BULLYING: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

 

 

Izabel Martins Alves Silva1

 

RESUMO

 

Neste artigo discorre-se o fenômeno bullying, suas manifestações, consequências e destaca a importância do trabalho educativo na detecção das causas, intervenção e busca de soluções para amenizar esta realidade. No atual contexto social cuja cultura da violência está cada vez mais presente, crianças e adolescentes parecem conviver com este fenômeno como algo normal e inerente a qualquer ser humano. Nesse sentido, os valores humanos e a própria vida estão ficando em segundo plano. No contexto escolar a violência se manifesta de maneira silenciosa no qual o agressor investe contra a vítima que aceita de maneira silenciosa e quando a escola percebe, a situação já se intensificou de tal forma que muitos alunos chegam a evadir-se ou se isolam para evitar o ataque dos outros colegas. Conhecer as manifestações da violência na escola, suas causas e buscar estratégias para amenizar tais conflitos deve ser atribuições não somente da família e da escola, mas da sociedade como um todo. Nesse sentido, a escola assume papel de fundamental importância, pois, poderá mediar os conflitos e auxiliar a vítima a retomar sua autoestima sem trauma e sem sequelas sobre sua aprendizagem

Palavras-chave: Violência; Discriminação; Bullying; Aprendizagem; Escola.

 

 

ABSTRACT

This article discusses the phenomenon bullying, its manifestations, consequences and highlights the importance of educational work in detecting the causes, intervention and finding solutions to mitigate this reality. In the current social context of violence whose culture is increasingly present, children and teens seem to live with this phenomenon as something normal and inherent in every human being. In this sense, human values ​​and life itself are staying in the background. In the context of school violence manifests silently in which the perpetrator attacks the victim who accepts and silently when the school realizes the situation has escalated to such an extent that many students come to evade or isolate themselves to avoid attack from other colleagues. Meet the manifestations of violence at school, their causes and seek strategies to mitigate such conflicts should be assignments not only the family and the school, but society as a whole. In this sense, the school assumes the role of fundamental importance therefore can mediate conflicts and help the victim regain their self-esteem without trauma and without sequelae on their learning

Keywords: Violence, Discrimination, Bullying; Learning; School.

 

INTRODUÇÃO

O bullying tem sido muito frequente na atual sociedade, sendo que um breve olhar sobre a sociedade mostra situações cotidianas de agressão de todas as proporções, tanto na família, quanto na sociedade e também na escola. Na escola este tipo de manifestação denomina-se bullying e seus efeitos podem ser nefastos sobre as pessoas agredidas.

Não há no Brasil lei específica em relação à prática do bullying, mas podem ser aplicadas sanções genéricas previstas na legislação. A criança ou adolescente que pratica o bullying comete uma infração prevista no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente e o infrator pode ser punido com medidas sócio-educativas. O Decreto-lei  2848/40 também prevê (Código Penal, o artigo 140) que a ofensa pode ser punida com prisão de um a seis meses ou multa.

Apesar da legislação acima citada, nota-se que tal prática é frequente. Tal problemática deve ser decorrente de um trabalho ineficiente realizado pelo professor, já que são poucos os educadores que trabalham esta temática na sala de aula.

Nesse trabalho discorre-se esta problemática e aponta algumas sugestões para que a escola realize um trabalho preventivo em relação ao bulliyng e ao mesmo tempo destaca o importante papel de todos os agentes escolares na detecção e busca de estratégias para sanar os processos de violência na escola e devolver à vítima a segurança de que este é um processo passageiro que não deverá ser empecilho para seu pleno desenvolvimento social.

ESCOLA: ESPAÇO DE FORMAÇÃO OU DE EXCLUSÃO

A escola é fundamental para a formação intelectual e moral dos indivíduos. Nesse espaço ocorrem interações que são fundamentais para o estabelecimento de relações e para a construção do eu interior de cada aluno.

Segundo Sawaya (2002, p. 197)

A escola parece portar funções variadas, entre elas: função social, ao compartilhar com a família a educação de crianças e jovens, função política, quando contribui na formação do cidadão, e função pedagógica, na medida em que é local privilegiado para transmissão e construção de conhecimento.

