Capítulo 6: Novos processos inovativos

6.1 Tecnologias sociais como processo inovativo para diminuir a desigualdade social

 

Nem sempre os grandes projetos implicam em soluções práticas e eficazes. As obras do Rio São Francisco que tem como princípio levar água potável e de boa qualidade para região Nordeste do país que sofre com a falta d’água e a seca.

Neste caso a tecnologia social deveria funcionar como agente integrador.

Quando se pensa no termo tecnologia de forma separada do social, descobre-se que: Tecnologia é algo que segrega de acordo com a classe social de cada indivíduo. Quando se faz a integração dos termos tecnologia social passa-se a compreender a plenitude e a necessidade de cada vez mais entender o desejo de cada sociedade com objetividade e simplicidade.

Na Bahia a tecnologia associada ao olhar particular e social tem resultado em desenvolvimento cultural e econômico para a população mais carente em um resgate das tradições e costumes local, despertando o olhar curioso do resto do mundo.

Nunca se falou tanto em inclusão como agora. Isto se deve em parte por conta do crescimento das tecnologias digitais, que cada vez mais aproxima tudo de todos e todos de tudo. Abrindo assim as cortinas que antes jamais seriam abertas.

Deve ver o mundo como um mundo sem romantismo, deve ser prático.

Agregando tecnologia com bem estar social. Ações isoladas requer apenas princípios éticos e morais.

Ações tecnológicas sociais requerem menos vaidades intelectuais, menos corrupções, mais comprometimento político e mais objetividade.

O acesso a informação é indiscutivelmente um agente integrador, sem deixar de ser uma via de duas mãos.

Através da informação podemos mobilizar a sociedade em função de questões ora relevantes ora não.

Recentemente viu-se uma grande mobilização, através das redes sociais onde se discutiu diversas questões importantes para a sociedade. Em contra partida, percebeu-se um grande descontrole desta mesma sociedade que passou a vandalizar tudo aquilo que fizesse alguma alusão ao seu desconforto social, diante de suas decepções em face ao desnível social, econômico e cultural.

“Em um ritmo de inovação constante, fatores desconhecidos não são mais aceitáveis; o movimento deve ser controlado sob o risco de haver um colapso na coerência global a partir de onde os sistemas operam de forma complementar...” (STIEGLER, 1998: 42).

 Não se pode negar a tecnologia social hoje é um potencializador para países que querem se tornar desenvolvidos.

 A nação que não cuida de seu povo o tem como agente negativo para o seu progresso.

Países da Europa e da América Central enxerga em seu povo moedas de ouro, lhes dando suporte nas áreas da educação e da saúde. Não negando-lhes o direito à cidadania plena.

Lhes garantindo a liberdade por meio da igualdade. Disponibilizando a eles o mínimo de inclusão através de Tecnologia Social.

Acesso à Tecnologia Social não significa plugar ou desplugar uma tomada, mas significa minimamente ligar as classes monos providas à decência de viver com o mínimo de recursos básicos para sua existência.

Se a Tecnologia Social não servir para este propósito ela será dispensada.

 


 

Referências Bibliográficas

 BEHRENS, F.  A Assinatura Eletrônica como Requisito de Validade dos Negócios Jurídicos e a Inclusão Digital na Sociedade Brasileira – Curitiba, 2005.

SANTOS, E. S. Desigualdade social e inclusão digital no Brasil – Rio de Janeiro, 2006.

STIEGLER, B. Technics and time 1, Stanford, Stanford University Press, 1998.

TRIGUEIRO, M.G. “O que foi feito de Kuhn? O construtivismo na Sociologia da Ciência” In: SOBRAL, Fernanda et al. (orgs.) A alavanca de Arquimedes – ciência e tecnologia na virada do século, Brasília, Paralelo 15, 1997.