Brasília E Os Setores
Publicado em 07 de novembro de 2007 por cristina dos santos
Não nasci nas margens de um rio. Cheguei pelas bordas, às margens do eixo monumental. Nasci onde o rasgo súbito da fronteira entre o arcaico e o moderno fez surgir o planalto central. No sertão do Goiás foi instituída a nova ordem. Um quadradinho delimitado no centro de tudo. Audácia Kubichekiana! Planície da morada dos poderes. O escritório do país, a capital sem cores, apesar da grandeza arquitetônica. Uma película em branco e preto. Surge com a grande promessa de sediar a ordem e o progresso. O poder se instala no sertão de clima árido, umidade zero! Realmente, a terra do pó. Talvez, justifique o hábito dos brasilienses preferirem tomar suco em pó.
Como viver no planalto central sem mar, sem ar? Umidade relativa do ar sempre suspeita! Assim não dá!
A possibilidade de nadar para não morrer na praia se artificializa nos seios do lago Paranoá. A castração veio à tona. O limite é a espaçonave do cerrado. Asa sul ou asa norte? Setor comercial, de lazer, de autarquias, ou de embaixadas? Não há alternativa, o setor está balizado. Sinto-me como um gato louco correndo atrás do meu próprio rabo. Tudo tem o seu setor. Para onde ir? Em qual setor desses a minha existência será moldada, enquadrada, rotulada, anulada? Sei lá!
Resolvi ousar, ter coragem e ir à luta, ser livre para construir o meu setor. Infinitas possibilidades são apresentadas ao decorrer do longa-metragem de nossas vidas.
Ser livre é acreditar e enxergar os instrumentos necessários para construir nossos setores. Posição confortável é dizer não à passividade, é ter a direção das rédeas é ser marinheiro do próprio barco e confiar nas águas profundas que nos leva, através de caminhos infindos, ao encontro do setor incógnito.
Como viver no planalto central sem mar, sem ar? Umidade relativa do ar sempre suspeita! Assim não dá!
A possibilidade de nadar para não morrer na praia se artificializa nos seios do lago Paranoá. A castração veio à tona. O limite é a espaçonave do cerrado. Asa sul ou asa norte? Setor comercial, de lazer, de autarquias, ou de embaixadas? Não há alternativa, o setor está balizado. Sinto-me como um gato louco correndo atrás do meu próprio rabo. Tudo tem o seu setor. Para onde ir? Em qual setor desses a minha existência será moldada, enquadrada, rotulada, anulada? Sei lá!
Resolvi ousar, ter coragem e ir à luta, ser livre para construir o meu setor. Infinitas possibilidades são apresentadas ao decorrer do longa-metragem de nossas vidas.
Ser livre é acreditar e enxergar os instrumentos necessários para construir nossos setores. Posição confortável é dizer não à passividade, é ter a direção das rédeas é ser marinheiro do próprio barco e confiar nas águas profundas que nos leva, através de caminhos infindos, ao encontro do setor incógnito.