CANCER DE PÊNIS (POR: ANDRÉ ROCHA LEMOS. 25/06/2011



INTRODUÇÃO


As doenças sexualmente transmissíveis são consideradas, em nível mundial, como um dos problemas de saúde mais comuns, embora se desconheça sua real magnitude, estima-se que nos paises em desenvolvimento constituam uma das cinco causas mais frequentes de busca por serviço de saúde.
Embora, o câncer de pênis não seja uma doença viral ele está diretamente ligado as DSTs, alguns autores classificam essa patologia como uma doença sexualmente transmissível, pelo fato de muitos casos decorrerem de HPVs e outras doenças sexuais.
A presente pesquisa tem como objetivo empreender uma discussão acerca de um tema desconhecido pela maioria da população ? câncer de pênis com diagnóstico para o tratamento radioterápico. A literatura sobre o tema é escassa e pouco divulgada, fato que certamente causa desinteresse em muitos homens em estudá-la e divulgá-la.
O tema abordado visa ressaltar a importância da radioterapia no tratamento do carcinoma espinocelular de pênis.
Com a descoberta dos raios X, aproximadamente a 116 anos atrás, o uso das radiações na área oncológica avançou de forma espetacular; sendo a radioterapia isolada ou combinada com outras formas de tratamento radioterápicos uma forma curativa para muitas neoplasias malignas.
O tratamento do tumor maligno depende do estágio, tipo histológico, condições gerais do paciente e sua localização anatômica.
O pênis é um orgão exclusivo do sistema reprodutor masculino, em formato cilíndrico com o tamanho entre dez e dezoito centímetros de comprimento, situada abaixo da bexiga. Tem como função levar a urina para fora do corpo e excretar os espermatozoides, os quais têm origem nos testículos.
A má higiene do pênis muitas vezes em decorrência da fimose é responsável pelo desenvolvimento de várias neoplasias malígnas. Após ser detectado pode ser tratado com cirurgia, quimioterapia, radioterapia, entre outros.
Dentre as opções para o tratamento do carcinoma espinocelular encontra-se a radioterapia, que possibilita a redução do volume do tumor e, em muitos casos, quando é descoberto em fase inicial a curabilidade. A radioterapia é capaz de mapear o volume do carcinoma e tecidos normais com grande exatidão.
Esta pesquisa fornece informações sobre a distribuição , frequência e tratamento para o carcinoma Espinocelular de pênis, além de ressaltar as principais infecções bacterianas e virais, sexualmente transmissíveis que acometem o órgão sexual masculino.




























CAPÍTULO II REVISÃO DE LITERATURA



2.1 - HISTÓRIA DA RADIOLOGIA


Pesquisando em Salvajoli (1999), três tipos de acontecimentos científicos contribuíram com o uso das radiações para fins médicos. O primeiro deles foi à descoberta dos raios X em 1895, o segundo foi a descoberta da radioatividade em 1896 e do elemento químico rádio em 1898.
No período desses mais de 100 anos o papel dessas descobertas na radiologia e na radioterapia foi muito importante. Hoje, não se pode imaginar a medicina vivendo sem a ajuda da radiologia e, também, a prática da oncologia sem a radioterapia.
Tudo começa com a descoberta dos raios X em oito de novembro de 1895 por Wilhelm Conrad Roentgen nascido em 1845, na cidade de Lennep, na Alemanha.
Roentgen teve uma vida dedicada ao ensino da física experimental. Foi educado por mestres holandeses e suíços, realizou pesquisas sobre condutibilidade dos eritrócitos, coeficiente térmico e sobre a expansão e compressibilidade dos líquidos entre inúmeros trabalhos, mas o maior deles e mais conhecido no mundo ocorreu em oito de novembro de 1895, no laboratório do Instituto de Física da Universidade Julius Maximilians de Wurzburg, na Bavária,
Trabalhando com tubos de raios catódicos, notou que havia uma luminosidade vinda de um ponto na bancada de trabalho. Percebeu que a fluorescência surgia de um écran de cristais de platinocianeto de bário que lá se encontrava. Por acaso, este fenômeno se repetia até mesmo com dois metros de distância do tubo ao écran.
Roentgen percebeu que algo estranho excitava a fluorescência e confidenciou aos seus colegas o que havia descoberto, mas não tinha certeza se suas observações estavam corretas.
Completamente entusiasmado com seu achado, trabalhou os quatros dias seguintes. No qual notou a intensidade de luz que o écran, mantinha, mesmo quando eram colocados diferentes objetos entre o écran e o tubo irradiador.
Usou folhas de papel, madeira e borracha percebendo que nenhum desses objetos barrava a irradiação, porém os objetos mais densos como cobre, prata e chumbo, conseguiam barrar os raios.
Roentgen percebeu que os raios se propagavam em linha reta e, também, que a intensidade da fluorescência era inversamente proporcional ao quadrado da distância. Colocando sua mão sobre o écran identificou a imagem de seus ossos, trocou o écran por um filme fotográfico e conseguiu a imagem de vários objetos.
Ainda em Salvajoli (1999), em 22 de dezembro,do mesmo ano, ao expor a mão de sua esposa à radiação realizou a primeira radiografia humana.



2.2 - HISTÓRIA DA RADIOATIVIDADE


Conforme Bragg (1962), não se pode falar em radioatividade omitindo o nome de Henri Becquerel, um grande cientista nascido em Paris em 1852.
Em 1878 quando Henri tinha 26 anos de idade trabalhava como ajudante em um museu onde realizou várias experiências, em colaboração com seu pai que naquele tempo havia sido nomeado professor de física. Parte desse trabalho lhe serviu para que depois de dez anos colasse grau de Doutor.
Dedicou-se a investigar a absorção de luz por cristais, efeito do magnetismo dos raios luminosos e a fosforescência de sulfeto e compostos de urânio.
Já no ano de 1895, Becquerel prosseguira com suas experiências sobre a fosforescência quando recebeu a notícia de que Roentgen descobrira que os raios X provocam fluorescência em algumas substâncias.
Becquerel resolveu verificar se as substâncias emitiam raios semelhantes aos raios X, colocando-as sobre uma placa fotográfica enrolada em um papel negro, e expondo-as à luz solar. Utilizou para sua pesquisa os sais de urânio e observou um ligeiro velado na chapa, isso demonstrou que esses sais emitiam radiações.
Então Becquerel chegou a conclusão de que essas radiações eram desconhecidas. Em certo dia que o tempo estava nublado, Becquerel não pode expor o material à luz solar e guardou o material em uma caixa.
Ao revelar a chapa fotográfica que estava guardada, percebeu que a mesma estava velada sem os sais de urânio serem excitados, já que permaneceram vários dias no escuro.
Para ver se os efeitos dependiam dos sais de urânio, Becquerel preparou os sais na escuridão, o resultado alcançado foi o mesmo, comprovou então, que eles poderiam atravessar chapas metálicas e com intensidade menor velavam. Verificou também, que todos os sais de urânio e o próprio metal, emitiam constantemente raios invisíveis, observou ainda o urânio radioativo.
Sabe-se agora, que Becquerel descobriu um tipo de radioatividade. A radiação beta que é constituída por elétrons e que a grande velocidade deixa a posição normal de sua órbita ao redor do núcleo nos átomos de urânio.
Apoiado ainda em Bragg (1962), em seis semanas Becquerel reuniu dados suficientes para poder provar sua descoberta na Academia de Ciência de Paris, em fevereiro de 1896, sobre a radioatividade espontânea.
Para Martins (2008), a física polonesa Maria Skodowska Curie que nasceu na atual capital da Polônia, Varsóvia, em 7 de novembro de 1867, é uma grande personagem da história da ciência. Quando essa ainda fazia parte do Império Russo, seu pai era professor numa escola secundária.
Então, Marie foi educada em pequenas escolas da região onde morou, logrando um nível básico de formação científica. Assim, envolveu-se com uma organização estudantil com o objetivo de trazer transformações para a ciência.
Em 1881, com a ajuda da irmã, mudou-se para Paris, onde concluiu os seus estudos, com isso, obteve licenciatura em física e em matemática, e em 1894 conheceu Pierre Curie, professor na Faculdade de Física, com quem no ano seguinte se casou.
Com a colaboração de seu marido Pierre Curie, ela descobriu a radioatividade e por meio de novos elementos radioativos como o tório, o polônio e o rádio. Foi apenas a partir do seu trabalho que surgiu um enorme interesse pelos fenômenos radioativos e que essa área começou a se desenvolver de fato.
Costuma-se dizer que a radioatividade foi descoberta pelo físico francês Henri Becquerel (1852-1908) em 1896.
No entanto, somente dois anos depois, em 1898 o grande fenômeno da
radioatividade foi percebido como algo totalmente novo, graças as pesquisas de Maria Curie e seu marido, o físico francês Pierre Curie (1859-1906). Então, Marie e Pierre Curie começaram seus trabalhos sobre elementos radioativos em estreita colaboração com Becquerel. Em 1903, este recebeu um prêmio Nobel, Marie e Pierre Curie dividiram outro.
Atualmente, acredita-se que a ratividade foi descoberta por Becquerel por um acaso, mas é exato dizer que ele procurava algo tão parecido, mais cedo ou mais tarde acabaria por encontrar.
Becquerel foi um cientista que rapidamente verificou a importância de sua descoberta e depois de realizar novos trabalhos importantes sobre a radioatividade faleceu em Croissic na Bretanha, em 1908.
Como foi pesquisado em Heneine (2008), o fenômeno da radioatividade consiste na emissão espontânea de partículas ou de energia pelo núcleo de um átomo, as partículas mais comuns são alfa e beta, e a energia é sempre radiação gama.
A radioatividade pode ser natural ou artificial e é encontrada em átomos recolhidos da natureza ou fabricada pelo próprio homem.



2.3 - HISTÓRIA DA TELETERAPIA


Salvajoli (1999) relata que os efeitos dos raios X não tinham limites as suas propriedades físicas, como a de transfixar um corpo opaco e sensibilizar uma chapa fotográfica, base essencial de seu emprego em radiologia, com isso, os raios X começaram a ser esquadrinhados.
Os primeiros pesquisadores da radiotividade perceberam que os raios X também tinham propriedades biológicas.
As exposições de uma das mãos aos novos raios provocavam dermatites parecidas com as apresentadas por exposição ao sol.
No princípio, os métodos de tratamento eram limitados a prática vigente de exposição dos pacientes à radiação solar e, à helioterapia. Concluía-se que os novos raios tinham propriedades de cura parecidas aos da luz do sol, nos quais existiam propriedades bactericidas.
Em 1896, surgiu a radioterapia para o tratamento de tuberculose. Combinando os raios X com rádio foi aplicada, no tratamento de lesões de cabeça e pescoço, tumores rinofaringe, carcinoma de estomago, tumores de pele e outros.
No mesmo ano Emil H. Grubbe intitulava-se a primeira pessoa a sofrer de dermatite na mão, secundária á irradiação provocada por um tubo de raios X.
Em 29 de janeiro de 1896 a primeira paciente com câncer de mama foi tratada por Grubbe com fins terapêuticos.
Em julho de 1896 foi realizado na França o tratamento de um câncer gástrico. Oito pessoas foram tratadas duas vezes ao dia, melhorando a dor e reduzindo a massa tumoral, assim foram empregados apartir de 1901 diafragmas ajustáveis com proteções laterais de chumbo.
Ainda, em Salvajoli (1999), desde 1902, existe uma grande preocupação em realizar dosimetria.
Nos primeiros pacientes da radioterapia era administrada tanta dose de radiação quanto se achava que o paciente podia tolerar, sendo, normalmente, o limite de dose por meio da tolerância da pele chamado de dose eritema.
No ano de 1906, Williams padronizou o tratamento, relacionando o tempo de exposição com a miliamperagem, construiu uma tabela que mostrava a intensidade de dose e as doses de segurança em função de distâncias diferentes.
Os aparelhos de radioterapia tiveram um desenvolvimento tecnológico muito rápido após se adaptarem com transformadores mais eficientes e, também, do desenvolvimento do tubo de Colidge, ocorrido em 1917.
Já em 1915, produzia-se energia na ordem de cem KV e todos conheciam as vantagens das radiações que eram mais penetrantes, por isso os pesquisadores desenvolveram equipamentos de alta energia.
Em 1920, Sceitz e Wintz, na Alemanha, introduziram a radioterapia profunda usando um aparelho de 200 KV, instituindo assim a radioterapia moderna, ainda no mesmo ano, Coutard, na França passou a utilizar feixes de raios X filtrados aumentando porcentagem de dose profunda e iniciando a radioterapia em doses fracionadas.
Segundo Salvajoli (1999), o Instituto de Tecnologia da Califórnia, em 1928 dispunha de um aparelho de 750 KV. Dois anos mais tarde, foi tratado o primeiro paciente, que possuía um carcinoma no reto, impossível de ser operado apresentando assim uma grande melhora, viveu por dois anos a mais.
O Hospital Memorial de Nova York, com Gioacchino Failla, instalou um aparelho de 750 KV no ano de 1931, ocasião em que realiza trabalhos pioneiros em investigações físicas e biológicas.
Revisando trinta anos de teleterapia com rádio C.C Wilsom no seu Presidential Address ao Instituto Britânico de Radiologia, em 1950 mostrava que até 1929 apenas seis dessas unidades estavam disponíveis: em Estocolmo, Baltimore, Bruxelas, Nova York e duas em Paris.
No começo da década de 50 a teleterapia com rádio chegou ao último grau de desenvolvimento no final de sua era com o maior equipamento, uma bomba de radio de 50g emitindo três cGy por minuto a DFP de 10cm, construída e desenhada por G. Failla e instalada Roosevelt em Nova York .
Embora, na década de 50 já se produzia energia da ordem de um Mev, essa energia só se tornou popular com os aparelhos de telecobaltoterapia a maior revolução da radioterapia, possibilitando o tratamento em lesões profundas.
Em 1922, Joseph Slepian teve a idéia de aceleração dos elétrons por indução magnética, Joseph era engenheiro elétrico e trabalhava com transformadores, certo dia, utilizando uma patente de tubo de raios X Betatron que não funcionou, ele parece ter enxergado trinta anos no futuro, pois Donald Kerst Universidade de Ilinois nos EUA, fez em 1938 e 1940 um Betatron formando energia de dois 2,3 MeV.
Um aparelho de 22 MeV começa operar na Universidade de Ilinois no ano de 1951 desenvolvido por físicos, foram comercializados mais de 50 equipamentos como esses nos EUA e no Canadá.
Salvajoli (1999), a ideia de aceleração de partículas carregadas por meio de um guia de ondas veio da Suécia em 1924 com Gustav Issing. Foi preciso aguardar até a segunda Guerra mundial para que essa tecnologia estivesse disponível.
Os Ingleses foram os primeiros a desenvolverem um acelerador de elétrons, em novembro de 1946. O primeiro acelerador linear para uso médico foi instalado no Hammersmith Hospital, em Londres no ano de 1952 com 8 MeV, começando a funcionar em agosto de 1953.
Uma das primeiras propostas para construção de aceleradores lineares para fins médicos, na América, se deve ao médico Henry Kaplan e ao físico Ginzton ambos da Universidade de Stanford na Califórnia.



