Brasil
Publicado em 21 de janeiro de 2014 por Wanderson Boareto
Brasil
Wanderson Vitor Boareto
Uma nação só pode existir pelo princípio das garantias primárias, das necessidades básicas, de sobrevivência do homem. Este conceito é a base de uma civilização que visa prosperidade, já que o homem é o centro da sociedade e o grupo deve ser em prol do homem. Isso é tão real que o próprio Aristóteles no Século IX antes de Cristo, nos ensina que o homem que vive sozinho é um “Deus” ou uma “besta”, ou seja, o homem é um ser social por natureza. Sendo assim, há uma necessidade do homem em conviver socialmente.
Porém, o Brasil, em 2014 encontra-se em um processo ante civilização, já que a base das necessidades de sobrevivência não existe em nosso país. As terras do Brasil estão com apenas 1% da população, ou seja, a maioria dos brasileiros está sem acesso a terra. A Reforma Agrária é uma necessidade humana e os governos estão apáticos perante isso. No Brasil de 2014, ainda encontramos trabalho escravo, baixos salários e má distribuição dos recursos naturais entre o povo brasileiro.
A mídia aberta tem mostrado a falta de segurança no sistema carcerário brasileiro. A prisão de Pedrinhas, no Maranhão, é um exemplo da falta de um Estado forte, já que existe uma ala na prisão que nem a Guarda Nacional se atreve entrar. Presos fizeram greve de fome para afastar a ação do poder público. Isso é uma afronta ao Estado de Direito, já que os direitos humanos beneficia o criminoso e não o cidadão.
Quando uma mulher é abordada por um criminoso e sofre atos selvagens de violência sexual e moral, não tem a oportunidade de chamar os direitos humanos, já que no mundo do crime o bandido é ante a lei. Quando uma casa é invadida o proprietário não pode se defender, ele pode ligar para a polícia, que nunca vem devido a uma série de fatores entre eles a falta de policiais suficientes para resguardar uma área ou até mesmo a falta de treinamento adequado, para agir em determinada situação.
O caso penitenciário do Brasil é falido, é caótico e não tem uma política pública voltada para resolver estas questões. Este problema não está na construção de mais prisões, e sim de um combate a violência e aos agentes da violência. Mas isso está ligado diretamente a uma melhor distribuição de renda, e isso as politicas brasileiras tem se mostrado incompetente. O que temos no Brasil é uma política assistencialista com base na caridade e não na formação de uma política de desenvolvimento através do uso democrático dos recursos naturais e da terra. Da produção volta ao bem de muitos e não a ganancia de alguns.
O Brasil ainda não tem políticos (Segundo Dr. Aristides Ribas de Andrade Filho: “Politico é aquele vive em prol do grupo, e não em prol de si mesmo ou da próxima eleição). Homens e mulheres que manipulam os eleitores para garantir no poder e assim perpetuar o nosso modelo “sacana” e falido de governo.
Esta realidade de nosso país é tão real que os lojistas estão sem poder de ação perante os delinquentes nas grandes cidades, como por exemplos os arrastões me shopping. Como se proteger? Este é um dos grandes desafios. O Brasil só trabalha com direitos e não com deveres. Qualquer coisa é motivo para incendiar ônibus. O povo está perdido, não temos parâmetros, já que a educação está falida, a família está perdida e escrava dos filhos, a religião não catequiza (ela forma fanáticos ou imparciais), e o grupo não humanidade para formar-se.
O Professor Dr. Mário Sérgio Cortella tem uma frase que nos ajuda a pensar “O mundo que vou deixar para meu filho, depende muito do filho que vou deixar para o mundo”. Sendo assim, ninguém nasce pronto. De quem é a culpa? Se quiser apontar culpados basta olharmos no espelho. Este ano teremos eleições... o que posso fazer para melhorar meu país? Esta pergunta tem que estar no coração de todo brasileiro, só assim teremos uma verdadeira esperança.