo o que for necessário para não fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Pessoas com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não correr o risco de não acertar – ficam, então, paralisadas.

Segundo o SEBRAE-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – filial São Paulo), algumas características são decisivas para quem pretende se aventurar pelo mundo dos negócios:

  • Assumir riscos - Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a administrá-los. Arriscar significa ter coragem para enfrentar desafios, ousar a execução de um empreendimento novo e escolher os melhores caminhos, conscientemente;
  • Aproveitar oportunidades - Tem que estar sempre atento e ser capaz de perceber, no momento certo, as oportunidades de negócio que o mercado oferece;
  • Conhecer o ramo - Quanto mais você dominar o ramo em que pretende atuar, maiores serão suas chances de êxito. Se você já tem experiência no setor, ótimo. Se não tem, busque aprender através de cursos, livros, centros de tecnologia, ou até com outros empresários;
  • Saber organizar - Ter senso de organização e capacidade de utilizar recursos humanos, materiais e financeiros de forma lógica e racional. A organização facilita o trabalho e economiza tempo e dinheiro;
  • Tomar decisões - Ser capaz de tomar decisões corretas no momento exato, estar bem informado, analisar friamente a situação e avaliar as alternativas para poder escolher a solução mais adequada. Essa qualidade requer vontade de vencer obstáculos, iniciativa para agir objetivamente, e confiança em si mesmo;
  • Ser líder - Saber definir objetivos, orientar a realização de tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, incentivar pessoas no rumo das metas definidas e produzir condições de relacionamento equilibrado entre a equipe de trabalho em torno do empreendimento;
  • Ter talento - E uma certa dose de inconformismo diante das atividades rotineiras para transformar simples idéias em negócios efetivos;
  • Ser independente - Precisa soltar as amarras e, sozinho, determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, decidir o rumo de sua vida, enfim, ser seu próprio patrão;
  • Manter o otimismo - Nunca deixar de ter a esperança de ver seus projetos realizados, porque quem é bem informado conhece o chão que pisa e tem confiança em seu desempenho profissional.

Moser-Wellman (apud Ortigara, 2008) defende que o empreendedor é percebido como um gênio e destacado pelos seguintes papéis:

  • Visionário – Por conseguir criar imagens propulsoras de idéias geniais.
  • Observador – Pelo poder de captar detalhes.
  • Alquimista – Pelo poder de unir idéias, disciplinas ou sistemas de pensamento para alcançar estágios avançados.
  • Tolo – Por celebrar a fraqueza e possuir aptidões relacionadas em buscar a invenção, ver sentido no que parece absurdo e atuar com perseverança sem limites.
  • Sábio – Pelo poder de simplificação como principal meio de inspiração.

Caracterizado a partir de seus estilos de pensamento, o empreendedor, pela sua atuação, foge ao comportamento convencional [...]. Não se trata de conseguir o desenvolvimento da melhor idéia de forma rápida e ordenada, [...], mas sim de exercitar a experimentação a seu modo, até chegar ao ponto que lhe permite operar o fruto de sua fértil imaginação (ORTIGARA, 2008, p. 32).

Dolabela (2005) baseia-se nas pesquisa de Timmons (1994) e Hornaday (1982) para apresentar um resumo das principais características dos empreendedores:

  • O empreendedor tem um "modelo", uma pessoa que o influencia.
  • Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de realização.
  • Trabalha sozinho.
  • Tem perseverança e tenacidade.
  • O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer. O empreendedor aprende com os resultados negativos, com os próprios erros.
  • Tem grande energia. É um trabalhador incansável. Ele é capaz de se dedicar intensamente ao trabalho e sabe concentrar os seus esforços para alcançar resultados.
  • Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra padrões impostos. Diferencia-se.Tem a capacidade de ocupar um espaço não ocupado per outros no mercado, descobrir nichos.
  • Tem forte intuição. Como no esporte, o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz.
  • Tem sempre alto comprometimento. Crê no que faz.
  • Cria situações para obter feedback sobre o seu comportamento e sabe utilizar tais informações para o seu aprimoramento.
  • Sabe buscar, utilizar e controlar recursos.
  • É um sonhador realista. Embora racional, usa também a parte direita do cérebro.
  • Cria um sistema próprio de relações com empregados. É comparado a um "líder de banda", que dá liberdade a todos os músicos, extraindo deles o que têm de melhor, mas conseguindo transformar o conjunto em algo harmônico, seguindo uma partitura, um tema, um objetivo.
  • É orientado para resultados, para o futuro, para o longo prazo.
  • Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho.
  • Tece "redes de relações" (contatos, amizades) moderadas, mas utilizadas intensamente como suporte para alcançar os seus objetivos. A rede de relações interna (com sócios, colaboradores) é mais importante que a externa.
  • O empreendedor de sucesso conhece muito bem o ramo em que atua.
  • Cultiva a imaginação e aprende a definir visões.
  • Traduz seus pensamentos em ações.
  • Define o que deve aprender (a partir do não definido) para realizar as suas visões.
  • É pró-ativo diante daquilo que deve saber: primeiramente define o que quer, aonde quer chegar, depois busca o conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo.
  • Preocupa-se em aprender a aprender, porque sabe que no seu dia-a-dia será submetido a situações que exigem a constante apreensão de conhecimentos que não estão nos livros. O empreendedor é um fixador de metas.
  • Cria um método próprio de aprendizagem. Aprende a partir do que faz.
  • Emoção e afeto são determinantes para explicar o seu interesse.
  • Aprende indefinidamente.
  • Tem alto grau de capacidade de influenciar as pessoas com as quais lida e a crença de que pode mudar algo no mundo. A empresa é um sistema social que gira em torno do empreendedor. Ele acha que pode provocar mudanças nos sistemas em que atua.
  • O empreendedor não é um aventureiro; assume riscos moderados. Gosta do risco, mas faz tudo para minimizá-lo.
  • É inovador e criativo. (A inovação é relacionada ao produto. E diferente da invenção, que pode não dar consequência a um produto.)
  • Tem alta tolerância à ambiguidade e à incerteza e é hábil em definir a partir do indefinido.
  • Mantém um alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios.