2.4 - HISTÓRIA DA BRAQUITERAPIA


Salvajoli (1999), após a queimadura acidental de Becquerel em 1901, Pierre Curie colocou radio impuro em seu braço durante dez horas a pele ficou vermelha como se estivesse sido queimada, então apareceu uma úlcera que demorou 52 dias para se reconstituir, ficando assim uma cicatriz. Em seguida ele passou uma pequena quantidade de rádio para um amigo médico que foi usado para preparar aplicadores de superfície no tratamento de lesões de pele. Este foi o início clínico da braquiterapia.
Os primeiros braquiterapeutas limitavam-se a inserir grandes tubos de rádio, dentro do tumor, por um determinado tempo e retirá-lo logo em seguida.
O primeiro sucesso aconteceu em 1903, em St. Petersburg, por Goldberg e London, que cuidaram de dois pacientes com carcinoma da região facial.
Apoiado ainda em Salvajoli (1999), a partir de 1904, surgem as primeiras aplicações de rádio para o tratamento do câncer de colo de útero, no início da braquiterapia o número de miligramas utilizado e o tempo de tratamento fizeram com que se fosse criada a especificação de dose em miligramas/hora.
Após 1930, o maior centro de braquiterapia mudou-se para a Inglaterra e desenvolveu um sistema didático de braquiterapia usando a nova unidade de radiação Roentgen, com as regras e tabelas de distribuição de fontes intersticiais de rádio e atividades lineares.
De 1950 a 1960 durante a era atômica foi possível trabalhar com novos radioisótopos (elementos radioativos com o mesmo número de prótons), e foram desenvolvidos métodos para proteger os médicos e os profissionais envolvidos na braquiterapia.
Em 1965 Pierquin e Dutreix ditaram regras de um novo sistema de dosimetria (Sistema de Paris). Durante esses mesmos anos, Chassagne e Pierquin desenvolveram a técnica de radiação intracavitária para tratamento de câncer do útero, colo, e corpo, usando moldes plásticos, com fontes de Irídio-190 e Césio-137.
Os Hairpins foram desenhados no ano de 1957 para os implantes com fontes de irídio nos tumores da cabeça, do pescoço, e também como nos tumores da pele.
Houve uma grande diminuição de ibope da braquiterapia durante as décadas de 60 e 70, o que fez com que a braquiterapia fosse considerada um tratamento em desuso pelos radioterapeutas.
Salvajoli (1999) mostra que nos anos 80, surge um novo interesse nas formas de braquiterapia, associada com outras modalidades terapêuticas ou isoladas.
Surgiram novos radioisótopos, alguns de baixa energia, também a utilização de computadores na tomografia computadorizada e na ressonância magnética, melhoraram a exatidão da braquiterapia na delimitação dos tecidos normais e neoplásicos.
Os novos métodos de tratamento vieram, inclusive, com o uso da tecnologia de afterloading e com a consequente eliminação da radiação, e também, da exposição para os profissionais da área, melhorando os cuidados com os pacientes.



2.5 - HISTÓRIA DO CÂNCER


Conforme Blanc (2010), registros arqueológicos encontrados indicam que o câncer é uma doença que atinge a humanidade desde a antiguidade.
Algumas evidências do câncer são osteossarcomas encontrados à 10 mil anos atrás. Foram também constatados indícios de tumores em múmias egípcias.
Por causa da sua incidência, desde o princípio da história escrita, os médicos de várias gerações têm feito registros sobre essa doença. As primeiras descrições de tumores foram encontran-se no papiro Edwin Smith, um texto médico descoberto no Egito com a data de 1.600 a.C.
O papiro, trecho sobrevivente de um tratado sobre cirurgia e trauma, mostra oito casos de tumores, ou úlceras, no seio que eram tratados por meio de cauterização com uma barra de metal incandescente.
Ainda em Blanc (2010), o estudo revela que também na Índia registros médicos foram encontrados por volta de 600 a.C que descrevem lesões na cavidade bucal semelhantes ao câncer.
Alguns textos dos antigos gregos e romanos referem-se a "tumores". Mas, o uso dessa palavra pode indicar qualquer tipo de inchaço.
Foi o médico grego Hipócrates (460-370 a.C.), que passou para a história, sendo conhecido como "Pai da medicina", quem criou o termo "câncer". Hipócrates usou as palavras "carcinos" e "carcinoma" para apontar certos tipos de tumores, onde suas projeções e vasos sanguíneos ao seu redor faziam lembrar patas de um caranguejo ou carcinos em grego. Depois, o médico romano Celsus (28-50 a.C.), traduziu o termo grego para o latim, usando o equivalente em sua própria língua, isto é, a palavra câncer.
Blanc (2010), a obra de outro médico da antiguidade, o romano Galeno (130-200 d.C.), foi importante referencial no tratamento do câncer até a Idade Média. Galeno determinou que para a doença não existia cura e que, uma vez feito o diagnóstico, não havia mais nada a fazer. Galeno também introduziu um termo "oncos" que significa inchaço e é usado até hoje para descrever os tumores.
Analisando em Teixeira (2007), o câncer termina a sua história em um paradoxo diferente ligado ao fato de que, à medida que a medicina foi avançando os conhecimentos e desenvolvendo tecnologias cada vez mais poderosas contra os seus efeitos nocivos, o medo da população em relação a ele também aumentou.
Durante várias décadas quase nada se sabia sobre a doença, era zero a capacidade dos médicos em evitar as mortes e o sofrimento dos doentes.
No entanto, o câncer era pouco conhecido na sociedade fazendo parte de um grande rol de mazelas que aumentavam o sofrimento e a morte. Às vítimas só restava a agonia, e muitas vezes, a distância da sociedade causada pelo temor ou medo de contaminação.
A partir do século XX essa situação começou a mudar, surgindo tratamentos mais eficazes com prevenção pelo diagnóstico precoce.
CAPÍTULO III ANATOMIA E PATOLOGIA



3.1- ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ORGÃOS GENITAIS MASCULINOS


Conforme Verdoux (1975), o escroto é um saco de pele que ocupa todo o períneo do homem, é pendurado adiante a parte superior das coxas.
A pele do escroto é delgada e sensível, sendo sua cor mais escura e recoberta por uma penugem abundante, por toda essa parte existem pregas horizontais.
A parede do escroto comporta sobre a pele um tecido conjuntivo frouxo com camadas finas musculares e verticais o cremaster. O interior é revestido serosa análoga ao peritônio. O escroto tem uma altura média de cem milímetros, mas esta altura varia de indivíduo para indivíduo
Os testículos são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozoides.
Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig como é conhecida na nomenclatura antiga, produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano, estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo, produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares, ampliam a laringe e tornam mais grave a voz, fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.
Os epidídimos são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozoides são armazenados.
Canais deferentes são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozoides, entrarão na composição do sêmen.
O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozoides e é constituído, principalmente, por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não proteico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo.
Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia ? cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias ? dores de cabeça ? da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios.
Próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozoides.
Ainda em Verdoux (1975), as glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozoides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso que envolve e protege a uretra.
Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve o prepúcio acompanhado de estímulo erótico, ocorre à inundação dos corpos cavernosos e esponjosos, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção).
O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma que é uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio. Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
Apoiado em Branco (2010), o pênis do brasileiro tem, em média, 14cm de comprimento em ereção, sendo impossível saber qual seria o tamanho dele em seu estado flácido.
O grande mal-entendido de que a virilidade tem relação com o tamanho, confundiu muita gente. Basicamente, o pênis que o homem tiver aos 20 anos, é o que terá pelo resto da sua vida, um órgão sexual masculino não prossegue o seu crescimento após a idade adulta, estando completamente formado no final da adolescência.
Uma ponte de tecido entre a glande e o corpo do pênis é chamada de frênulo ou freio do prepúcio que é composto: de tecido, artéria e nervo, razão pela qual o seu estiramento durante a relação poderá gerar sangramento e dor.
Figura 1: Anatomia genital masculina

Fonte: Branco (2010).
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Os espermatozoides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Polução noturna, às vezes chamada de sonho erótico, é a emissão ou descarga do sêmen durante o sono. É sabido que durante o sono, o pênis fica ereto e se um sonho erótico acontece, a ejaculação e orgasmo podem ser o desfecho desse sonho. Não é regra, mas quase sempre se acompanha de um sonho erótico em que o indivíduo acorda imediatamente antes ou imediatamente após ejacular.
A maior parte do fluxo de sangue para o pênis flácido vai direto para as veias, deixando o tecido erétil vazio, quando o sangue enche o tecido erétil, o pênis incha, elevando-se a um ângulo de 140 a 160 graus, determinando a ereção. O homem sente enrijecimento que vem dos cilindros ou corpos esponjosos cheios de sangue, a figura 1 demonstra um pênis com os vasos tomados por sangue.
Figura2: Visão anatomica do pênis em estado de ereção
.
Fonte: Branco (2010).
Esse acontecimento ocorre em todas as idades, mas é, disparadamente, mais comum dos dez aos vinte anos, justamente no período de maior inexperiência sexual e energia sexual reprimida ou insatisfatoriamente resolvida.
Até os quinze anos de idade, cerca de 50% dos meninos tiveram pelo menos um episódio de polução noturna; talvez seja o sinal do início.
Gomes (2010) declara que o certo é que os adultos "bem resolvidos" sexualmente apresentam raros episódios de polução noturna.
Lembrando que, em contrapartida, a não ocorrência da polução noturna, não necessariamente indica alguma anormalidade e que os extremos ou situações duvidosas devem ser sempre avaliados por um médico.
Figura 3: Anatomia do pênis não circuncidado

Fonte: Fontes (1997).