Em razão disso, o processo de escolarização não pode ser entendido sem a inclusão do contexto sociocultural em que os alunos se inserem, principalmente as relações com a família e as práticas culturais. 

De acordo com Toro et al. (2010, p. 5)

Nessa rede de histórias, em que condições estruturais de vida e edificação de vínculos pulsam no ambiente escolar - podendo resultar em novas construções afetivas e também gerar adversidades intra e interpessoais -, o tema bullying apresenta-se como importante fenômeno a ser compreendido e contextualizado.

Nota-se a partir do exposto que a escola é um ambiente rico em culturas, ideias e ideologias, tanto por parte de seus professores, quanto de seus alunos, já que cada um convive com pessoas de pensamentos distintos. De acordo com Lopes Neto (2005), a escola ainda é um ambiente pouco explorado como elemento disseminador da violência, portanto, a realidade mostra que este é um espaço propício a este tipo de comportamento caracterizado pela violência juvenil. Tal atitude configura-se em problema de saúde pública com importantes consequências individuais e sociais, sobretudo em grupos de jovens os quais aparecem em estatísticas como os que mais matem e morrem.

Acerca disso Lopes Neto (2005, p. 2) informa que

O termo violência escolar está relacionado a todos os comportamentos agressivos e anti-sociais, incluindo os conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, etc. Muitas dessas situações dependem de fatores externos, cujas intervenções podem estar além da competência e capacidade das entidades de ensino e de seus funcionários. Porém, para um sem número delas, a solução possível pode ser obtida no próprio ambiente escolar.

Abramovay e Rua (2003) ao discorrer sobre a violência escolar é destacam que esta não é uma prática recente, já que ao longo da história da educação presenciou-se atos deste tipo tendo sido os mesmos registrados ou não. Para as autoras supramencionadas o bullying já foi de adotado pelo senso comum, como indisciplina, delinquência, problemas de relação professor-aluno ou mesmo  aluno-aluno, entre outros. Tal assertiva mostra que de certa forma esta prática já se configurou na escola de uma maneira ou de outra.

Fante (2003) aponta que a violência escolar nas últimas décadas adquiriu crescente dimensão em todas as sociedades. O que a torna questão preocupante é a grande incidência de sua manifestação em todos os níveis de escolaridade.

DISCRIMINAÇÃO

 

A discriminação tem sido promovida e reforçada na educação escolar de diversas formas “As condições que muitos governos vêm dando à escola pública são alguns fatores que fazem com que o próprio educador acabe, sem perceber, reproduzindo e reforçando a discriminação e o preconceito, os quais acabem por gerar a violência” (LOPES NETO, 2005, p.10).

Conforme o autor, tanto em suas bases teóricas quanto em suas consequências práticas, os conhecimentos dos professores, como os de quaisquer outros profissionais necessitam, por conseguinte, de uma formação contínua.

Desse ponto de vista, a formação profissional ocupa, em princípio, uma boa parte da carreira e os conhecimentos profissionais partilham com os conhecimentos científicos e técnicos a propriedade de serem revisáveis, criticáveis e passíveis de aperfeiçoamento.

Sob o ponto de vista de Constantini (2004, p.1)

A escola é responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares. Esse contato diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A relação estabelecida entre crianças brancas e negras numa sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, segregando, excluindo, possibilitando que a criança negra adote em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de ser rejeitada ou ridicularizada pelo seu grupo social. O discurso do opressor pode ser incorporado por algumas crianças de modo maciço, passando então a se reconhecer dentro dele: "feia, preta, fedorenta, cabelo duro", iniciando o processo de desvalorização de seus atributos individuais, que interferem na construção da sua identidade de criança.

O que se verifica é que a exclusão simbólica, que poderá ser manifestada pelo discurso do outro, parece tomar forma a partir da observação do cotidiano escolar. Este poderá ser uma via de disseminação do preconceito por meio da linguagem, na qual estão contidos termos pejorativos que em geral desvalorizam a imagem do negro.

Vários estudos realizados no âmbito escolar têm mostrado que o desenvolvimento das sociedades contribuiu para que a escola se tornasse um sistema aberto que passou a fazer parte da superestrutura social formada por diversas instituições como: família, igreja, meios de comunicação “O sistema escolar é organizado para cumprir uma função social que, em geral, está de acordo com as demandas sociais” (CONSTANTINI, 2004, p.1).

