No Amapá faz-se cultura pela metade. É o CAPIBERISMO cultural. Teatro pela metade, música pela metade, dança pela metade, literatura pela metade. Dizem que eu sou muito chato, quando abro a descarga dos meus lamentos e atinjo os meus colegas artistas. Dizem que sou metido a besta e me faço de moralista. Dizem, enfim, que sou anarquia e coisa do tipo! Eu, anarquista? Pelas pernas da Miss Amapá! O PSB. O CAPIBERISMO cultural não é babaca, manhoso, já comprou as almas dos nossos artistas amapaenses, a preço de banana. PORÉM, os verdadeiros artistas, sobrevivendo de arte não-reconhecida, são seres inconformados que decidiram não aderir ao patrocínio do iHomem-PSB. “Fulano é do caramba!”- é uma expressão típica do Amapá. Designa uma pessoa forte, guerreira, auto-suficiente. É o nome desses artistas não-escravizados que vivem à margem da corte. Meu, no CAPIBERISMO cultural, só há espaço para a panelinha apadrinhada pela SECULT, onde os bobos da corte são selecionados, os eternos puxa-sacos paternalizados pelo iHomem-PSB. E, querem saber de uma coisa? Não quero papo com a SECULT. Prefiro tocar o meu tecladinho na Churrascaria da Darcy, se for o caso, do que compactuar com esse complô de regionalistas “com consciência ecológica”. Posso até tocar uns bregas na Toca da Onça, se for o caso, mas, não vendo a minha alma ao diabo! ... Eles se dizem regionalistas, mas no fundo não acreditam nisso. É apenas uma máscara para ganhar dinheiro público a qualquer custo. Na verdade, eles pouco se distanciam das fórmulas musicais da indústria, com seu enlatado sendo empurrado goela abaixo, nas mentes abitoladas, do público consumista, ávidos por pseudo-novidades. Quem é músico aí, sabe do que estou falando! Consciência ecológica: a galinha de ovos de ouro! ... Pelo fim da panelinha! Pelo fim dos ratos que corroeram a nossa arte! Pelo fim do tucujudismo-político-eleitoral! Se liga, cantor regionalista: “nós tá de zói em tu!”