3.2.- PATOLOGIA



3.2.1- Câncer


De acordo com Gorin (2007), o câncer é um inimigo invisível, assintomático em sua fase inicial, em geral só é descoberto em estágio bastante avançado onde a cura é muito difícil. Mas como evitar essa doença que faz tantas vítimas? Só há uma resposta possível: Por meio de diagnóstico precoce.
Amabis (1988), conta que a partir de 1950 a Citologia teve um grande impulso, não somente pela introdução do microscópio eletrônico, mas também pelos métodos bioquímicos que permitiram a determinação da composição química e da função dos diversos componentes celulares
Além das técnicas que permitem conhecer a composição química das células e sua distribuição, pode-se ainda, por meio desses métodos, saber em que lugar das células certos tipos de substâncias são sintetizadas, assim como acompanhar o seu deslocamento.
Em Blanc (2010), é relatada uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), que no ano de 2007 o câncer ceifou a vida de 7,6 milhões de pessoas no mundo. Somente nos Estados Unidos no ano de 2009, foram 562.340 mortes devido a doenças e 1.479.350 novos casos. No Brasil, o mal foi em 2009 a segunda maior causa das mortes, responsável por 17% dos hóbitos, perdendo apenas para doenças do aparelho circulatório.
A simples mensão do diagnóstico câncer é suficiente para assustar, pois o próprio nome é capaz de levar pessoas a depressão.
A palavra câncer tem origem no latim e significa "caranguejo". O nome vem do fato de as células doentes atacarem e invadirem as células sadias como se fossem os tentáculos de um caranguejo.
Pesquisando em Nutter (1987), os médicos usam vários termos interligados com o câncer. O fato é que a palavra câncer em si, não tem significado muito amplo. O correto é neoplasma, que significa crescimento desordenado de tecido anormal em certo lugar do corpo, seja ele, humano ou animal.
O tecido novo não serve para nenhuma finalidade útil e, na verdade, quase sempre traz prejuízos à vida.
A palavra tumor pode ser aplicada de maneira apropriada a qualquer tipo de neoplasma e a oncologia é a ciência que trata do estudo da neoplasia.
Segundo Storer (1988), a oncologia do grego onkos, massa ou tumor, estuda as doenças neoplásicas, as neoplasias representam populações alteradas de células que se caracterizam por uma multiplicação em excesso, tornando-se insensíveis aos mecanismos normais de controle, e as influências que organizam os tecidos adjacentes.
As neoplasias malignas são formadas por células cancerosas que apresentam uma expansão incontrolada e prejudicam a função de órgãos normais pela invasão do tecido local e disseminação metastática para locais e locais anatômicos distantes.
As neoplasias benignas são formadas de células de aparência normal
que não invadem localmente e nem dão metástase para outros locais.
Apoiado em Robbins (1999), neoplasia tem um significado direto, sendo julgado como "um novo crescimento" e um novo crescimento também podem ser chamados de neoplasma.
O termo tumor foi originalmente aplicado ao edema causado por uma inflamação. As neoplasmas também causam edemas, mas há muito tempo o emprego não neo-plásico de tumor saiu de uso.
Os tumores benignos em geral são designados com inclusão de sufixo "oma" na célula de origem, geralmente os de células mesenquimais seguem essa regra, por exemplo, um tumor originado de células fibrosblásticas é chamado de fibroma, um tumor cartilaginoso é um condroma.
Com os tumores malignos a nomenclatura segue essencialmente o mesmo esquema usado para neoplasmas benignos, adicionando algumas expressões, por exemplo, tumores malignos que surgem no tecido mesenquial são normalmente chamados de sarcomas do grego, SAR = carnoso, porque apresentam pouco estroma conjuntivo e são carnosos exemplo, fibrossarcoma, lipossarcoma e outros.
Os neoplasmas malignos surgem a partir de células epiteliais originados de qualquer uma das três camadas germinativas, são chamados de carcinomas.
Ferreira (2008) descreve os carcinomas como uma doença que se caracteriza pela ploriferação de células sem finalidades em qualquer parte do corpo, onde trinta trilhões de células vivem independentes.
Cada uma dessas células controla a multiplicação da outra, tendo por finalidade controlar o tamanho de cada célula, mantendo a arquitetura apropriada para as necessidades do organismo.
O câncer como também é conhecido o carcinoma, quase sempre é causado por uma combinação de fatores que interagem entre si, sendo o processo de transformação de uma célula sadia para maligna, chamado de carcinogênese. Mais de dez anos podem passar entre a exposição ao carcinógeno que é qualquer substância que causa câncer, e o diagnóstico da doença.
O relato de Nogueira (2009), conta o que há de mais traiçoeiro no câncer é que, em tese, ele é parte de seu próprio corpo, uma parte que se revoltou contra o resto. As células cancerosas se tornaram más e sofrem mutações em seu DNA.
Ainda em Blanc (2010), o câncer ocorre a partir de uma alteração no DNA, o ácido desoxirribonucleico, elemento químico que contém informação genética, as instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo de uma célula normal.
É a chamada "mutação genética", as células que tiveram por algum motivo seu material genético alterado e começaram a receber informações incorretas para realização de suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes denominados "protooncogenes". Esses genes especiais são inativos em células normais, no entanto podem ser assim mesmo ativados, e quando isso acontece esses protooncogenes se transformam em oncogenes, que são os responsáveis pela cancerização, ou malignização das células normais.
As células cancerosas passam a ter um comportamento anormal, multiplicando-se de forma descontrolada, dessa forma, as células alteradas invadem os tecidos de células normais, formando vasos sanguíneos que as nutrem permitindo que continue seu crescimento descontrolado.
Na medida em que essas células se acumulam elas formam tumores malignos com capacidade de se desprender do tumor e migrar para outras partes do corpo, podendo chegar a órgãos distantes do foco inicial, formando assim as metástases.
Ainda em Nutter (1987), tumor primário refere-se à localização original de um neoplasma maligno. O uso da palavra primário indica que deve existir também um tumor secundário; e isto é verdade.
Os tumores secundários são formados a partir de tumores primários e eles podem construir uma extensão do tumor primário a um órgão ou estrutura próxima ou ser o resultado de metástase ou migração de células malignas para um lugar distante no organismo.
Podem também ser chamados de tumores metastáticos, sendo a palavra metástaticos, proveniente de metástase que é o próprio tumor secundário.
Conforme Ferreira (2008), o selo definitivo característico de um tumor malígno chama-se metástase, tendo como meios de migraçao vasos sanguíneos ou linfáticos, em condições abituais, as células se unem umas as outras formando uma massa tumoral.
O crescimento da metástase pode provocar dor, obstrução de vísceras ocas e até substituição de órgãos pelas células tumorais. A presença de metástase torna o prognóstico mais difícil, muitas vezes impossibilitando a cura definitiva.



3.2.1.1- Câncer de pênis


Segundo Costa (1994), o câncer de pênis é uma entidade rara em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos representa aproximadamente 1% das neoplasias masculinas.
Já na África representa 12% de todos os tumores masculinos, esse índice maior seria devido a higiene precária dos paises africanos.
É uma doença que acomete indivíduos de baixo nível social e geralmente com poucos hábitos de higiene. Normalmente ocorrem em pacientes não circuncinzados, associado a fimose e má higiene.
Histologicamente o tumor mais comum, que corresponde a mais de 90% dos casos é o Carcinoma Espinocelular ou Escamoso.
O carcinoma Basocelular muito comum em outras áreas da pele é muito raro no pênis, foram encontrados apenas dez casos na literatura inglesa.
Pode ocorrer ainda melanoma, e das lesões metastáticas, a origem geralmente são bexiga e próstata.
O carcinoma Verrugoso é incomum, sendo aproximadamente 8% dos carcinomas de pênis e são raridades em metástases ganglionares.
A neoplasia normalmente começa pela glande, seguindo pelo prepúcio, a mais comum é o de crescimento de massa peniana, normalmente indolor, ocorre descarga peniana purulenta, sangramento, e dificuldade para urinar.
A maior parte dos pacientes faz tratamento domiciliar ou farmaceutico, retardando o início do tratamento certo.
De acordo com Silveira (2008), um recente estudo realizado mostra que 81,62% dos casos de câncer de pênis acometem homens acima de 46 anos, e que o machismo é apontado como um dos responsáveis por estes tumores.
Médicos apontam a timidez e o medo como motivos para muitos homens adiarem as consultas, não somente em casos de câncer de pênis, mas em todos os casos em que envolve algum orgão sexual.
Como relata Fontes (1997), cinquenta mil homens norte-americanos morrem por ano por pura ignorância, por fazer vistas grossas a uma doença em que o diagnóstico é tão fácil nos seus estágios iniciais no caso do câncer de próstata.



3.2.1.2 - Fatores de risco


As causas do câncer não podem ser especificamente exatas, mas estima-se, que os fatores ambientais ocupem 85% dos casos, seguidos dos fatores hereditários com 15%, os fatores externos como fumo, álcool, produtos químicos, poluição atmosférica, exposição ao sol e radiações iozantes são os principais agressores.
No caso do câncer em mucosas como o de colo de útero e de pênis o vírus HPV com mais de cem tipos diferentes, da hepatite B, HIV, Epstein-Barr e o HTLV-I, o câncer age com menos rigor.
Existem também incidências de câncer com aplicação de hormômios, estrôgenos e progesteronas. Os hormônios estrôgenos têm papel importante no
câncer da mama e do endométrio.
Estudos realizados na Inglaterra com 1,3 milhões de mulheres que fizeram o uso de estrôgeno e progesterona por cinco anos relatam aumento de risco para desenvolver o cancer invasivo da mama em 24% das usuárias, comparando com as mulheres que já usaram placebo.
Blanc (2010) observa menos casos de câncer entre pessoas que enfrentam os traumas emocionais de forma otimista e flexível, por outro lado pessoas acometidas pela doença que se apoiam em sentimentos de culpa, crenças negativas ou desamparo estão mais vulneráveis a desenvolvimento de um tumor.
Doenças sexualmente transmissíveis como gonorréia e sífilis geralmente são encontradas na história clinica desses pacientes, embora não exista evidência de relação da causa entre essas patologias e o desenvolvimento da neoplasia.
Existe uma grande associação entre a infecção pelo papilomavirus humano (HPV) e o câncer de pênis em 30 a 50% dos casos, mas o papel exato da infecção pelo HPV no princípio dessa neoplasia não esta totalmente esclarecida.
O risco de desenvolver a neoplasia foi estudado por pesquisadores em três grupos de indivíduos.Naqueles que nunca foram circuncidados, o risco foi 3,2 maior que aqueles circuncidados ao nascimento e são três vezes maior em relação aos que foram circuncidados após o período neonatal.
Blanc (2010) indica que alguns vírus podem aumentar o risco do câncer o que não significa que essa doença possa ser trasmitida como uma infecção. O que acontece é que o vírus pode provocar mudanças genéticas nas células, tornando-as desse modo, mais prováveis em se transformar em células malígnas
Os tipos de cânceres cujo princípio é mais comunmente ligado a mutação genética provocada por vírus são os cervicais, os das áreas genital e anal que se relacionam com HPV.
Figura 4: Carcinoma espinocelular na glande do pênis

Fonte: França (2010).
Até recentemente a infecção bacteriana não era considerada como causa de certos tipos de câncer. Mas estudos revelaram que pessoas que têm infecção de estomago provocada pela bactéria Helicobacter pylori correm maior risco de desenvolver câncer de estomago.
Há pesquisas sendo realizadas para descobrir quais são as bactéris do sistema digestivo e quais as substâncias que produzem e podem aumentar o risco de câncer de intestino e estômago.
Da mesma maneira que essas bactérias atacam esses orgãos podendo levar a desenvolvimento de tumores, ocorre com bactérias que se desenvolvem no pênis por falta de higiene ou algum tipo de vírus que não foi tratado.
Fontes (1997) lembra que da mesma forma que o câncer de mama é o maior medo da maioria das mulheres, o câncer de próstata e o de pênis torna-se um pesadelo para a maioria dos homens, pois ele traz em si nâo só o medo da morte, como todo câncer, mas atormenta o homem com o medo de tocar em sua masculinidade.



3.2.1.3 - Sintomas


Ainda em Costa (1994), como a lesão geralmente é pouco dolorosa ou até mesmo indolor, o paciente raras vezes procura tratamento médico mesmo já tendo toda sua genitália comprometida.
Conforme indica a Sociedade Brasileira de Urologia-SBU (2010), os sintomas como feridas no pênis podem ser facilmente caracterizados como problemas menores, segundo o urologista Alexandre Crippa, do Hospital das Clínicas da USP, ligado à Secretaria e que recebe 60 pacientes com câncer no local por ano.
Ainda em Silveira (2008), os principais sintomas de câncer de pênis são: vermelhidão, inchaço, coceira, ferimentos que não cicatrizam mesmo após tratamento médico, caroços que praticamente não desaparecem, mau cheiro, manchas esbranquiçadas, perda da pigmentação em área do pênis e feridas no órgão sexual, no início da doença, quando existe uma pequena lesão, trata-se com cirurgia simples.
Figura 5: Carcinoma Espinocelular na bolsa escrotal

Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia-SBU (2006).
À medida que a doença se desenvolve e atinge o interior do corpo do pênis, a amputação é necessária, em casos mais extremos o órgão é retirado.
Figura 6: Cirurgia de pênis amputado

Fonte: Fontes (1997).
Teles (2009), nos informa que, o câncer implica em elevado grau de comprometimento na auto-imagem corporal, podendo acarretar danos ao conceito que se tem de si próprio, à percepção e à aceitação ou não da própria sexualidade dentro do relacionamento sexual.
Quando mudanças quase sempre agressivas e inesperadas ocorrem, alterações que assolam o senso de identidade da pessoa juntamente com sentimentos de intensa insegurança e medo. A percepção do próprio corpo é fundamental tanto para se lidar com a própria sexualidade como para se relacionar com o outro.
Assim, pensar uma mutilação de alguma parte do corpo é mudar a sua forma de se perceber. A possibilidade de uma cirurgia mutiladora e, até mesmo, a ocorrência de episódios de dor e efeitos colaterais que envolvem o tratamento de câncer, alteram a percepção e, portanto, a sexualidade, tendo refléxos negativos na identidade que podem desorganizar o funcionamento na vida sexual do homem com uma mulher.


