BRINCADEIRAS LUDICAS,
MANEIRA SIMPLES DE SE APRENDER BRINCANDO
José Jasiel Ribeiro Silva


O lúdico deve ser compreendido como um método de ensino que se utiliza dos aspectos como: animação, movimento corporal, a interação, raciocínio lógico, memorização, alegrias, visando facilitar o crescimento, a qualidade e a melhor resposta positiva no processo ensino- aprendizagem, principalmente na fase de construção da base solida do ser humano que o guiara durante todo restante de sua vida.
Se a leitura, e a escrita, e a compreensão de mundo é o alvo e objeto a ser desenvolvido pelo professor em sala de aula e sua pratica pedagógica é o caminhar ate ser alcançado o objetivo, compreende-se assim ser a fator determinante para isso. Vale relembrar as constantes queixas e no tocante a pratica empírica e tradicional do modelo e gestão, tido pelos grandes estudiosos como ultrapassadas, que é a escola tradicional e seus modelos de ensino. Em contra-censo deste modelo surgiu pela necessidade e visão arrojado de muitos educadores uma nova concepção de escola sendo esta a escola nova, do futuro, aberta, etc., valendo-se de novas praticas, buscando uma aula ainda mais dinâmica, criativa, onde o aluno fosse trabalhado como conjunto e não partes separadas.
A leitura e a escrita como digo ? a menina dos olhos ? na educação infantil, os eu baixo rendimento tem deixado professores verdadeiramente em neuroses levando desta feita uma busca constante em novas tecnologias, praticas, metodologias, nova pedagogia, visando melhor rendimento. Sendo esta a problemáticas associada a desmotivação e a impatia das aulas, propõe-se aqui um auxilio aos educadores.


A Brincadeira no Desenvolvimento da Imaginação e da Criatividade


Sabe-se que a criança é de fato inspiradora e geradora de uma assombrosa criatividade, diga-se de passagem ? alegrias também. No entanto necessita de estímulos.
O jogo simbólico ou faz de conta, particularmente é ferramenta pra criação de fantasia, necessária a leitura não convencional de mundo. Abre caminhos para a autonomia, a criatividade, a exploração de significados e sentidos. (1)
Segundo o autor, essa forma não convencional do mundo tem um ganho maior com jogos simbólicos e até mesmo do faz de conta e ainda serve de caminho ou abrir caminho para autonomia, autonomia é o que se pretende e aguarda desenvolver na criança, e a leitura como a escrita a dar os primeiros passos da liberdade e da autonomia. A criatividade é um forte da criança e a exploração de significados e dos sentidos toma dimensões maiores em valores reais, não no tradicionalismo e sim na nova escola de amplitudes e pedagogia diferenciada tendo o lúdico como ferramenta de apoio.
Ainda segundo o autor, os jogos são instrumentos para aprendizagem de regras sócias. Destaca-se aqui que no simples ato de brincar, é preciso ser observados regras para o desenvolvimento da brincadeira, na qual a infração de um das regras o particip0ante será punido estará sujeito a ser expulso do jogo, da mesma forma assim se procede na sociedade. Ao aplicar as regras o professor pode trabalhar as construção de cidadãos conscientes e também a interdisciplinaridade, pode trabalhar a escrita na confecção de cartazes com as regras, aplicar português, a leitura e a construção de leituras, verbos, matemática a parti do numero de regras, entre tantas outras no qual vale a criatividade do mestre.

O lúdico pode profundamente interligar desde o afeto, motricidade, percepção, linguagem, memória, representação e outras funções cognitivas.

Oliveira(2) diz:
A brincadeira favorece o equilíbrio afetivo e contribui para o processo de apropriação de signos sócio. Cria condições para uma transformação significativa da consciência infantil, por exigir das crianças formas mais complexa de relacionamento com o mundo. Isso ocorre em virtude das características da brincadeira. Comunicação interpessoal que ela envolvendo pode ser considerada ao pé da letra; sua indução a uma constante negociação de regras e a transformação de papeis assumidas pelo participante faz com que seu enredo seja sempre imprevisível. Pg. 160


A escolha de brincadeiras deve ser feita visando o que se pretende os objetivos pré- definidos para vá significação da aula e não pode ser usada meramente como passa tempo. As aplicações pedagógicas definidas darão ao educador o norte para o uso do lúdico