Nesse cenário inserem-se pessoas de etnias, raças e condições físicas e financeiras distintas. Em relação ao negro de maneira particular nota-se que sua inserção na sala de aula gera certo “desconforto” para outros alunos.

Essa rejeição vai se tornando perceptível com a observação do cotidiano escolar, que apresenta imagens caricatas em cartazes ou ausência dos negros em datas comemorativas, como o Dia das Mães, em geral ilustradas por uma família branca, o que leva a criança negra a não se reconhecer na mesma. Existe ainda uma ausência de conteúdos que problematizem a questão do negro nos currículos escolares, privando as crianças negras de conhecerem a sua história, que vai além da escravidão. Pode ser ainda possível observar a demonstração de preconceito proveniente de colegas e professores, que violentam por meio de insultos a identidade negra (MALTA, 2009 p. 45).

Este tipo de comportamento contribui para a intensificação do preconceito que por sua vez gera outro fruto ainda pior: a violência, sendo ela declarada ou não conforme se pode verificar no cotidiano escolar.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha a habilidade de lidar com situações desencadeadoras do preconceito e quando perceber que certo aluno está sofrendo com isso, tomar providências para que este processo se encerre. A realidade observada nas escolas de modo geral revelam que as atitudes de provocação e preconceito com outros alunos são decorrentes de vários fatores exteriores a ela como: cor negra, obesidade e condição financeira baixa entre outros.

Dizer que pessoas com características diferentes suscitam certos tipos de rejeições por períodos prolongados na escola pode ser uma atitude errônea, já que existe uma diferença entre provocações passageiras e intencionais, sendo que a primeira pode ser diminuída ou eliminada na medida em que vão ocorrendo as interações. Já a segunda, revela atitudes de crueldade por parte de seus agressores, cujos resultados podem ser verificados tanto psicologicamente, quanto socialmente.

Essas ações preconceituosas conduzem a um processo de despersonalização dos caracteres pessoais de cada aluno, o que em alguns casos, inviabiliza a inserção da criança no sentimento de pertença ao espaço escolar, comprometendo a sua auto-estima, impossibilitando-a de ter um autoconhecimento individual ou cultural, pois esses dois níveis estão diretamente ligados a condições desvalorizadoras atribuídas pelo grupo dominante.

Atos violentos praticados e estabelecidos dentro do espaço escolar infelizmente tem se tornado prática comum e muitas vezes foge ao controle dos professores, coordenadores e diretores tornando mais difícil sua identificação e prevenção o que resulta muitas vezes na evasão escolar, já que o agredido prefere se afastar da escola do que continuar sofrendo devido ao bullying.

 

 

BULLYING

Segundo Gomes e Rezende (2011) bullying é conceituado como um conjunto de comportamentos agressivos, físicos ou psicológicos, como chutar, empurrar, apelidar, discriminar e excluir que  ocorrem entre colegas sem motivação evidente, e repetidas vezes, sendo que um  grupo de alunos ou um aluno com mais força, vitimiza outro que não consegue  encontrar um modo eficiente para se defender

A palavra bullying (valentão, brigão; termo sem tradução adequada em português) é um verbo de origem inglesa, que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Este termo foi associado ao fenômeno bullying e como expõe Lopes Neto (2005), a adoção ampliada desse termo foi decorrente da dificuldade em traduzi-lo para diversas línguas.

De acordo com Malta et. al (2009) o bullying se refere a comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até fatos francamente agressivos, em forma verbal ou não, intencionais e repetidos, sem motivação aparente, provocados por um ou mais estudantes em relação a outros, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação, por exemplo.

Para Toro et. al (2010, p. 6)

A adoção universal do termo bullying foi decorrente da dificuldade em traduzi-lo para diversas línguas. Durante a realização da Conferência Internacional Online School Bullying and Violence, de maio a junho de 2005, ficou caracterizado que o amplo conceito dado à palavra bullying dificulta a identificação de um termo nativo correspondente em países como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Brasil, entre outros.