3.2.1.4 - Meios de prevenção

Conforme a SBU (2010), a prevenção do tumor é realizada facilmente com a educação da população, com o cuidado de higiene tanto no corpo do pênis quanto na glande, fazendo a limpeza diariamente com água e sabão.
O uso de preservativo nas relações sexuais para se evitar o HPV, e a cirurgia de fimose ou exuberância de prepúcio na puberdade fazem parte dessa prevenção.
A Sociedade Brasileira de Urologia adverte ainda que mesmo com o uso do preservativo, o HPV pode ser transmitido por contato direto com o vírus, por isso torna-se necessário evitar toda e qualquer relação com indivíduos contaminados.
Qualquer tipo de doença sexualmente transmissível deve ser tratada imediatamente, evitando assim evoluções para doenças incuráveis.



3.2.1.5 - Métodos de diagnóstico


Ainda pela SBU (2010), o paciente apresenta inicialmente lesão vegetante ou ulcero-vegetante, que acomete inicialmente a glande (80%), prepúcio (15%) ou sulco coronal (5%).
O exame físico é fundamental, pois apresenta um grande valor positivo com sensibilidade e especificidade, sendo o principal método para a avaliação de extensão local e metástases envolvendo os linfonodos inguinais, que é o primeiro local de disseminação metastática.
O diagnóstico é confirmado pela biópsia da lesão. Podem ser utilizados outros exames como a tomografia e a Ressonância são usados para o estadiamento, apesar de se ter muito falso positivo ou falso negativo.
No câncer de pênis quase 50% dos linfonodos aumentados na região inguinal não são metastáticos e 20% dos linfonodos não palpáveis têm metástases.
















CAPÍTULO IV METODOLOGIA



4.1- MÉTODO DE PESQUISA


Pesquisando em Bello (2004), metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, esquadrinhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método, ou seja, o caminho que foi utilizado ou percorrido para o trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizando algum tipo de questionário, entrevista etc, do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.
Analisando em Maia (1995), a base de uma metodologia em seu primeiro estágio visa à formulação de descrições, interpretações, leis, teorias, modelos, sobre uma parcela da realidade; em segundo estágio divulgação dos resultados assim obtidos.
Não é raro que os cientistas formulem ideias diferentes diante dos mesmos dados. Seria uma teoria que cada um aceita que faz aprender os dados não como realmente são, mas como cada teoria diz que deveria ser.
Como foi visto em Carneiro (1993), tradicionalmente, a interpretação de um texto parte de sua leitura global e posterior desconstrução, isto é, o texto tem que ser completamente desmontado em mente para que possa ser compreendido na íntegra.
Muitas vezes o texto em si serve apenas de pretexto para que possa ensinar certos tópicos.
O texto aparece como uma espécie de modelo para inspirar redações, que se tornam no melhor dos casos paráfrases mal feita.
Para que um método de pesquisa fique bem elaborado o texto em construção tem por objetivo primordial, possibilitar um melhor desempenho em língua escrita, adotando uma metodologia didática que muito se deve aos recentes estudos da gramática textual.
Conforme Carvalho (2007) redigir é sinônimo de perceber, compreender, reagir e integrar. Na metodologia você é levado, por sua capacidade criativa, a ter ideias, mas não basta ter ideias, precisa saber vesti-las, isto é, para fazer uma boa metodologia, é preciso criar, escrever, resumir, interpretar, compreender que escrever bem, não é escrever muito, mas redigir com técnica e com fluência.


4.2 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA


Apoiado nas ideias de Gil (2002), uma pesquisa bibliográfica deve ser elaborada com base em um material já desenvolvido constituido especificamente de livros, revistas e artigos científicos. Embora, em quase todos os trabalhos sejam exigidos algum estudo dessa natureza.
Existem pesquisas desenvolvidas particularmente a partir de fontes bibliográficas. A maior parte dos estudos exploratórios pode ser definido como uma pesquisa bibliográfica.
Os livros possuem as fontes bibliográficas por excelência. Em função de sua utlização podem ser classificados como de leitura corrente ou de referência.
Os livros de leitura corrente incluem estudos ligados aos diversos gêneros literários, mas também objetiva proporcionar conhecimentos científicos e técnicos,
Já os livros de referência que são conhecidos também como livros de consulta têm por objetivo possibilitar a rápida extração de informações requeridas, sendo eles: dicionário, enciclopédias, almanaques e outros.
Pode-se também utilizar publicações periódicas que são aquelas editadas em fascículos com a colaboração de vários autores, tratando de diversos assuntos.
A pesquisa bibliográfica também é indispensável nos estudos históricos, pois não há outra maneira de conhecer os fatos do passado senão com base em dados bibliográficos.
Muitas vezes, as fontes secundárias apresentam dados coletados de maneira equivocada, sendo assim, um trabalho formado nessas fontes reproduzirá o mesmo.
Para diminuir essa possibilidade, convém o pesquisador assegurar a maneira que esses dados foram obtidos, analisando em profundidade cada informação para descobrir eventuais divergências utilizando diversas fontes cuidadosamente.


4.3 - MÉTODOS DE PESQUISA UTILIZADOS


A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos ciêntíficos sendo uma pesquisa com ideologias, e aquelas que se propõem há uma análise das diversas posições a cerca de um problema.
Foram utilizadas fontes bibliográficas como livros de leitura corrente e de referências informativas e recessivas como dicionários e enciclopédias; publicações periódicas, como jornais e revistas e também, impressos diversos.


4.3.1 - Métodos de Pesquisa de Campo


Será inserido nesta pesquisa um número em porcentagem representando o conhecimento dos homens de baixo nível social em câncer de pênis e suas prevenções.
Esta pesquisa será realizada com cem homens na casa de recuperação Nova Esperança situada na rua das violetas lote 6, DV, Gama, Brasília DF.
Explorando situações da vida real, cujos limites estão claramente definidos, preservando o caráter unitário de cada participante e descrevendo a situação do contexto em que será feita a investigação.
Foram formuladas hipóteses ou teorias explicando as várias causas de determinados fenômenos das situações mais complexas sobre o câncer de pênis que possibilitaram a utilização de levantamentos de dados e experimentos realizados.
Cada questionário será composto de dez questões o qual, explica sobre tumores malígnos que acometem o orgão sexual masculino e situações do cotidiano de como deve ser feita a prevenção de doenças e higiene do pênis.


4.4 - CARCINOMA ESPINOCELULAR DE PÊNIS


O carcinoma Espinocelular (CEC) é um tumor maligno das células espinhosas da epiderme caracterizado por evolução mais rápida, maior poder invasivo e metastático em relação a outros tumores É a segunda forma mais comum de câncer cutâneo. Carcinoma Escamoso, carcinoma Epidermoide, Espinalioma são todos sinônimos de carcinoma Espinocelular que é o responsável por cerca de 95% dos casos de tumores em pênis.
O carcinoma Espinocelular é uma patologia que ocorre na pele e na mucosa de várias localizações inclusive no pênis e no escroto, sendo apresentado nos orgãos genitais com grande produção de queratina tendo uma caracteristica verrucosa.
Apoiado nas ideias Gorin (2007), o carcinoma Espinocelular, no caso da pele é o segundo mais frequente tendo origem nas células espinhosas, esse tipo de tumor tem um potencial de metástase, principalmente quando ocorre nos lábios e no couro cabeludo.
O carcinoma Espinocelular pode se apresentar como uma área de pele mais espessa, áspera, uma placa, uma verruga, ou uma ferida que não cicatriza esse tipo de lesão também pode atigir os lábios.
Ele geralmente surge em áreas mais expostas ao sol, como a face, braços, orelhas e tórax, ocorrendo também em áreas cobertas, como os genitais no caso do carcinoma Espinocelular de pênis.
Pompeo (2006) diz que quanto a histologia, o carcinoma Epidermoide é classificado, segundo o critério de Broders em três categorias (bem diferenciado 70 a 80% dos casos, moderadamente diferenciado e indiferenciado ).
Um de seus principais fatores de risco conhecido como "fimose congênita" e está presente em todos os recém-nascidos do sexo masculino. Isso é completamente normal e pode persistir assim até o final da adolescência, quando a condição geralmente se resolve.
Algumas formas de fimose ou prepúcio são apenas irritantes, outras são dolorosas, algumas resultam em inflamação, problemas em urinar, outras pessoas
durante a masturbação, alguns antes da relação sexual, outros durante a mesma, e ainda, outros, por vários dias após a relação sexual.
O tratamento de fimose pode ser feito por meio de cirurgia ou aplicação de uma pomada de corticoides, essa pomada geralmente só funciona em crianças e bebês, já a cirurgia de fimose é indicada para homens jovens e adultos.
A cirurgia é feita por um urologista, que faz a retirada do prepúcio apertado, o profissional aplicará anestesia na região, em seguida será retirada a pele em demasia no pênis do paciente, evitando assim, infecções futuras que poderiam desenvolver até mesmo um tumor peniano.
Figura 7: Antes da cirurgia

Fonte: Santos (2010).
Essa pequena pele que é removida é uma parte que está em excesso, é trará somente beneficios ao paciente como mostra a figura abaixo onde a "cabeça" do pênis fica exposta.
Figura 8: Após a cirurgia

Fonte: Santos (2010).
Santos (2010) nos orienta o quanto é simples e rápido de fazer uma cirurgia de fimose, o medo faz que muitos não procurem e acabem convivendo com o problema que incomoda bastante muitos homem no mundo inteiro.
Storer (1988) relata o Carcinoma Escamoso de pênis como quase que totalmente eliminado pela circuncisão da infância, e sua incidência diminui quando essa intervenção é realizada na vida adulta.
Os pacientes característicamente apresentam uma ferida que não sara, ou um nódulo paupável sobre um prepúcio não retrátil.
Em virtude da falta de higiêne e da infecção que acompanha, o diagnóstico pode ser difícil.
Esse tipo de carcinoma pode causar a destruição total da haste peniana, apresentando crescimento da massa do pênis, geralmente indolor, com descarga peniana purulenta, sangramento, e dificuldade para urinar.
O carcinoma Verrucoso, considerado um variante menos grave do carcinoma Espinocelular, traduz-se clinicamente por uma massa exofítica branca, de superfície verrucosa, com crescimento lento e com raras metástases 89% dos carcinomas verrucosos acometem a mucosa da glande.
O carcinoma Espinocelular também pode ser adquirido por meio de outras patologias como no caso do Liquen Esclero-Atrófico que é uma doença crônica da pele que se apresenta clinicamente de forma variada. Pode acometer mulheres e, menos freqüentemente, homens e crianças, sendo a área mais afetada a região anogenital, mas no caso dos homens as lesões se localizam no dorso da glande, formando brida no prepúcio dos não circuncisados.
O comprometimento do meato pelo carcinoma, leva à estenose sendo uma complicação frequente. A lesão característica é placa atrófica branco marfim que normalmente acomete a glande do pênis. No homem é a principal causa de balanite xerótica obliterante (atrofia da glande com estreitamento do meato uretral), que pode resultar também de irritação crônica ou de penfigoide cicatricial.
Brunner (1980) declara, a ulceração do pênis deve ser considerada como origem venérea, pois existem diversas afecções penianas que causam ou podem levar a ulcerações como herpes genital que é uma DST viral que se manifesta na glande.
Passos (1992) relembra que a doença venérea já marcou muito a humanidade, e ainda ataca inúmeras pessoas. Por outro lado, as doenças venéreas, estão agora em um grupo de mais de 25 doenças de possível transmissão sexual catalogadas na OMS (Organização Mundia de Saúde).
Essas doenças são transmitidas de pessoa para pessoa por meio de relação sexual, mas pode ocorrer casualmente por contato íntimo, sem a necessidade de haver penetração. Existem também outras formas de contágio que
são consideradas muito raras, e estão estatisticamente desprezadas.
Para ocorrer a transmissão é necessário que o germe se desloque da pessoa infectada em número suficiente, que seja transmitido de maneira apropriada tendo as exigências biológicas satisfeitas e que as portas de entrada do novo portador estejam abertas. Os objetos pessoais como toalhas, lençóis e roupas também podem transportar infecção em raras ocasiões, pois os germes não resistem longo tempo fora de seus ambientes.
Conforme Savajoli (1999), o carcinoma Espinocelular pode apresentar placas eritematosas ou não com graus diferênciados de descamação, tendo comportamento agressivo podendo expandir para gânglios linfáticos e órgãos distantes.
Ainda em Milão (1986), os carcinomas Espinocelulares recebem o título de um carcinoma com carácter malígno, pois evoluem rapidamente e provocam metástases.
O carcinoma Espinocelular também conhecido como Espinalioma ou Epitelioma Espinocelular é um tumor maligno de pele e representa cerca de 20 a 25% dos cânceres de pele.
Tumores maiores e uma pequena fração dos tumores iniciais costumam apresentar evolução desfavorável, representada pelas recidivas loco-regional e a distância.
Figura 9: Metástase do carcinoma Espinocelular de pele

Fonte: Mesoquel (2010).
Apesar do tratamento inicial muitas vezes o carcinoma prossegue sua metástase acometendo toda a região.
As lesões iniciam-se pequenas, endurecidas e têm um crescimento rápido podendo chegar a alguns centímetros. Em poucos meses crescem infiltrando-se em tecidos subjacentes e também para cima formando lesões elevadas ou vegetantes (aspecto de couve flor) é frequente haver ulceração, isto é, formação de feridas com sangramento.
Portanto, é fundamental o diagnóstico precoce desse tipo de tumor para evitar o comprometimento de outros orgãos, o que piora as chances de cura.