A Hora de Brincar e Aprender


Jô foi o tempo em que se dizia " hora de Brincar, é brincar, hora de estudar,estudar" essa separação entre estudar e brincar se deu por muito tempo. Hoje com advento da Escola Nova e a ruptura com o tradicionalismo, diversos atores entraram em cena, um deles como temos dialogado é brincar, brinquedo e o jogo.
Através da atividade lúdica experimenta sensações de plenitude que não se consegue exprimir por palavras, mas que se sente seu gozo pela fantasia, pelo faz de conta, pela imaginação, pelos sonhos. É neste momento que a criança vivi sua inteireza e sua autonomia num tempo e espaço só seu.
Brincando ela se expressa, integra-se, assimila valores, desenvolvem vários conhecimentos, exercita-se fisicamente, adquiri competências e aprimora habilidades motoras, encontra equilíbrio entre o imaginário e o real encontrando significado.
Quando se brinca, o brinquedo é o objeto que representa aspectos do mundo real, mas que estar ao alcance e se permite fazer reprodução do cotidiano, por isso tema brincadeira revelar ou expressar ou ensinar significados importantes.
As experiências vividas por Jasiel Silva no CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) em Vicência demonstram como o lúdico é uma fermenta importante no processo ensino-aprendizagem, bem como para interação e compreensão, ate mesmo do profissional parar estabelecer o relacionamento e tratamento do paciente. Diz ele:
No CAPS, todos nós nos utilizamos da ferramenta que são jogos, ora para entender o paciente, ora para aplicar algum tratamento que a principio demonstre resistência, ora para entendê-lo, e também pra se fazer uma busca de informações que talvez esteja omitindo o que pode dificultar o tratamento. Lembro-me certo dia enquanto usava o jogo de dominó com um adolescente que no momento estava perturbado e resistente ao dialogo, mas estava ali pra mais um dia de terapia, após alguns minutos enquanto jogávamos e eu contava piadas, ele calado, rompeu o silencio e confessou a tentativa de suicídio. Perguntei se queria ir ate a sala (consultório) parar conversarmos e ele apenas concordaram em continuar jogando o que o deixa manos tenso.

Fica claro que o uso de brincadeiras lúdicas estimula a interação, alivia tensões, promove relacionamento interpessoal, proporciona outros momentos e auxilia o profissional a entrar por caminhos que o comum não permitirá. Ainda segundo Jasiel, o uso de jogos no CAPS ajuda a trabalhar questões como: indisciplina, regras, comportamento, respeito e produção criativa, principalmente em crianças com diagnostico onde revela personalidade e temperamento agressivo e indisciplina. O uso de jogos também permitiu aferir o desenvolvimento e fazer evolução do tratamento (terapias) dos usuários da Unidade de Saúde psicossocial. O uso de jogos também é ferramenta em terapias de grupo com adultos/usuários do sistema. Temos tido muitos êxitos no diagnostico, terapia dos pacientes. Comenta


Segundo Antunes,
Houve um tempo que era extremamente nítida a separação entre o brincar e o aprender, e que havia um rígido abismo entre eles. Caso se insista em uma separação, esta seria a de organizar o que se pretende ensinar, escolhendo brincadeiras adequadas para que melhor se aprenda. (1)
No ato de brincar buscamos desenvolver aspectos onde a criança possa compreender as características dos objetos, elementos da natureza, seu funcionamento e acontecimentos socias.
O lúdico permite a criança desenvolver sua imaginação a parti de experiências, onde os jogos ali representam o real, a experiência serve de trampolim para a que o imaginário possa ter saltos ainda mais altos.
Diz oliveira:
Para se desenvolver a função imaginativa depende da experiência, das necessidades, interesses e capacidade combinativa na atividade de forma material aos seus frutos.

Jamais se brinca sem aprender alguma coisa.
Ainda que de forma inconsciente e sem perceber. Ao passo da brincadeira alguma coisa é ensinada ou habilidades desenvolvidas e/ou aperfeiçoada. A exemplo disso temos a Amarelinha, com duas extremidades circular, no qual chamamos de céu e inferno,temos os degraus e abas ou braços, poderíamos trabalhar a parti daí: o equilíbrio, coordenação motora, foco no alvo, respeitos as regras e aplicá-las ao cotidiano, liderança entre elas.
Antunes afirma que: explora habilidades... Fecunda competência cognitiva e interativa. E a brincadeira bem conduzida estimula memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem interior, e às vezes, a exterior exercita níveis diferenciados estados de motivação. Pg. 31
Os elementos essências de o bom brincar são: memória, emoção, linguagem, atenção, criatividade, motivação e sobre tudo a ação.


Nos Fundamentos de uma boa escola de educação infantil Antunes destaca:
? Nenhum jogo deve emergir como ação acidental;
? Dos projetos lúdicos devem aflorar projetos específicos para cada grupo e deve ser interligados aos seus objetivos;
? Não se separa idéia do brincar da do aprender, entre outras.

Na vista ao Centro Municipal de Educação Infantil Monte Belo, em Angélicas, as professoras Roberta Barata de Morais e Joselma M. da Silva, ambas as professoras do pré I, com certa freqüência se valem do lúdico nas aulas, são jogos prontos e outros confeccionados na própria escola e alguns deles com a colaboração das crianças o que isso faz senti-los como parte do todo e não apenas um simples aluno. Os materiais recicláveis utilizados pelos professores têm a sua aplicação também na responsabilidade em cuidar dos objetos, pois foi criado por eles. Eles demonstraram um senso de cuidado, tornando as aulas bem atrativas e hipnotizantes. O resultado de todo o trabalho desenvolvido pela Escola está na satisfação dos profissionais da instituição com o bom rendimento do alunado. Todo neste trabalho tem a plena aprovação e participação da gestora escolar Iranete de Andrade Melo, que fez questão de n os acompanhar durante toda nossa visitação a instituição.

Bibliografia:
(1) Antunes, Celso. Educação Infantil: Prioridade Imprescindível. 6° edição, editora vozes ? Petrópolis.
(2) Oliveira, Zilma Ramos de. Educação Infantil: Fundamentos e métodos. Cortez,2008.