Fante (2005) cita que o termo bullying não é utilizado em todos os países. Na Noruega e Dinamarca, é conhecido como mobbing, que significa tumultuar; na Suécia e Finlândia, emprega-se mobbing. Na Itália, foi conceituado como prepotenza; na Espanha, intimidación; e, no Japão, utiliza-se yjime.

Independente da conceituação que receba o bullying é um comportamento intencional, cujo objetivo é de fazer mal e magoar alguém, sendo que o agressor não se contenta de fazer isso apenas uma vez. Sendo assim, o agressor não se preocupa em ferir física e psicologicamente a pessoa a quem deseja almejar. Tais atos podem acontecer verbalmente ou não.

Zaine e Padovani (2010) ressaltam que os alvos do bullying podem ser passivos ou provocativos, sendo que os primeiros não revidam às provocações e não se defendem, tendendo a ser isolados, tímidos, passivos e com baixa autoestima. Os provocativos por sua vez possuem temperamento explosivo e revidam às provocações e ambos os tipos de alvos são, em geral, fisicamente menores que seus intimidadores.

 

TIPOS DE BULLYING

Segundo Martins (2005) o bullying se classifica em: direto e físico, direto e verbal e indireto. O primeiro envolve ações como: bater, ameaçar, fazer os colegas realizarem tarefas contra a própria vontade, roubar ou estragar objetos.

 O tipo direto e verbal é caracterizado por atitudes como: insultar, por apelidos, salientar os defeitos de deficiências dos colegas, atitude racista. Já o indireto se refere à atitudes como: exclusão do grupo, perda da amizade, ofender, espalhar boatos.

Conforme Leão (2010) a forma direta é utilizada com maior frequência entre agressores do sexo masculino. E as atitudes mais usadas pelos bullies segundo a autora, são os insultos, xingamentos, apelidos ofensivos por um período prolongado, comentários racistas, agressões físicas, empurrões, tapas, chutes, roubo, extorsão de dinheiro, estragar objetos dos colegas e obrigar a realização de atividades servis.

A mesma autora cita que a forma indireta é mais comum entre o sexo feminino e as principais características são atitudes que levam ao isolamento social, o que acarreta outros prejuízos levando a vítima ao isolamento social e a traumas irreversíveis ao agredido. O bullying indireto compreende atitudes de difamações, realização de fofocas e boatos cruéis, intrigas, rumores degradantes sobre a vítima e seus familiares e atitudes de indiferença.

Lopes Neto (2005) ao discorrer sobre o assunto lembra que quando se trata da forma indireta do bullying, os meios de comunicação aparecem como elemento propagador de comentários crueis e maldosos sobre determinada pessoa, afetando diretamente sua imagem perante a sociedade.

Nesse caso ocorre outra forma de bullying também conhecido como cyberbullying, uma vez que envolve os comunicação, destacando entre eles: correio eletrônico, blogs, torpedos, fotoblogs e sites de relacionamento sendo que envolvem anônimos a fim de adotar comportamentos produzidos de forma repetitiva, por um período prolongado de tempo, assim como nos atos de bullying cometidos pessoalmente.

Conforme é possível observar, o bullying pode ser praticado tanto por pessoas do sexo masculino, quanto feminino e se refletir de maneira negativa em pessoas de diferentes faixas etárias e gêneros distintos.

 

OS AUTORES DO BULLIYNG

 

De acordo com Heinrichs (2003), os autores de bullying são frequentemente caracterizados pela impulsividade, forte desejo de dominar os outros e pouca empatia com relação aos alvos.

Considerando as colocações do autor é importante mencionar que os autores do bullying pela própria natureza fazem questão de impor-se sobre os outros e de disseminar “respeito” traduzido em medo pelos demais.

Heinrichs (2003, p. 7) afirma que

Geralmente são mais fortes e maiores que seus alvos, possuem temperamento explosivo, baixa tolerância à frustração, são agressivos, desafiantes, opositivos e relativamente populares Não necessariamente se restringem à intimidação de seus pares, podendo intimidar todas as pessoas que eles acreditam que não poderão ou não irão revidar, ou aqueles com quem a intimidação foi satisfatoriamente realizada no passado.

 

Estes praticantes de bullying podem ser encontrados em todas as unidades escolares e tal comportamento tanto pode ser por um colega de sala de aula ou de qualquer outra na escola. O certo é que quando chegam no grupo disseminam medo e insegurança.