A biópsia é essencial no liquen escleroatrófico para confirmação diagnóstica e acompanhamento dos casos, pois há risco aumentado de desenvolvimento de carcinoma espinocelular.



4.4.1- Meios de transmissão


Lage (2008) define o HPV como um dos maiores responsáveis pelo câncer de pênis, dentre os quais o carcinoma Espinocelular lidera, então, que não são somente as mulheres que precisam se preocupar com papilomavirus humano.
Embora o vírus esteja associado ao câncer de colo de útero, pesquisas mostram que existe grande influência no surgimento de tumores de pênis.
Um estudo recente realizado pelo Instituto Nacional do Câncer, em parceria com Instituto de Virologia da Fiocruz, em 80 pacientes com câncer de pênis, mostrou que 75% dos casos apresentaram HPV.
Figura 10: Representação do HPV











Fonte: Amaral (2010).
Costa (1994) relata um tipo de codiloma que parece ser viral, sendo de ocorrência muito rara chamado de Codiloma Gigante, sua aparência é muito semelhante ao codiloma Acuminado, diferindo histologicamente por infiltrar a derme
e respeitando a membrana basal.
Às vezes descobrem-se de permeio ao codiloma áreas de neoplasia sendo o codiloma de denominação benígna, deve se utilizar a denominação Carcinoma Verrucoso.
Algumas patologias do pênis como codilomas podem "camuflar" certas espécies de tumores, por isso devem ser muito bem investigadas para que o tratamento seja adequado seja iniciado o mais rápido possível, evitando assim danos maiores para o paciente.
Savajoli (1999) mostra estudos recentes com investigações que tem demonstrado o potencial neoplásico das infecções de pênis por HPV, e associações entre codiloma acuminado e o desenvolvimento tardio de neoplasias.
A relação do HPV com o câncer de pênis é muito forte devido o homem evitar o médico, por ter vergonha de se expor, e isso acaba gerando feridas que podem se transformar em carcinomas incuráveis que levam a amputação do órgão quando seu estágio já está avançado.
Figura 11: Codiloma acuminado causado por HPV

Fonte: Neves (2010).
A transmisão ocorre com contato sexual íntimo seja ele, vaginal anal e oral, mesmo que não ocorra penetração vaginal ou anal o virus pode ser transmitido.
O recém-nascido pode ser infectado pela mãe doente, durante o parto.
Pode ocorrer também, embora mais raramente, contaminação por outras vias que não a sexual: em banheiros, saunas, instrumental ginecológico, uso comum de roupas íntimas, toalhas etc.
Como o câncer de pênis atinge principalmente homens de baixo nível social, sendo resultado de má higiene corporal, existem vários tipos de fungos e bactérias que comprometem o órgão sexual masculino, levando esse tipo de tumor a ser considerado uma doença sexualmente transmissível.
Passos (1982) lembra que a origem das doenças sexualmente trasmissíveis (DST), mostrando que são tão antigas quanto o homem.
No Antigo Testamento da Bíblia livro Levídico capítulo quinze, a Gonorreia é citada como um pecado, na verdade desconhecem suas origens, sabendo que apenas já estava espalhada pelo mundo.
O termo doença sexualmente trasmissível (DST) também foi conhecido como doença venérea, pois essa denominação para muitos sugeria somente como Sífilis. Existem 21 agentes patológicos que são sexualmente trasmissíveis.
A sintomalogia das DST é representada por manifestações clínicas decorrentes das uretrites do homem.
Conforme Rodrigues Netto Junior (1986), as doenças sexualmente transmissíveis podem ser classificadas de acordo com os agentes etiológicos em:
a) Bacterianas:
Neisseria Gonorrhoeae, Chlamydia Trachomatis, Micoplasma Hominis, Ureaplasma Urealyticum, Haemophilus Vaginalis, Haemophilus Ducreyi, Calymmato Bacterium Granulomatis, Treponema Pallidum.
b) Fungos:
Candida Albicans.
c) Vírus:
Herpes Simples, Citomegalovirus, Codiloma Acuminata.
d) Protozoários:
Trichomonas Vaginalis, Entamoeba Histolytica, Giardia Lamblia.
e) Ectoparasitas:
Phthirus Pubis, Sarcoptes Scabies.
Na prática também pode se classificar as doenças sexualmente transmissíveis de acordo com suas manifestações clínicas em:
1) Causas de Uretrites, Cervicite e Vulvovaginite:
-Neisseria Gonorrhoeae
-Chlamydia Trachomatis
-Ureaplasma Urealyticum
-Haemophilus Vaginalis
- Trichomonas Vaginalis
-Candida Albicans
2) Causas de Lesões Ulceradas:
-Treponema Pallidum
-Haemophilus Ducreyi
-Linfogranuloma Venéreo
-Herpes Genital
-Granuloma Inguinal
-Codiloma Acuminado
Existem também, classificações para lesões Ulceradas Penianas como: Sífilis, Cangro Mole, Linfogranuloma Venéreo, Herpes Genital, Granuloma Inguinal e Codiloma Acuminado.
Arruda (2010), mostra que todos esses tipos de doenças podem levar o homem a adquirir algum tipo de tumor peniano, como relata a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, apontando alguns tipos de DST como doenças que causam feridas.
Entre elas estão a Sífilis, uma infecção causada por uma bactéria Treponema Pallidum, em seu primeiro estágio aproximadamente três semanas após o cantágio surge uma ferida com uma base dura no órgão genital, por isso conhecida como Cancro Duro, geralmente é indolor, contagiosa desaparecendo mesmo sem tratamento.
Mas isso não significa que a pessoa se curou, se a doença não for tratada, passará para o segundo estágio, surgindo manchas na pele inclusive nas palmas das mãos e na planta dos pés, seguido de ínguas.
O terceiro estágio também chamado de Sífilis Tardia ocorre geralmente de 2 a 20 anos após a infecção, na doença pode causar infecções nos ossos, no coração, no sistema nervoso e levar a paralisia levando a morte.
O Cancro Mole é uma infecção genital causada por uma bactéria denominada Haenophilus Ducreyi com o nome popular de cavalo surgindo em média de dois a cinco dias após o contágio com feridas doloridas com pus nas regiões genitais, no caso do homem na Glande do pênis.
Herpes Genital causada pelo Herpes Simplex Vírus( HSV), existe um período de encubação de três a quatorze dias, tendo como sinais e sintomas coceira, dor, ardencia ou formigamento no local, surgindo em seguida pequenas bolhas no corpo do pênis que dão origem a pequenas feridas que cicatrizam espontâneamente.
Após a primeira infecção, o vírus aloja-se nas células dos gânglios entrando em estado de latência, podendo ficar encubado por muito tempo e reaparecendo quando o organismo estiver debilitado, como no caso de estresse físico, emocional, ou uma exposição ao sol.
Figura 12: Hérpes genital primário

Fonte: Neves (2010).
Mula é o nome popular do Linfogranuloma Venéreo, que é uma infecção causada pela bactéria Clamydia Trachomatis aparece de três a trinta dias após o caontágio, iniciando com uma pequena lesão em alguma região do pênis que geralmente é indolor, podendo desaparecer sem que a pessoa perceba. Após uma a seis semanas surgem ínguas dolorosas nas virilhas podendo ocorrer presença de pus.
Apoiado em Oliveira (1998), o Codiloma Acuminado é uma moléstia que compromete a vagina ou a glande do pênis causada pelo vírus HPV, também conhecido como Verruga Venérea, Crista de Galo ou Couve Flor.
Sua característica ocorre pelo surgimento de verrugas cutâneas nos órgãos genitais, sendo no homem (sulco balano-prepucial e glande), mas facilmente indentificável que a mulher, onde a formação verrucosas compromete preferencialmente o interior da vagina e o vestíbulo, podendo acometer o colo do útero.
Sua principal forma de transmissão é a relação sexual seja ela, anal, oral ou vaginal. Entretanto o contato com superfícies contaminadas como unhas, por exemplo, é capaz de transmitir a doença
A bactéria Calymatobacterium Granulomatis se manifesta, preferencialmente, na pele e nas mucosas dos órgãos genitais surgindo de três a seis meses após o contágio, existindo a presença de nódulos e úlceras pequenas com aspecto vermelho vivo que sangram facilmente e são indolores.
As feridas podem continuar crescendo e se multiplicando em várias regiões do organismo, inclusive órgãos internos.
Lorenzani (1986), fala a respeito de alguns sinais comuns de infecção pela Cândida no aparelho urinário, como infecções decorrentes de rins, bexiga, cistites, urtrites, frequência urinária, ardência e urgência para urinar.
Os fungos são difíceis de classificar, mas não de se achar, são desconcertantes quanto a sua capacidade de viver em climas tanto frios quanto tropicais, crescem em sapatos, livros e roupas em períodos de elevada umidade.
Boca, intestino e órgãos genitais como o pênis e vagina oferecem lares confortáveis para muitas outras espécieis, fazendo com que os fungos estabeleçam colônias em suas regiões mais íntimas, com segundas intenções.
Rios (2007) associa um fungo a um bolor ou até mesmo mofo, e isso se
forma geralmente em locais úmidos e quentes onde não existe quase nenhuma ventilação.
Sendo assim quando um órgão genital que não recebe o tratamento de higiene adequado estará sujeito a vários tipos de infecções que poderão se expandir por toda a área genital.
Esse tipo de micose pode tomar o corpo ou até mesmo a glande do pênis trazendo irritação e coceira, fazendo com que o individuo provoque ferimentos onde bactérias se infiltrarão dificultando posteriormente a cicatrização dessa ferida.
Observando todos esses tipos de fungos, bactérias e protozoários encontra-se uma forte evidência em indivíduos que não possuem hábitos de higiene e de proteção sexual serem sujeitos a desenvolverem algum tipo de carcinoma.
Estudando em Brunner (1980) observou-se que os fungos são organismos semelhantes aos vegetais alimentando-se de matéria orgânica e são responsáveis por uma variedade de infecções comuns.
Figura 13: Tinea inguinal

Fonte: Mesoquel (2010).
Um órgão sexual onde não ocorre higiene diária, fatalmente terá uma colônia de fungos podendo desenvolver feridas que não irão cicatrizar, dar-se-á
então início a um tumor malígno.
Estudos realizados mostram que o número de moradores de rua acometidos pelo câncer de pênis supera qualquer outro.
Reis (2009) explica que foram mais de 1.200 profissionais em campo, aplicando questionários para descobrir o perfil desses cidadãos.
O intuito desses estudos seria elaborar políticas públicas específicas para ajudá-los, o senso realizado pelo Instituto de Pesquisa Meta revelou ainda, que o problema da população de rua na área da saúde chega a ser alarmante, com hábitos e comportamentos inimagináveis.
Algumas doenças parasitárias da pele como o piolho que infesta o homem também pode levar a feridas com consequências fatais.
O piolho do corpo vive principalmente nas costuras das roupas de baixo, sua mordida determina o aparecimento de minúsculos pontos com hemorragia, podendo produzir lesões secundárias tais como Hiperemia, arranhões lineares paralelos, Hiperpigmentação nos casos persistentes.
As áreas comprometidas são aquelas que entram em maior contato com a peça íntima, como coxas e virilhas, esse tipo de ferida se não tratada e a falta de higienização da área acometida é um fator de risco para o desenvolvimento de uma úlcera incurável, que dará origem a um câncer.
Em todas essas patologias estudadas nota-se que o carcinoma de pênis pode ser adquirido de diversas maneiras, pois quase todo tipo de lesão peniana torna-se um risco para a saúde do homem.