Características de um Empreendedor por Degen:

  • Autoconfiança/ Assunção de riscos - Tem uma imagem positiva de si próprio, bem como o desejo de exercer e confiar na sua capacidade de julgamento e na sua capacidade para resolver as dificuldades. É capaz de arriscar, uma vez que confia que é capaz de resolver os problemas que possam surgir
  • Iniciativa / energia – Avaliar, selecionar e atuar com vários métodos e estratégias para resolver problemas e atingir objetivos, antes de lhe perguntarem ou pedirem para fazer. Atuar de forma proativa e enérgica, em vez de esperar, passivamente, por ordens ou instruções.

Planejamento / Organização – Estabelecer planos de ação para si próprio ou para os outros, de forma a assegurar o cumprimento de objetivos específicos. Decompor os problemas em partes e organizá-las de forma sistemática. Determinar prioridades, fazer a alocação do tempo e recursos eficazmente e controlar o seu cumprimento.

  • Resistência à Frustração – Capacidade para manter um comportamento equilibrado bem como a sua auto-estima, quando confrontado com a oposição dos outros ou quando as coisas não correm de acordo com as suas expectativas.
  • Criatividade / Inovação – Gera idéias novas e abordagens originais e utiliza-as para melhorar ou desenvolver novos processos, métodos, sistemas, etc. Pensamento aberto e fora dos esquemas habituais para resolver problemas, apesar dos obstáculos e/ou resistências.
  • Relações interpessoais – Estabelecer facilmente relações com os outros, desenvolvendo e promovendo uma rede de relacionamentos que podem ajudar a concretizar objetivos. Cooperar com os outros para atingir os seus próprios objetivos e/ou os grupo. Colaborar com os outros no trabalho e na procura de soluções que possam ser positivas para todas as partes envolvidas.

Características do Empreendedorismo por Bom Ângelo

Bom Ângelo (2003) defende que aquela pessoa que assume a responsabilidade direta de transformar uma idéia ou projeto em produto lucrativo é um empreendedor ou um Ultra empreendedor.

Sem tratar tecnicamente do assunto, Eduardo Bom Ângelo (2003) mostra os caminhos das pedras para se tornar um empreendedor/empregado bem-sucedido, preocupando-se mais com os indivíduos atrás dos profissionais, especialmente no que tange à expressão criativa, confecção de projeto e realização de sonhos. 

"O mundo de hoje exige pessoas que tirem a cabeça para fora da caixa e olhem para o mundo com uma perspectiva diferenciada, corajosa, ainda que responsável", diz o autor. "Rejeitar esse desafio equivale a cair no lugar-comum, a submergir no mais obscuro anonimato, a consentir na pasteurização que aniquila sonhos e tira o sabor da vida". (BOM ÂNGELO, 2003).

Em parceria com outros conceituados especialistas no assunto, Bom Ângelo (2003) apresenta um conjunto essencial de ensinamentos para aqueles que pretendem renovar expectativas profissionais, gerar valor para suas empresas e contribuir para a dinamização da economia brasileira. Buscando inovar e desenvolver projetos no mundo globalizado.