Carvalhosa (2005) cita que os praticantes de bullying tendem a pertencer a família desestruturadas emocionalmente e geralmente recebem pouco afeto e atenção. Estes autores são pouco supervisionados pelos pais e costumam frequentar ambientes onde o comportamento agressivo ou explosivo é usado para solucionar problemas.

De acordo com Grossi e Santos (2009) quatro fatores contribuem para o desenvolvimento de um comportamento de bullying: uma atitude negativa pelos pais ou por quem cuida da criança ou adolescente; uma atitude tolerante ou permissiva quanto ao comportamento agressivo da criança ou do adolescente; um estilo de paternidade que utiliza o poder e a violência para controlar a criança ou adolescente; e uma tendência natural da criança ou do adolescente a ser arrogante.

Considerando as colocações do autor, nota-se que atitudes violentas dos agressores inicia-se no seio da própria família e/ou dos lugares onde a criança vive se tornando muitas vezes difícil de ser identificado pelo professor que tende a considerar o aluno indisciplinado ou antisocial pelas características que apresenta em seu comportamento.

Nesse sentido, a Abrapia (2009) lembra que seja qual for a atuação de cada aluno, o professor e os demais conseguem perceber algumas características como aquelas relacionadas aos papeis que passem a representar:

Alvos de bullying, são os alunos que só sofrem bullying, alvos/autores de bullying, são os alunos que ora sofrem, ora praticam bullying, autores de bullying, são os alunos que só praticam bullying,testemunhas de bullying, são os alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre. (ABRAPIA, 2009, p. 18)

Ou seja, estas características geralmente são próprias a estes grupos e geralmente estes sujeitos estão envolvidos em algum ato violento, ora como autores, ora como vítimas.

Ainda citando a Abrapia (2009, p. 2)

Os autores do bullying são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Frequentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferece como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas. (ABRAPIA, 2009, p.15)

Um aspecto a destacar no comentário supramencionado é que muitos pais por apresentarem comportamentos também agressivos acabam não percebendo a mudança dos filhos e quando têm consciência consideram tal ato normal, o que torna a situação ainda mais complexa.

A VÍTIMA DO BULLYING

 

Segundo Francisco e Libório (2009) para um indivíduo ser caracterizado como vítima de bullying é necessário que o mesmo tenha sofrido de três a seis ataques no mínimo, em um mesmo período do ano, e que estes ataques apresentem um caráter de intencionalidade e repetição.

Para Silva apud Leão (2010, p. 125) existem três tipos de vítimas

Vítima Típica: é pouco sociável, sofre repetidamente as consequências dos comportamentos agressivos de outros, possui aspecto físico frágil, coordenação motora deficiente, extrema sensibilidade, timidez, passividade, submissão, insegurança, baixa auto-estima, alguma dificuldade de aprendizado, ansiedade e aspectos depressivos. Sente dificuldade de impor-se ao grupo, tanto física quanto verbalmente.

Vítima Provocadora: refere-se àquela que atrai e provoca reações agressivas contra as quais não consegue lidar. Tenta brigar ou responder quando é atacada ou insultada, mas não obtém bons resultados. Pode ser hiperativa, inquieta, dispersiva e ofensora. É, de modo geral, tola, imatura, de costumes irritantes e quase sempre é responsável por causar tensões no ambiente em que se encontra.

Vítima Agressora: reproduz os maus-tratos sofridos. Como forma de compensação procura uma outra vítima mais frágil e comete contra esta todas as agressões sofridas na escola, ou em casa, transformando o bullying em um ciclo vicioso.

É importante atentar para os três tipos de vítimas mencionados, pois, muitas vezes o professor se depara com estes tipos de alunos, principalmente aquele denominado vítima agressora e não compreende o motivo que o leva a se portar assim, se tornando aos olhos do outro como mais um agressor e não como alguém que está também sofrendo bullying.

Ao discorrer sobre as vítimas do bullying Adorno (2003, p. 56) menciona que

Os alvos do bullying são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as consequências do comportamento de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa autoestima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem serem merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com frequência, ou abandonam os estudos. Há jovens que estrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.