4.5 - MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO


Costa (1994) revela que antes de qualquer diagnóstico é necessário observar a sintomalogia, sendo o mais comum, um crescimento de massa peniana, onde normalmente não causa dor existe um esvaziamento do pênis lançando para fora sangue e pus ocorrendo uma imensa dificuldade de urinar.
É necessário apalpar cuidadosamente a região inguinal para identificar possíveis sinais de infiltrações neoplásicas, nos casos onde se encontram alguns sinais positivos os linfonodos exibem tamanhos que geralmente chegam a medir um centímetro, possuindo uma consistência dura. Pode ser fixos aos planos profundos ou pele, apresentando-se ulcerados ou não.
A postectomia deve ser realizada, logo que, a maioria dos casos existe uma fimose onde a cabeça do pênis como é vulgarmente chamada à glande fica, quase sempre encoberta por pele, ocorrendo agregação de um tipo de sebo.
Ferreira (1980) trata a palavra postectomia como uma circuncisão, ou seja, o ato de retirar um pedaço da pele do pênis, não é dificil ocorrer casos de lesões após expor a glande do pênis, lesões essas que estavam escondidas por baixo da pele peniana.
Quando se descobre algum tipo de lesão deve-se imediatamente realizar uma biópsia que pode ser incisional, quando apenas parte do tumor é enviada para exame, ou excisional, quando existe a possibilidade de ressecar o tumor por completo.
No caso dos linfonodos, eles podem ser aspirados em uma biópsia por punção com agulhas finas, para que possam ser avaliados posteriormente, mas alguns autores recomendam que essa técnica diagnóstica só pode ser confiável a partir do momento que o exame apresente um resultado positivo.
O diagnóstico diferencial da lesão primária inclui o Cancro Sifilítico, o Canro Mole por causa da infecção por Haemophilus e os Codilomas Acuminados Simples ou Gigante. Na maioria dos casos o exame histopatológico realizado por meio da biópsia esclarecerá levando a um diagnóstico completo.
Como o tumor tende a ter metástase inguinal sendo elas profundas ou superficiais pode acontecer de ocorrer a presença de infecções concomitantes podendo causar linfonodos aumentados de consistência branda, sendo difícil diferenciar dos lifonodos de metástases.
Sugere-se que, antes da avaliação final dos linfonodos, empregue para o paciente antibioticoterapia por um período mínimo de quinze dias.
Apoiado em Costa (1994), o diagnóstico sempre é anátomo-patológico, existindo dois sistemas muito utilizados de estadiamento para tumores do pênis.
Sistemas TNM ou Jackson de estadiamento do câncer de pênis que podem ser demonstrados por meio de siglas:
I - Tumor limitado a glande ou prepúcio
II - Tumor invade o corpo cavernoso, mas não há comprometimento dos gânglios ou metástases á distância.
III ? Comprometimento de linfonodos regionais (ressecáveis).
IV ? Linfonodos comprometidos irressecáveis ou metástases á distância.
De acordo com a Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina (2002). Atualmente, o sistema de estadiamento mais usado é o TNM revisado em 2002 (UICC)15(D).
Sistema de classificação -TNM - 2002
T ? Tumor primário
Tx ? tumor primário não avaliado
T0 ? sem evidência de tumor
Tis ? carcinoma in situ
Ta ? tumor verrucoso não-invasivo
T1 ? tumor invade tecido conectivo subepitelial
T2 ? tumor invade corpo cavernoso ou esponjoso
T3 ? tumor invade uretra ou próstata
T4 ? tumor invade estruturas adjacentes
N ? Linfonodos regionais
Nx ? linfonodos não avaliados
N0 ? sem metástases em linfonodos
N1 ? metástase única em linfonodo inguinal superficial
N2 ? metástases múltiplas ou bilaterais em linfonodos inguinais superficiais
N3 ? metástase em linfonodos inguinais profundos ou ilíacos
M ? Metástases a distância
Mx ? metástases não avaliadas
M0 ? sem metástases a distância
M1 ? metástases a distância

Pesquisando em Costa (1994) utiliza-se em nosso serviço, pela sua maior praticidade a classificação de Jackson. Infelizmente a margem de erro ao se estadiar clinicamente o carcinoma de pênis é grande. Por tanto se conclui que 27% dos pacientes sub ou super estadiados, ou seja, mais de ¼ dos pacientes cometemos erros ao estadia-los clinicamente.


4.6 - MÉTODOS DE TRATAMENTO


O tratamento do câncer peniano varia dependendo da localização e grau de comprometimento do tumor. Embora 90% dos casos ocorram amputação parcial ou total do orgão sexual, existem alguns tipos de tratamentos fundamentais para o câncer de pênis, entre eles estão:
Laser e criocirugia usados em lesões iniciais; quimioterapia; radioterapia e cirurgia.



4.6.1- Laser


O Projeto Diretrizes elaborado pela Sociedade Brasileira de Urologia em 27 de junho de 2006 mostra que o laser tem sua aplicação no tratamento das lesões benignas, pré-malignas e malignas nos estadios Tis, Ta, T1 e, eventualmente, T2 apresenta vantagens, pois promove a destruição da lesão com preservação da função e da anatomia. Não deve ser utilizado em lesões grandes.
Diferentes tipos de laser poderão ser empregados, cada um com características inerentes ao material usado para a emissão da radiação:
Laser de oxigênio: promove vaporização tecidual com liberação de calor, não podendo ser utilizado em meio líquido;
Nd: YAG laser: pode ser utilizado em meio subaquático;
Laser de argônio: apresenta absorção máxima em tecidos pigmentados com melanina e hemoglobina, podendo ser utilizado em meio líquido.
O risco de recidiva local está relacionado com a categoria do T, com 10% de recorrências locais em tumores no estadio T1 e 32% em doença mais avançada. A combinação do laser de oxigênio e Yag para tratamento da lesão primária do câncer de pênis apresentam taxa de recorrência de 19%.
Em conclusão, o tratamento com laser para as lesões primárias do pênis deve ser criterioso, pois só serão beneficiados pacientes com tumores no estadio inicial.
Apesar do tratamento com o laser de argônio ser benéfico as lesões iniciais, o médico oncologista deve investigar outras formas de tratamento antes de indicar este tipo de procedimento.



4.6.2 - Criocirurgia


A fim de eliminar as verrugas do orgão genital ou tumor em fase inicial, o médico pode utilizar a criocirurgia, que é um método para congelar as verrugas com uma solução de nitrogênio líquido ou aplicar um produto químico para destruir as células. Existem também alguns cremes como o imiquimod podofilox para aplicação tópica que pode ser usado dependendo do tipo e tamanho do tumor.
Após o tratamento, haverá necrose tecidual e o material necrótico será retirado pelos macrófagos que são as células que retiram do nosso organismo células mortas ou doentes, com posterior cicatrização do tecido normal, tendo o tecido canceroso teoricamente sido destruído. As indicações da criocirurgia são muitos semelhantes às da braquiterapia.
Embora os tratamentos possam remover as verrugas, eles não eliminam vírus HPV, então se o tratamento não for cuidadosamente acompanhado pode ocorrer ainda algum tipo de desenvolvimento de tumor como o condiloma acuminado. Teorias tradicionais postulam que o vírus HPV permanece no corpo por toda a vida.
Porém, novos estudos usando técnicas sensitivas do DNA têm mostrado que a resposta imunológica ao vírus pode ser eliminada ou suprimida em níveis abaixo que os testes podem detectar.
De acordo com o relatório de 2004 do "Center for Disease Control" sobre
o HPV, estudos têm mostrado que 70% das novas infecções de HPV saram em um ano, e até 91% em dois anos. A duração média de novas infecções é geralmente de 8 meses.

4.6.3 - Quimioterapia


Ferreira (1980) descreve a quimioterapia como um tratamento por meio de agentes químicos ou por substâncias que, de maneira efetiva, podem atuar sobre certos organismos patogênicos ou sobre certos órgãos doentes.
Ichikawa é relatado em Costa (1994), como o primeiro a usar a Bleomicina, que é um antibiótico com propriedade citotóxica antineoplásica, com uma regressão de tumor em muitos pacientes e a cura de alguns.
Já kyalwazi obteve regressão total do tumor em sete de quinze pacientes em Uganda tendo administrado no máximo 751 mg da droga.Não foi registrado nenhum caso de fibrose pulmonar.
Em outros centros que se tentou a mesma droga nunca se conseguiu resultados semelhantes, sendo que a resposta em 67 casos foi 73%, mas somente 15% com completa regressão, alguns estudos mostram o Fluoracil que também é um agente citotóxico tem sido eficiente em vários casos.
Conforme Costa (1994), a quimioterapia é a dose de "anti-câncer", isto é, citotóxicos para destruir células cancerosas. Pode ser uma droga ou várias drogas utilizadas em conjunto. Esse tipo de droga não é comumente usado para tratar o cancro do pênis.
O creme de quimioterapia pode ser usado para tratar tumores pequenos e cânceres precoces que se limitam ao prepúcio e glande do pênis.
A quimioterapia também pode ser administrada na forma de comprimidos, ou por injecção, em uma veia para o câncer em estágio mais avançado fazendo com que o resultado esperado seja abreviado.
O tratamento químico é um método sistêmico que pode ser realizado junto com a cirurgia, radioterapia ou ambos. Pode ser utilizada além do corte e remoção do tumor peniano.
A Bleomicina é geralmente a droga quimioterápica selecionada para o tratamento, essa escolha é feita por meio de vários exames discutidos por uma junta médica.
Ainda em Costa (1994), o paciente normalmente é hospitalizado para as primeiras doses da quimioterapia para o monitoramento dos possíveis efeitos colaterais.
A maioria das pessoas recebe a quimioterapia após a dose inicial como um paciente ambulatorial em uma clínica ou consultório médico. Os efeitos colaterais são inúmeros e específicos de cada droga quimioterápica.
A quimioterapia no homem pode provocar mudanças hormonais diminuição do fluxo de sangue ao pênis e dano aos nervos que controlam o pênis.
Essas alterações podem produzir impotência ou disfunção erétil, que é quando o homem não consegue manter a ereção do pênis, mas todas essas reações dependem da dose administrada para cada paciente.



4.6.4 - Radioterapia


Costa (1994) relata que o tratamento mais indicado para a lesão primária do carcinoma Espinocelular é a amputação parcial ou total. Entretanto, devido ao seu caráter de mutilação, esforços têm sido realizados para encontrar alternativas que substituam esse tipo de cirurgia.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer a radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, utilizando um feixe de radiações ionizantes.
São diversas as fontes de energia utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a partir da energia elétrica, liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo, como, por exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama.
Esses aparelhos são usados como fontes externas, mantendo distâncias da pele que variam de um centímetro a um metro.
Essas técnicas formam a radioterapia clínica e se prestam para tratamento de lesões superficiais, semiprofundas ou profundas, dependendo da qualidade da radiação gerada pelo equipamento.
Os isótopos radioativos como cobalto, césio, irídio ou sais de rádio são utilizados sob a forma de tubos, agulhas, fios, sementes ou placas e geram radiações, habitualmente gama, de diferentes energias, dependendo do elemento radioativo empregado.
Pompeo (2010) ensina que na braquiterapia são utilizados, na maior parte das vezes, de forma intersticial ou intracavitária, constituindo-se na radioterapia cirúrgica. Calcula-se uma dose de radiação onde é aplicada, em um espaço de tempo determinado a um volume de tecido que engloba o tumor, com a intenção de destruir todas as células tumorais.
É necessário ter o cuidado de causar o menor dano possível às células normais que estão nas regiões próximas ao tumor em seguida aguardar que as áreas atingidas pelas radiações sejam reconstruidas com novas células sadias.
As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao entrarem em contato com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de DNA.
A morte celular pode ocorrer então por inúmeros mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.
A resposta dos tecidos às radiações depende de vários fatores, como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.
Ainda em Pompeo (2010), para que o efeito biológico destrua o maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.
Essa terapia é conhecida como teleterapia, onde o material radioativo não entra em contato com o paciente, sendo impossível ocorrer qualquer tipo de contaminação.
A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações, esse fenômeno é conhecido como radiossensibilidade.
Depende particularmente da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. A maioria dos tumores radiossensíveis são radiocuráveis.
A cura local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para todas as células tumorais, mas não ultrapassa a tolerância dos tecidos normais.
Costa (1994) mostra a radioterapia como um método de tratamento local ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou em combinação com outros métodos terapêuticos, associada com a cirurgia poderá ser pré-, per- ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.
Os efeitos das radiações são bem tolerados, sempre que são respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada. Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios.
Os efeitos imediatos são ocorrem nos tecidos que apresentam maior capacidade de multiplicação, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea.
Eles acontecem somente se estes tecidos estiverem participando do campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos.
Manifestam-se clinicamente por anovulação ou azoospermia, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis.
Os efeitos tardios são difíceis, somente ocorrendo quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas, observados por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raríssimos.
Todos os tecidos podem ser afetados, em graus diferenciados, os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado.
No caso do câncer de pênis, como o carcinoma Espinocelular a radioterapia utiliza da modalidade de teleterapia como tratamento principal.