''Nesses tempos de grandes mudanças, nada é mais crítico ao sucesso das organizações do que a orientação inovadora de empreendedores internos. (BOM ÂNGELO, 2003)"

O perfil de um empreendedor com chance de sucesso por Eduardo Bom Ângelo:

  • Visão de oportunidade - antecipa tendências que outros encaram como obstáculos ou simplesmente não percebem;
  • Capacidade de convencer pessoas de suas idéias - articula suas iniciativas em tempo e custo oportuno para a empresa ou área em que trabalha;
  • Trabalho em equipe - valoriza o trabalho das pessoas que o apóiam nas suas empreitadas;
  • Persistência - desenvolve a competência de conviver com as diversas negativas que aparecem ao longo do seu caminho;
  • Conectividade - está atualizado sobre o que acontece no mundo, no mercado onde atuam e é capaz de transmitir esse cenário para sua organização;
  • Inovação - busca permanentemente diferenciar sua forma de atuação e/ou processos e projetos em que esteja envolvido.

5.ANÁLISE DOS DADOS

Para facilitar a análise, vamos fazer uso do quadro-resumo a seguir. O objetivo é localizar as características comuns nas listas de cada autor.

Dornelas

BIC

Sebrae-SP

Ortigara

Degen

Dolabela

Bom Ângelo

São visionários

Aceitação do risco

Assumir riscos

Visionário

Domínio das Tarefas

Possui um modelo

Pró-atividade e persistência;

Sabem tomar decisões

Ambição

Aproveitar oportunidades

Observador

Capacidade Gerencial

Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de realização.

Vontade de progredir;

São indivíduos que fazem a diferença

Auto-confiança

Conhecer o ramo

Alquimista

Visão

Trabalha sozinho.

Capacidade de impor metas

Sabem explorar ao máximo as oportunidades

Auto-motivação

Saber organizar

Tolo

Disposição de assumir riscos

Tem perseverança e tenacidade.

Gostar de lidar com o público.

São determinados e dinâmicos

Capacidade de trabalho em equipe

Tomar decisões

Sábio

“Capital Social”

Aprende com os resultados negativos

Cultivar muitos contatos

São dedicados

Conhecimentos técnicos

Ser líder

 

Identificação de Oportunidades

Tem grande energia.

Vontade e habilidade para criar;

São otimistas e apaixonados pelo que fazem

Controle

Ter talento

 

Criatividade

Sabe fixar metas e alcançá-las.

Encontra novas utilidades para velhas idéias;

São independentes e constroem o próprio destino

Criatividade

Ser independente

 

 

Tem forte intuição.

Talento

Ficam ricos

Decisão e responsabilidade

Manter o otimismo

 

 

Comprometimento.

 

São líderes e formadores de equipes

Determinação

 

 

 

Obtém feedback (sobre o seu comportamento)

 

São bem relacionados (networking)

Eficiência

 

 

 

Sabe buscar, utilizar e controlar recursos.

 

São organizados

Energia

 

 

 

É um sonhador realista.

 

Planejam, planejam, planejam

Flexibilidade

 

 

 

Cria um sistema próprio de relações com empregados. (liderança)

 

Possuem conhecimento

Iniciativa

 

 

 

É orientado para resultados.

 

Assumem riscos calculados

Liderança

 

 

 

Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho.

 

Criam valor para a sociedade

Otimismo

 

 

 

Tece "redes de relações"

 

 

Persistência

 

 

 

Conhece muito bem o ramo em que atua.

 

 

Sem medo do fracasso e da rejeição

 

 

 

Cultiva a imaginação e aprende a definir visões.

 

5.1.Resultados

Foram identificadas as cinco características mais comuns entre os autores com relação aos empreendedores como sendo:

  • São visionários
  • Sabem tomar decisões
  • Possuem conhecimento técnico sobre o negócio
  • São líderes
  • Aceitam bem o risco

Empreendedores são visionários

Esta característica foi citada por quatro autores ou entidades, dentre as sete pesquisadas. Dornelas (2005) defende que os empreendedores "têm a visão de como será o futuro para seu negócio e sua vida, e o mais importante: eles têm a habilidade de implementar seus sonhos" (Dornelas, 2005, p.33). Ortigara apóia-se nas idéias de Moser-Wellmann defende que o empreendedor deve ser um "visionário", por "conseguir criar imagens propulsoras de idéias geniais."

Filion (1991, apud Araújo, 2006) corrobora com este pensamento ao afirmar que o empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões (...) utilizando-as para detectar oportunidades de negócios. Para Brito e Wever (2004, apud Araújo, 2006) o empreendedor "enxerga longe e consegue vislumbrar alternativas e saídas para os mais diversos cenários."

Empreendedores tomam decisões

Na concepção de Dornelas (2005), os empreendedores não se sentem inseguros, sabem tomar decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo isso um fator-chave para o sucesso. E mais: além de tomar decisões, implementam suas ações rapidamente.