Nota-se que a prática do bullying causa problemas graves nos agredidos sendo que as maiores consequências são sobre os aspectos emocionais daqueles que sofrem este tipo de violência.

Complementando a afirmação supracitada Lopes Neto (2005) afirma que pessoas que sofrem bullying quando crianças são mais propensas a sofrerem depressão e baixa auto-estima quando adultos.

Nesse sentido, quanto mais jovem a criança passar por este tipo de situação maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos antisociais em adultos e à perda de oportunidades, como a instabilidade no trabalho e relacionamentos afetivos pouco duradouros.

 

LEI DE COMBATE AO BULLYING ESCOLAR

As práticas de violências traduzidas pelo bullying despertou em governantes de algum estado necessidade de se pensar numa legislação que pudesse penalizar quem cometesse tais atos, já que o país não possui uma legislação nacional para este fim.

Um dos maiores agravantes do bullying na escola é que quem pratica não sabe que está infringindo a lei. No Brasil, quem a rege é o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em seus artigos 2º, 3º e 5º institui que

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Enquanto documentos com este fim estão sendo elaborados, a escola tem buscado estratégias a fim de sanar este problema. Atualmente é muito raro uma instituição educativa que não esteja trabalhando de maneira articulada com a família visando uma melhor interação entre os alunos de maneira ética e respeitosa. Nesse sentido a escola tem sido o eixo condutor destas ações, já que seu principal objetivo é formar para a cidadania tendo em seus alunos e professores os principais atores desse cenário.

Por isso, é importante que os professores conheçam esta lei, elaborem projetos a partir dela e motivem os alunos a refletirem sobre os problemas advindos da violência na escola.  A escola deve tornar-se um espaço de conquista e de realização de sonhos. Não é possível que práticas violentas como bullying possam tirar de nossos alunos o direito de construir uma vida saudável.

 

Reflexos do bullying sobre a aprendizagem escolar

 

Um ambiente escolar hostil e desequilibrado, poderá afetar seriamente não só a aprendizagem como também o desenvolvimento físico, mental e emocional de seus educandos. Um problema emocional decorrente de uma situação de violência, desestrutura a pessoa e reflete diretamente na aprendizagem, instaurando sentimentos de medo, de insegurança, as constantes ausências e posteriormente, a evasão escolar.

Segundo Cardoso e Cerqueira (2010, p. 6)

As consequências advindas do bullying são muito abrangentes, pois envolvem danos físicos e psicológicos, nos envolvidos, sendo mais severas para as vítimas. O sofrimento vivenciado de forma silenciosa e solitária interfere no processo de aprendizagem e causando na criança um desencanto pelo espaço escolar, e em alguns casos, pela própria vida. Esse estado lhes faz mergulhar em depressão profunda, alimentada por pensamentos autodepreciativos e em casos mais extremos tentativas de suicídio, e atentados contra a vida daquele que é o autor dos atos que lhe causa sofrimento.

Ainda segundo estas autoras, mesmo não atingindo estes extremos, o bullying acarreta grandes prejuízos ao ambiente escolar, pois este passa a apresentar-se como um ambiente tenso, gerando uma constante sensação de medo e insegurança. Para elas, a criança que é educada em um ambiente com essas características, poderá introjetar no seu psiquismo, que o comportamento bullying, é um comportamento comum nas relações sociais, partindo do pressuposto que a escola atua como exemplo e reflexo da sociedade como um todo.

Dessa forma a criança perde o estimulo em frequentar o espaço escolar, fator este que resulta no declínio da aprendizagem, em muitos casos a criança abandona por completo a escola. Sofrendo as consequências dos maus tratos e envolvidos permanentemente por um clima de tensão, as vítimas do bullying diminuem o seu rendimento escolar, pois começam a sentir desinteresse pelos estudos, fato este que contribui no aumento dos índices de evasão escolar (CARDOSO e CERQUEIRA, 2010, p. 9).

Estudos têm mostrado que a vítima de bullying apresenta sérios comprometimentos na aprendizagem em razão do contínuo processo de pressão psicológica que enfrenta e tais manifestações tanto podem ocorrem em meninos, quanto em meninas.