4.6.4.1- Procedimento para a Radioterapia


Seguindo em Costa (1994), a consulta médica para avaliação deve ser o primeiro passo para iniciar o tratamento.
O médico radioterapeuta irá estudar o estágio da doença e decidir se é necessário realizar a radioterapia, então poderá solicitar exames complementares para definir melhor as áreas comprometidas e que deverão ser irradiadas, orientando como será realizado o tratamento.
Em seguida inicia-se uma simulação e o planejamento, com o auxílio de um equipamento chamado Simulador ou com uso de equipamentos convencionais, porém sem o uso de radiação.
A equipe médica que é formada também por físicos e técnicos de radioterapia irá estudar o melhor posicionamento do corpo e da glande do pênis analisando o local que a radioterapia vai agir para que possa receber o tratamento.
Com o auxilio de radiografias localizam-se as áreas desejadas, são realizadas marcações na pele com utilizando tinta vermelha ou preta para representar os pontos de entrada da radiação.
Além de marcações corporais, pode-se solicitar em algumas situações a confecção de moldes para mantê-lo na mesma posição, sendo fundamental não perder esses desenhos para que seja reproduzido diariamente com segurança o campo de tratamento.
Também se pode optar pela realização de um exame de tomografia, exame computadorizado para que sejam feitas imagens "fatiadas" do pênis do indivíduo. Com as imagens obtidas, o médico irá delimitar o campo de tratamento e as partes sadias que deverão ser protegidos da radiação, como as gônadas que terão uma proteção especial.
Figura14: Paciente em posição ginecológica

Fonte: Pompeo (2010).
Ao realizar o estudo da área por meio de outros métodos, um físico irá calcular a dose correta para o tratamento e fará um planejamento da condução do mesmo.O técnico fará o posicionamento de acordo com o que foi planejado pelo físico médico.
O paciente deve permanecer imóvel durante as aplicações, neste período permanecerá sozinho na sala, sendo observado por câmeras de vídeo do lado externo.
O paciente é colocado em posição ginecológica sobre a mesa do acelerador linear ou de outro equipamento de teleterapia.
Não existe um assessório específico para imobilizar e posicionar o pênis, por isso segundo a doutora Juliana Mangueira, do hospital Anchieta, em Basília, usa-se normalmente a mesma cera que os odontologistas moldam dentes, essa cera é moldada no pênis do paciente com dois furos laterais para a entrada da radiação.
No caso do tratamento do câncer de pênis se utilizam quase todos os imobilizadores e posicionadores para tratamentos da pelve, devido a posição do paciente, fazendo com que o mesmo fique o mais confortável possível, evitando assim qualquer tipo de movimento.
Conforme Costa (1994), o estadiamento as lesões T1, T2 e T3 pequenas podem ser tratadas com radiação externa de megavoltagem, utilizando cobalto 60, acelerador linear de 4 e 6 MeV com resultados de controle local variando entre 61,5 e 90%.O resultado é administrado em campos paralelos e opostos, com o indivíduo em decúbito dorsal
Figura 15: irradiação de pênis

Fonte: Salvajoli (1999).
Para que se possa obter uma distribuição por igual no pênis é preciso que um acessório especial seja utilizado, geralmente uma caixa quadrada ou retangular onde o pênis é posicionado durante o tratamento.
Essa caixa pode ser de cera, massa de modelar, acrílico, ou outroa tipos de materiais, normalmente suas cavidades são preenchidas com água.
Salvajoli (1994), o tempo de exposição para o orgão do indivíduo é de aproximadamente vinte minutos, onde o paciente deve permanecer imóvel para que não exponha outras áreas a radiação.
Esse molde utilizado serve para posicionar o pênis em seu estado geométrico, com o propósito de mante-lo em posição fixa durante o tratamento.
Vários regimes de fracionamentos têm sido utilizados com doses diárias de 250 a 300 Gy, com dose tumoral total girando em torno de 5.000 a 5.500 Gy.
Se o tumor invadir a uretra do paciente, o tratamento será semelhante ao tratamento de tumor do pênis, com irradiação em campos pélvicos paralelos opostos, incluindo as áreas de drenagem linfáticas inguinais.
No caso de existir metástases nas regiões inguinais, pode ser feita uma radiocirurgia retirando os tumores das áreas adjacentes.
Figura 16: Cirurgia de tumores da região inguinal

Fonte: Pompeo (2010).



4.6.4.2- Braquiterapia


É uma forma de radioterapia em que materiais radioativos são implantados nas proximidades do tumor, a palavra braquiterapia origina-se do grego brachys que significa: junto ou próximo, definindo uma modalidade de tratamento em que doses de radiação são liberadas para atacar as células tumorais, sem que um grande número de células sadias seja afetado. Estes implantes podem ser temporários ou permanentes.
Apoiado ainda em Salvajoli (1999), no tratamento com braquiterapia para o carcinoma Espinocelular, os moldes são geralmente de formato cilíndrico, posuindo uma abertura na parte de dentro onde são inceridas as fontes radioativas.
A dose a ser administrada deve ser aproximadamente 6.000 a 6500 Gy sbre a lesão tumoral, sendo a aplicação dessas doses com um intervalo de seis a sete dias.
Deve-se ter um controle total ao posisionamento diário do sistema de molde e principalmente da cronometragem do tempo de exposição da lesão com a radiação.
Figura 17: Molde de braquiterapia

Fonte: Salvajoli (1999).
Geralmente são usadas como fontes agulhas de rádio ou césio 137 e também fios de irídio 192 na periferia do anel interno do cilindro na direção do volume ? alvo para que possa cobrir por completo a lesão.
Deve-se tomar todo o cuidado para que nenhuma área lesionada fique de fora da radiação, isso irá evitar irradiação em áreas sadias e novas irradiações onde não ocorreu o tratamento.
Implante intersticial geralmente indicado para tumores em estágios 1 e 2, esses implantes são efetuados em um ou dois planos dependendo do volume que se deseja cobrir. Usam-se fios de irídio 192 por meio da técnica de afterloading, por possuir um manuseio mais fácil.

Figura 18: molde encaixado no pênis em tratamento

Fonte: Salvajoli (1999).
As doses estimadas estão entre 6.000 e 7.000 Gy aplicadas em um tempo de cinco a sete dias no tratamento exclusivo com braquiterapia.
O procedimento ocorre com anestesia geral ou espinhal com técnicas de implantes simples, com agulhas de rádio ou césio distribuidas ou implantadas no volume tumoral e depois fixadas no local por suturas.
Ainda em Salvajoli (1999), para a técnica de afterloading, utilizam-se agulhas hipodérmicas, agulhas de henschke e angiocateteres descartáveis.
O número de fios e de planos a serem utilizados depende do tamanho da lesão e do volume a ser tratado.
Figura 19: Técnica de implante intersticial por afterloading com fios de irídio 192

Fonte: Salvajoli (1999).
Normalmente são utilizados dois planos com um espaçamento de 15mm entre eles, lembrando que a área implantada deve-se estender de um a dois centímetros do tumor para ter certeza de uma distribuição correta da dose.
Após o posicionamento, devem-se fazer radiografias ortogonais para corrigir o posicionamento e qualquer distorção para geração das curvas de isodose sendo calculadas manualmente ou por meio de sistemas de planejamento computadorizados no serviço que disponhan deles.
Todas essas técnicas são realizadas no momento de treinamento do profissional, a denominada simulação.



4.7- CIRURGIA DE PENECTOMIA


Apoiado ainda na SBU (2006), embora a amputação parcial com margem de segurança de 2cm seja uma das mais utilizadas, após estudos dos limites cirúrgicos, recomendam-se margens negativas de 1 cm para tumores graus I e II e de 1,5cm para tumores grau III.
Quando possível, deve-se utilizar a biópsia de congelação para detecção de margens cirúrgicas livres de doença.
Indivíduos com carcinoma verrucoso (Ta), carcinoma in situ (Tis) ou tumor epidermóide invasivo T1 no prepúcio podem ser submetidos à excisão da lesão ou a postectomia.
Quando o tumor é estadio T1 na glande ou T2 de localização favorável, o paciente é submetido à amputação parcial do pênis.
Tumores T3 requerem amputação parcial ou total e tumores T4, amputação total com ressecção de todas as estruturas envolvidas.
A amputação total, ou penectomia total, evita a permanência de cotos com riscos de recidiva e sem função sexual adequada.
Sempre será realizada avaliação histológica das margens cirúrgicas e uretrostomia perineal.
Com essa amputação o paciente passa a urinar por uma pequena "mangueira" situada abaixo da bolsa escrotal, fazendo-se necessário que o paciente se abaixe para urinar.
Técnicas cirúrgicas conservadoras em pacientes altamente selecionados podem apresentar resultados semelhantes aos da cirurgia convencional em séries isoladas.
A cirurgia micrográfica Mohs, embora preserve tecido peniano, apresenta índices derecorrência local entre 20% e 30%.
Cirurgias complexas como desarticulações ou hemipelvectomias, devem ser avaliadas muito cuidadosamente, com a seleção criteriosa dos pacientes.
No caso de uma cirurgia mais radical quando o tumor invade outros orgãos como os testiculos, retiram-se tanto o pênis como a bolsa escrotal completa, essa cirurgia é chamada de hemasculação.
Figura 20: Pênis amputado

Fonte: Pompeo (2010).
A vantagem da penectomia é evitar complicações tardias mais severas, como necroses e ulcerações crônicas, que podem ocorrer em alguns casos após as sessões de radioterapia, lembrando que essas complicações põem a vida do paciente em risco.
Além da mudança anatômica para o indivíduo existe também transformação psicológica onde será nessessária consultas com especialistas para que seja trabalhado o psicológico do paciente amputado, Teles (2009),
Imaginar-se o ser homem no mundo após a amputação do seu pênis, faz aflorar sentimentos do tipo de perda da masculinidade, da sexualidade, deixar de ser homem, de inutilidade, perda de prazer, perda do "companheiro", suicídio, morrer, não querer mais viver, o mundo acabou, é o fim... São afirmações unânimes de todos os entrevistados.



















CAPITULO V ? DISCUSSÃO DOS RESULTADOS



5.1- RESULTADOS


O carcinoma espinocelular é tratado com base em fatores de risco. A maior parte dos tumores acomete a glande do pênis, mas os fatores de risco determinam as chances de estar livre do câncer ou de haver disseminação. Com base nos fatores de risco e no estágio do carcinoma serão avaliados os resultados.
A radioterapia, hoje, é colocada como um tratamento indispensável, realizada por aceleradores lineares, também destacando a braquiterapia e a radiocirurgia que muitas vezes são agregadas a tratamentos químicos.
Com essa tecnologia avançada, esse tratamento permite empregar doses bem mais elevadas, com maior chance de cura, pois essas doses elevadas atingem somente o tumor preservando ao máximo os órgãos vizinhos.
A eficácia e a segurança do tratamento dependem grande parte, da capacidade em depositar a irradiação precisamente. O planejamento e a capacidade de cada profissional são fundamentais para que o feixe de radiação atinja de forma seletiva diretamente no tumor.
No caso do tratamento cirúrgico, um dos problemas relacionados a doença, é o psicológico do paciente, pois da mesma maneira que uma mulher recebe a notícia da perda de uma mama, o homem se comporta com a perda de seu orgão sexual.
Na maioria dos casos o tratamento não é feito em fase inicial, pois o indivíduo tem vergonha de procurar o médico, fazendo com que o índice de amputação chegue a marca de 80%.
Teles (2009) relata que muitos homens após a cirurgia ou até mesmo a radioterapia precisam receber tratamento psicológico, e seja qual for o tratamento que for dado sempre será multilante para o indivíduo, pois a masculinidade não é algo dado, mas algo que constantemente, tem que se construir, preservar, conquistar e não basta ter sido macho até ontem, há necessidade de ser sempre.
5.2 - O CÂNCER DE PÊNIS E SUAS ESTATÍSTICAS