Empreendedores possuem o conhecimento técnico do seu negócio

"São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em cursos, ou mesmo em conselhos de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes" (DORNELAS, 2005, p.34).

Degen afirma que "o preparo de um indivíduo para iniciar um negócio próprio cresce com o seu domínio sobre as tarefas necessárias para o seu desenvolvimento, com o aumento de sua capacidade gerencial e com o crescimento de sua visão empreendedora refletida no seu domínio sobre a complexidade do negócio" (DEGEN, 1989, p.13).

Empreendedores são líderes

Na visão de J.C.A Dornelas (2005) o senso de liderança do empreendedor é incomum. O empreendedor valoriza, estimula, recompensa e respeita os seus funcionários e por isso é respeitado e adorado por eles. Ele forma um time em torno de si pois sabe que para ter sucesso vai depender de pessoas competentes. Sabem recrutar as melhores cabeças para assessorá-lo nos campos onde tem menor conhecimento técnico.

Empreendedores convivem bem com o risco

Esta talvez seja a característica mais conhecida dos empreendedores, defende Dornelas (2005). Segundo ele o verdadeiro empreendedor assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem relação com desafios, acrescenta o autor que ainda completa que para o empreendedor quanto maior o desafio, mais estimulante será a jornada empreendedora.

Degen (1989) afirma que nem todas as pessoas têm a mesma disposição para assumir riscos. Muitos precisam de uma vida regrada, horários certos, salário garantido no fim do mês e assim por diante. Ele complementa dizendo que "este tipo de pessoa não foi feita para ser empreendedor" (DEGEN, 1989, p.11).

6.CONCLUSÃO

Encontrar um padrão nas listas de características propostas pelos autores e entidades foi o objetivo do estudo. Cada um deles aborda o tema Empreendedorismo com uma riqueza muito grande e com muita variação de enfoque. No entanto pudemos relacionar algumas características essenciais que se destacam entre os autores. Com isto podemos traçar o perfil ideal do empreendedor, ou seja, o empreendedor tem que ser visionários, devem saber tomar decisões, possuir conhecimento técnico sobre o negócio, ser líder ativo e aceitar/calcular bem o risco.

Finalizando, compreendemos que um bom empreendedor é uma pessoa que tem sonhos, mas não se limita a tê-los.É aquela pessoa que realmente transforma seus sonhos em realidades. Há uma frase que revela muito o que é ser empreendedor: "As ações são mais sinceras do que as palavras. Para o empreendedor o que vale é a ação".

THE MAIN FIVE FEATURES OF AN ENTREPRENEUR

Abstract

This paper lists and discuss the Five main features needed for an entrepreneurship by the vision of some of more respected authors of this matter in Brazil. The methodology was based in a theoretical study made upon a bibliographic research in the published books of those authors (J.C.A Dornelas, Fernando Dolabela, Ronald Degen and Ortigara). A qualitative analysis was used to identify features in common between each of the author's approach. That research indicated the following features: Vision, Technical knowledge, Risk acceptance, Leadership and Decision-making feature. We conclude those features were legitimated by the number of citation made by several authors and may serve of base to the formation of Brazilian's next entrepreneurs.

Keywords: Entrepreneurship, Entrepreneur, Entrepreneur's Features.

7.REFERÊNCIAS

ORTIGARA, Anacleto Ângelo. A Cabeça do Empreendedor. O pensamento do fundador de uma empresa de sucesso. Florianópolis: Insular, 2008.

DORNELAS, J.C.A., Empreendedorismo: Transformando Idéias em Negócios. – 2ª Ed. – Rio de Janeiro: Campus, 2005.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2000.

MOSER-WELLMAN, Annette. Cinco Faces de Um Gênio: Como desenvolver e descobrir a genialidade e a criatividade humanas. São Paulo: Alegro, 2001.

DOLABELA, F.C.C., O Segredo de Luísa:Uma idéia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Cultura, 1999.

DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2000.

DEGEN, Ronald, O Empreendedor: Fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

ABNT-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

BOM ÂNGELO, E. O movimento empreendedor no Brasil. In. BRITTO, F.; WEVER, L. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Pioneira, 2002.



[1]Pós-graduando do Curso de Especialização em Desenvolvimento Gerencial/2008. Universidade Federal de Santa Catarina. Rua Silvio Lopes Araújo S/N Rio Tavares – Florianópolis/SC – CEP 88048 -391 Fabrí[email protected] / fabrí[email protected].

[2] Pós-graduando do Curso de Especialização em Desenvolvimento Gerencial/2008. Universidade Federal de Santa Catarina. Rua Alexandre Kindermann Meurer, 21 – Serraria – São José/SC – CEP 88113-857 – [email protected] / [email protected]