Conforme Polack (2000) apud Middelton-Moz, Zawadski (2007, p. 22)

Os meninos vivem com medo de não cumprir as regras “não-ditas do pertencimento, tais como não demonstrar sentimentos, fazer o tipo machão, não parecer sensível demais ou intelectual, ter boa aparência, não chorar, não pedir ajuda nem parecer próximo demais da própria mãe”. As técnicas que os meninos aprendem para cumprir esse “código dos rapazes” formam o que o autor chama de “máscara”, usada durante suas vidas para evitar sofrerem abusos como o bullying: “[...] ao usar essa máscara, os meninos reprimem sua vida emocional interior, e, em lugar dela, fazem o tipo valentão, tranquilo, desafiador, imperturbável (grifos do autor)

Conforme mostrado anteriormente, as pressões pelas quais passam crianças e adolescentes em decorrência de todas estas exigências, fazem com ocupem sua atenção mais nestes problemas do que no processo de aprendizagem e sendo assim as consequências podem ser desde a baixa estima e isolamento, até a evasão escolar.

Em relação às meninas, o mesmo autor menciona que

Já as meninas são pressionadas para se adequarem à imagem de um ser atraente e delicado, tendo de usar as roupas certas e de acordo com a moda, atrair a atenção dos meninos e adotar uma postura doce e meiga. As que não se enquadram nesse padrão têm maiores probabilidades de sofrerem bullying, e, geralmente, “são tímidas demais para lutar contra as regras ou não encontram um grupo social ao qual pertencer”. Elas, geralmente, exercem o bullying de maneira diferente dos meninos, valendo-se, ao invés de ameaças de violência física, da exclusão social como principal arma: “espalhar boatos maliciosos, intimidar, destruir a reputação da outra, dizer a outras para que deixem de gosta de uma menina de quem querem se vingar”. (Middelton-Moz, Zawadski, 2007, p. 22)

O contexto citado pelos autores mostra que diante de uma situação de extrema pressão psicológica torna-se muito difícil centrar a atenção no que o professor está ensinando, isso porque a aprendizagem é um processo que exige acima de tudo, a atenção.

Segundo Fernández (1991) a aprendizagem é um processo que se significa familiarmente, ainda que se aproprie individualmente, intervindo o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo do aprendente e também do ensinante. Assim, no aprender, interagem a elaboração objetivante (inteligência) e subjetivante (desejo). O sintoma instala-se sobre uma modalidade e essa modalidade tem uma construção pessoal a partir dos quatro níveis (organismo, corpo, inteligência e desejo).

Em outras palavras, para que ocorra aprendizagem o sujeito precisa estar com atenção focalizada no que está sendo ensinado, de modo que encontre-se harmonizado: o corpo, o organismo, a inteligência e o desejo.

Segundo Fernández (1991) fatores externos à estrutura familiar e individual do sujeito, ou seja, provenientes da ordem educativa, ocasionam o denominado problema de aprendizagem reativo, enquanto que os internos são considerados inibição ou, ainda, sintoma.

Vorcaro (2005, p. 75) comungando com os autores citados, afirma que

A causa dos problemas de aprendizagem passa a ser analisada a partir de três modelos: 1) a causalidade orgânica, a qual remete a problemas biológicos, genéticos e físicos; 2) a causalidade a partir de determinação dada pela escola fracassada, ou seja, é decorrente da conduta da escola; e, 3) a causalidade determinada pela posição da criança no discurso dos pais, isto é, oriunda das questões parentais, que demonstram que a série de significantes inconscientes relacionada ao ato de aprender inibiu a aprendizagem.

Nesse sentido, deve-se ressaltar que uma criança ou adolescente que enfrenta problemas de violência, quer seja na escola, quer seja na família, consequentemente terá sua atenção comprometida, prejudicando assim sua aprendizagem.

Segundo Costantini (2004) nesses comportamentos, às vezes considerados irrelevantes, pesa de maneira decisiva a ausência de intervenção por parte dos adultos. Segundo o autor, a escola, enquanto instituição educadora, não pode ser omissa ao fenômeno bullying e deve ser compromissada em ater-se ao fato, buscar atualizar-se e agir de forma eficiente no combate ao mesmo.