Silveira (2008) mostra uma pesquisa realizada em hospitais, centros de saúde e clínicas, públicas e particulares onde existem tratamentos para tumores penianos.
Em maio de 2008 pela Sociedade Brasileira de Urologia, que constatou que o Estado de São Paulo, com quarenta milhões de habitantes, concentra o maior índice de casos de câncer de pênis com 24,26% seguido por Ceará, com 12,87%, Maranhão, com 10,66%, e Rio de Janeiro, com 9,19%.
O que assusta não é ter São Paulo com milhões de habitantes em primeiro lugar, mas ter o Ceará e o Maranhão que juntos tem um pouco mais de ¼ dos paulistanos, em segundo e terceiro lugares.
Percebendo as estatísticas em número, São Paulo está em primeiro lugar, mas quando se verifica a origem dessas pessoas, notamos que a maioria vem das cidades do interior do Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Pará e Minas Gerais.
O Banco de dados do Sistema Único de Saúde, nos últimos cinco anos mostra uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia, que a amputação do orgão medida tomada quando a situação é grave tem aumentado cerca de 10% ao ano.
Esse índice leva a SBU acreditar que o país esteja em segundo lugar no ranking mundial da doença, atrás apenas, do continente africano.
Mil pênis são amputados por ano no Brasil em razão do câncer, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e um estudo realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A maior incidência mundial de câncer de pênis é encontrada na Índia, com taxas de 3,32 casos a cada 100.000 habitantes, e a menor taxa nos judeus nascidos em Israel, com taxas próximas a zero.
Acredita-se que por causa da tradição dos judeus de realizar a circuncisão ocorra essa taxa muito baixa de cancer peniano.
Baseado nessas informações a Sociedade Brasileira de Urologia formulou uma pesquisa para que fosse montado um quadro que descrevesse o índice do câncer de pênis no Brasil.
Quadro 1: Índice do câncer de pênis no Brasil:
Ordem Estado Índice
1° São Paulo 24,26%
2° Ceará 12,87%
3° Maranhão 10,66%
4° Rio de Janeiro 9,19%
5° Pará 6,99%
6° Pernambuco e Minas Gerais 5,88%
7° Goiás 3,68%
8° Alagoas e Tocantins 3,31%
9° Piauí 2,57%
10° Paraíba 2,21%
11° Sergipe 1,84%
11° Rio Grande do Norte 1,47%
12° Bahia, Mato Grosso do Sul e Roraima 1,10%
13° Amazonas e Espírito Santo 0,74%
14° Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná 0,37%
Fonte: Silveira (2008).
Quadro 2: Incidência por faixa etária:
Menos de 26 anos 2,21%
De 26 a 35 anos 3,31%
De 35 a 45 anos 12,81%
De 46 a 56 ano 19,12%
De 55 a 66 anos 22,79%
Mais de 66 anos 39,71%
Fonte: Silveira (2008).
Seguindo, em Silveira (2008), o câncer de pênis, normalmente, acomete pessoas de baixa renda, não circuncidados ao nascimento, e também individuos com precários hábitos de higiene.
Conforme Robbins (1999), quando o orifício do prepúcio é muito pequeno para permitir sua retração normal, a condição é chamada de fimose e pode resultar em um desenvolvimento anormal, sendo frequentemente atacado por infecções repetidas.
A fimose interfere na limpeza e permite o acúmulo de secreções e detritos sobre o prepúcio, favorecendo o desenvolvimento de infecções secundárias, possivelmente carcinomas.
O risco de desenvolver a neoplasia foi estudado por pesquisadores em três grupos de indivíduos:
Naqueles que nunca foram circuncidados, o risco foi 3,2 vezes maior do que naqueles circuncidados ao nascimento:
Três vezes maior em relação aos que foram circuncidados após o período neonatal.
A literatura urológica relata uma taxa de 3,3% entre indivíduos não circuncidados e de 0% naqueles circuncidados após o nascimento.
Rodrigues Netto Junior (1986) afirma que dois tipos de lesões penianas, pré- malígna e malígnas. São consideradas lesões pré-cancerosas:
a) Eritroplasia de Queyrat: uma lesão hepitelial hiperplástica do pênis.
b) Doença de Bowen: um carcinoma intra-epitelial do pênis.
c) Tumor de Buschke-Lowestein ou Codiloma Gigante do pênis
d) Balanite Xerótica Obliterante é um processo de inflamação crônica sem etiologia definida sendo muitas vezes associado a estenoses do meato uretral.
As lesões malignas do pênis são:
a) Carcinoma Epidermoide
b) Carcinoma Basocelular
c) Melanoma do pênis.
Qualquer lesão difúsica do pênis é considerada neoplásica devendo-se confirmar o diagnóstico.
Os tumores de pênis são como um todo, incomuns, as neoplasias mais freqüentes são carcinomas e um tumor epitelial benigno, o condiloma acuminado. Entretanto, além de categorias benignas a maligna é consideravelmente bem definida.
Ainda em Costa (1994) existem inúmeras patologias que podem ser confundidas com neoplasias entre elas estão:
Condiloma acuminado; Condiloma gigante (Bushke Lowenstein), Líquen Plano, Balannite Xerotrófica obliterante (Líquen esclero atrófico), e Carcinoma "in situ" (Doença de Bowen ? Eritroplasia de Gueyrat).
Em Gorin (2007), a Dr.ª Cristina Abdala ensina que o carcinoma Basocelular pode se manifestar como uma área de pele mais sensível, uma "bolinha", uma pequena ferida ou ponto, ou uma "espinha" que não ciatriza apresentando geralmente algum tipo de sangramento.
O carcinoma Basocelular muito comum em outras áreas da pele é extremamente raro no pênis sendo descrito dez casos na literatura inglesa e onze nas publicações anglosaxônicas.
Milão (1986) descreve o carcinoma Basocelular como um tumor menos malígno, pois, não dá origem a metástases.
Embora possa destruir regiões inteiras com grande profundidade, atingindo partes moles e chegando também as partes ósseas. São mais frequêntes na face, ocorrendo em alguns casos no tronco e nos órgãos genitais.
O carcinoma Verrucoso é incomum e corresponde de 5 a 8% dos carcinomas de pênis.
A característica principail do carcinoma Verrucoso é uma grande raridade de metástase ganglionar. A neoplasia geralmente inicia-se na glande a seguir no prepúcio.
O tumor mais comum que aparece em mais de 90% dos casos de câncer de pênis é o carcinoma Espinocelular ou Escamoso.
Ainda que desconhecido para a maioria dos homens, esse tipo de tumor é muito comum em pele como orelhas, nariz, pálpebras e outras áreas que ficam expostas ao sol constântemente.

5.3 - PESQUISA DE CAMPO


Pesquisa realizada por meio de um questionário na casa de recuperação Nova Esperança do Distrito Federal.
A presente pesquisa teve como apoio este questionário em anexo, que foi entregue para cem homens da casa de recuperação Nova Esperança, por razão de 90% dos internos serem ex-moradores de rua.
Vale ressaltar que, o câncer de pênis acomete na maioria dos casos pessoas de baixo nível social e com precários hábitos de higiene.

Questionário investigativo para saúde do homem.
(1) - Você sabe o que é fimose?
( ) sim ( ) não
(2) - Você já fez cirurgia de fimose?
( ) sim ( ) não
(3) - Você sabe o que é HPV ou DST?s?
( ) sim ( ) não
(4) - Você sabe como se contrai o HPV?
( ) sim ( ) não
(5) - Você já ouviu falar sobre câncer de pênis?
( ) sim ( ) não
(6) - Você sabe como se adquire o câncer de pênis?
( ) sim ( ) não
(7) - Você sabe como se previne contra o câncer de pênis?
( ) sim ( ) não
(8) - Você sabe fazer a higiêne do pênis?
( ) sim ( ) não
(9) - Se você respondeu que sim na questão anterior, responda:
- Você faz a higiêne todos os dias?
( ) sim ( ) não
(10)- Você sabe o que é um urologista?
( ) sim ( ) não
As respostas do módulo de pesquisa de campo seguem abaixo com as devidas análises:

De acordo com o gráfico, observa-se que 40% dos entrevistados não possuem conhecimento do que vem a ser fimose. O que demonstra que apesar de ser algo comum ainda existem pessoas que desconhecem.

Em relação à questão de número dois 86% dos entrevistados disseram não ser circuncidados. A falta de circuncisão é um dos maiores fatores de risco para o tumor peniano.

Apesar de inúmeras campanhas do governo sobre doenças sexualmente transmissíveis, e de existir clínicas exclusivas em todos os centros de saúde do Distrito Federal 36% dos entrevistados não sabem o que são DST?s e HPV.

A questão de número mostra que, mesmo 64% dos indivíduos saberem o que é o HPV, não possuem nenhum tipo de conhecimento sobre seu modo de transmissão, este resultado confirma o índice muito alto de pessoas acometidas pelo vírus.

Ressaltando que, o câncer de pênis é uma doença que acomete principalmente pessoas de baixo nível social, 42% dos homens entrevistados, sendo a maior parte deles ex-moradores de rua, responderam não ter conhecimento dessa patologia.

A questão de número seis trata a respeito do conhecimento de como se adquire um tumor de pênis, e mesmo que 58% dos entrevistados conheçam o câncer, 64% de todos os indivíduos não sabem como o carcinoma se inicia no órgão genital.

As respostas dadas a questão anterior coincidem perfeitamente com as respostas da quetão de número 7, 64% dos homens entrevistados pelo fato de não saberem como se adquire este tipo de tumor, o mesmo percentual ignora as suas prevenções e proteções.

A grande maioria dos carcinomas de pênis é decorrente da falta de higiene no órgão, como existe certa dificuldade do morador de rua realizar sua higiene pessoal ele torna-se o principal alvo da doença, por essa razão 12% dos entrevistados responderam que não fazem limpeza no pênis.

A limpeza diária no pênis é uma maneira de prevenção contra o tumor, mas mesmo que 88% dos homens entrevistados realizem a higiene, nem todos fazem esta limpeza diariamente, pois 14% dos mesmos disseram que não lavam o órgão sexual todos os dias.

O gráfico acima retrata o conhecimento de cada participante desta entrevista sobre o que faz um urologista, sendo que, 36% dos entrevistados responderam não ter a mínima ideia do que faz esse profissional.

















CONSIDERAÇÕES FINAIS


O estudo realizado demonstrou a importância da radioterapia para o tratamento do carcinoma espinocelular do pênis.
A radioterapia implica na redução ou extinção dos tumores penianos, fazendo com que o paciente encontre uma possibilidade de recuperação em seu órgão sexual, e evite assim, a penectomia.
A técnica de radioterapia é formada pelas modalidades em braquiterapia e radiocirurgia, tendo por objetivo preservar os órgãos de risco e tecidos adjacentes saudáveis, como gônadas, próstata e outros, utilizando tudo de mais moderno que existe no tratamento oncológico, destacando principalmente o profissionalismo de cada participante da equipe médica.
Sendo assim, consegue-se então, uma maior chance de cura, com esperança de baixos índices de amputação .
Nesse sentido este estudo propõe lançar sementes de inquietação e reflexões, acerca da escuta profissional com relação ao adoecimento dos pacientes com câncer de pênis. A amputação parcial ou total do pênis traz sérias consequências físicas e psicológicas ao paciente.
Assim, faz-se urgente e necessário um acompanhamento para o tratamento radioterápico para evitar futuras amputações onde o paciente necessitará de apoio psicológico durante todo o percurso, do diagnóstico ao pós-operatório e na reinserção social, com objetivo de diminuir a ansiedade em relação ao adoecimento, à cirurgia, à readaptação e à qualidade de vida do paciente como um todo.
Tomando como base na pesquisa apresentada, entende-se que, independentemente da idade, grau de instrução, profissão, religião e nível socioeconômico, o homem está sempre sujeito a doenças relacionadas ao seu pênis, confirmando também o que todas as bibliografias relatam a respeito do índice de pessoas acometidas pelo tumor peniano, certamente os indivíduos de baixo nível social estão mais vulneráveis a esse tipo de carcinoma .


















ANEXO

















Questionário objetivando atender a pesquisa de campo referênte ao trabalho de conclusão de curso ? TCC ? A IMPORTÂNCIA DA RADIOTERAPIA NO TRATAMENTO DO CARCINOMA ESPINOCELULAR DE PÊNIS, do aluno André Rocha Lemos do Curso Superior de Tecnologia da Faculdade de Tecnologia Cenacap.

Questionário investigativo para saúde do homem.

(1)- Você sabe o que é fimose?
( ) sim ( ) não
(2)- Você já fez cirurgia de fimose?
( ) sim ( ) não
(3)- Você sabe o que é HPV ou DST?s?
( ) sim ( ) não
(4)- Você sabe como se contrai o HPV?
( ) sim ( ) não
(5)- Você já ouviu falar sobre câncer de pênis?
( ) sim ( ) não
(6)- Você sabe como se adquire o câncer de pênis?
( ) sim ( ) não
(7)- Você sabe como se previne contra o câncer de pênis?
( ) sim ( ) não
(8)- Você sabe fazer a higiêne do pênis?
( ) sim ( ) não
(9)- Se você respondeu que sim na questão anterior, responda:
- Você faz a higiêne todos os dias?
( ) sim ( ) não
(10)- Você sabe o que é um urologista?
( ) sim ( ) não







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