Brasil

Wanderson Vitor Boareto

 

Uma nação só pode existir pelo princípio das garantias primárias, das necessidades básicas, de sobrevivência do homem. Este conceito é a base de uma civilização que visa prosperidade, já que o homem é o centro da sociedade e o grupo deve ser em prol do homem. Isso é tão real que o próprio Aristóteles no Século IX antes de Cristo, nos ensina que o homem que vive sozinho é um “Deus” ou uma “besta”, ou seja, o homem é um ser social por natureza. Sendo assim, há uma necessidade do homem em conviver socialmente.

Porém, o Brasil, em 2014 encontra-se em um processo ante civilização, já que a base das necessidades de sobrevivência não existe em nosso país. As terras do Brasil estão com apenas 1% da população, ou seja, a maioria dos brasileiros está sem acesso a terra. A Reforma Agrária é uma necessidade humana e os governos estão apáticos perante isso. No Brasil de 2014, ainda encontramos trabalho escravo, baixos salários e má distribuição dos recursos naturais entre o povo brasileiro.

A mídia aberta tem mostrado a falta de segurança no sistema carcerário brasileiro. A prisão de Pedrinhas, no Maranhão, é um exemplo da falta de um Estado forte, já que existe uma ala na prisão que nem a Guarda Nacional se atreve entrar. Presos fizeram greve de fome para afastar a ação do poder público. Isso é uma afronta ao Estado de Direito, já que os direitos humanos beneficia o criminoso e não o cidadão.

Quando uma mulher é abordada por um criminoso e sofre atos selvagens de violência sexual e moral, não tem a oportunidade de chamar os direitos humanos, já que no mundo do crime o bandido é ante a lei. Quando uma casa é invadida o proprietário não pode se defender, ele pode ligar para a polícia, que nunca vem devido a uma série de fatores entre eles a falta de policiais suficientes para resguardar uma área ou até mesmo a falta de treinamento adequado, para agir em determinada situação.

O caso penitenciário do Brasil é falido, é caótico e não tem uma política pública voltada para resolver estas questões. Este problema não está na construção de mais prisões, e sim de um combate a violência e aos agentes da violência. Mas isso está ligado diretamente a uma melhor distribuição de renda, e isso as politicas brasileiras tem se mostrado incompetente. O que temos no Brasil é uma política assistencialista com base na caridade e não na formação de uma política de desenvolvimento através do uso democrático dos recursos naturais e da terra. Da produção volta ao bem de muitos e não a ganancia de alguns.

O Brasil ainda não tem políticos (Segundo Dr. Aristides Ribas de Andrade Filho: “Politico é aquele vive em prol do grupo, e não em prol de si mesmo ou da próxima eleição). Homens e mulheres que manipulam os eleitores para  garantir no poder e assim perpetuar o nosso modelo “sacana” e falido de governo.

Esta realidade de nosso país é tão real que os lojistas estão sem poder de ação perante os delinquentes nas grandes cidades, como por exemplos os arrastões me shopping. Como se proteger? Este é um dos grandes desafios. O Brasil só trabalha com direitos e não com deveres. Qualquer coisa é motivo para incendiar ônibus. O povo está perdido, não temos parâmetros, já que a educação está falida, a família está perdida e escrava dos filhos, a religião não catequiza (ela forma fanáticos ou imparciais), e o grupo não humanidade para formar-se.

O Professor Dr. Mário Sérgio Cortella tem uma frase que nos ajuda a pensar  “O mundo que vou deixar para meu filho, depende muito do filho que vou deixar para o mundo”. Sendo assim, ninguém nasce pronto. De quem é a culpa? Se quiser apontar culpados basta olharmos no espelho. Este ano teremos eleições... o que posso fazer para melhorar meu país? Esta pergunta tem que estar no coração de todo brasileiro, só assim teremos uma verdadeira esperança.