O autor relata ainda que todos os profissionais do âmbito escolar devem estar engajados no processo, comprometidos com a elaboração e desenvolvimento de debates, palestras, campanhas, trabalhos específicos, parceria com a família e com demais profissionais, dentre outros, para que, futuramente, possam se orgulhar do ambiente sadio e pacífico que estimularam, em decorrência do desenvolvimento de uma vinculação entre cognição e afeto dentro do ambiente escolar.

CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO NO COMBATE AO BULLYING

Conforme mencionado anteriormente a escola é o espaço onde se constrói conhecimentos e também interações verdadeiras entre seus agentes.

Para Antunes e Zuin (2008, p. 17) 

A educação, sem dúvida, é um caminho para a superação da barbárie, no entanto carrega ainda atualmente os momentos repressivos da cultura, como a divisão entre o trabalho físico e o trabalho intelectual e o princípio da competição que é contrário a uma educação realmente humana. Ou seja, a educação atual não avança em modelos ideais de um indivíduo autônomo e emancipado conforme as concepções kantianas, mas explicita as relações de heteronomia estabelecidas no mundo para além dos muros escolares. A autoridade é imposta a partir do exterior. Porém é esta idéia de emancipação que precisa ser inserida no pensamento e na prática educacionais, na mão contrária à mera transmissão de conhecimentos e à simples modelagem de pessoas, já que ninguém tem o direito de modelar alguém a partir de seu exterior - seja para o bem ou para o mal alguém não pode decidir pelo outro como deve ou não agir.

Ao citar e educação como espaço onde ainda se destaca a opressão e a prática não democrática, os autores mostram a urgente necessidade de se pensar esta instituição como lugar de interação e construção. Nessa perspectiva a educação deve ser entendida como prática que auxilie na superação da alienação permanente onde alunos e professores sejam capazes de utilizar suas competências para construir uma sociedade melhor.

Nesse sentido Goulart (2012) cita que mesmo quando o bullying acontece fora da sala de aula, a escola têm responsabilidade, porque os desdobramentos dessa prática estarão presentes no comportamento dos alunos. Nesse processo, o relacionamento professor-aluno é fundamental. Segundo a autora, por meio desse canal que o bullying pode ser identificado.

Por isso, é de extrema importância elaborar projetos para evitar este fenômeno dentro da escola. Este é um trabalho lento e gradual e somente se consegue chegar a resultados efetivos quando as ações são contínuas tanto para combater o problema, quanto para evitá-lo ao primeiro sinal de preconceito ou violência de um aluno em relação ao outro.

CONCLUSÃO

O desenvolvimento das sociedades e da criação de leis educacionais contribuiu para a ampliação do sistema educativo que passou a receber um número maior de alunos. Contudo, é também neste espaço que ocorre a reprodução de estigmas (de grupos dominantes contra dominados) ocasionando uma série de problemas como o preconceito, que por consequência gera exclusão e violência como o fenômeno bullying.

Este fenômeno se manifesta através de atitudes hostis de grupos ou pessoas que se sentem superiores às vítimas tanto em termos físicos, quanto cognitivos. No início são estereótipos e em seguida se estendem para a violência propriamente dita, causando inúmeros problemas na vítima que se refletem sobre sua vida social e escolar. Neste último, as consequências podem ser mais sérias, já que interferem na aprendizagem da pessoa vitimada.

A mudança dessa realidade será possível pelo reconhecimento da escola como reprodutora das diferenças étnicas, investindo na busca de estratégias que atendam às necessidades específicas de alunos negros ou com algum problema físico e financeiro incentivando-os e estimulando-os nos níveis cognitivo, cultural e físico. O processo educativo pode ser a via que leva à construção da auto-estima, da autonomia e das imagens distorcidas, uma vez que a escola é ponto de encontro e de embate das diferenças sendo também a promotora de igualdade e equidade social.

O importante é que seja feito um trabalho de intervenção que permita a melhoria dos relacionamentos e tanto vítima, quanto agressor sejam capazes de se reconheceram como seres sociais que necessitam um do outro não somente para conviver, mas também para aprender juntos.

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1 Professora da rede pública de ensino da Secretaria da Educação –Go, aluna do curso de Licencitura em Informática pela UEG, 2013. Email: [email protected]